ANTITUSSÍGENOS

Profa. Débora Luana

Antussígenos :
Diminuem a frequência da tosse involuntária
Tosse:
 Fenômeno caracterizado pela contração sinérgica
e convulsiva dos músculos expiratórios torácicos e
abdominais.

 É um mecanismo protetor das vias aéreas, cuja

finalidade é limpar a árvore traqueo-brônquica de
partículas estranhas (agentes poluentes –
bactérias - vírus), facilitando assim a sua
eliminação junto com as secreções.

ORIGEM DA TOSSE
1. CAUSAS GERAIS:
* INFECÇÃO VIRAL – BACTERIANA – ASMA – BRONQUITE
CRÔNICA – PNEUMONIA – NEOPLASIA – INSUFICIÊNCIA
CARDÍACA – REFLUXO GASTROESOFÁGICO, INFECÇÕES DAS
VIAS AÉREAS SUPERIORES

2. CAUSAS FARMACOLÓGICAS:
* IECA: CAPTOPRIL –ENALAPRIL –LISINOPRIL (10-30% DOS PACIENTES).
* ANTAGONISTAS DA ANGIOTENSINA II: LOSARTAN - VALSARTAN
* BLOQ. CANAIS DE Ca++: NIFEDIPINA
* FÁRMACOS QUE PODEM PRODUZIR BRONCOESPASMO E DESENCA-
DEAR TOSSE:
- AINES ( Aspirina, ibuprofeno, diclofenaco e piroxicam).
- BETABLOQUEAD. ADENÉRGICOS: Propanolol, timolol.

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 ANTITUSSÍGENOS

1. DEFINIÇÃO: SÃO DROGAS USADAS PARA ABOLIR OU REDUZIR

A TOSSE.

2. O USO DE ANTITUSSÍGENOS SE JUSTIFICA QUANDO A TOSSE

NÃO É PRODUTIVA OU PERIGOSA.
3. OS ANITUSSÍGENOS ATUAM PERIFERICAMENTE CORRIGINDO
A IRRITAÇÃO DA MUCOSA OU BLOQUEANDO OS RECEPTORES
4. ATUAM AO LONGO DO ARCO REFLEXO BLOQUEANDO AS
SINAPSES DOS NEURONIOS SENSITIVOS VAGAIS OU DO
GLOSSOFARINGEO NA MEDULA ESPINAL

5. ELEVANDO O LIMIAR DO CENTRO DA TOSSE

6. OS ANITUSSÍGENOS ATUAM AO LONGO DA VIA EFERENTE

BLOQUEANDO A ATIVAÇÃO DOS MÚSCULOS RESPIRATORIOS

CLASSIFICAÇÃO DOS ANTITUSSÍGENOS

1. DROGAS QUE ATUAM SOBRE O CENTRO BULBAR DA TOSSE:
1.1 – DERIVADOS OPIÁCEOS: CODEÍNA – DEXTROMETORFAN –
NOSCAPINA

2. DROGAS QUE ATUAM NOS RAMOS AFERENTES DO REFLEXO DA

TOSSE:
2.1 ANESTÉSICOS LOCAIS: BENZOCAINA – LIDOCAINA.

3. DROGAS QUE MODIFICAM FATORES MUCOCILIARES OU ATUAM

NOS RAMOS EFERENTES DO REFLEXO DA TOSSE:
3.1 – ANTIHISTAMÍNICOS H1: DIFENIDRAMINA – CLORFENIRAMINA –
TERFENADINA - ASTEMIZOL - LORATADINA
3.2 – ANTIMUSCARÍNICOS: IPATRÓPIO

4. OUTRAS DROGAS NÃO OPIÁCEAS:

4.1- CLOFENADIOL – CARBETAPENTANO – CLOBUTINO – BUTAMIRATO –
BENZONATATO – DIMETOXANATRO – OXALAMINA - CARAMIFENO

CLASSIFICAÇÃO DOS FÁRMACO USADOS NO

TRATAMENTO DA TOSSE

CLASSE DROGAS
1. ANESTÉSICOS LOCAIS LIDOCAINA - BENZONATATO
CARAMIFEN – DIFENIDRAMINA
CLOFENIADOL - EXOLAMINA
CARBETAPENTANO
DIFENIDRAMINA
2. BRONCODILATADORES EFEDRINA - CARBETAPENTANO
OXELADIN
3. MUCOCINÉTICOS BROMEXINA - CARAMIFEN
CLOBUTINOL
VAPOR D’ÁGUA
4. OPIÓIDES CODEÍNA - OXICODONA
FOLCODINA
5. NÃO NARCÓTICOS DEXTROMETORFAN
PROPOXIFENO – NOSCAPINA –
CARAMIFEN -

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 USUALMENTE OS ANTITUSSÍGENOS SÃO
USADOS COMBINADOS COM :

1. MUCOLÍTICOS: QUE TORNAM O MUCO MENOS VISCOSO, O

QUE FACILITA SUA ELIMINAÇÃO
- ACETILCISTEÍNA

2. BRONCODILATADORES: DIMINUEM A RESISTÊNCIA DAS VIAS

AÉREAS
- AGONISTAS B2 ADRENÉRGICOS

3. FLUIDIFICANTES: AUMENTAM A SECREÇÃO DE ÁGUA

- GUAIFENESINA
- IODETO DE POTÁSSIO (HOJE MENOS USADO)

PRINCIPAIS
REPRESENTANTES

CODEÍNA

Papaver somniferum

1. É UM ALCALÓIDE NATURAL EXTRAÍDO DO ÓPIO (Metilmorfina).

