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SUMÁRIO
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 2
GABARITO .................................................................................................................................................... 55

MUDE SUA VIDA!


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EXERCÍCIOS
Ano: 2018 Banca: NC-UFPR Órgão: Prefeitura de Curitiba - PR Prova: NC-UFPR 2018 –
Prefeitura de Curitiba – PR – Profissional do Magistério – Docência II – Língua Portuguesa
Tema: Direitos Fundamentais - Direito à Educação
1. Um estudante menor de idade tentou conversar com a diretora da escola sobre critérios
de avaliação utilizados por um professor. A diretora da escola considerou tal atitude
improcedente, não viabilizou diálogo e encerrou o caso. Com base nessa situação
hipotética, e à luz do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei nº 8.069/90,
Capítulo IV, assinale a alternativa correta.
a) A diretora agiu em conformidade com o ECA, posto que não se aplica o direito à
contestação de critérios avaliativos por parte de estudantes menores.
b) A competência para apurar critérios avaliativos é dever restrito à equipe pedagógica. A
diretora agiu conforme o ECA, pelo qual a contestação por parte de estudantes pode ser
interpretada como desrespeito.
c) A fim de proteger e assegurar o direito à aprendizagem do estudante, a atitude da
diretora foi coerente com os princípios educacionais que orientam que as avaliações
escolares devem ser consideradas medidas socioeducativas invioláveis.
d) atitude da diretora violou o ECA, visto que essa lei assegura o direito da criança e do
adolescente de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares
superiores.
e) Visando garantir o respeito e a autonomia do professor em sala de aula, o ECA estabelece
que os dirigentes de estabelecimentos de ensino devem considerar contestações de
estudantes somente quando houver elevados níveis de repetência, razão pela qual a
diretora agiu corretamente.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra D.


A questão versa sobre os direitos das crianças e dos adolescentes quanto ao
campo “educação”. De início, podemos ressaltar que o direito à educação encontra
respaldo na Constituição Federal, notadamente entre os artigos 205 a 217. É de suma
importância a proteção ao direito à educação das crianças e adolescentes dada a sua
ligação ao desenvolvimento sadio e pleno.
No artigo 53 do ECA, que inicia o Capítulo “Do Direito à Educação, à Cultura,
ao Esporte e ao Lazer”, se encontra previsto um rol de direitos garantidos às crianças
e aos adolescentes nesta seara. Registre-se que o caput do referido dispositivo deixa
claro que o direito à educação visa o pleno desenvolvimento das crianças e
adolescentes, bem como o preparo ao exercício da cidadania e a qualificação ao
trabalho.
a) INCORRETA. Em verdade, à luz do artigo 53, III do Estatuto da Criança e
do Adolescente, é direito fundamental garantido às crianças e aos adolescentes o
direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares
superiores. Desta forma, a atitude da diretora se encontra em desconformidade com
o que prevê a Lei nº 8.069/90.
b) INCORRETA. Inicialmente, inexiste tal competência atribuída à equipe
pedagógica dentre as normas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente. Em
verdade, o artigo 53, II do referido Diploma Legal prevê justamente o direito de
contestar critérios avaliativos junto às instâncias escolares superiores, sem fazer

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menção necessária ao intermédio ou à atuação de equipe pedagógica para tanto.


Ademais, o final da alternativa se encontra totalmente equivocado, eis que é vedada
a interpretação de direitos das crianças e dos adolescentes com desrespeito. Vale
lembrar que o artigo 6º do ECA prevê que a interpretação de suas normas deve levar
em conta os fins sociais a que ela se dirige, bem como a condição peculiar da criança
e do adolescente como pessoas em desenvolvimento, além de outros parâmetros.
Desta forma, é totalmente equivocado defender que determinado direito previsto no
ECA deva ser interpretado em desrespeito aos sujeitos por ele tutelados.
c) INCORRETA. Em verdade, a atitude da diretora não guarda qualquer
coerência com os princípios educacionais que orientam as atividades escolares e nem
com os diretos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente. Conforme
anteriormente ressaltado, encontra-se expressamente previsto no artigo 53, III do
ECA o direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias
escolares superiores.
d) CORRETA. Conforme já discorrido, há previsão expressa no artigo 53, III
do Estatuto da Criança e do Adolescente quanto ao direito de contestar critérios
avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores. Desta forma, a
atitude da diretora viola diretamente o disposto na Lei nº 8.069/90, agindo em
descompasso o sistema de tutela das crianças e dos adolescentes.
e) INCORRETA. Em que pese o necessário respeito e autonomia (esta, de
forma mitigada) aos professores em sala de aula, em um conflito entre os direitos
dos professores e os direitos das crianças e dos adolescentes, os últimos deverão
prevalecer. Inexiste no ECA qualquer previsão quanto à classificação das
contestações dos estudantes e, por consequência, tratamento diferente em relação
ao suposto nível enquadrado. Sendo assim, independentemente da gravidade da
contestação do critério avaliativo realizado pela criança ou pelo adolescente, é seu
direito realizá-lo, inclusive perante instâncias escolares superiores, conforme artigo
53, III do ECA.

Ano: 2019 Banca: NC-UFPR Órgão: TJ-PR Prova: NC-UFPR - 2019 - TJ-PR - Titular de
Serviços de Notas e de Registros – Provimento Tema: Medidas Socioeducativas - Internação
2. Um dia antes de completar dezoito anos, Alfonso pratica um latrocínio, um estupro e uma
extorsão mediante sequestro. A sentença condenatória do caso é proferida dois anos
depois, quando Alfonso já possui quase vinte anos de idade. Nesse caso, aplica-se:
a) A pena prevista para os delitos, diminuída em razão da idade precoce.
b) A pena prevista para os delitos praticados sem redução.
c) Medida socioeducativa com restrição de liberdade de no máximo três anos.
d) Nove anos de medida socioeducativa porquanto se trata de três delitos.
e) Seis anos de medida socioeducativa.

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Comentário da questão: A assertiva correta é a letra C.


a) INCORRETA. O enunciado é explícito quanto ao fato de que o crime
supostamente praticado por Alfonso ocorreu um dia antes do agente completar a
maioridade civil. De acordo com a teoria da atividade, prevista no artigo 4º do Código
Penal, considera-se o praticado o crime no dia em que se realizou a conduta. Em
assim sendo, para tutela perante a seara penal, seria necessário que os atos
infracionais praticados por Alfonso tivessem ocorrido, em verdade, no mínimo no dia
em que o agente completasse 18 (dezoito) anos de idade. Importante relembrar que
o artigo 228 da Constituição Federal dispõe que “são penalmente inimputáveis os
menores de dezoito anos, sujeitos às normas de legislação especial”. A legislação
especial que atendeu aos mandamentos protetivos (e, inclusive, de criminalização,
como o previsto no artigo 227, §4º da CRFB) é o Estatuto da Criança e do
Adolescente, que em seu artigo 104 prevê: “São penalmente inimputáveis os
menores de dezoito anos de idade, sujeitos às medidas previstas nesta Lei”. Sendo
assim, em conclusão: podemos eliminar as alternativas “A” e “B”, que versam sobre
aplicação de pena a Alfonso, eis que totalmente descabidas no presente caso. Os atos
infracionais praticados por adolescentes, como é o caso do agente, são punidos
juridicamente por medidas socioeducativas, e não com penas.
b) INCORRETA. O enunciado é explícito quanto ao fato de que o crime
supostamente praticado por Alfonso ocorreu um dia antes do agente completar a
maioridade civil. De acordo com a teoria da atividade, prevista no artigo 4º do Código
Penal, considera-se o praticado o crime no dia em que se realizou a conduta. Em
assim sendo, para tutela perante a seara penal, seria necessário que os atos
infracionais praticados por Alfonso tivessem ocorrido, em verdade, no mínimo no dia
em que o agente completasse 18 (dezoito) anos de idade. Importante relembrar que
o artigo 228 da Constituição Federal dispõe que “são penalmente inimputáveis os
menores de dezoito anos, sujeitos às normas de legislação especial”. A legislação
especial que atendeu aos mandamentos protetivos (e, inclusive, de criminalização,
como o previsto no artigo 227, §4º da CRFB) é o Estatuto da Criança e do
Adolescente, que em seu artigo 104 prevê: “São penalmente inimputáveis os
menores de dezoito anos de idade, sujeitos às medidas previstas nesta Lei”. Sendo
assim, em conclusão: podemos eliminar as alternativas “A” e “B”, que versam sobre
aplicação de pena a Alfonso, eis que totalmente descabidas no presente caso. Os atos
infracionais praticados por adolescentes, como é o caso do agente, são punidos
juridicamente por medidas socioeducativas, e não com penas.
c) CORRETA. Conforme anteriormente ressaltado, os instrumentos jurídicos
aplicáveis aos casos de prática de ato infracional por adolescente são as medidas
socioeducativas previstas no artigo 112 do ECA. N inciso VI do referido dispositivo,
encontra-se prevista a internação em estabelecimento educacional, cujo regulamento
se dá nos artigos 121 e seguintes. Uma das hipóteses de aplicação da internação é
aos casos em que o ato infracional seja cometido mediante grave ameaça ou violência
à pessoa (art. 122, I do ECA), tal qual ocorre no presente caso. Após a conclusão de
que a internação seria uma das medidas socioeducativas recomendadas ao presente
caso, deve-se relembrar do teor do artigo 121, §3º do ECA: “Em nenhuma hipótese
o período máximo de internação excederá a três anos.”
d) INCORRETA. Conforme acima ressaltado, o prazo máximo para a duração
da internação é de três anos. Ademais, em se tratando a internação da medida
socioeducativa de maior gravidade prevista no ECA*, por consectário lógico não há
possibilidade de outra medida socioeducativa que admitisse a duração de nove anos,
conforme previsto na alternativa.
*Neste sentido, artigo 122, §2º do ECA: “Em nenhuma hipótese será aplicada
a internação, havendo outra medida adequada”.
e) INCORRETA. De igual maneira, não há possibilidade de aplicação de medida
socioeducativa por seis anos, nos mesmos moldes explicitados na questão anterior.

