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VARA
CRIMINAL DA COMARCA DE JUAZEIRO- BA
Processo nº...
Processo nº...
I) DOS FATOS
O réu foi denunciado pela prática do crime art. 155, §4o, inc. IV, e do art.
62, inc. III, do Código Penal brasileiro. Após apresentação da manifestação
cabível pelas partes, o Juiz proferiu sentença, condenando-o a 03 (três) anos e
11 (onze) meses de reclusão, a serem cumpridos em regime inicial aberto e ao
pagamento de multa igual a 121 (cento e vinte e um) dias-multa. O Ministério
Público não interpôs recurso. A defesa foi intimada da sentença, e
inconformado com a decisão de fls., interpôs o presente recurso para o fim de
reforma da sentença condenatória.
II) DO DIREITO
B) DA ATIPICIDADE DA CONDUTA
Tércio foi acusado pela prática do crime art. 155, §4o, inc. IV, e do art.
62, inc. III, do Código Penal brasileiro. Todavia, ao chegar na pocilga, Marizete,
esposa de João Raimundo, autorizou a entrada do réu e, sabendo da divida do
seu amado, liberou a retirada dos porcos. Inclusive, os funcionários do casal
ajudaram na seleção dos animais.
Visto isso, resta evidente a inexistência da conduta delituosa, uma vez
que foi autorizada a entrada do acusado na pocilga pela esposa de João
Raimundo para a retirada dos porcos. Não havendo a configuração do delito de
furto. Logo, não há crime.
Dessa forma, deve Tércio ser absolvido, diante da atipicidade da
conduta, conforme artigo 386, inciso III, do Código de Processo Penal.