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T H A L E S T H A U M A T U R G O
I N TOX I CAÇ Õ E S
E XÓ G E N AS
PSIQUIATRIA Prof. Thales Thaumaturgo | Intoxicações Exógenas 2
APRESENTAÇÃO:
PROF. THALES
THAUMATURGO
Seja bem-vindo, Estrategista!
Falaremos, neste resumo, sobre os principais tópicos em
Intoxicações Exógenas, tema muito cobrado nas provas de
Residência.
Não se preocupe em decorar critérios das diferentes
intoxicações! Concentre-se nas principais toxíndromes, focando
em suas causas e seus sintomas, além do respectivo tratamento,
especialmente no caso das que contarem com um antídoto
específico. Compreenda a aplicabilidade de uma medida de
descontaminação! Não se preocupe com doses de medicações!
Bons estudos!
Estratégia MED
@estrategiamed @estrategiamed
t.me/estrategiamed /estrategiamed
Estratégia
MED
PSIQUIATRIA Intoxicações Exógenas Estratégia
MED
SUMÁRIO
1.0 CONCEITO 4
2.0 MEDIDAS GERAIS 4
2 .1 DESCONTAMINAÇÃO DE SUPERFÍCIES 4
2 .2 DESCONTAMINAÇÃO GASTRINTESTINAL 5
3 .2 SÍNDROME ANTICOLINÉRGICA 7
3 .3 SÍNDROME COLINÉRGICA 8
3 .5 SÍNDROME HIPNOSSEDATIVA 10
CAPÍTULO
1.0 CONCEITO
CAPÍTULO
Em caso de contato com os olhos, deve ocorrer a lavagem com pelo menos 1 litro de soro
fisiológico ou água corrente em cada olho.
A descontaminação gástrica é um método que visa retirar do organismo o agente tóxico que foi ingerido antes que aconteça a
absorção sistêmica. Seu emprego é limitado a até 2 horas após a ingestão, mas, preferencialmente, deve acontecer antes de 60 minutos. A
descontaminação gástrica poderá ser feita através de indução de vômitos, lavagem gástrica e carvão ativado.
• Carvão ativado: pode ser ingerido por via oral ou introduzido através de sonda gástrica.
Atualmente, é considerado o método de descontaminação gástrica mais seguro e eficaz. Apesar
disso, pode causar impactação intestinal e vômitos. Para os pacientes que precisarão de uma
endoscopia de emergência, seu uso pode prejudicar a visibilidade do exame.
Fonte: Shutterstock.
CAPÍTULO
A síndrome adrenérgica (SA) é desencadeada por um aumento intenso do tônus simpático, através da ação de catecolaminas como
a adrenalina, a noradrenalina e a dopamina. Portanto, consideramos a SA como uma síndrome simpatomimética, ou seja, ocorre um uma
mimetização de efeitos do sistema nervoso autônomo simpático, causada pela hiperestimulação catecolaminérgica. Os principais agentes
envolvidos nessa toxíndrome são a cocaína, crack e anfetaminas.
O bicarbonato de sódio reage com íons de hidrogênio para corrigir a acidez e produzir alcalemia.
Do ponto de vista cardiovascular, a entrada de íons de sódio do bicarbonato e a correção do pH podem
reverter efeitos de depressão de membrana dependentes de canal de sódio. Suas principais indicações
são quando houver alargamento do QRS>100 ms, hipotensão ou arritmias ventriculares.
A síndrome colinérgica é causada pela inibição da acetilcolinesterase, enzima responsável pela degradação da acetilcolina. Com o
acúmulo da acetilcolina, há o aumento do tônus colinérgico no sistema nervoso central, periférico e autônomo, devido à hiperestimulação
dos receptores muscarínicos e nicotínicos. Os principais agentes envolvidos nessa toxíndrome são do tipo carbamato e organofosforado
(OF), substâncias encontradas na formulação de agrotóxicos, raticidas e inseticidas.
DEPRESSÃO
Os opioides, também conhecidos como drogas “narcóticas”,
RESPIRATÓRIA
são sedativos, hipnóticos e depressores do sistema nervoso central
(SNC) e causam seus efeitos sedativos ao ligarem-se a receptores
específicos no SNC. Os principais sintomas da intoxicação por MIOSE COMA
opioides são letargia, sonolência, bradicardia, hipotensão,
náuseas, vômitos e miose. Em casos mais graves, ocorre coma,
OPIOIDE
depressão respiratória, arritmias cardíacas e choque. A naloxona
é o antídoto da intoxicação opioide.
Aluno Estratégia, fique muito atento à tríade clássica da intoxicação por opioides, composta por depressão respiratória,
rebaixamento do nível de consciência e miose.
A síndrome hipnossedativa é caracterizada por sintomas de depressão das funções neurológicas, através de efeitos de drogas sedativas,
ansiolíticas ou hipnóticas. As principais drogas envolvidas nessa toxíndrome são os fármacos benzodiazepínicos, os barbitúricos e as drogas
“Z”. Todas essas drogas têm em comum uma ação no sistema gabaérgico. Os principais sintomas clínicos encontrados nessa toxíndrome são:
sonolência, depressão respiratória, hipotensão, “fala arrastada”, nistagmo e ataxia cerebelar. Em casos graves podem ocorrer hiporreflexia,
hipotermia, parada respiratória e coma.
• Para os casos em que não há rebaixamento significativo do sensório, monitoramento clínico por algumas horas e medidas de
suporte podem ser suficientes.