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Ano: 2014 Banca: NC-UFPR Órgão: DPE-PR Prova: NC-UFPR - 2014 - DPE-PR - Defensor
Público - Tema: Medidas socioeducativas - Internação
3. João iniciou o cumprimento de medida socioeducativa de internação aos 17 anos de
idade. Se ainda estiver internado, João, assim que completar 18 anos, pelo fato de ter
alcançado a maioridade penal,
a) Será liberado compulsoriamente.
b) terá a medida de internação substituída por medida não privativa de liberdade.
c) será transferido para divisão especializada do sistema penitenciário, separado, porém,
dos condenados que cumprem sanção penal.
d) passará a ser titular, no processo de execução da internação, de todas as garantias e
benefícios outorgados aos adultos submetidos a pena privativa de liberdade.
e) não terá, pelo simples alcance da maioridade penal, afetada sua situação socioeducativa.

Comentário da questão: A alternativa correta é a letra E.


A questão trata de uma das hipóteses excepcionais de aplicação do Estatuto da
Criança e do Adolescente às pessoas entre 18 e 21 anos de idade, conforme artigo
2º, parágrafo único da referida Lei. Com efeito, no que concerne à aplicação de
medidas socioeducativas, somente podemos falar de liberação compulsória do
adolescente aos 21 anos, normativa prevista no artigo 121, §5º do ECA, que trata
da medida socioeducativa de internação. Registre-se que, conforme a Súmula 605
do STJ: “A superveniência da maioridade penal não interfere na apuração de ato
infracional nem na aplicabilidade de medida socioeducativa em curso, inclusive na
liberdade assistida, enquanto não atingida a idade de 21 anos.” Em assim sendo, a
regra em comento aplica-se a todas as medidas socioeducativas aplicáveis aos
adolescentes, e não somente à internação.
a) INCORRETA. Conforme acima ressaltado, não há que se falar em liberação
compulsória do adolescente em razão de advento da maioridade penal. Conforme
prevê o ECA no artigo 121, §5º, a liberação compulsória dos adolescentes é aos vinte
e um anos de idade, o que se aplica às outras medidas socioeducativas, inclusive a
liberdade assistida, conforme Súmula 605 do STJ.
b) INCORRETA. Inexiste previsão no ECA quanto à substituição obrigatória de
medida de internação por medida não privativa de liberdade em razão do advento da
maioridade penal. Ademais, conforme art. 121, §5º do ECA, a liberação compulsória
dos adolescentes sujeitos a medida socioeducativa de internação é aos vinte e um
anos de idade, e não aos dezoito.
c) INCORRETA. Em hipótese alguma a pessoa sujeita ao cumprimento de
medida socioeducativa será transferida para sistema penitenciário, mesmo que se
ficar separada dos condenados que cumprem sanção penal. Neste sentido, artigo 185
do ECA: “A internação, decretada ou mantida pela autoridade judiciária, não poderá
ser cumprida em estabelecimento prisional”.
d) INCORRETA. Em verdade, as garantias conferidas aos sujeitos submetidos
à pena privativa de liberdade, notadamente as que são ligadas aos direitos
fundamentais e à dignidade da pessoa humana, já são aplicáveis aos que são
submetidos ao cumprimento de medidas socioeducativas. Sendo assim, independe,
por exemplo, do advento da maioridade civil para que o reeducando tenha o direito
de se comunicar com o seu advogado ou o seu defensor. Vale lembrar que, na
sistemática da doutrina da proteção integral dos direitos das crianças e dos
adolescentes (art. 1º e 3º do ECA), seria totalmente incoerente afirmar a existência
de restrição de direitos fundamentais aos adolescentes submetidos ao cumprimento
de MSE por não terem, ainda, completado a maioridade penal.

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e) CORRETA. A princípio, o mero alcance da maioridade penal não tem o


condão de afetar a situação socioeducativa do reeducando. Sua reavaliação
continuará sendo realizada nos moldes do art. 121, §2º: “A medida não comporta
prazo determinado, devendo sua manutenção ser reavaliada, mediante decisão
fundamentada, no máximo a cada seis meses”.

Ano: 2014 Banca: NC-UFPR Órgão: DPE-PR Prova: NC-UFPR - 2014 - DPE-PR - Defensor
Público - Tema: Medidas socioeducativas – Conselho Tutelar
4. Nos campos do atendimento dispensado aos adolescentes suspeitos da prática de ato
infracional ou submetidos a medida socioeducativa, é papel do Conselho Tutelar,
conforme previsto em lei,
a) acompanhar a lavratura dos autos de apreensão quando o adolescente apreendido
estiver desacompanhado dos pais ou responsável.
b) providenciar a medida de proteção estabelecida pela autoridade judiciária para o
adolescente autor de ato infracional.
c) participar diretamente da elaboração do plano individual de atendimento nas
medidas socioeducativas de meio aberto.
d) elaborar, como subsídio para decisão judicial de aplicação da medida socioeducativa,
estudo social da família do adolescente.
e) promover o acompanhamento dos egressos de medida socioeducativa de internação.

Comentário da questão: A assertiva incorreta é a letra B.


As atribuições do Conselho Tutelar se encontram previstas no artigo 136 do
Estatuto da Criança e do Adolescente. O papel do Conselho Tutelar é a realização da
proteção integral das crianças e dos adolescentes, notadamente em razão de sua
atuação direta na promoção de seus direitos.
a) INCORRETA. Analisando-se o teor do artigo 136 do ECA, que lista as
atribuições conferidas ao Conselho Tutelar, não há previsão de que o referido órgão
acompanhe a lavratura dos autos de apreensão de adolescente que estiver
desacompanhado dos pais ou responsável. Ademais, os artigos 171 do ECA e
seguintes, que tratam da apuração de ato infracional não preveem nenhuma
normativa no sentido da obrigatória participação do Conselho Tutelar nesta etapa
pré-processual do processo de apuração de ato infracional.
b) CORRETA. Conforme artigo 136, VI do ECA: “São atribuições do Conselho
Tutelar: providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária, dentre as
previstas no artigo 101, de I a VI, para o adolescente autor de ato infracional”. Neste
sentido, vale lembrar que as medidas socioeducativas aplicáveis aos adolescentes se
encontram previstas no artigo 112 do ECA, estando as medidas protetivas do artigo
101, I a VI previstas no inciso VII.
c) INCORRETA. O planejamento e execução de programas de proteção e
socioeducativas destinados às crianças e aos adolescentes em regime de apoio
socioeducativo em meio aberto são atribuições das entidades de atendimento,
conforme artigo 90, II do ECA, e não do Conselho Tutelar.
d) INCORRETA. A atribuição para elaboração de estudo social de cada caso
dos adolescentes submetidos às medidas socioeducativas é das entidades que
desenvolvem programas de internação (art. 94, XIII do ECA) ou, em se tratando de
semiliberdade, do referido estabelecimento respectivo.
e) INCORRETA. A atribuição de manter programa de acompanhamento de
egresso de medida socioeducativa de internação é da entidade correspondente para
o seu desenvolvimento, conforme artigo 94, XVIII do ECA.

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Ano: 2014 Banca: NC-UFPR Órgão: DPE-PR Prova: NC-UFPR - 2014 - DPE-PR - Defensor
Público – Tema: Adoção
5. A adoção unilateral
a) resulta no desligamento de qualquer vínculo com pais ou parentes, salvo os
impedimentos matrimoniais.
b) dispensa, conforme o caso, o estágio de convivência, mas exige sempre prévia habilitação
do adotante em procedimento judicial próprio.
c) corresponde à hipótese em que um dos cônjuges ou concubinos adota o filho do outro.
d) ao contrário da adoção conjunta, ocorre quando a criança ou adolescente é adotado por
pretendente habilitado a adotar sozinho, que passa a ser o único genitor constante de seu
assento de nascimento.
e) é a modalidade de adoção decretada sem consentimento expresso do adotando,
bastando a manifestação de vontade do adotante.

Comentário da questão: A assertiva incorreta é a letra C.


