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Educação Não-Formal

Neurociência e a Aprendizagem da Pessoa


com Deficiência em Espaços Não Formais

Responsável pelo Conteúdo:


Prof.ª Me. Carla Rizzo

Revisão Textual:
Prof.ª Esp. Adrielly Camila de Oliveira Rodrigues Vital
Neurociência e a Aprendizagem
da Pessoa com Deficiência em
Espaços Não Formais

• A Aprendizagem em Espaços Não Formais: O que se Aprende nas ONGs?


• A Educação Não Formal como Conhecimento Pedagógico;
• Educação dos Direitos Humanos da Pessoa com Deficiência;
• Aprendizagem dos Conteúdos da Escolarização Formal, em Espaços e
Formas Diferenciadas.


OBJETIVOS

DE APRENDIZADO
• Ampliar a visão quanto às inúmeras formas de aprendizagem, por meio da educação não formal;
• Conhecer o que se aprende nas ONGs que atuam junto às pessoas com deficiência;
• Divulgar as políticas de Direitos Humanos sobre a pessoa com deficiência.
UNIDADE Neurociência e a Aprendizagem da Pessoa com Deficiência em Espaços Não Formais

Contextualização
Para começarmos o estudo desta unidade, convido você a assistir ao vídeo: “Abrigos para
pessoas com deficiência são ‘degradantes’, denuncia ONG”, realizado pela TV Brasil em
24/05/2018. Disponível em: https://youtu.be/wL2Yh8edD9I

Gostou da reportagem da TV Brasil? No vídeo fica evidente a importância e o


papel da ONG Internacional Human Rights Watch referente à denúncia das más
condições dos abrigos brasileiros que atendem pessoas com deficiência.

Segundo a ONG Internacional Human Rights Watch (2018), nos 19 abrigos brasi-
leiros analisados, percebe-se violação dos direitos da pessoa com deficiência, como
longos períodos de confinamento nos quartos ou leitos, superlotação nas instituições,
problemas de acessibilidade e condições precárias de tratamento.

Atualmente, observa-se um ataque desnecessário do Governo Federal em relação


às ONGs nacionais e internacionais que atuam em diversos segmentos, tais como:
meio ambiente, cultura, educação, saúde, moradia, segurança pública, entre outras.

O Governo Federal procura diminuir ou denegrir, de modo geral, o trabalho das ONGs, quando
menciona que não servem para nada, apenas para desviar verbas e encher a paciência dos
políticos. Será mesmo?
É evidente que existem ONGs, no Brasil e no mundo, que não cumprem sua missão política,
administrativa, financeira e social. Estas devem ser banidas e extintas das políticas públicas
e assistenciais dos movimentos sociais.
Esse incômodo do Governo Federal, talvez esteja relacionado à dificuldade de olhar para
a incompetência da própria Federação Brasileira em não conseguir atender boa parte das
necessidades das pessoas com deficiência ou outros segmentos sociais. As ONGs deixam o
“Rei Nu”, concordam?

Figura 1 – Que mundo é esse? A invisibildade de alguns grupos sociais


Fonte: Getty Images

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A pergunta que não quer calar: como seria a vida das pessoas com deficiência
sem o trabalho da ONG Vetel e a pressão da ONG Human Rights Watch (2018),
sendo que o governo brasileiro, em geral, é omisso quanto às necessidades dessa
população? Pessoas que vivem no desalento, em estado deprimente, subjugadas ao
acaso, abandonadas pelo poder público, ano após ano...

