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03/08/2021

Vocês viram Discinese/Discinesia da Escápula?


Departamento de Fisioterapia
Disciplina de Fisioterapia Ortopédica, A. Não
Traumatológica e Reumatológica na Saúde do
Adulto e do Idoso II B. Sim
Profa. Jaqueline de Souza C. Sim, mas não me lembro muito bem

Lesão do Manguito
Rotador

Quem são?
Função(ões)?

E o resto?

Fonte da imagem: Kapandji (2007)

Fonte da imagem: Hebert et al (2016)


Fonte da imagem: Kapandji (2007)

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03/08/2021

Lesão do Manguito Rotador

Uma das doenças mais comuns do ombro


Incidência maior em mulheres (55 a 60 anos)
Fonte da imagem: Hall (2009)
Supraespinhoso – mais afetado
• Região anterossuperior
• Vascularização

• Movimento intra-articular:

Ombro Úmero roda na glenóide


Úmero desliza superiormente – tuberosidade > contra acrômio
• 60º abdu. > força elevação úmero superiormente

Simon e Sherman (2013)

• Dor
• Agravada pela atividade; irradiada p/
braço
Tendinopatia reativa que leva a degeneração
• Anterossuperior – abdu + RE
• Posterossuperior – abdu + RI

• Perda força
Aspectos Clínicos • Ruptura > 30% do tendão p/ apresentar
redução significativa de força

Fonte da imagem: Hebert et al (2016) • Perda de ADM – proporcional a extensão


da ruptura
Multifatorial
• Trauma e microtrauma por repetição
PATOGENIA • Atrito/degeneração • Creptação na região
• Hipovascularização
• Impacto Subacromical (Sind. Impacto)

Hebert et al (2011)
Simon e Sherman (2013)

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Classificações Classificações
- Quanto a magnitude do comprometimento
o Parciais (nem toda espessura do tendão foi rompida) - Quanto a qualidade do tecido/músculo (estadiamento de Goutallier)
o Totais Estágio I Algum depósito adiposo
Estágio II Mais músculo que gordura
- Quanto a geometria
o Crescente Estágio III Músculo = gordura
o Em L Estágio IV Mais gordura que músculo
o Em U Panzina e Gu*erres (2013)
o Maciça e contraída - Quanto a retração do tendão (proposta por Patte)

- Quanto ao tamanho da lesão (Cofield et al) (mais comum)


Grau Dimensão da lesão
I - Pequena < 1 cm
II - Média 1 a 3 cm
III – Grande 3 a 5 cm
IV - Maciça > 5 cm Oliva et al (2015)

Supra ou queda do braço


Belly test - Napoleão

AVALIAÇÃO
Inspeção estática - passivo
Inspeção dinâmica – ativo
Ou Gerber
Função - DASH; SPADI; WORC
Testes especiais

Bear test – Mais sensível

Maior correlação c/:


• lacerações totais
• degeneração
Jobe / Lata-vazia • perda de força Schiefer et al (2012)
Hebert et al (2011) Lee et al (2018)

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Patte: EXAMES DE IMAGEM


Sensibilidade (verdadeiros positivos): 79 a 100%
Especificidade (verdadeiros negativos): 67 a 93% RX
• Aspectos degenerativos
• Formato acrômio
• Distância acrômio-umeral (normal >7mm;
ruptura maciça = <5mm)

US
Hebert et al (2011) • + eficaz rupturas completas
• Diagnóstico diferencial – tendinite e
bursite

RM
• Identifica rupturas parciais
• Identifica estágio de degeneração (atrofia
dos músculos/gordura)

Hebert et al (2011)

AINEs
• Objetivos gerais
Repouso e gelo o Reduzir inflamação/dor
o Recuperar ADM passiva e ativa
TRATAMENTO o Aumentar força e resistência muscular
CLÍNICO Fisioterapia FISIOTERAPIA - o Recuperar Funcionalidade
CONSERVADOR Conservador o Corrigir cinemática e postura
o Prevenir progressão da lesão
Infiltração

PRP (plasma rico em plaquetas)

Simon e Sherman (2013)

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EVIDÊNCIAS EVIDÊNCIAS
Qual o nível de evidência para a terapia por exercício nas lesões totais de manguito?
Grau B - força moderada!

Cirurgia x Tto conservador


Sem diferença clinicamente entre cirurgia e a fisioterapia (período de 1 ano - escore de Constant e dor).
Fisio é modalidade de Eo inicial.
Sugestão: + estudos clínicos randomizados e controlados

TRATAMENTO CIRÚRGICO

Classificação
• Abertas (desinserção do
deltóide ântero-lateral) LESÃO MANGUITO
• Mini-open (cirurgia c/
pequena abertura)
• Videoartroscopia
Materiais:
• Fios
• Parafusos
• Enxerto (sintético;
dérmico...)
Simon e Sherman (2013)
Hebert et al (2011) TÉCNICA FIXAÇÃO TRANSÓSSEA
Fonte da imagem: arquivo próprio. Linha de incisão cirúrgica - Aberta
Han Oh et al (2018) Fonte das imagens: http://www.artrolab.com/p_ombro.php

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REABILITAÇÃO PÓS CIRURGIA


Maioria dos
especialistas L. degenerativas
- especialistas Cuidados relacionados a abordagem cirúrgica
usam fileira única indicam fisio
por 2-6 meses
Incisão cirúrgica
Aberta – evitar ativos 6 a 8 semanas
Tempo de Artroscopia Mini-open – isométricos submáximo apenas na quarta
imobilização – 3 semana
a 6 semanas

