Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)
Campus Avançado de Pau dos Ferros (CAPF) Departamento de Letras Estrangeiras (DLE) Curso de Letras/Língua Inglesa e suas Respectivas Literaturas
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.
Danielyson Yure de Queiroz Valentim
Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
“A BNCC por si só não alterará o quadro de desigualdade ainda presente na
Educação Básica do Brasil, mas é essencial para que a mudança tenha início porque, além dos currículos, influenciará a formação inicial e continuada dos educadores, a produção de materiais didáticos, as matrizes de avaliações e os exames nacionais que serão revistos à luz do texto homologado da Base.” (p. 5) - Com o objetivo de reger e promover uma aprendizagem de qualidade para os alunos em todo seu ensino básico, a Basa Nacional Comum Curricular (BNCC) sozinha não consegue acabar com o sucateamento e a desigualdade que nossa Educação sofre, mas apresenta-se como um documento norteador desse para que haja um avanço nesse processo. “No Brasil, um país caracterizado pela autonomia dos entes federados, acentuada diversidade cultural e profundas desigualdades sociais, os sistemas e redes de ensino devem construir currículos, e as escolas precisam elaborar propostas pedagógicas que considerem as necessidades, as possibilidades e os interesses dos estudantes, assim como suas identidades linguísticas, étnicas e culturais.” (p. 15) - O Brasil é um país que abriga uma riqueza e uma diversidade cultural gigantesca. O texto da BNCC, no respectivo trecho mencionado torna relevante a necessidade de se elaborar propostas que abracem essas necessidades. “Diante desse quadro, as decisões curriculares e didático-pedagógicas das Secretarias de Educação, o planejamento do trabalho anual das instituições escolares e as rotinas e os eventos do cotidiano escolar devem levar em consideração a necessidade de superação dessas desigualdades. Para isso, os sistemas e redes de ensino e as instituições escolares devem se planejar com um claro foco na equidade, que pressupõe reconhecer que as necessidades dos estudantes são diferentes.” (p. 15) - Segundo o trecho devidamente mencionado acima, a BNCC procura levar a aprendizagem, garantir que os alunos tenham acesso a ela de forma que a desigualdade venha ser combatida, todos têm direito ao livre acesso, por isso todas as necessidades devem ser levadas em consideração. “Os estudantes dessa fase inserem-se em uma faixa etária que corresponde à transição entre infância e adolescência, marcada por intensas mudanças decorrentes de transformações biológicas, psicológicas, sociais e emocionais.” (p. 60) - Assim como nos fala a citação acima, os alunos que passam dos anos iniciais do ensino fundamental para os anos finais, enfrentam novas questões, além de estarem passando por mudanças biológicas e físicas, encaram mudanças que irão exigir um maior esforço. “Os jovens têm se engajado cada vez mais como protagonistas da cultura digital, envolvendo-se diretamente em novas formas de interação multimidiática e multimodal e de atuação social em rede, que se realizam de modo cada vez mais ágil.” (p. 61) - A cultura gigital que se inseriu na sociedade, atualmente, trouxe seus benefícios e malefícios em uma geração que, praticamente, nasceu nessa era, são praticantes, desde cedo, de meios digitais que facilitam suas vidas. Tais tecnologias exigem dos alunos muito mais atenção e cuidado. “Nessa direção, no Ensino Fundamental – Anos Finais, a escola pode contribuir para o delineamento do projeto de vida dos estudantes, ao estabelecer uma articulação não somente com os anseios desses jovens em relação ao seu futuro, como também com a continuidade dos estudos no Ensino Médio. Esse processo de reflexão sobre o que cada jovem quer ser no futuro, e de planejamento de ações para construir esse futuro, pode representar mais uma possibilidade de desenvolvimento pessoal e social.” (p. 62) - De acordo com o texto, a escola tem a possibilidade de ajudar aos alunos em seus projetos de vidas. Os alunos são acompanhados, desde cedo, pela escola, por educadores profissionais que influenciam em seus processos e transições na vida, os anos finais exigem um maior cuidado, tanto dos alunos quanto dos professores para continuar ajudando os alunos nessa nova etapa. “As linguagens, antes articuladas, passam a ter status próprios de objetos de conhecimento escolar. O importante, assim, é que os estudantes se apropriem das especificidades de cada linguagem, sem perder a visão do todo no qual elas estão inseridas. Mais do que isso, é relevante que compreendam que as linguagens são dinâmicas, e que todos participam desse processo de constante transformação.” (p. 63) - O subtópico referente a área de linguagens da BNCC toma o sujeito inserido nas diversas práticas sociais. O objetivo é inserir o aluno, fazer com que ele seja capaz de se comunicar nas diferentes formas de linguagem. “(...) o tratamento do inglês como língua franca o desvincula da noção de pertencimento a um determinado território e, consequentemente, a culturas típicas de comunidades específicas, legitimando os usos da língua inglesa em seus contextos locais.” (p. 242) - A discussão que a seção traz acerca da terminologia "Inglês como língua franca" torna-se de suma importância, uma vez que desmistifica aquela herança de se achar que existem apenas o inglês americano e britânico. Ensinar a língua inglesa vai além do código escrito, o professor tem a oportunidade de ensinar ao aluno uma nova cultura a própria cultura, assim, contextualizando o ensino da língua a cada realidade vivenciada pelos alunos.