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UNIDADE Neurociência e a Aprendizagem da Pessoa com Deficiência em Espaços Não Formais

A Aprendizagem em Espaços Não Formais:


O que se Aprende nas ONGs?
Nessa unidade estudaremos o papel das ONGs e o impacto da educação não
formal no processo educativo das pessoas com deficiência. Na sociedade moderna e
capitalista, as pessoas com deficiência, de modo geral, sofrem preconceito acompa-
nhado de marginalização, o estranhamento. O estigma negativo em relação às pes-
soas com deficiência é explicitado na Agenda 2030 para educação global, elaborado
pela Unesco em 2019, pág. 13:
Quadro 2. Educação inclusiva para crianças com deficiência

Crianças com deficiência estão entre os grupos mais marginalizados e


excluídos; rotineiramente é negado a elas o direito à educação de qualidade
(WHO; World Bank, 2011). As políticas variam consideravelmente em
todo o mundo, alguns países priorizam a educação para essas crianças
em diferentes contextos: escolas e centros especiais; aulas especiais em
escolas integradas; ou escolas inclusivas que trabalhem para identificar
e remover barreiras, e permitir que cada estudante tenha participação e
conquistas em ambientes convencionais. Estabelecer escolas inclusivas é
considerado como desejável para igualdade de direitos humanos, e possui
benefícios educacionais, sociais e econômicos.

Com a evolução do mundo moderno e o desenvolvimento das instituições sociais,


entre elas a escola, a pessoa com deficiência foi se distanciando cada vez mais das
necessidades e expectativas sociais sobre como ela deveria ser ou se comportar
na sociedade. O estigma negativo em relação a essas pessoas foi ficando cada vez
maior, explica Glat e Antunes (2019). E, na escola, o processo de estranhamento
não foi ou é diferente!

Figura 2 – O mundo moderno e suas mazelas


Fonte: Getty Images

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Você já deve ter ouvido falar da Unesco. Ela é uma agência ou organização especializada em
educação, que visa valorizar a paz e o desenvolvimento sustentável no mundo. Também é
responsável por liderar um movimento global pela erradicação da pobreza por meio de 17
objetivos sobre Desenvolvimento Sustentável, assim como liderar e coordenar a Agenda 2030.

A Unesco (2019, p. 2) acredita que a educação é essencial para se alcançar todos


os objetivos da Agenda 2030 e tem o seu próprio objetivo dedicado a “garantir uma
educação de qualidade inclusiva e equitativa e promover oportunidades de aprendi-
zagem que permanecerão para o resto da vida para todos”:
O Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 4 (ODS 4) sobre educação
clama por educação inclusiva e equitativa de qualidade e oportunidades
de aprendizagem ao longo da vida para todos até 2030. Enfatiza inclusão
e equidade como alicerces para educação e aprendizagem de qualidade.
O ODS 4 também pede pela construção e atualização de instalações edu-
cacionais que sejam sensíveis às crianças, às deficiências e às questões de
gênero, de forma a proporcionar um ambiente de aprendizagem seguro,
não violento, inclusivo e eficaz para todos. (UNESCO, 2019, p. 2)

Em outras palavras, a Unesco tem um plano muito ambicioso: lutar por uma
política educacional mundial que seja inclusiva e equitativa para todos. Segundo
a Unesco 2019), muitos fatores podem dificultar ou facilitar a implementação de
práticas inclusivas e equitativas nos sistemas educacionais: formação e atitudes de
professores, concepções de educação, infraestrutura, metodologias e estratégias
pedagógicas, currículo, entre outros.

Conheça o “Manual para garantir a inclusão e equidade na Educação” – Agenda 2030.


Publicado em 2019 pela Organização das Nações Unidas (ONU) para a Educação, a Ciência e
a Cultura, disponível em: https://bit.ly/3hLcUyP

Em geral, as escolas brasileiras estão longe de garantir acesso ou condições adequadas para
que todos os alunos possam usufruir verdadeiramente de um ambiente inclusivo. No Brasil,
como fazer para nenhum estudante ficar para trás?

