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ATIVIDADE INTERPRETATIVA

1ª SÉRIE – E. E. JESUÍNO DE ARRUDA

Prof. Jefferson Athaydes

Título: NO BRASIL, 84% PERCEBE RACISMO, MAS APENAS 4% SE


CONSIDERA PRECONCEITUOSO

Pesquisa do Instituto Locomotiva apontam como o racismo estrutural impacta a


vida dos negros no Brasil. Iniciativa foi encomendada pelo Carrefour, que
divulgou compromisso antirracista

Por Marina Filippe


Publicado em: 28/04/2021 às 15h05 Alterado em: 28/04/2021 às 15h39

Uma pesquisa do Instituto Locomotiva encomendada pelo Carrefour com o objetivo


mapear a situação da população negra no Brasil reforça a dificuldade de superar o
racismo estrutural uma vez que pretos e pardos são 56% da população, mas
constantemente minorizados pela sociedade.
A pesquisa realizada com 1630 entrevistados em 72 cidades do país entre os dias 15 e
20 de abril de 2021 é um dos passos da varejista em meio aos compromissos
antirracistas divulgados nesta quarta-feira, 28. O primeiro ponto que indica um
problema estrutural é a maior presença de negros nas classes sociais mais baixas.
Tal indicador faz com que a população negra utilize mais os serviços públicos de saúde
e educação, tendo maior dificuldade de inserção no mercado de trabalho, especialmente
nos cargos de liderança. Quando inseridos, o preconceito continua, uma vez que 52%
dos trabalhadores negros já sofreram alguma discriminação. Além disso, 54% acreditam
que brasileiros não reagiriam bem diante de um chefe negro.
Por esses e outros motivos, o Brasil é reconhecido pela população como um país racista,
mas poucos assumem suas atitudes de preconceito racial -- e outros ainda demonstram
não compreender de fato a dimensão do problema.
Por outro lado, mesmo reconhecendo a existência do racismo, a maioria ainda critica a
existência da “patrulha do politicamente correto”. "As pessoas acreditam que o racista é
uma pessoa do mal e que ela própria não reproduz qualquer racismo, e alguns chegam a
deslegitimar o fato de que a população negra morre simplesmente pela cor da pele",
afirma Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva.

Por meio da pesquisa se confirma ainda que o preconceito racial é frequente no varejo e
demais ambientes públicos, uma vez que 61% dos brasileiros presenciaram uma pessoa
negra (preta ou parda) sendo humilhada ou discriminada devido à sua raça/cor em lojas,
shoppings, restaurantes ou supermercados. O percentual aumenta para 71% quando
pretas. Além disso, 69% pessoas negras já foram seguidas por seguranças em lojas.
Entre as pessoas pretas, o percentual atinge 76%. Além disso, 89% dos brasileiros
reconhecem que as pessoas negras sofrem mais violência física do que as brancas.

A partir dos dados, entende-se que é dever das empresas apresentar medidas práticas e
efetivas de combate ao racismo. Além de ser uma questão básica de acesso, respeito e
equidade, é também importante para os negócios.

"As empresas podem contribuir para a mudança ao promover o letramento racial


contínuo, proteger clientes e funcionários e ter uma tolerância zero no combate ao
racismo. Os números mostram que é uma questão de valor e também de estratégia de
negócios. Para isto, é preciso ter diversidade na empresa e promover ações que não
perpetuem a lógica da desigualdade que mantém as pessoas negras nas camadas mais
pobres da sociedade", diz Meirelles.

Questões:

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