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ANALISE OS CASOS ABAIXO E AS POSSÍVEIS

RESPONSABILIDADES DO EMPREGADOR NOS CASOS ABAIXO.

A) O operador foi contratado pela Multserv em novembro de 2011 para


trabalhar com equipamentos pesados. Em acidente ocorrido em janeiro
de 2012, ele perdeu três dedos da mão direita na polia do trator agrícola
que operava. Na reclamação trabalhista, o empregado, então com 21
anos, disse que a empresa não havia observado as normas de segurança
do trabalho e que as amputações lhe causaram dor, sofrimento e
vergonha.
A empresa será condenada e o empregado deverá receber indenização
por danos morais.

B) Perícia identificou em empregado biólogo o transtorno misto ansioso e


depressivo e também considerou o trabalho como fator contributivo
(concausa) para a perda parcial da capacidade laboral, chegando a se
afastar do serviço em razão da doença, por meio de atestados médicos.
O empregado buscou a justiça e alegou, entre outros aspectos,
perseguição política. Mesmo assim, o empregado foi demitido sem justa
causa.
A empresa desconsiderou as doenças mentais como acidente do
trabalho, a empresa deve, por meio judicial, e indenizar o funcionário.

C) Na reclamação trabalhista, uma auxiliar de serviços gerais contou que,


depois de dois anos de trabalho, começou a sentir dores nos punhos e
que foi diagnosticada com a síndrome em grau grave. Defendeu que
havia adquirido a doença no desempenho das atividades diárias e que
fora dispensada sete meses após retornar de seu afastamento
previdenciário, razão pela qual pleiteou, de forma indenizatória, a
estabilidade acidentária.
Se confirmada que a doença foi consequência do trabalho laboral, a
empresa infringiu as leis trabalhistas que prevê estabilidade de no mínimo
12 meses após o acidente.

D) Um soldador pediu indenização por acidente de trabalho, depois que


uma peça de mais de 100 kg caiu sobre a mão dele enquanto a soldava.
No entanto, ficou comprovado que ele, por decisão própria, não utilizava
equipamento de segurança, atitude que foi determinante no caso.
O trabalhador é considerado culpado do próprio acidente, visto que a
empresa disponibiliza treinamentos e EPI para sua função e o mesmo não
utilizou.

E) Tiaguinho, ou Tiago da Rocha Vieira, foi uma das 71 vítimas fatais do


acidente que ocorreu perto de Medellín, na Colômbia, em 28/11/2016. Ele
era jogador da Chapecoense desde 2010 e tinha 22 anos. Para os pais do
atleta, uma manicure e um motorista que residem em Nova Friburgo (RJ),
ele foi vítima de um típico acidente de trabalho, pois viajava de um país
para outro para disputar partidas de futebol. Na ação contra a
empregadora, eles pediram reparação por danos morais e materiais pela
perda do filho.
O clube foi responsabilizado, visto que o atleta estava exercendo a
função trabalhista no momento da fatalidade.

F)Um motorista alegou que seu quadro de diabetes teria sido agravado
em razão do trabalho. O empregado afirmou na reclamação trabalhista
que sofreu ferimentos no pé direito devido ao atrito com o minério de ferro
dolomita, que teria entrado no seu calçado quando carregava o caminhão.
Em decorrência da diabetes, disse que teve problemas de cicatrização e
que a empresa, mesmo constatando o problema, teria exigido que
continuasse a trabalhar. Isso teria agravado a lesão e gerado processo
infeccioso que, mais tarde, resultaria na amputação das falanges de dois
dedos do seu pé direito. O juízo da 1ª Vara do Trabalho de Guarulhos
julgou improcedentes os pedidos de indenização por dano moral e
material e de reintegração ao emprego. Segundo a sentença, a perda dos
dedos do pé resultou da própria condição de saúde do empregado, não
do acidente narrado por ele. “Quem lê a inicial tem a impressão de que o
empregado, quando estava enlonando o caminhão, teria cortado o pé em
uma lasca pontiaguda de dolomita”, observou o juízo. “Mas, em seu
depoimento, ele esclarece que a tal dolomita estava em pó, que era
quase como uma areia. O problema ocorreu porque tal pó entrou pelo
sapato, e o atrito entre o pó e o interior do sapato acabou arranhando-o”.
A empresa assinalou que o atrito com a dolomita só gerou danos ao
empregado devido à diabetes, uma vez que a infecção e a amputação
dos dedos foram desdobramentos da doença, mas não houve negligência
da empresa.
A empresa não foi responsabilizada de pagar indenização, uma vez que a
amputação só ocorreu por causa da doença já existente do trabalhador, porém
os ferimentos devem ser considerado acidente do trabalho.

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