Você conhece o significado dos termos-chave “inclusão e equidade”, propostos


pela Unesco?
Quadro 1. Termos-chave
Inclusão: é o processo que ajuda a superar barreiras que limitam a pre-
sença, participação e conquistas dos estudantes.
Equidade: é garantir que existe uma preocupação com justiça/processos
justos, de modo que a educação de todos os estudantes seja considerada
como de igual importância. (UNESCO, 2019, p. 13)

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Figura 3 – Luta contra desigualdade


Fonte: Getty Images

Desta forma, se a escola, em geral, não atende de maneira equitativa todos os


seus estudantes, as ONGs funcionam como o berço de inúmeras práticas em edu-
cação não formal, e por isso acabam ganhando espaço na vida de muitas pessoas
com deficiência:
As práticas da Educação Não Formal se desenvolvem usualmente extra-
muros escolares, por meio de organizações sociais, movimentos, pro-
gramas de formação sobre direitos humanos, cidadania, práticas iden-
titárias, lutas contra desigualdades e exclusões sociais. Elas estão no
centro das atividades das Organizações Não Governamentais (ONGs),
nos programas de inclusão social, especialmente no campo das artes, da
educação e da cultura. (GOHN, 2016, p. 61)

Importante!
O que as pessoas com deficiência aprendem numa ONG ou em outros espaços não formais?
Segundo Gohn (2016, pág. 61), “dentre outras agências de Educação Não Formal no campo
da cultura, encontram-se cinemas, galerias de arte, museus etc.”. E as práticas não
formais desenvolvem-se também no exercício de participação em conselhos gestores,
nas formas colegiadas e institucionalizadas de representantes da sociedade civil.

Convido você a assistir ao vídeo chamado “Educação não formal”, produzido pela Secretaria
da Cultura, Jornal Futura – 20/04/2009, disponível em: https://youtu.be/pHAKz5hKnqg

Gostou do vídeo? Ele elucida as contribuições da educação não formal na apren-


dizagem e na construção do conhecimento fora dos muros da escola para pessoas
com deficiência. São projetos educacionais que utilizam o esporte, a arte e a cultura
como ferramentas para o aprendizado da pessoa com deficiência.

No vídeo, você observou como a moça com deficiência visual estava imersa num
intenso processo de aprendizagem sensorial, emocional, cognitiva e social? Pelo toque
e pela audição, ela conseguia perceber as características das obras artísticas e ainda

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expressar impressões emocionais, sentimentais, sensoriais e intelectuais sobre a reali-
dade retratada pelo artista, o período histórico da pintura, aprendendo novos conhe-
cimentos. O relato daquela moça revela o impacto da educação não formal na cons-
trução do conhecimento e aprendizagem da pessoa com deficiência. Note, podemos
considerar que a educação não formal é rica para qualquer estudante com ou sem
deficiência, bem como de qualquer etnia, gênero ou classe social.

Infelizmente, na minha visão, existe uma distorção sobre o papel da educação


não formal, muito bem expressada pela estudiosa Valéria Aroeira Garcia (2013):
Considerando a nomenclatura ‘Educação Não Formal’, parece coerente
que, para desvincular da oposição à Educação Formal e para evidenciar
o compromisso com questões sociais, poderíamos, ao nos referirmos às
propostas de atuações com crianças, jovens, adultos e idosos que visam
transformações sociais, denominá-las de ‘educação social’.
Por outro lado, essa atitude também pode ser compreendida como uma
postura segregacionista, uma vez que a chamada ‘educação social’ possa
ser somente para aqueles que se enquadram nos critérios da exclusão
social, de conflito social, vulnerabilidade social ou risco social. Corre-se
o risco também, de que propostas consideradas como ‘educação social’,
sejam utilizadas como ‘para-choque social’, com a intenção de eliminar
ou atenuar tensões e conflitos. (p. 9)

Em seu texto: “Papel do social e da educação não formal nas discussões e ações
educacionais”, Garcia explica (2013) que as “populações marginalizadas” (inclui-se
também as pessoas com deficiência) não podem ser vítimas das propostas pensadas
para elas [...], delegando à educação social o estereótipo da educação que é ofere-
cida somente àqueles que têm algum problema de convívio social ou econômico,
entre outros. Ela também ressalta que as crianças e jovens de classe alta e média
acabam se beneficiando das atividades desenvolvidas na educação não formal, uma
opção a mais, um complemento para a formação, seja escolar, seja familiar. Entre-
tanto, para as crianças e jovens das classes menos favorecidas, excluídas ou pobres,
essa educação é compreendida como aquela que irá compensar o que faltou em sua
formação no cotidiano da família e da escola.