Musculatura rompida
Principal Subescapular – cuidar com RE passiva (distende fibras anteriores);
complicação –
capsulite fortalecimento mais tardio
Reabilitação adesiva (4 a 6 semanas)
precoce –
apenas 4,3% dos Infraespinhal e ou redondo menor – cuidar com RI passiva
especialistas Retrações - cautela

Sim on e Sh erm an (2 0 1 3 )
H eb ert et al (2 0 1 1 )

REABILITAÇÃO PÓS CIRURGIA REABILITAÇÃO PÓS CIRURGIA


• Pós-operatório imediato • 4 a 6 semana
Pendulares (a par0r 3 semana)
MS imobilizado – tipóia

Crioterapia (20 min) Exercícios passivos/auto-passivo


Analgesia RE – plano de escápula (PDE) até 30/45graus
Redução inflamação cicatricial Flexão de ombro – no máximo até 90 graus em PDE
Orientações cuidados
Não dormir sobre ombro operado; posicionamento ao leito Exercícios a0vos de cotovelo, punho e mão
Sem carga - peso

Fisioterapia Isometria musc. Escapulares


3 a 4 semanas à quando for rupturas pequenas e médias
6 semanas à quando for rupturas maiores

Simon e Sherman (2013)


Sarmento (2009)
Sarmento (2009)

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REABILITAÇÃO PÓS CIRURGIA


REABILITAÇÃO PÓS CIRURGIA

• 6 a 12 semana • 6 a 12 semana – ELÁSTICO


Pendulares
FASE 1 FASE 2
Exercícios passivos Depressores da cabeça umeral Abdu e flexão até 45°
Flexão – 130° a 145°
RE - 45°

Exercícios ativo-assistidos e ativos


Iniciar movimentos de RI, Adu e Extensão (ativo-assistido)
Resistência inicial – elásticos (se a ADM for maior que 50%)

ALTOS ÍNDICES DE RE-RUPTURA – CUIDADO C/ A EXTENSÃO!

REABILITAÇÃO PÓS CIRURGIA REABILITAÇÃO PÓS CIRURGIA

Extensão – estágios:
• A partir de 12 semana • A partir de 12 semana I – inicial
ADM completa II – intermediário
Alongamentos
III - final
Elevação/flexão PDE em DV
Exercício ativo resistido (carga)
FNP
Exercícios proprioceptivos
Exercícios pliométricos - conforme melhora da força

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REABILITAÇÃO PÓS CIRURGIA

exto

OBJ.: comparar os protocolos de reav. Pós cirurgia


Seleção estudos: protocolos privados (hospitais, residência...) - total de 96 protocolos
Resultados:
- tempo imobilização por 4 a 6 semanas
- maioria sem restrição ADM passiva precoce
- grande variabilidade no período de recomendação de fortalecimento (28% recomendam em 12
semanas; variabilidade > conforme extensão da ruptura)
- grande variabilidade de protocolos

Importância de mais estudos e evidências.

Referências
• SIMON, Robert R.; SHERMAN, Sco4 C.; SHARIEFF, Ghazala Q. Emergências ortopédicas. 6.ed. Porto Alegre: AMGH, 2013.
• Hebert, Sizínio. Ortopedia: exames e diagnósPco. Brasil: Grupo A - Artmed, 2011.
• Panzina e GuPerres. Rutura m aciça da coifa dos rotadores. Soluções? Rev. Port. Ortop. Traum. vol.21 no.3 Lisboa set. 2013
• Du4on, Mark. Guia de sobrevivência do fisioterapeuta: manejando condições comuns. Ed. Artmed, Brasil, 2013.
• Sarmento. Fisioterapia Hospitalar – Pré e pós operatórios. Manole, 2009.
• Sizínio et al. Ortopedia e Traumatologia. Princípios e práPca. Artmed, 2003.
• https://www.youtube.com/watch?v=RDfStbLsj6Q (belly press video)
• Veira et al Lesão do manguito rotador: tratamento e reabilitac ã̧ o. PerspecPvas e tendências atuais. Rev Bras Ortop. 2015;50(6):647–651.
• Magee. Orthopedic Physical Assessment. Elsevier, 2006. • https://www.youtube.com/watch?v=mjQaQyGDvyM (videoartroscopia de
• Oliva et al Rotator Cuff Tears Guidelines . Muscles, Ligaments and Tendons Journal 2015;5 (4):227-263 ombro)
• Han Oh et al. Treatment Strategy for Irreparable Rotator Cuff Tears. Clin Orthop Surg. Junho de 2018; 10 (2): 119-134.
• KAPANDJI, I.A. Fisiologia arPcular. Volume 1, Guanabara Koogan, 2007.
• Schiefer et al. DiagnósPco clínico da ruptura do tendão subescapular com a manobra semiológica bear hug. Rev. bras. ortop. vol.47 no.5 São
Paulo Sept./Oct. 2012
• Lee et al 2018. Subscapularis tears: hidden and forgo4en no more.JSES Open Access. Volume 2, Issue 1, March 2018, Pages 74-83
• MarPns et al. The Brazilian version of Shoulder Pain and Disability Index - translaPon, cultural adaptaPon and reliability.Rev Bras Fisioter.
2010;14(6):527-36

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