A questão versa acerca de uma das modalidades de adoção que, por sua vez,
configura forma de colocação em família substituta. A adoção unilateral ocorre
quando um cônjuge ou companheiro adota o filho do outro, subsistindo os vínculos
de filiação entre o adotado e o cônjuge ou companheiro do adotante, com a formação
de novos vínculos com o adotante.
a) INCORRETA. A alternativa não se encontra em consonância com o que
dispõe o artigo 41, §1º do ECA: “Se um dos cônjuges ou concubinos adota o filho do
outro, mantêm-se os vínculos de filiação entre o adotado e o cônjuge ou concubino
do adotante e os respectivos parentes.”
b) INCORRETA. Em que pese a habilitação prévia no cadastro de postulantes
da adoção ser a regra para fins de concessão da adoção, existem três exceções
previstas no artigo 50, §13 do ECA, dentre elas o pedido de adoção unilateral (Art.
50, §13: “Somente poderá ser deferida adoção em favor de candidato domiciliado no
Brasil não cadastrado previamente nos termos desta Lei quando: I - se tratar de
pedido de adoção unilateral”). Sendo assim, não se exige prévia habilitação do
adotante em procedimento judicial próprio tratando-se de adoção na modalidade
unilateral.
c) CORRETA. É o que dispõe o artigo 41, §1º do ECA, conforme anteriormente
disposto: “Art. 41, §1º: § 1º Se um dos cônjuges ou concubinos adota o filho do
outro, mantêm-se os vínculos de filiação entre o adotado e o cônjuge ou concubino
do adotante e os respectivos parentes.” Trata-se da adoção unilateral, uma das
modalidades de tal forma de colocação em família substituta.
d) INCORRETA. Primeiramente, conforme exposto no item B, tratando-se de
adoção unilateral há dispensa legal da prévia habilitação para adoção. Ademais, é
incorreto afirmar que a adoção unilateral seria o antônimo de adoção conjunta. A
alternativa visa confundir o candidato, pela falsa impressão que o termo “unilateral”
passa de se referir à adoção realizada por uma única pessoa.
e) INCORRETA. Com as mudanças operadas pela Lei nº 13.509/17, que
introduziu o §3º ao artigo 39 do ECA, positivou-se uma matriz principiológica que
impõe a sobreposição dos interesses do adotando aos de outras pessoas. Sendo
assim, a alternativa peca ao afirmar que os interesses do adotante poderiam ser
analisados de forma isolada (em verdade, mesmo que analisados de forma conjunta
aos interesses do adotado, estes últimos iriam prevalecer).

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Ano: 2014 Banca: NC-UFPR Órgão: DPE-PR Prova: NC-UFPR - 2014 - DPE-PR - Defensor
Público – Tema: Acesso à justiça
6. O advogado, segundo disciplina o Estatuto da Criança e do Adolescente,
a) deve estar presente, sob pena de nulidade, no ato de oitiva informal do adolescente pelo
representante do Ministério Público.
b) deve propor a ação socioeducativa nos casos de ato infracional equiparado a crime de
ação penal privada.
c) é integrante obrigatório da equipe da assessoria técnica dos conselhos tutelares.
d) é dispensado de atuar em defesa do requerido nos processos de apuração de infração
administrativa às normas de proteção à criança e ao adolescente.
e) é dispensado de representar os adotantes quando o pedido de adoção recair sobre
criança cujos pais sejam falecidos ou destituídos do poder familiar.

Comentário da questão: A assertiva CORRETA é a letra E.


a) INCORRETA. A oitiva informal de adolescente apreendido por prática de ato
infracional é ato privativo do Ministério Público, não prevendo o ECA a participação
de advogado, conforme artigo 179. Ademais, o STJ já se posicionou afirmando que a
ausência de advogado na oitiva informal é mera irregularidade (STJ HC 109241/SP).
b) INCORRETA. Somente o Ministério Público tem legitimidade para propor
ação socioeducativa contra o adolescente, mesmo que o ato infracional supostamente
praticado seja equiparado a crime que, na seara penal, é promovido mediante ação
penal privada.
c) INCORRETA. O advogado não compõe a equipe de assessoria técnica dos
Conselhos Tutelares. Tendo em vista as atribuições conferidas ao Conselho Tutelar
no art. 136 do ECA, é recomendável que o município oferte assessoria técnica ao
Conselho Tutelar. Entretanto, não há no ECA previsão quanto à obrigatoriedade de
participação do advogado nestes casos.
d) INCORRETA. Conforme disposto no artigo 159 do ECA, pode-se extrair que
a participação do advogado na defesa dos interesses do requerido é obrigatória, de
sorte que, em caso de impossibilidade de constituir advogado, deverá ser-lhe
nomeado defensor dativo. Registre-se que tal previsão se encontra em consonância
com o princípio da ampla defesa (art. 5º, LV da CRFB).
e) CORRETA. Conforme prevê o artigo 166 do ECA: “Se os pais forem falecidos,
tiverem sido destituídos ou suspensos do poder familiar, ou houverem aderido
expressamente ao pedido de colocação em família substituta, este poderá ser
formulado diretamente em cartório, em petição assinada pelos próprios requerentes,
dispensada a assistência de advogado”. (Grifamos).

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Ano: 2014 Banca: NC-UFPR Órgão: DPE-PR Prova: DPE - PR - Defensor Público Assunto:
Direito da Criança e do Adolescente - ECA - Medidas Socioeducativas - Sistema Nacional de
Medidas Socioeducativas
7. O Plano Individual de Atendimento, no âmbito da execução das medidas socioeducativas,

a) corresponde ao conjunto das atividades nas quais o adolescente recebe atendimento


individual.
b) é obrigatório na execução das medidas de prestação de serviços à comunidade,
liberdade assistida, semiliberdade e internação.
c) é elaborado pela equipe interprofissional do Poder Judiciário como escopo de
garantir o alcance dos objetivos da sentença.
d) deve ser elaborado e remetido ao juiz, para homologação, no prazo máximo de 30
dias.
e) deve prever qual será o tempo mínimo de duração de cada medida posta sob
execução.

a) (ERRADA) Assertiva incorreta. Vale salientar que, o cumprimento das


medidas socioeducativas depende de Plano Individual de Atendimento (PIA),
instrumento de previsão, registro e gestão das atividades a serem desenvolvidas
com o adolescente, e não de maneira individual como cita a alternativa.
b) (CERTA) Assertiva correta. A execução das medidas de prestação de
serviços à comunidade, liberdade assistida, semiliberdade e internação dependem do
Plano Individual de Atendimento. Nesse contexto, vale acrescentar o dispositivo do
artigo 52 da Lei 12.594/12:
“Art. 52. O cumprimento das medidas socioeducativas, em regime de
prestação de serviços à comunidade, liberdade assistida, semiliberdade ou
internação, dependerá de Plano Individual de Atendimento (PIA), instrumento de
previsão, registro e gestão das atividades a serem desenvolvidas com o adolescente.”
c) (ERRADA) Assertiva incorreta, à vista que, o Plano Individual de
Atendimento é elaborado sob a responsabilidade da equipe técnica do respectivo
programa de atendimento, além disso, é necessária a participação efetiva do
adolescente e de sua família.
d) (ERRADA) Assertiva incorreta. O Plano Individual de Atendimento (PIA)
deve ser elaborado no prazo de até 45 (quarenta e cinco) dias da data do ingresso
do adolescente no programa de atendimento. Cabe ressaltar ainda que, de acordo
com o artigo 56 da Lei 12.594/12, o PIA será elaborado no prazo de até 15 (quinze)
dias se for para o cumprimento das medidas de prestação de serviços à comunidade
e de liberdade assistida.
“Art. 56. Para o cumprimento das medidas de prestação de serviços à
comunidade e de liberdade assistida, o PIA será elaborado no prazo de até 15
(quinze) dias do ingresso do adolescente no programa de atendimento.”
e) (ERRADA) Assertiva incorreta, tendo em vista que, de acordo com o artigo
54 da Lei 12.594/12, no Plano Individual de Atendimento, não há previsão de qual
será o tempo mínimo de duração de cada medida posta sob execução. Diante disso,
cabe elencar o que consta no Plano, citando o artigo 54:
“Art. 54. Constarão do plano individual, no mínimo:
I - os resultados da avaliação interdisciplinar;
II - os objetivos declarados pelo adolescente;
III - a previsão de suas atividades de integração social e/ou capacitação
profissional;
IV - atividades de integração e apoio à família;

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V - formas de participação da família para efetivo cumprimento do plano


individual; e
VI - as medidas específicas de atenção à sua saúde.”