Figura 4 – ONGs e o aprendizado do voluntariado social


Fonte: Getty Images

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Em outras palavras, a autora Valéria Garcia (2013) nos alerta que a educação não formal
oferecida para as camadas média e alta da sociedade, amplia a formação desses indivíduos,
enquanto a educação social oferecida para as camadas das populações menos favorecidas
ou excluídas socialmente, parece tentar igualar, compensar ou reparar o que faltou na for-
mação dessas pessoas. Você concorda?

Observe, a educação não formal tem características próprias, que acontecem fora
da escola, mas pode ser articulada junto à educação formal (aquela praticada na
escola e desenvolvida por meio de disciplinas, currículos e planejamento pedagógico)
e à educação informal (aprendida na relação com a família, o bairro, a religião, etc.).
Na educação não formal, os saberes e os aprendizados, explica Gohn (2016), acon-
tecem ao longo da vida e são experimentados principalmente em projetos ou movi-
mentos sociais, envolvendo a cultura, o esporte, a educação, o lazer, entre outros.

Segundo Gohn (2013, p. 13), a educação não formal:


Contribui para a produção do saber na medida em que atua no campo em
que os indivíduos atuam como cidadãos. Ela aglutina ideias e saberes, pro-
duzidos pelo compartilhamento de experiências, produz conhecimento
pela reflexão, faz o cruzamento entre saberes herdados e saberes novos,
adquiridos na prática de vivências.

Figura 5 – ONGS: o celeiro dos espaços da educação não formal


Fonte: Getty Images

Importante!
Sendo assim, as ONGS, explica Gohn (2016), são o grande celeiro de espaços e lugares das
práticas de educação não formal, especialmente para aqueles que são segregados ou mais
vulneráveis na sociedade capitalista e globalizada. Você concorda?

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Para Gohn (2016), a educação não formal favorece os processos de autoapren-
dizagem e aprendizagem coletiva construída por meio das experiências em comu-
nidade, organizadas em eixos temáticos, tais como: questões de acessibilidade para
pessoas com deficiência, de gênero, de gerações, de etnia, entre outros.

A Educação Não Formal como


Conhecimento Pedagógico
As ONGs, segmentos do terceiro setor, acabam incorporando e promovendo
importantes experiências na área educacional-pedagógica junto às pessoas com
deficiência, mas não estão vinculadas às estruturas da educação formal, realizada
no interior das escolas.

Neste sentido, as ONGs que atuam junto às pessoas com deficiência têm maior
autonomia para trabalhar as diversas áreas do conhecimento e ainda promover
aprendizagens pedagógicas mais significativas, flexíveis e criativas, considerando o
saber popular dos envolvidos nesse processo educacional.

Dessa forma, as práticas desenvolvidas pela educação não formal, em geral, no


interior das ONGs, favorecem a aprendizagem das pessoas com deficiência, uma vez
que consideram o ritmo biopsicossocial desses indivíduos. Consequentemente, esses
cenários educativos promovidos pelas ONGs acabam tendo forte impacto e influência
no desenvolvimento psicoafetivo, cognitivo e social da pessoa com deficiência.

Convido você a assistir ao vídeo “ONG promove formação para pessoas com deficiência
intelectual em Florianópolis” realizado pelo Jornal do SBT que corrobora com as ideias
desenvolvidas acima, Projeto Compasso, para pessoas com deficiência intelectual.
Ddisponível em: https://youtu.be/fmcyaCqLzxM

Gostou do vídeo? É preciso ressaltar que a riqueza da educação não formal está prin-
cipalmente alicerçada no convívio coletivo de diferentes origens, equipes multidiscipli-
nares com formações diferenciadas, que se propõem a desenvolver as habilidades, os
potenciais e os direitos individuais das pessoas com deficiência que foram renegados,
negligenciados ou pouco trabalhados durante a sua permanência na escola.

