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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ...

VARA CRIMINAL DA COMARCA


DE XXXXXXX- XX

Autos do processo nº XXXXXXXXXXXX

PEDRO, qualificado nos presentes autos, por seu procurador infra-assinado, com
procuração anexa, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência,
inconformado com a decisão de fls., interpor o presente

RECURSO DE APELAÇÃO

com fundamento no art. 593, (indicar o inciso), do Código de Processo Penal.


Assim, requer seja recebido e processado o recurso, já com as razões anexas,
remetendo-se os autos ao Tribunal de Justiça.

Termos em que
pede deferimento.

Local..., 15 de Outubro de 2022


Advogado.
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE XXXXXXX

APELANTE: PEDRO
APELADO: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE XXXXXXX
PROCESSO nº.XXXXXXXXXX-XX

RAZÕES DE RECURSO DE APELAÇÃO

Colenda Câmara Criminal Estadual

I – DOS FATOS

No dia 4 de março de 2019, Pedro dependente químico


em reabilitação, insatisfeito com a assistência prestada
por sua mãe em seu tratamento, ateou fogo em imóvel
de propriedade de sua mãe, distante do centro da
comarca, e de outras casas, e totalmente desabitada,
conduta adota por PEDRO, em quanto acometido de
embriaguez total involuntária, uma vez que enquanto se
encontrava em um bar solicitou agua com gás e limão, e o
proprietário adicionou cachaça, que cumulados com os
remédios que usa para tratar sua dependência química, o
colocou em estado de incapacidade de compreender o
caráter ilícito do praticado.

Tendo o Ministério Público apresentado denúncia com


fundamento do artigo 250 do CP. Procedeu o douto juízo
com a produção antecipada de provas, tendo ouvido
testemunhas, em audiência realizada em março de 2021,
tendo confirmado os fatos narrados, e manifestados as
partes, foi condenado o acusado, não tendo sido
apresentadas atenuantes ou agravantes.
Em decisão das demais instâncias procedeu com as causa
de aumento de pena, tendo em vista o meio empregado,
causando risco comum, e nos maus antecedentes de
PEDRO, restando um aumento total de 8 meses.
II – DO DIREITO

A) PRELIMINARES

Tendo em vista a inercia do Ministério Público mesmo


após intimação, verificasse aqui caso de nulidade, uma
vez que com base no artigo 564, III, alínea d, deve o MP,
intervir, em todos os termos da ação por ele intentada, se
tratando de crime de ação pública.

B) DO MÉRITO

Verificasse com base nos testemunhos apresentados, que


há clara e evidente excludente de culpabilidade do
agente, uma vez que mesmo tendo sido cometido fato
típico, no momento de sua ação não tinha a consciência
do caráter ilícito do ato praticado, sendo assim conforme
prevê o artigo 397, II, deve ser o acusado absolvido
sumariamente.

C) SUBSIDIARIAMENTE

Sem prejuízo do acima disposto, devemos ainda observar


o artigo 59 do CP, tendo em vista a culpabilidade no
presente caso, e os fatos de direito para sua exclusão,
não deveria ser aplicada pena privativa de liberdade, mas
sim sua substituição por outra espécie, conforme
disposto no inciso IV, do supramencionado artigo.
E ainda não tendo sido considerado as causas atenuantes
de pena, conforme artigo 65,II e III alínea d.
Podendo de tal forma ser aplicada pena de multa.

III – DO PEDIDO

Ante o exposto, requer seja REFORMADA A DECISÃO DE


1º GRAU, com o consequente PROVIMENTO do presente
recurso, para:

a) Declarar a nulidade do transito da decisão, tendo em


vista a não manifestação do MP.
b) seja declarada a extinção da culpabilidade tendo em
vista a incapacidade do agente de compreender o caráter
ilícito no momento da ação.
c) absolvição, com base no art. 386, inciso IV, do Código
de Processo Penal;

d) substituição da pena privativa de liberdade por


restritiva de direitos; ou multa.

Local..., 15 de Outubro de 2022


Advogado. OAB n.

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