Ano: 2014 Banca: NC-UFPR Órgão: DPE-PR Prova: DPE - PR - Defensor Público Assunto:
Direito da Criança e do Adolescente - ECA - Medidas Socioeducativas - Sistema Nacional de
Medidas Socioeducativas

8. Segundo previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente, a medida de advertência pode


ser aplicada

a) à entidade de atendimento não governamental que descumprir portaria judicial


reguladora do serviço.
b) aos pais ou responsável que autorizem o filho adolescente a viajar desacompanhado
para outro estado da federação.
c) à criança autora de ato infracional cometido sem violência ou grave ameaça.
d) ao adolescente que praticou ato infracional mediante violência ou grave ameaça.
e) ao conselheiro tutelar que se ausentar por mais de três vezes, sem justificativa, das
sessões plenárias do órgão.

a) (ERRADA) Assertiva incorreta, pois, de acordo com o artigo 97, II, a, do


Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), tais medidas serão aplicadas as
entidades que descumprirem as obrigações constantes no artigo 94 do ECA. Logo, é
de extrema relevância dizer que, o descumprimento de portaria judicial reguladora
de serviço, não está elencado no rol de obrigações do art. 94.
“Art. 97. São medidas aplicáveis às entidades de atendimento que
descumprirem obrigação constante do art. 94, sem prejuízo da responsabilidade civil
e criminal de seus dirigentes ou prepostos:
II - às entidades não-governamentais:
a) advertência;”
“Art. 94. As entidades que desenvolvem programas de internação têm as
seguintes obrigações, entre outras:
I - observar os direitos e garantias de que são titulares os adolescentes;
II - não restringir nenhum direito que não tenha sido objeto de restrição na
decisão de internação;
III - oferecer atendimento personalizado, em pequenas unidades e grupos
reduzidos;
IV - preservar a identidade e oferecer ambiente de respeito e dignidade ao
adolescente;
V - diligenciar no sentido do restabelecimento e da preservação dos vínculos
familiares;
VI - comunicar à autoridade judiciária, periodicamente, os casos em que se
mostre inviável ou impossível o reatamento dos vínculos familiares;
VII - oferecer instalações físicas em condições adequadas de habitabilidade,
higiene, salubridade e segurança e os objetos necessários à higiene pessoal;
VIII - oferecer vestuário e alimentação suficientes e adequados à faixa etária
dos adolescentes atendidos;
IX - oferecer cuidados médicos, psicológicos, odontológicos e farmacêuticos;
X - propiciar escolarização e profissionalização;
XI - propiciar atividades culturais, esportivas e de lazer;
XII - propiciar assistência religiosa àqueles que desejarem, de acordo com suas
crenças;

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XIII - proceder a estudo social e pessoal de cada caso;


XIV - reavaliar periodicamente cada caso, com intervalo máximo de seis meses,
dando ciência dos resultados à autoridade competente;
XV - informar, periodicamente, o adolescente internado sobre sua situação
processual;
XVI - comunicar às autoridades competentes todos os casos de adolescentes
portadores de moléstias infecto-contagiosas;
XVII - fornecer comprovante de depósito dos pertences dos adolescentes;
XVIII - manter programas destinados ao apoio e acompanhamento de
egressos;
XIX - providenciar os documentos necessários ao exercício da cidadania àqueles
que não os tiverem;
XX - manter arquivo de anotações onde constem data e circunstâncias do
atendimento, nome do adolescente, seus pais ou responsável, parentes, endereços,
sexo, idade, acompanhamento da sua formação, relação de seus pertences e demais
dados que possibilitem sua identificação e a individualização do atendimento.”
b) (ERRADA) Analisando o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), não
há previsão de medida de advertência aos pais ou responsável. Diante dos fatos, é
indispensável salientar que, de acordo com a Lei 13.812 de 16 de março de 2019, a
qual altera a Lei 8.069/90, incluindo o artigo 83 do ECA, nenhuma criança ou
adolescente menor de dezesseis anos pode viajar para fora da comarca onde reside
desacompanhado dos pais ou dos responsáveis sem autorização judicial.
Diante disso, cabe destacar o dispositivo do artigo 83 do Estatuto da Criança e
do Adolescente:
“Art. 83. Nenhuma criança ou adolescente menor de 16 (dezesseis) anos
poderá viajar para fora da comarca onde reside desacompanhado dos pais ou dos
responsáveis sem expressa autorização judicial. (Redação dada pela Lei nº 13.812,
de 2019)”
c) (ERRADA) Assertiva incorreta. De acordo com o artigo 112 do Estatuto da
Criança e do Adolescente, não há previsão de que as medidas de advertência possam
ser aplicadas à criança, mas sim, aos adolescentes.
“Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente
poderá aplicar ao adolescente as seguintes medidas:
I - advertência;
II - obrigação de reparar o dano;
III - prestação de serviços à comunidade;
IV - liberdade assistida;
V - inserção em regime de semi-liberdade;
VI - internação em estabelecimento educacional;
VII - qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI.”
d) (CERTA) Assertiva correta, à vista que, as medidas socioeducativas podem
ser aplicadas aos adolescentes que pratiquem ato infracional mediante violência ou
grave ameaça. Diante disso, cabe destacar o artigo 122, I, do Estatuto da Criança e
do Adolescente:
“Art. 122. A medida de internação só poderá ser aplicada quando:
I - tratar-se de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência
a pessoa.”
e) (ERRADA) De acordo com os artigos 131 a 140, os quais dispõe das funções
do Conselho Tutelar, não cabem hipóteses de medida de advertência ao conselheiro
tutelar que se ausentar, por mais de três vezes, sem justificativa, das sessões
plenárias.

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Ano: 2014 Banca: NC-UFPR Órgão: DPE-PR Prova: DPE - PR - Defensor Público Assunto:
Direito da Criança e do Adolescente - ECA - Medidas Socioeducativas - Sistema Nacional de
Atendimento Socioeducativo
9. Os três objetivos das medidas socioeducativas, segundo expressamente anunciados na
Lei 12594/12, são:

a) proteção integral, socioeducação e ressocialização do adolescente.


b) promoção social do adolescente, reinserção social do adolescente e defesa social.
promoção social do adolescente, reinserção social do adolescente e defesa social.
c) desaprovação da conduta infracional, responsabilização do adolescente e integração
social do adolescente.
d) gestão dos riscos de reincidência, reparação dos danos pessoais e sociais decorrentes
da conduta e garantia de direitos do adolescente.
e) reeducação, proteção social e tratamento psicossocial do adolescente.

c) (CERTA) Assertiva correta. De acordo com a Lei 12.594/12 que institui o
Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE), os três objetivos
das medidas socioeducativas são: a desaprovação da conduta infracional, a
responsabilização do adolescente e a integração do adolescente. Vale ressaltar
que os três objetivos estão pautados no artigo 1º, § 2º da Lei 12.594/12,
conforme disposto abaixo:
“Art. 1º Esta Lei institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo
(Sinase) e regulamenta a execução das medidas destinadas a adolescente que
pratique ato infracional.
§ 2º Entendem-se por medidas socioeducativas as previstas no art. 112 da Lei
nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), as
quais têm por objetivos:
I - a responsabilização do adolescente quanto às consequências lesivas do ato
infracional, sempre que possível incentivando a sua reparação;
II - a integração social do adolescente e a garantia de seus direitos individuais
e sociais, por meio do cumprimento de seu plano individual de atendimento; e
III - a desaprovação da conduta infracional, efetivando as disposições da
sentença como parâmetro máximo de privação de liberdade ou restrição de
direitos, observados os limites previstos em lei.”

Ano: 2013 Banca: NC-UFPR Órgão: TJ - PR Prova: NC -UFPR - TJ - JUIZ - Assunto: Direito
da Criança e do Adolescente - Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - Lei nº 8.069 de 1990
10. Não havendo outra medida adequada, pode ser aplicada a internação:

a) se o ato infracional foi cometido mediante violência.


b) pelo descumprimento reiterado e injustificado de medida anteriormente imposta.
c) com prazo máximo de 3 anos.
d) pelo cometimento de ato infracional grave, análogo a crime punido com pena mínima
de três anos de reclusão.

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a) (ERRADA) A assertiva está incorreta, pois, está incompleta. Não havendo


outra medida adequada, poder ser aplicada a internação se o ato infracional
foi cometido mediante grave ameaça ou também, se houve violência a
pessoa. Nesse contexto, cabe citar o artigo 122 do Estatuto da Criança e
do Adolescente, o qual reza:
“Art. 122. A medida de internação só poderá ser aplicada quando:
I - tratar-se de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência
a pessoa.”
b) (CERTA) Assertiva correta. A alternativa é a letra da lei. Conforme reza o
artigo 122, III do Estatuto da Criança e do Adolescente:
“Art. 122. A medida de internação só poderá ser aplicada quando:
III - por descumprimento reiterado e injustificável da medida anteriormente
imposta.
c) (ERRADA) A assertiva está incorreta, visto que, ela cita que o prazo
máximo para ser aplicada a medida de internação é de 3 anos. Diante disso,
de acordo com o artigo 122, III, §1º do Estatuto da Criança e do
Adolescente, a medida de internação só poderá ser aplicada por
descumprimento reiterado e injustificável da medida anteriormente imposta
e não poderá ser superior a 3 (três) meses, e não com o prazo máximo de
3 anos, como cita a alternativa.
“Art. 122. A medida de internação só poderá ser aplicada quando:
III - por descumprimento reiterado e injustificável da medida anteriormente
imposta.
§ 1 o O prazo de internação na hipótese do inciso III deste artigo não poderá
ser superior a 3 (três) meses, devendo ser decretada judicialmente após o
devido processo legal. (Redação dada pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)”
d) (ERRADA) A assertiva está incorreta, tendo em vista que, as medidas
socioeducativas só podem ser aplicadas nas hipóteses taxativamente
elencadas no artigo 122 do Estatuto da Criança e do Adolescente. Diante
dos fatos, a alternativa não evidencia que o ato infracional foi praticado
mediante violência ou grave ameaça a pessoa, ou ainda que, o adolescente
possua reiteração no cometimento de outras infrações graves ou deixou de
cumprir medidas impostas anteriormente, logo, é inadmissível a aplicação
das medidas previstas no referido artigo.
“Art. 122. A medida de internação só poderá ser aplicada quando:
I - tratar-se de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência
a pessoa;
II - por reiteração no cometimento de outras infrações graves;
III - por descumprimento reiterado e injustificável da medida anteriormente
imposta.”