O vídeo que você acabou de assistir, apenas confirma o que estudamos até agora,
ou seja, a construção da aprendizagem não é tarefa apenas da escola. Os processos
pedagógicos desenvolvidos pelas ONGs, em geral, acontecem na experiência do dia
a dia, nos saberes constituídos pela história de vida pessoal e profissional de cada
pessoa que atua nessas organizações, como a ONG Compasso. A idealizadora desse
projeto social, Deise, é brasileira e formada fora do país em Psicopedagogia Cura-
tiva, e a instrutora da horta é brasileira e formada em Agronomia. Ambas realizam
um trabalho educativo maravilhoso, complexo e premiado dentro e fora do Brasil,

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uma vez que desenvolvem um vasto campo de aprendizagem para pessoas com
deficiência: valorização do potencial e a individualidade, preparação para o mercado
de trabalho, ensinamento de valores de sustentabilidade e amor à terra e à natureza,
e ainda, auxílio no tratamento psicológico desses indivíduos. Conforme depoimento
da mãe de uma das pessoas com deficiência, se não fosse o Projeto Compasso, sua
filha estaria à deriva, sem atividades para fazer após o término da escola e, provavel-
mente, seria mais uma pessoa “abandonada” pelo sistema social brasileiro.

A escola brasileira tem um longo caminho a percorrer no que concerne ao


conhecimento pedagógico. Geralmente, suas atividades pedagógicas são focadas
em conteúdos distantes da realidade e interesse dos alunos com ou sem deficiência.
Existe uma grande valorização do conhecimento subdividido em disciplinas que
nem sempre estão inter-relacionadas, do intelecto, da abstração e da primazia do
racionalismo pragmático.

Infelizmente, de modo geral, as atividades lúdicas, afetivas, artísticas, filosóficas,


sociológicas e políticas não são tão valorizadas no projeto pedagógico das escolas,
apesar da defesa veemente desses conhecimentos e conteúdos estar presente na
fundamentação teórica. Por outro lado, assuntos pertinentes às propostas didá-
ticas, busca de novas estratégias metodológicas, reavaliações frequentes do currículo,
planejamento, disciplinas transdisciplinares e formação de professores pautam o
conhecimento pedagógico valorizado pelo legado da educação formal.

Na minha visão, como professora universitária, falta integração entre os saberes


construídos e aprendidos dentro e fora da escola.

Educação dos Direitos Humanos


da Pessoa Com Deficiência
Para Braga e Schumacher (2013, p. 382):
O reconhecimento representa as condições que permitem aos sujeitos
formas de autorrelação positiva, possibilitando autoconfiança, autorrespeito
e autoestima, bases para a percepção de um sentimento interno de auto-
nomia que o próprio agente desenvolve e vivencia. Esses dispositivos devem
ser compreendidos como pressupostos universais da integridade pessoal,
dependentes de relações intersubjetivas e historicamente variáveis.

Em outras palavras, explicam Braga e Schumacher (2013), por meio das ideias de
Honneth (2006), a noção de justiça ou bem-estar de uma sociedade depende basi-
camente da sua capacidade de assegurar as condições de reconhecimento mútuo
em que a formação da identidade pessoal e a autorrealização individual possam
desenvolver-se de maneira plena.

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As ações educativas desenvolvidas pelas ONGs e/ou grupos de movimentos
sociais, em geral, têm como base a defesa de uma sociedade justa, com valores éticos
e que consideram a integração positiva entre seus membros para que possam “viver
uma vida boa” (viver uma vida ética).

Podemos considerar que o processo de inclusão da pessoa com deficiência ou dos


grupos marginalizados acontece quando estes conseguem participar integralmente
da vida social.

Falando em “vida boa”, ou melhor, “vida pautada na ética”, convido você a assistir a exce-
lente palestra da prof. Dra. Terezinha Rios “Filosofia da Educação – Aula 16 – Caráter
reflexivo da ética”. Disponível em: https://youtu.be/fdWUm2ErJOQ

Figura 6 – Ética: a manifestação do bem comum coletivo


Fonte: Getty Images

Segundo a profa. Dra. Terezinha Rios (2015), o bem comum é a raiz da ética.
Pergunto a você, a pessoa com deficiência (crianças, jovens, adultos e idosos) ou as
camadas excluídas da sociedade brasileira são respeitadas e incluídas na vida social,
tem uma “vida boa” ou “uma vida digna de ser vivida”?

