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Antiplaquetários
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INTRODUÇÃO
Esse processo é muito benéfico para o nosso organismo, já que em situações de lesões vasculares,
esse é o mecanismo que nos salva de uma morte por hemorragia. Apesar disso, em algumas
situações, a hiperestimulação ou a estimulação desnecessária da cascata descrita acima gera
trombose, que corresponde a um evento em que há a formação de um coágulo indesejado dentro
dos vasos sanguíneos, sendo a anormalidade mais comum da hemostasia. Os distúrbios
trombóticos incluem infarto agudo do miocárdio (IAM), trombose venosa profunda (TVP), embolia
pulmonar (EP) e acidente vascular encefálico isquêmico (AVEi).
Medicamentos antiplaquetários
O AAS é o medicamento mais usado dessa classe de drogas. Age através da inibição irreversível
da COX-1, impedindo a síntese do tromboxano A2 (prostaglandina que induz a agregação
plaquetária). Isso desloca o equilíbrio dos mediadores químicos a favor dos efeitos antiagregantes
da prostaciclina, prevenindo a agregação plaquetária. Esse mecanismo faz com que esse
medicamento seja um importante redutor de eventos cardiovasculares. Sendo assim, o uso
terapêutico do AAS ocorre em casos de isquemia cerebral transitória, na redução da incidência de
IAM recorrentes e para reduzir a mortalidade em casos de IAM secundário.
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Apesar de ser uma ótima droga para prevenir eventos cardiovasculares, o AAS é um anti-
inflamatório não esteroidal (AINE) e, portanto, pode gerar os efeitos adversos relacionados à essa
classe de drogas como dispepsia e doença ulcerosa péptica. Além disso, o tempo de sangramento
do indivíduo torna-se alongado com o uso desse medicamento, podendo causar complicações como
aumento da incidência de acidente cerebral hemorrágico e sangramento gastrintestinal. Os
pacientes que apresentam maior risco de sangramentos são os de idade avançada, portadores de
hipertensão, tabagistas, portadores de diabetes mellitus, portadores de coagulopatias e obesos. É
necessário ter precaução ao indicar essa droga para esses subgrupos de pacientes.
Baseado nos riscos relacionados ao AAS, foi estabelecido que ele oferece um benefício que supera
o malefício para pacientes com risco muito alto, estando indicado para eles. Nos pacientes com risco
intermediário ou baixo, o risco supera o benefício, tornando-se não indicado. Já em pacientes com
risco alto, devemos considerar o seu uso e avaliar individualmente cada paciente para estabelecer
se o medicamento causará mais riscos ou benefícios.
O Prasugrel e Ticagrelor já possuem uma grande importância nas síndromes coronarianas agudas,
mas ainda não foram suficientemente testados na doença crônica.
Em relação aos efeitos adversos, estes fármacos podem prolongar o tempo de sangramento, para
o que ainda não existe antídoto, podendo gerar sangramentos extensos. A ticlopidina está
associada à graves reações hematológicas que limitam seu uso. São elas: granulocitose,
agranulocitose, púrpura trombocitopênica trombótica e anemia aplásica.
- Dipiridamol
Esse medicamento é contraindicado em pacientes portadores de angina pois ele desvia sangue das
áreas cardíacas com menos irrigação e aumenta a quantidade sanguínea nas áreas com maior
irrigação. Geralmente, é o medicamento utilizado na cintilografia miocárdica com sobrecarga para
ajudar a identificar regiões de isquemia.
- Cilostazol
O Cilostazol é um antiplaquetário de uso oral que tem atividade vasodilatadora. Esse medicamento
e seus metabólitos ativos inibem a fosfodiesterase tipo III e previnem a degradação do AMPc,
aumentando, assim, os seus níveis nas plaquetas e nos tecidos vasculares. Esse aumento previne a
aglutinação das plaquetas e promove a vasodilatação. É um medicamento aprovado e utilizado para
diminuição dos sintomas de claudicação intermitente.
Como efeito pleiotrópico, o Cilostazol melhora o perfil lipídico através da diminuição dos níveis de
triglicerídeos e aumento do HDL.
Os efeitos adversos mais comuns relacionados ao uso desse fármaco são cefaleia e sintomas
gastrintestinais como diarreia, fezes anormais, dispepsia e dor abdominal. Alguns estudos
demonstraram que esse medicamento aumenta a mortalidade em pacientes com insuficiência
cardíaca avançada, sendo contraindicado nesses casos.
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- Dextran 70 e Dextran 75
Esses medicamentos são polímeros da glicose parcialmente hidrolisados, que são usados como
expansores do volume plasmático, mas possuem ações antitrombóticas em virtude da sua
capacidade de reduzir a adesividade plaquetária. Eles revestem as plaquetas e o endotélio dos
vasos e podem reduzir a formação do trombo por diminuir os níveis do fator de von Willebrand,
incrementar a suscetibilidade dos coágulos à fibrinólise e reduzir a agregação de eritrócitos, a
viscosidade e a estase sanguínea.
Os efeitos colaterais mais comuns são reações alérgicas, hipervolemia, desidratação extravascular,
insuficiência renal e aumento significativo do tempo de sangramento.
Esses medicamentos são contraindicados em pacientes com anemia grave, trombocitopenia grave
e concentração reduzida de fibrinogênio plasmático. Além disso, deve-se ter precaução no seu uso
em pacientes com edema pulmonar, insuficiência cardíaca e insuficiência renal.
REFERÊNCIAS