Ano: 2013 Banca: NC-UFPR Órgão: TJ - PR Prova: NC -UFPR - TJ - JUIZ - Assunto: Direito
da Criança e do Adolescente - Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - Lei nº 8.069 de 1990
11. Fulana de Tal, de 15 anos, foi encontrada por conselheiro tutelar desacompanhada de
seus pais ou responsável, ingerindo bebida alcoólica em promoção dançante. Para o
evento, foi expedido alvará autorizando a entrada de adolescentes maiores de 16 anos,
desacompanhados dos pais ou responsáveis. Lavrado auto de infração, o fato deve ser
classificado.

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a) como infração administrativa prevista no art. 249 do ECA, sem prejuízo da


responsabilidade penal.
b) como infração administrativa prevista no art. 81, II do ECA, sem prejuízo da
responsabilidade penal.
c) como infração administrativa prevista no art. 258 do ECA, sem prejuízo da
responsabilidade penal.
d) no tipo penal do art. 243 do ECA, com absorção da responsabilidade administrativa.

a) (ERRADA) Assertiva incorreta. Nesse contexto, a situação referida na


questão não pode ser classificada como infração administrativa prevista no
artigo 249 do ECA, pois em acordo com o referido artigo, é necessário que
haja o descumprimento, dolosa ou culposamente, dos deveres inerentes ao
poder familiar ou decorrente de tutela ou guarda, bem como o
descumprimento de determinação da autoridade judiciária ou Conselho
Tutelar.
“Art. 249. Descumprir, dolosa ou culposamente, os deveres inerentes
ao pátrio poder poder familiar ou decorrente de tutela ou guarda, bem assim
determinação da autoridade judiciária ou Conselho Tutelar: (Expressão
substituída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em
caso de reincidência.”
b) (ERRADA) Assertiva incorreta. É imprescindível ressaltar que, a infração
prevista no artigo 81, II do Estatuto da Criança e do Adolescente não é
suficiente para classificar o fato. Sabe-se que, de acordo com o que dispõe
o artigo 81, II, é proibida a venda de bebidas alcóolicas, à criança ou ao
adolescente.
“Art. 81 da Lei 8.069/90. É proibida a venda à criança ou ao adolescente de:
II - bebidas alcóolicas”.
c) (CERTA) Assertiva correta. De acordo com o artigo 258 da Lei 8.069/90,
se o responsável pelo estabelecimento não observar o que dispõe o Estatuto
da Criança e do Adolescente aos locais de diversão, ou sobre a participação
dos menores nesses locais, sofrerá multa, e em caso de reincidência, a
autoridade judiciária poderá determinar o fechamento do estabelecimento.
“Art. 258. Deixar o responsável pelo estabelecimento ou o empresário de
observar o que dispõe esta Lei sobre o acesso de criança ou adolescente aos
locais de diversão, ou sobre sua participação no espetáculo:
Pena - multa de três a vinte salários de referência; em caso de reincidência, a
autoridade judiciária poderá determinar o fechamento do estabelecimento por
até quinze dias.”
Além disso, é imprescindível ressaltar a Lei 13.016/2015 (posterior a data
da prova da questão abordada acima), que alterou o artigo 243 da Lei 8.069/90,
o Estatuto da Criança e do Adolescente, passando a vigorar com a redação:
“Art. 243. Vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, ainda que
gratuitamente, de qualquer forma, a criança ou a adolescente, bebida alcoólica
ou, sem justa causa, outros produtos cujos componentes possam causar
dependência física ou psíquica:
Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, se o fato não constitui
crime mais grave.”

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Nesse contexto, cabe ressaltar que, a situação abordada na questão se


encaixa no referido artigo, à vista que, a menor foi encontrada no
estabelecimento, desacompanhada e ingerindo bebida alcóolica. Logo, o
proprietário responsável poderá ser punido com detenção de dois a quatro
anos, além de multa.
d) (ERRADA) Assertiva incorreta, tendo em vista que, a época de aplicação
dessa prova, o artigo 243 da Lei 8.069/90 não incorria nessa situação, pois,
não fazia referência a “bebidas alcóolicas” em seu dispositivo.
“Art. 243 da Lei 8.069/90. Vender, fornecer ainda que gratuitamente,
ministrar ou entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente, sem
justa causa, produtos cujos componentes possam causar dependência física
ou psíquica, ainda que por utilização indevida:
Pena – detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, se o fato não constitui
crime mais grave.”
Diante disso, cabe salientar que, em 17 de março de 2015, a Lei Federal 13.016,
entrou em vigor e alterou o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA),
tornando crime vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar bebida alcóolica
a criança ou a adolescente.
Portanto, o novo artigo 243 do referido diploma legal, passou a vigorar com a
seguinte redação:
“Art. 243. Vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, ainda que
gratuitamente, de qualquer forma, a criança ou a adolescente, bebida
alcoólica ou, sem justa causa, outros produtos cujos componentes possam
causar dependência física ou psíquica:
Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, se o fato não constitui
crime mais grave.”

Ano: 2013 Banca: NC-UFPR Órgão: TJ - PR Prova: NC -UFPR - TJ - JUIZ - Assunto: Direito
da Criança e do Adolescente - Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - Lei nº 8.069 de 1990
- Ato Infracional - Procedimentos do Estatuto da Criança e do Adolescente - Apuração de Ato
Infracional Atribuído a Adolescente
12. A remissão, como forma de extinção ou suspensão do processo, pode ser concedida:
a) pela autoridade judiciária em qualquer fase do procedimento, até a publicação da
sentença.
b) pela autoridade judiciária em qualquer fase do procedimento, até o trânsito em julgado
da sentença.
c) pela autoridade judiciária ou pelo órgão colegiado competente, até o julgamento do
recurso.
d) pelo Ministério Público, logo após iniciado o procedimento judicial.

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a) (CERTA) A assertiva está correta. De acordo com o artigo 188 da Lei


8.069/90, a remissão, como forma de extinção ou suspensão do processo, pode
ser concedida pela autoridade judiciária em qualquer fase do procedimento, até a
publicação da sentença.
“Art. 188 da Lei 8.069/90. A remissão, como forma de extinção ou suspensão
do processo, poderá ser aplicada em qualquer fase do procedimento, antes da
sentença.”
b) (ERRADA) Assertiva incorreta. Sabe-se que a remissão, como forma de
extinção ou suspensão do processo, poder ser concedida pela autoridade judiciária
em qualquer fase do procedimento, antes da sentença. O erro da questão está em
dizer que, é até o trânsito em julgado da sentença.
c) (ERRADA) Assertiva incorreta. Analisando a alternativa, há dois erros.
Logo, é imprescindível destacá-los: o primeiro é que a remissão não poderá ser
concedida pelo órgão colegiado competente, e sim, pela autoridade judiciária.
Além disso, a remissão pode ser aplicada em qualquer fase do procedimento, antes
da sentença, e não até o julgamento do recurso, como aponta alternativa.
d) (ERRADA) A assertiva está incorreta, pois, a remissão, como forma de
extinção ou suspensão do processo, poder ser concedida pelo Ministério Público,
porém, não poderá ser após iniciado o procedimento judicial, mas sim, antes do
iniciado o procedimento judicial.

Ano: 2013 Banca: NC-UFPR Órgão: TJPR Prova: NC-UFPR - 2013 – Tribunal de Justiça -
TJPR – Juiz Assunto: Direito da Criança e do Adolescente
13. Assinale a alternativa INCORRETA. Compete à autoridade judiciária autorizar, mediante
alvará, a entrada e permanência de criança ou adolescente, desacompanhado de seus pais
ou responsável,
a) em boate e congêneres.
b) em estádio, ginásio e campo desportivo.
c) em casa que explore comercialmente bilhar, sinuca ou congênere.
d) em casa que explore comercialmente diversões eletrônicas.