Nas ONGs ou Movimentos da Sociedade Civil, quais aprendizagens devem ser


garantidas e conscientizadas em relação aos direitos humanos da pessoa com defici-
ência? E a resposta é:
• O exercício da convivência social com objetivo central à formação íntegra
desse cidadão;
• A partilha de experiências pessoais, emocionais e cognitivas sobre a deficiência;
• O diálogo sobre os aspectos limitadores e facilitadores da condição biológica-
corporal da deficiência, da inteligência, do movimento humano, da sociabilidade,
da moralidade, do conhecimento, entre outros;

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• O fortalecimento da sua autoimagem, autoestima e autorrealização, por meio de


novas vivências emocionais, cognitivas e sociais, a partir do conhecimento de si
e do outro, bem como da consciência dos seus direitos;
• Oportunidades de espaços protegidos para que a pessoa com deficiência possa
dialogar, interagir e discutir aspectos desafiadores do seu cotidiano, estimulando-a
a encontrar soluções para suas problemáticas e oferecendo a presença de profis-
sionais ou pessoas incentivadoras para o seu desenvolvimento integral.

Figura 7 – Valores que não tem preço


Fonte: Getty Images

Para finalizar, conheça alguns aspectos sobre o estudo dos direitos da pessoa com defici-
ência. Convido você a assistir ao vídeo do prof. Marco Miguel “Resolução 230 CNJ: Artigo
2 – aula 02”. Disponível em: https://youtu.be/dDycDbvPKNE

Gostou do vídeo? Com base na aula do prof. Marco Miguel, “Resolução 230 do
CNJ”, é possível afirmar que a sociedade brasileira reconhece e respeita os direitos
da pessoa com deficiência? A pessoa com deficiência tem uma “vida boa”, segundo
a aula da profa. Dra. Terezinha Rios?

Aprendizagem dos Conteúdos da


Escolarização Formal, em Espaços
e Formas Diferenciadas
Infelizmente, na área educacional, existe a tendência de dar valor aos conheci-
mentos ensinados na escola e desvalorizar os saberes constituídos fora dos muros

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escolares, como as práticas pedagógicas realizadas em ONGs, igrejas, hospitais,
brinquedotecas, museus, zoológicos, fundações, teatros, entre outros.

Segundo Garcia e Rotta (2011, p. 05):


Desta forma, os saberes que não se baseiam na formalidade educacional
são considerados como ‘menores’, menos sérios, ingênuos, por operarem
muitas vezes em outros tempos e espaços, que não o da instituição escolar –
tempos dispersos da tradição, do mito, da memória, da oralidade, da prática.

Importante!
Quando nos referimos à área da Educação, nosso pensamento automaticamente nos
remete aos processos escolares, concorda? A educação acontece ao longo de toda a
vida, dentro e fora da escola (educação formal – ensino infantil até a academia).
De modo geral, na minha visão, também é um grande equívoco o curso de Pedagogia
priorizar a atuação do pedagogo na Educação Formal, em especial na sala de aula. Atual-
mente, nos cursos de Pedagogia, existe um redirecionamento dos seus currículos para o
atendimento das novas demandas educativas: terceiro setor, movimentos sociais, funda-
ções, empresas ou em outros espaços não formais, mas esse processo ainda é iniciante.

Do nascimento à morte, a educação é um processo contínuo, que envolve experi-


ências psicoafetivas, corporais, emocionais, sexuais, cognitivas, místicas, espirituais
e sociais entre os seres humanos. A educação está presente na ação e organização
de todas as sociedades e o processo de aprendizagem, conhecimento e desenvolvi-
mento humano acontece no cerne das relações sociais que se consolidam na história
da humanidade e em múltiplos espaços e lugares.