• Para as intoxicações graves por benzodiazepínicos ou drogas “Z”: administrar o antídoto flumazenil, por
via endovenosa, iniciando entre 0,1 mg e 0,2 mg e aguardando a resposta clínica. Não há antídoto específico para
a intoxicação por barbitúricos, e o tratamento é de suporte.
CAPÍTULO
CAPÍTULO
Nas intoxicações leves e moderadas, os principais sintomas são gastrointestinais, como náuseas, vômitos e diarreia. Em casos
graves, ocorre hepatite fulminante, acidose lática, miocardiopatia, distúrbios de coagulação, icterícia, rebaixamento do nível de consciência,
encefalopatia, convulsões e morte. Raramente ocorre insuficiência renal aguda. O tratamento é feito com medidas de descontaminação
gástrica e uso de N-acetilcisteína (NAC).
A dose potencialmente tóxica para crianças é acima de 200 mg/kg. Já para os adultos, as doses
potencialmente tóxicas são superiores a 6 - 7 gramas.
A intoxicação por lítio pode causar tremores, ataxia, rigidez muscular, distúrbios gastrointestinais, como vômitos, diarreia e náuseas
com um “gosto metálico na boca”. Em casos graves pode haver rebaixamento do sensório, convulsões, insuficiência renal aguda, arritmias
cardíacas e depressão respiratória. O tratamento é baseado em suporte clínico, pois não há um antídoto específico. Em casos extremos, a
hemodiálise poderá ser indicada. Carvão ativado não é capaz de adsorver o lítio.
A principal fonte de cianeto surge através da combustão de produtos plásticos, que se tornam um gás tóxico que age como um
“asfixiante químico”, inibindo a utilização aeróbia do oxigênio. Isso acaba levando o indivíduo à anóxia e, potencialmente, causa a morte
dentro de apenas alguns minutos após a inalação.
Os principais sintomas dessa intoxicação são: tontura, letargia, dispneia e vômitos. Rapidamente ocorre o rebaixamento do
nível de consciência, acidose respiratória, depressão cardiorrespiratória e morte.
Na intoxicação por hidrocarbonetos, como gasolina, querosene, óleo de motor, óleo mineral, vaselina, não ocorre uma absorção
sistêmica relevante se ingeridos por via oral. Nesses casos o mais importante é saber o que não fazer!
Como não são absorvidos pelo trato gastrointestinal, não se deve administrar carvão ativado, não se deve realizar
lavagem gástrica e não se deve induzir vômitos. Caso sejam inalados, deve-se observar o surgimento de sintomas
respiratórios e estabelecer medidas de suporte.
O metanol é um álcool extremamente tóxico para o organismo. Essa substância pode ser encontrada em solventes, fluidos
anticongelantes de motores e removedores de tinta e pode causar a morte após a ingestão de apenas 100 ml. É precariamente metabolizado
pela álcool-desidrogenase, gerando formaldeído e ácido fórmico, que causam acidose metabólica, rebaixamento do sensório, convulsões,
cegueira, podendo rapidamente levar à morte.
Para evitar a metabolização do metanol e o surgimento de seus subprodutos tóxicos, o antídoto fomepizol ou o
etanol podem ser utilizados para saturar a álcool-desidrogenase, impedindo sua conversão. Além disso, medidas
de descontaminação gástrica podem ser empregadas em intoxicações recentes. Hemodiálise pode ser indicada
para os casos graves.
Os principais sintomas da intoxicação por ferro são vômitos, diarreia e sangramentos do trato gastrointestinal. Em casos graves, pode
ocorrer insuficiência hepática, acidose metabólica, convulsões, encefalopatia e coma.
A deferoxamina é um quelante usado nas intoxicações por ferro. O uso de carvão ativado não é útil no tratamento
dessa intoxicação, pois não adsorve a maioria dos metais adequadamente.
Metais como arsênio, chumbo e mercúrio causam efeitos tóxicos sobre o sistema nervoso central, levam à depressão respiratória,
distúrbios de coagulação e sintomas gastrointestinais. Particularmente, pode haver a descrição de “cólicas de chumbo”, um sinal de gravidade
na intoxicação por chumbo.
Antídotos como EDTA e o dimercaprol, também conhecido como “BAL” ou ainda “antilewisita britânica”, podem
ser empregados nos casos graves.
Os principais sinais e sintomas de intoxicação por esses fármacos são hipotensão e bradicardia. Em casos graves, podem acontecer
arritmias cardíacas, broncoespasmo, depressão respiratória, rebaixamento do nível de consciência, convulsões, hipoglicemia e coma.
O tratamento dos casos graves dessa intoxicação é feito com o antídoto glucagon, especialmente nos pacientes
com bradicardia e hipotensão.
A intoxicação por essas substâncias causa um potente antagonismo da vitamina K, levando a sangramentos, clinicamente manifestados
como equimoses, hemorragias do trato digestivo, hemorragia subconjuntival e até sangramentos no sistema nervoso central.
O antídoto para essas intoxicações é a vitamina K₁. Medidas de descontaminação gástrica podem ser adotadas
nas intoxicações recentes.
CAPÍTULO
Betabloqueadores - glucagon.
Cianeto - hidroxicobalamina.
Opioides – naloxona.
Paracetamol – N - acetilcisteína.
https://bit.ly/3uby7Is
CAPÍTULO
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