A princípio, devemos nos ater ao art. 80 do Estatuto da Criança e Adolescente:


Art. 80. Os responsáveis por estabelecimentos que explorem comercialmente
bilhar, sinuca ou congênere ou por casas de jogos, assim entendidas as que realizem
apostas, ainda que eventualmente, cuidarão para que não seja permitida a entrada
e a permanência de crianças e adolescentes no local, afixando aviso para orientação
do público.
Nesse contexto, a questão pede a respeito da entrada e permanência da criança
e adolescente desacompanhado de seus pais ou responsáveis, mas como visto do
artigo acima, NÃO É PERMITIDA A ENTRADA E A PERMANÊNCIA de crianças e
adolescente nesses locais mesmo que acompanhadas de seus pais.
Para as demais alternativas podemos destacar o art. 149 do Estatuto da Criança
e Adolescente:
Art. 149. Compete à autoridade judiciária disciplinar, através de portaria, ou
autorizar, mediante alvará:
I - a entrada e permanência de criança ou adolescente, desacompanhado dos
pais ou responsável, em:
a) estádio, ginásio e campo desportivo;
b) bailes ou promoções dançantes;

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c) boate ou congêneres;
d) casa que explore comercialmente diversões eletrônicas;
e) estúdios cinematográficos, de teatro, rádio e televisão.
Gabarito: c

Ano: 2013 Banca: NC-UFPR Órgão: TJPR Prova: NC-UFPR - 2013 – Tribunal de Justiça -
TJPR – Juiz Assunto: Direito da Criança e do Adolescente
14. Considere as seguintes afirmativas:
1. A Justiça da Infância e da Juventude é competente para conhecer de casos encaminhados pelo
Conselho Tutelar, aplicando as medidas cabíveis.
2. A sentença que destituir ambos ou qualquer dos genitores do poder familiar fica sujeita a
apelação, que deverá ser recebida nos efeitos suspensivo e devolutivo.
3. A função de membro do conselho nacional e dos conselhos estaduais e municipais dos
direitos da criança e do adolescente é considerada de interesse público relevante e será
remunerada respeitando os pisos salariais específicos.
4. Entende-se por família extensa ou ampliada aquela que se estende para além da unidade pais
e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com os quais a criança ou
adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.
Para resolver essa questão, vamos analisar cada afirmativa:
1. A Justiça da Infância e da Juventude é competente para conhecer de casos
encaminhados pelo Conselho Tutelar, aplicando as medidas cabíveis. – Redação do
Art. 148. A Justiça da Infância e da Juventude é competente para: VII -
conhecer de casos encaminhados pelo Conselho Tutelar, aplicando as
medidas cabíveis. - VERDADEIRA
2. A sentença que destituir ambos ou qualquer dos genitores do poder familiar
fica sujeita a apelação, que deverá ser recebida nos efeitos suspensivo e devolutivo.
- De acordo com o Art. 199-B. A sentença que destituir ambos ou qualquer
dos genitores do poder familiar fica sujeita a apelação, que deverá ser
recebida apenas no efeito devolutivo. - FALSA
3. A função de membro do conselho nacional e dos conselhos estaduais e
municipais dos direitos da criança e do adolescente é considerada de interesse público
relevante e será remunerada respeitando os pisos salariais específicos. – De acordo
com o Art. 89. A função de membro do conselho nacional e dos conselhos
estaduais e municipais dos direitos da criança e do adolescente é
considerada de interesse público relevante e não será remunerada. - FALSA
4. Entende-se por família extensa ou ampliada aquela que se estende para além
da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com
os quais a criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e
afetividade. – Redação do Art. 25. Entende-se por família natural a
comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes.
Parágrafo único. Entende-se por família extensa ou ampliada aquela que se
estende para além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada
por parentes próximos com os quais a criança ou adolescente convive e
mantém vínculos de afinidade e afetividade. - VERDADEIRO
Gabarito: d

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Ano: 2012 Banca: NC-UFPR Órgão: TJPR Prova: NC-UFPR - 2012 – Tribunal de Justiça -
TJPR – Juiz Assunto: Direito da Criança e do Adolescente
15. Sobre adoção, assinale a alternativa correta.
a) A adoção é modalidade de família substituta e desliga o adotado de todos os vínculos
com os pais e demais parentes originários.
b) A morte dos pais adotantes restabelece o poder familiar dos pais originários apenas se
o adotado não possuir nenhum outro parente vivo.
c) É possível a adoção conjunta pelos divorciados, os judicialmente separados e os ex-
companheiros, desde que acordem sobre a guarda e o regime de visitas, contanto que o
estágio de convivência tenha sido iniciado na constância do período de convivência e
que seja comprovada a existência de vínculos de afinidade e afetividade com aquele não
detentor da guarda, que justifiquem a excepcionalidade da concessão.
d) Com o intuito de resguardar os interesses do pupilo e do curatelado, é vedada a adoção
destes pelos respectivos tutor e curador, salvo quando já tiver mais de doze anos.

Para resolver essa questão, vamos analisar cada alternativa:


a) A adoção é modalidade de família substituta e desliga o adotado de todos os
vínculos com os pais e demais parentes originários. – Da redação do art. 41 temos:
Art. 41. A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos
direitos e deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo
com pais e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais. Não há do que se
falar de família substituta.
b) A morte dos pais adotantes restabelece o poder familiar dos pais originários
apenas se o adotado não possuir nenhum outro parente vivo. – Segundo o art. 49,
temos: Art. 49. A morte dos adotantes não restabelece o poder familiar dos
pais naturais. Logo, está incorreta pois não restabelece.
c) É possível a adoção conjunta pelos divorciados, os judicialmente separados
e os ex-companheiros, desde que acordem sobre a guarda e o regime de visitas,
contanto que o estágio de convivência tenha sido iniciado na constância do período
de convivência e que seja comprovada a existência de vínculos de afinidade e
afetividade com aquele não detentor da guarda, que justifiquem a excepcionalidade
da concessão. – Do art. 42, temos no § 4º a redação: Art. 42. Podem adotar
os maiores de 18 (dezoito) anos, independentemente do estado civil. § 4 o
Os divorciados, os judicialmente separados e os ex-companheiros podem
adotar conjuntamente, contanto que acordem sobre a guarda e o regime de
visitas e desde que o estágio de convivência tenha sido iniciado na
constância do período de convivência e que seja comprovada a existência de
vínculos de afinidade e afetividade com aquele não detentor da guarda, que
justifiquem a excepcionalidade da concessão.
d) Com o intuito de resguardar os interesses do pupilo e do curatelado, é
vedada a adoção destes pelos respectivos tutor e curador, salvo quando já tiver mais
de doze anos. – Pela redação do Art. 44. Enquanto não der conta de sua
administração e saldar o seu alcance, não pode o tutor ou o curador adotar
o pupilo ou o curatelado. Logo, não existe a ressalva dita na alternativa.
Gabarito: c

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Ano: 2009 Banca: NC-UFPR Órgão: SES-PR Prova: NC-UFPR – 2009 – Secretaria de
Estado da Saúde – SES-PR – Técnico Administrativo Assunto: Direito da Criança e do
Adolescente –
16. O Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece uma série de condições para preservar
o direito à profissionalização e a proteção ao trabalho de crianças e jovens. Sobre esse
tema, assinale a alternativa correta.
a) Menores de quatorze anos de idade não podem realizar nenhum tipo de trabalho, nem
mesmo na condição de aprendizes.
b) Adolescentes na faixa dos 14 aos 18 anos podem realizar trabalhos noturnos (entre as
vinte e duas horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte), desde que frequentem
aulas no turno vespertino (entre 13 e 18 horas).
c) Os adolescentes que trabalhem como aprendizes podem receber remuneração por suas
atividades.
d) Adolescentes que realizarem atividades de capacitação técnico-profissional estão
dispensados de frequentar o ensino regular obrigatório.
e) Aos adolescentes aprendizes maiores de quatorze anos e menores de dezoito não são
assegurados direitos trabalhistas e previdenciários.

Para resolver essa questão, vamos analisar cada alternativa:


a) Menores de quatorze anos de idade não podem realizar nenhum tipo de
trabalho, nem mesmo na condição de aprendizes. – Dado o art. 60 do ECA, temos:
Art. 60. É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade,
salvo na condição de aprendiz. - ERRADO
b) Adolescentes na faixa dos 14 aos 18 anos podem realizar trabalhos noturnos
(entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte), desde que
frequentem aulas no turno vespertino (entre 13 e 18 horas). – Na realidade, esse
é um texto de origem da Constituição Federal, art. 7º, inc. XXXIII proibição
de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de
qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de
aprendiz, a partir de quatorze anos. - ERRADO
c) Os adolescentes que trabalhem como aprendizes podem receber
remuneração por suas atividades. – De acordo com o art. 60 do ECA: Art. 60. É
proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na
condição de aprendiz. - CERTO
d) Adolescentes que realizarem atividades de capacitação técnico-profissional
estão dispensados de frequentar o ensino regular obrigatório. – De acordo com o
Art. 63. A formação técnico-profissional obedecerá aos seguintes princípios:
I - garantia de acesso e frequência obrigatória ao ensino regular; - ERRADO
e) Aos adolescentes aprendizes maiores de quatorze anos e menores de dezoito
não são assegurados direitos trabalhistas e previdenciários. - Em conformidade
com o Art. 65. Ao adolescente aprendiz, maior de quatorze anos, são
assegurados os direitos trabalhistas e previdenciários
Gabarito: c

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Ano: 2009 Banca: NC-UFPR Órgão: SES-PR Prova: NC-UFPR – 2009 – Secretaria de
Estado da Saúde – SES-PR – Auxiliar Administrativo Assunto: Direito da Criança e do
Adolescente
17. O Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece:
a) Crianças menores de 10 anos só poderão ter acesso a diversões e espetáculos públicos
se estiverem acompanhadas pelos pais ou responsáveis.
b) Recomenda-se que as emissoras de televisão indiquem a classificação dos programas
antes de sua exibição.
c) É proibida a publicação de revistas que tenham mensagens pornográficas ou obscenas
na capa.
d) Crianças e adolescentes só podem frequentar estabelecimentos que explorem
comercialmente bilhar, sinuca ou outros tipos de jogos se estiverem acompanhadas
pelos pais ou responsáveis.
e) As editoras podem, a seu critério, usar embalagens lacradas para publicações
inadequadas a crianças e adolescentes.