Figura 8 – A importância dos relacionamentos psicoafetivos


Fonte: Getty Images

Então, vamos conhecer algumas experiências interessantes em educação não formal e


que fazem a diferença no desenvolvimento da pessoa com deficiência? Assista ao vídeo
“Parsifal 25 anos” disponível em: https://bit.ly/2N9M8lV

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Você observou como a equipe do Projeto Social desenvolvido pela Parsifal é composta por
profissionais com múltiplas formações acadêmicas? Esta é uma característica dos traba-
lhos desenvolvidos em educação não formal. Observe que o tipo de acolhimento afetivo,
emocional e social que as crianças, jovens e adultos recebem no Instituto Parsifal é muito
diferente do que é praticado nas escolas brasileiras, salvo algumas exceções, é lógico. Existe
uma preocupação com a preparação do ambiente físico e emocional nas várias oficinas
oferecidas pela Parsifal, o que, em geral, não encontramos nos espaços das nossas escolas
públicas ou privadas. O tipo de conhecimento proposto complementa o currículo da Escola
Waldorf. Gostou? Vamos seguir para outra experiência!

Figura 9 – Aprendendo a ser humano


Fonte: Getty Images

Assista ao vídeo “Deficientes Visuais ZOO” do Jornal do SBT.


Disponível em: https://youtu.be/WYpTY0WpBec

O Projeto Deficiente ZOO foi planejado para que as crianças e jovens com defi-
ciência visual pudessem conhecer a vida de alguns animais do zoológico, tais como:
hipopótamos, girafas, aves, entre outros.

Note quantos aprendizados foram possíveis com a visita ao zoológico. O incrível projeto
planejado por biólogos e tratadores de animais tem como objetivo central promover o
estudo dos animais por meio de experiências sensoriais com o tato, os gestos, a audição,
etc. Os animais foram treinados para poderem ser tocados e alimentados pelos alunos com
deficiência visual. Muitas aprendizagens permanecerão para sempre no coração desses
estudantes, tais como: respeito pelos animais, estudo sobre a vida social e cadeia alimen-
tar dos animais e a sensação de interação com a natureza, entre outros conhecimentos
aprendidos de forma muito prazerosa.
Dessa maneira, o estudo do meio e a oficina sensorial deixaram a aprendizagem muito mais
rica e significativa para as pessoas com deficiência visual, uma vez que os jovens puderam
tocar e sentir, além de conversar com os biólogos sobre o cotidiano dos animais. Na escola,

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esse tipo de estratégia metodológica ficaria praticamente inviável, devido à forma estrutu-
rada do currículo, falta de formação dos professores, espaço inadequado, falta de recursos
humanos e materiais. A aprendizagem realizada de forma livresca pelo universo escolar não
gera o mesmo impacto da oficina sensorial e da experimentação prática, tão importante
para o atendimento das necessidades de pessoas com deficiência.

Figura 10 – A educação não formal: o respeito a pluralidade


Fonte: Getty Images

ONG Marati & Zoonose: Terapia com cães ajudando crianças com lesões neurológicas.
Assista ao vídeo “Terapia com cães ajudando crianças com lesões neurológicas”.
Disponível em: https://youtu.be/AD_I8aBVUYo

Em Jundiaí, SP, os cães de uma zoonose estão sendo utilizados para o tratamento
de crianças com lesões cerebrais. O resultado é incrível e as crianças verbalizam os
inúmeros aprendizados.

É emocionante escutar os relatos das crianças aprendendo sobre o seu próprio corpo
e auscultando o coração dos cachorros junto aos veterinários. Na zoonose, escutam
histórias, conhecem a vida dos animais abandonados e aprendem noções básicas de
respeito aos direitos dos animais e seres vivos. Também é nítido o desenvolvimento
da linguagem, da cognição e da afetividade dessas crianças. Poucas escolas permitem
o contato direto com animais e quando o fazem, infelizmente, nem sempre cuidam
deles com respeito e amor.