2. ALÉM DA AÇÃO ANTITUSSÍGENA É UM IMPORTANTE
ANALGÉSICO DE USO POR VIA ORAL

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 CODEÍNA
FARMACOCINÉTICA

1. ABSORÇÃO: ORAL
2. VIDA MÉDIA: 2-4 horas
3. METABOLISMO HEPÁTICO (10% é desmetilada para formar
morfina)
4. EXCREÇÃO: NA FORMA DE METABÓLITOS POR VIA RENAL

EFEITOS COLATERAIS
1. COMUNS, PORÉM MENORES SE COMPARADOS COM A
MORFINA
2. EFEITOS PRÓPRIOS DA MORFINA: SONOLÊNCIA –
CONSTIPAÇÃO – RISCO POTENCIAL DE DEPRESSÃO DO
CENTRO RESPIRATÓRIO.
3. A TOLERÂNCIA SE DESENVOLVE LENTAMENTE.

DEXTROMETORFANO

1. NÃO ATUA NOS RECEPTORES OPIÓIDES

2. ATUA NO CENTRO DA TOSSE - LOCALIZADO NO BULBO -
ONDE ELEVA O LIMIAR PARA A TOSSE

É USADO NA TOSSE CRÔNICA NÃO PRODUTIVA OU

IRRITATIVA ASSOCIADA A ESTADOS ALÉRGICOS:
FARINGITE, LARINGITE, TABAGISMO EXCESSIVO E
PNEUMONIA.

DEXTROMETORFANO

POSOLOGIA: MONOTERAPIA OU COMBINADO COM

ANTIHISTAMÍNICOS: Adulto:10 a 30 mg cada 6 – 8 horas.

SUA ATIVIDADE ANTITUSSÍGENA É EQUIVALENTE A DA CODEÍNA

COM MENOR POSSIBILIDADE DE DEPENDÊNCIA
IVO –PNEUMONIA E ESTADO CATARRAL

INÍCIO DA AÇÃO ( latência): 15 a 30 minutos.

TEMPO DE AÇÃO: 3 – 6 horas.

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 ANTITUSSÍGENOS
PRINCÍPIO ATIVO AÇÃO UTILIZAÇÃO PRECAUÇÕES
SONOLÊNCIA
CODEÍNA CONTIPAÇÃO
NÁUSEAS E
GERALMENTE VÔMITOS
INIBEM O NO NERVOSISMO
CENTRO TRATAMENTO VERTIGEM
BULBAR DA DA TOSSE (RARAMENTE)
DEXTROMETORFANO TOSSE IRRITATIVA NÃO NÁUSEAS
PRODUTIVA VÔMITOS
DOR ESTOMACAL
CONSTIPAÇÃO

PRECAUÇÕES
1. CODEÍNA: NÃO DEVE SER UTILIZADA POR TEMPO PROLONGADO DURANTE A
GRAVIDEZ
2. DEXTROMETORFANO: É POSSÍVEL QUE POSSA SER UTILIZADO DURANTE A
GRAVIDEZ, MAS SOB RÍGIDO CONTROLE MÉDICO.

BENZONATATO

1. É UM ANESTÉSICO LOCAL QUIMICAMENTE RELACIONADO

COM A PROCAINA

2. MECANISMO DE AÇÃO: ESTABILIZA AS MEMBRANAS DAS

CÉLULAS RECEPTORAS (AÇÃO ANESTÉSICA LOCAL)
LOCALIZADAS NAS VIAS AÉREAS, PULMÃO E PLEURA,
ATENUANDO ASSIM O REFLEXO DA TOSSE DESDE A SUA
ORIGEM

3. EFEITOS COLATERAIS
 CONGESTÃO NASAL
 CALAFRIO
 ERUPÇÃO CUTÂNEA
 MAL ESTAR GASTROINTESTINAL
 NÁUSEAS

CLOFENADIOL
1. QUIMICAMENTE: SE RELACIONA COM DIFENIDRAMINA (ANTI H1).
2. POSSUI EFEITOS ANTIHISTAMÍNICOS
3. USO: TRATAMENTO SINTOMÁTICO DA TOSSE NÃO PRODUTIVA E ASMA
BRÔNQUICA
4. EFEITOS COLATERAIS
- ESTIMULAÇÃO DO SNC
- EXCITAÇÃO
- HIPERIRRITABILIDADE
5.EFEITOS COLATERAIS:
- ESTIMULAÇÃO DO SNC
- EXCITAÇÃO
- HIPERIRRITABILIDADE
- PESADELOS E ALUCINAÇÕES