Para resolver essa questão, vamos analisar cada alternativa:


a) Crianças menores de 10 anos só poderão ter acesso a diversões e
espetáculos públicos se estiverem acompanhadas pelos pais ou responsáveis. – De
acordo com o Art. 75. Toda criança ou adolescente terá acesso às diversões
e espetáculos públicos classificados como adequados à sua faixa etária.
Parágrafo único. As crianças menores de dez anos somente poderão
ingressar e permanecer nos locais de apresentação ou exibição quando
acompanhadas dos pais ou responsável. - CERTO
b) Recomenda-se que as emissoras de televisão indiquem a classificação dos
programas antes de sua exibição. – Na realidade pelo texto do art. 76. As
emissoras de rádio e televisão somente exibirão, no horário recomendado
para o público infanto juvenil, programas com finalidades educativas,
artísticas, culturais e informativas. Parágrafo único. Nenhum espetáculo
será apresentado ou anunciado sem aviso de sua classificação, antes de sua
transmissão, apresentação ou exibição. - ERRADO
c) É proibida a publicação de revistas que tenham mensagens pornográficas ou
obscenas na capa. – Pelo art. 78. As revistas e publicações contendo material
impróprio ou inadequado a crianças e adolescentes deverão ser
comercializadas em embalagem lacrada, com a advertência de seu
conteúdo. Parágrafo único. As editoras cuidarão para que as capas que
contenham mensagens pornográficas ou obscenas sejam protegidas com
embalagem opaca.
d) Crianças e adolescentes só podem frequentar estabelecimentos que
explorem comercialmente bilhar, sinuca ou outros tipos de jogos se estiverem
acompanhadas pelos pais ou responsáveis. - Art. 80. Os responsáveis por
estabelecimentos que explorem comercialmente bilhar, sinuca ou congênere
ou por casas de jogos, assim entendidas as que realizem apostas, ainda que
eventualmente, cuidarão para que não seja permitida a entrada e a
permanência de crianças e adolescentes no local, afixando aviso para
orientação do público.
e) As editoras podem, a seu critério, usar embalagens lacradas para
publicações inadequadas a crianças e adolescentes. - Pelo art. 78. As revistas e
publicações contendo material impróprio ou inadequado a crianças e

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adolescentes deverão ser comercializadas em embalagem lacrada, com a


advertência de seu conteúdo. Parágrafo único. As editoras cuidarão para que
as capas que contenham mensagens pornográficas ou obscenas sejam
protegidas com embalagem opaca.
Gabarito: a

Ano: 2009 Banca: NC-UFPR Órgão: SES-PR Prova: NC-UFPR – 2009 – Secretaria de
Estado da Saúde – SES-PR – Fisioterapeuta Assunto: Direito da Criança e do Adolescente
18. Os Conselhos Tutelares têm o papel de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e
do adolescente. Considere as seguintes afirmativas sobre a composição, funcionamento
e atribuições dos Conselhos Tutelares:
1. Cada município deve ter, no mínimo, um Conselho Tutelar, escolhido pela comunidade local.
2. O Conselho Tutelar tem um mandato de quatro anos, coincidente com os mandatos do
prefeito e vereadores.
3. Cabe ao município definir se os membros do Conselho Tutelar serão remunerados pelo
exercício da função.
4. Os membros do Conselho Tutelar devem ter idade superior a 35 anos e residir no município.
5. Compete ao Conselho Tutelar atender as crianças e adolescentes em caso de falta, omissão
ou abuso dos pais ou responsáveis.
Assinale a alternativa correta
a) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras
b) Somente as afirmativas 2, 4 e 5 são verdadeiras
c) Somente a afirmativa 5 é verdadeira.
d) Somente as afirmativas 1, 3 e 5 são verdadeiras
e) As afirmativas 1, 2, 3, 4 e 5 são verdadeiras.

Para resolver essa questão, vamos analisar cada afirmativa:


1. Cada município deve ter, no mínimo, um Conselho Tutelar, escolhido pela
comunidade local. – Redação do Art. 132. Em cada Município e em cada Região
Administrativa do Distrito Federal haverá, no mínimo, 1 (um) Conselho
Tutelar como órgão integrante da administração pública local, composto de 5
(cinco) membros, escolhidos pela população local para mandato de 4 (quatro)
anos, permitida recondução por novos processos de escolha. – VERDADEIRO
2. O Conselho Tutelar tem um mandato de quatro anos, coincidente com os
mandatos do prefeito e vereadores. - Pelo Art. 139. O processo para a escolha
dos membros do Conselho Tutelar será estabelecido em lei municipal e
realizado sob a responsabilidade do Conselho Municipal dos Direitos da
Criança e do Adolescente, e a fiscalização do Ministério Público. § 1 o O
processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar ocorrerá em data
unificada em todo o território nacional a cada 4 (quatro) anos, no primeiro
domingo do mês de outubro do ano subsequente ao da eleição presidencial.
– FALSO
3. Cabe ao município definir se os membros do Conselho Tutelar serão
remunerados pelo exercício da função. - Art. 134. Lei municipal ou distrital
disporá sobre o local, dia e horário de funcionamento do Conselho Tutelar,
inclusive quanto à remuneração dos respectivos membros,... – VERADEIRO
4. Os membros do Conselho Tutelar devem ter idade superior a 35 anos e residir
no município. - Art. 133. Para a candidatura a membro do Conselho Tutelar,
serão exigidos os seguintes requisitos: I - reconhecida idoneidade moral; II -
idade superior a vinte e um anos; III - residir no município. – FALSO

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5. Compete ao Conselho Tutelar atender as crianças e adolescentes em caso de


falta, omissão ou abuso dos pais ou responsáveis. - Art. 136. São atribuições do
Conselho Tutelar: I - atender as crianças e adolescentes nas hipóteses
previstas nos arts. 98 e 105, aplicando as medidas previstas no art. 101, I a
VII; do art. 98. As medidas de proteção à criança e ao adolescente são
aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados
ou violados: I - por ação ou omissão da sociedade ou do Estado; II - por falta,
omissão ou abuso dos pais ou responsável; III - em razão de sua conduta.
Gabarito: d

Ano: 2009 Banca: NC-UFPR Órgão: SES-PR Prova: NC-UFPR - 2009 - SES-PR - Enfermeiro
Tema: Conselho Tutelar
19. Os Conselhos Tutelares têm o papel de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e
do adolescente. Considere as seguintes afirmativas sobre a composição, funcionamento
e atribuições dos Conselhos Tutelares
1. Cada município deve ter, no mínimo, um Conselho Tutelar, escolhido pela comunidade local.
2. O Conselho Tutelar tem um mandato de quatro anos, coincidente com os mandatos do
prefeito e vereadores.
3. Cabe ao município definir se os membros do Conselho Tutelar serão remunerados pelo
exercício da função.
4. Os membros do Conselho Tutelar devem ter idade superior a 35 anos e residir no município.
5. Compete ao Conselho Tutelar atender as crianças e adolescentes em caso de falta, omissão
ou abuso dos pais ou responsáveis.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas 2, 4 e 5 são verdadeiras.
c) Somente a afirmativa 5 é verdadeira.
d) Somente as afirmativas 1, 3 e 5 são verdadeiras.
e) As afirmativas 1, 2, 3, 4 e 5 são verdadeiras.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra D.


1. Cada município deve ter, no mínimo, um Conselho Tutelar, escolhido pela
comunidade local.
VERDADEIRA. Conforme artigo 132 do ECA, em cada Município, bem como
em cada região administrativa do Distrito Federal, deverá haver, no mínimo, um
Conselho Tutelar como órgão integrante da administração pública local.
Registre-se que uma das diretrizes do Estatuto da Criança e do Adolescente é,
justamente, a municipalização do atendimento, o que justifica a nítida preferência
pela execução local das políticas públicas ligadas à infância e à adolescência. É que
a atuação direta dos órgãos integrantes do sistema de proteção à criança e ao
adolescente em âmbito local, além de facilitarem a efetivação de seus direitos, evitam
a morosidade no atendimento e evitam a possível insuficiência do sistema para
atendimento de todos os casos. Podemos observar a mesma municipalização, por
exemplo, no âmbito do SUS, em que o atendimento ocorre no sistema de
contrarreferência.
2. O Conselho Tutelar tem um mandato de quatro anos, coincidente com os
mandatos do prefeito e vereadores
FALSO. É verdade que o mandato dos Conselheiros Tutelares é de quatro anos,
conforme se encontra positivado no art. 132 do ECA. Vale ressaltar, inclusive, que o