ONG viva e deixe viver e o Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de SP. Assista ao
vídeo “Crianças Psiquiatria “ e compreenda a situação de crianças que passaram por maus
tratos ou que apresentam Transtornos Mentais Graves.
Disponível em: https://youtu.be/1JJjI04g3nk

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Durante muitos anos pessoas que apresentavam transtornos mentais, tais como psicose,
esquizofrenia, espectro autista, entre outros, eram confinadas em abrigos, asilos, casas
de caridade ou hospitais psiquiátricos, porque as famílias desconheciam os tratamentos e
ainda sofriam muitos preconceitos em seu meio social. Em geral, essas pessoas eram aban-
donadas em manicômios até a morte. Atualmente, muitos avanços foram realizados no
tratamento para os transtornos mentais, tais como as terapias medicamentosas e as tera-
pias cognitivas comportamentais. Entretanto, algumas ONGs também desenvolvem práti-
cas de aprendizagens interessantes na área psiquiátrica. Por intermédio de “contadores de
histórias”, as crianças do Instituto de Psiquiatria do HC voltaram a brincar, a experimentar
situações prazerosas e a expressar-se corporalmente por meio da apresentação de teatros.
Estão aprendendo a se relacionar com outras pessoas e com o mundo ao seu redor. Isso é
fantástico, concorda?

As quatro ONGs apresentadas confirmam como as crianças, jovens, adultos


e idosos podem se beneficiar dos trabalhos realizados fora do espaço escolar.
A educação não formal favorece práticas de ensino e aprendizagem que beneficia a
todos: profissionais das diversas áreas do conhecimento e pessoas com deficiência.
Mas, explica Garcia e Rotta (2011, p. 06):
A Educação Não Formal tem um território e uma maneira de se organizar
e de se relacionar que lhe é própria e, assim, não é oportuno que utilize
de características e instrumentos que são do campo da Educação Formal
para pensar e se referir à Educação Não Formal. É necessária a criação
de outros caracteres para a análise e estudo desse novo conceito, que cir-
cula sobre outro plano, ou seja, o plano de imanência da Educação Não
Formal é outro, que não o da Educação Formal.

Nos quatro vídeos assistidos, é possível perceber a enorme diversidade de profis-


sionais que se unem para realizar projetos sociais ímpares. Encontramos professores
de teatro, dança, biologia, medicina veterinária, artes plásticas, expressão corporal,
psiquiatras, psicólogos, etc.

Para finalizar, a riqueza da educação não formal está no conhecimento distinto


que cada profissional pode acrescentar para os projetos sociais realizados junto às
pessoas com deficiência:
[...] Essas pessoas têm um saber que lhes é próprio e que é construído
em diferentes situações e lugares, podendo ser desde cursos acadêmicos
(de graduação e/ou pós-graduação), como uma série de outras situações
de aprendizagem, como autodidatas, com saberes advindos de práticas
urbanas (aprendidos e desenvolvidos em grupos nos espaços públicos das
cidades – praças, ruas, bairros, favelas).

Existe uma grande quantidade de ONGs sérias e compromissadas que realizam


trabalhos maravilhosos junto às pessoas com deficiência. Espero conseguir despertar
em você as múltiplas possibilidades de atuação profissional no campo da educação.
E que, em especial, os pedagogos e outros profissionais das áreas do conhecimento
percebam a valiosa contribuição das práticas pedagógicas em espaços não formais.

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Vídeos
Estatuto da Pessoa com Deficiência – Aula 01 – Lei 13146/2015
https://youtu.be/kv9wnLcjiYM
Diálogos sobre Educação Inclusiva como Prevenção do Fracasso Escolar – Terezinha Rios
https://youtu.be/gXpOqoXfm28

Leitura
Autopercepção de Pessoas com Deficiência Intelectual sobre Deficiência, Estigma e Preconceito
https://bit.ly/3egvtcl
ONGs Enquanto Espaço Não Escolar: De quais Competências Estamos Falando?
OLIVEIRA, A. A. R.; CAVALCANTI, M. da C. M. ONGs enquanto espaço não
escolar: de quais competências estamos falando? XXII EPENN – GT-06 – Educação
Popular – Encontro de Pesquisa Educacional do Norte e Nordeste – Natal: Rio
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