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Essa perspectiva ressalta que a sala de aula de História não deve ser um espaço isolado do
mundo contemporâneo, mas sim um ambiente em que as temporalidades se cruzam e interagem.
O professor, ao reconhecer as diferentes temporalidades presentes entre os alunos, pode utilizar
essas experiências e vivências como material didático, conectando-as com os conteúdos
históricos.
Além disso, os professores devem estar atentos às diferentes temporalidades presentes na sala
de aula, reconhecendo que os alunos trazem consigo experiências e conhecimentos prévios que
moldam sua compreensão do tempo e da história. Portanto, é importante promover discussões
que permitam aos alunos relacionar sua realidade atual com os conteúdos históricos
apresentados.
Além disso, o trecho menciona que o professor também deve ser capaz de fazer a travessia entre
os tempos que o constituem e os espaços representados pelos valores, ideias e práticas de seus
alunos. Isso indica a importância de considerar as experiências e conhecimentos prévios dos
alunos, bem como suas realidades sociais, culturais e individuais, como elementos que
enriquecem o processo de ensino-aprendizagem.
A reflexão proposta ressalta a necessidade de uma abordagem pedagógica que seja sensível à
diversidade de temporalidades presentes na sala de aula. Isso significa que o professor deve
estar aberto a reconhecer e valorizar as múltiplas perspectivas temporais dos alunos,
estimulando a participação ativa deles na construção do conhecimento histórico. A troca de
experiências entre as diferentes temporalidades presentes na sala de aula pode enriquecer a
compreensão histórica, promovendo o diálogo e a reflexão crítica.
Isso implica em um novo sentido de educação onde transmissão de informações não representa
a história, mas o desenvolvimento de habilidades históricas, como a análise crítica, a
interpretação de fontes, o estabelecimento de relações causais e o reconhecimento da
complexidade das mudanças e continuidades ao longo do tempo.
2. Diálogo entre tempos: A aula de História deve ser um espaço de diálogo entre tempos
passados, presentes e futuros. O professor deve ajudar os alunos a sair de seu tempo presente e
se conectarem com outras temporalidades históricas. Isso envolve estabelecer relações entre
eventos do passado e a realidade dos estudantes, mostrando como o conhecimento histórico é
relevante para a compreensão do mundo em que vivem.
3. Valorização das experiências dos alunos: Os valores, ideias e práticas dos alunos são
elementos essenciais para a construção do conhecimento histórico. O professor deve explorar as
múltiplas temporalidades representadas pelos diversos atores que convivem no ambiente
escolar, integrando as experiências e perspectivas dos alunos na abordagem da História. Isso
promove um diálogo mais rico e significativo, permitindo que os estudantes se vejam como
sujeitos históricos ativos.
4. Material didático vivo: O ambiente escolar é rico em experiências e tempos diversos, que
podem se tornar o material didático do professor. O convívio com as temporalidades presentes
na escola oferece oportunidades valiosas para o ensino de História, permitindo que os alunos se
aproximem de diferentes tempos e espaços através das interações com colegas, professores e
funcionários da escola.
A ideia de que todo professor deve ser capaz de fazer a travessia entre os tempos que os
constituem é fundamental para criar um ambiente de aprendizagem enriquecedor. Isso implica
em reconhecer e valorizar as múltiplas temporalidades presentes na sala de aula, representadas
pelos valores, ideias e práticas dos alunos. Ao explorar as diferentes temporalidades e espaços
que os constituem, o professor de História pode usar essas vivências como material didático,
tornando-as elementos importantes no processo de ensino-aprendizagem.