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referido dispositivo foi atualizado pela Lei nº 13.824/19, sendo certo que agora é
permitida a recondução de seus membros por sucessivas vezes. Ou seja, não há mais
a imposição de apenas uma recondução no cargo de Conselheiro Tutelar.
Entretanto, o seu mandato não coincide com os mandatos dos prefeitos e
vereadores, uma vez que a eleição é realizada no primeiro domingo do mês de
outubro do ano subsequente ao da eleição presidencial, conforme art. 39, §1º do
ECA: “Art 39 § 1o O processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar ocorrerá
em data unificada em todo o território nacional a cada 4 (quatro) anos, no primeiro
domingo do mês de outubro do ano subsequente ao da eleição presidencial.”
Sendo assim, uma vez que a eleição municipal ocorre quatro anos após a
eleição presidencial, por óbvio, não coincidirá com a eleição dos conselheiros
tutelares, que ocorre sempre um ano depois das eleições presidenciais. A última
eleição do Conselho Tutelar, inclusive, ocorreu no primeiro domingo de outubro de
2019, justamente porque em 2018 se realizou a última eleição presidencial.
3. Cabe ao município definir se os membros do Conselho Tutelar serão
remunerados pelo exercício da função.
VERDADEIRA. De acordo com o artigo 134, caput do ECA, cabe à lei municipal
ou distrital dispor sobre a remuneração dos membros do Conselho Tutelar, bem como
de outros pontos específicos, como local, dia e horário de funcionamento do órgão.
4. Os membros do Conselho Tutelar devem ter idade superior a 35 anos e residir
no município.
FALSA. De acordo com o artigo 133 do ECA, um dos requisitos de elegibilidade
como membro do Conselho Tutelar é a idade superior a vinte e um anos, e não trinta
e cinco. Outrossim, registre-se que a residência no Município mencionada ao final da
assertiva está correta, vide art. 133, III do ECA.
5. Compete ao Conselho Tutelar atender as crianças e adolescentes em caso de
falta, omissão ou abuso dos pais ou responsáveis.
VERDADEIRA. As atribuições do Conselho Tutelar estão elencadas no artigo
136 do Estatuto da Criança e do Adolescente. De acordo com o inciso I, é atribuição
do referido órgão: atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos
arts. 98 e 105, aplicando as medidas previstas no art. 101, I a VII;
Por sua vez, de acordo com artigo 98 mencionado: Art. 98. As medidas de
proteção à criança e ao adolescente são aplicáveis sempre que os direitos
reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados: II - por falta, omissão ou abuso
dos pais ou responsável.

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Ano: 2009 Banca: NC-UFPR Órgão: SES-PR Prova: NC-UFPR - 2009 - SES-PR – Técnico
de Enfermagem Tema: Do Direito à Profissionalização e à Proteção no Trabalho
20. O Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece uma série de condições para preservar
o direito à profissionalização e a proteção ao trabalho de crianças e jovens. Sobre esse
tema, assinale a alternativa correta.

a) Menores de quatorze anos de idade não podem realizar nenhum tipo de trabalho, nem
mesmo na condição de aprendizes.
b) Adolescentes na faixa dos 14 aos 18 anos podem realizar trabalhos noturnos (entre as
vinte e duas horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte), desde que frequentem
aulas no turno vespertino (entre 13 e 18 horas).
c) Os adolescentes que trabalhem como aprendizes podem receber remuneração por suas
atividades.
d) Adolescentes que realizarem atividades de capacitação técnico-profissional estão
dispensados de frequentar o ensino regular obrigatório.
e) Aos adolescentes aprendizes maiores de quatorze anos e menores de dezoito não são
assegurados direitos trabalhistas e previdenciários.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra C.


A) INCORRETA. Conforme dispõe a Constituição Federal em seu art. 7º,
XXXIII: “proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito
e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz,
a partir de quatorze anos".
Veja que, conforme a norma constitucional, a proibição de qualquer trabalho se
impõe aos menores de dezesseis anos, sendo possível que aqueles que possuam
entre quatorze a dezesseis anos exerçam a função de aprendiz.
Tal norma repercutiu na inserção do artigo 60 no ECA, cuja redação é: “Art. 60.
É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na condição
de aprendiz.”
B) INCORRETA. De acordo com a Constituição Federal em seu art. 7º, XXXIII:
“proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de
qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a
partir de quatorze anos".
No mesmo sentido, veja o que dispõe o ECA:
Art. 67. Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar de trabalho,
aluno de escola técnica, assistido em entidade governamental ou não-
governamental, é vedado trabalho:
I - noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas
do dia seguinte;
C) CORRETA. De acordo com o artigo 68, § 2º do ECA: “A remuneração que o
adolescente recebe pelo trabalho efetuado ou a participação na venda dos produtos
de seu trabalho não desfigura o caráter educativo.”
O conceito de trabalho educativo, por sua vez, se encontra no parágrafo
antecedente: Entende-se por trabalho educativo a atividade laboral em que as
exigências pedagógicas relativas ao desenvolvimento pessoal e social do educando
prevalecem sobre o aspecto produtivo.
D) INCORRETA. A assertiva vai de encontro ao que dispõe o Estatuto da
Criança e do Adolescente: Art. 63. A formação técnico-profissional obedecerá aos

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seguintes princípios: I - garantia de acesso e frequência obrigatória ao ensino


regular.
Vale ressaltar que a principiologia norteadora do ECA veda a sobreposição do
exercício de atividades como a formação técnico-profissional sobre o ensino regular.
Relembre-se, neste particular, que a educação é um direto fundamental das crianças
e dos adolescentes.
O objetivo da formação técnico-profissional é formar técnica e
profissionalmente o adolescente através de ferramentas de trabalho de natureza
pedagógica. Cuida-se da chamada “aprendizagem”, permitida a partir dos quatorze
anos de idade. Por ter uma natureza mais pedagógica do que trabalhista, é permitida
aos que possuem entre quatorze anos de idade completos e dezesseis anos de idade
incompletos.
E) INCORRETA. De acordo com o artigo 65 do ECA: Ao adolescente aprendiz,
maior de quatorze anos, são assegurados os direitos trabalhistas e previdenciários.

Ano: 2014 Banca: NC-UFPR Órgão: DPE-PR Prova: NC-UFPR - 2014 - DPE-PR - Defensor
Público Tema: Adoção
21. A adoção unilateral
a) resulta no desligamento de qualquer vínculo com pais ou parentes, salvo os
impedimentos matrimoniais.
b) dispensa, conforme o caso, o estágio de convivência, mas exige sempre prévia
habilitação do adotante em procedimento judicial próprio.
c) corresponde à hipótese em que um dos cônjuges ou concubinos adota o filho do outro.
d) ao contrário da adoção conjunta, ocorre quando a criança ou adolescente é adotado por
pretendente habilitado a adotar sozinho, que passa a ser o único genitor constante de
seu assento de nascimento.
e) é a modalidade de adoção decretada sem consentimento expresso do adotando,
bastando a manifestação de vontade do adotante.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra C.


A) INCORRETA. A adoção unilateral se encontra prevista no artigo 41, §1º do
Estatuto da Criança e do Adolescente: Art. 41. A adoção atribui a condição de filho
ao adotado, com os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios, desligando-o
de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais. § 1º
Se um dos cônjuges ou concubinos adota o filho do outro, mantêm-se os
vínculos de filiação entre o adotado e o cônjuge ou concubino do adotante e
os respectivos parentes. – Grifo meu.
Exemplo: homem que adota unilateralmente o filho de sua atual esposa.
B) INCORRETA. A adoção unilateral é uma das modalidades da adoção intuito
personae, que dispensa inscrição prévia em cadastros de adoção. De acordo com o
artigo 50, §13: § 13. Somente poderá ser deferida adoção em favor de candidato
domiciliado no Brasil não cadastrado previamente nos termos desta Lei quando: I -
se tratar de pedido de adoção unilateral.
C) CORRETA. Trata-se da literalidade do artigo 41, §1º supracitado, que dispõe
acerca da adoção unilateral.
D) INCORRETA. Não se trata do conceito de adoção unilateral, muito embora
o nome sugira que se trate de uma adoção realizada por somente uma pessoa. Além

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do erro apontado quanto ao real conceito de adoção unilateral, vale relembrar que
tal modalidade dispensa a habilitação para adoção, conforme abordado acima.
E) INCORRETA. De acordo com o artigo 45, §2º do ECA, o consentimento dos
adolescentes é sempre necessário, devendo ser colhido em audiência. As crianças,
por sua vez, devem ser ouvidas perante equipe interprofissional sempre que possível.
Lembre-se que o ECA pretende a proteção dos direitos das crianças e dos
adolescentes, atendendo sempre ao princípio do melhor interesse, razão pela qual a
tomada de decisões sem a sua participação afigura-se arbitrária, na maioria dos
casos.

Ano: 2014 Banca: NC-UFPR Órgão: Prefeitura de Araucária - PR Prova: NC-UFPR - Educador
Infantil II (Araucária)/2016 Tema: Das Disposições Preliminares

22. Conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente, criança é a pessoa com até 12 anos de
idade incompletos. São prioridades que devem ser destinadas a essa população, EXCETO:
a) prioridade de atendimento nas instituições comerciais e bancárias.
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública.
c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas.
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas à proteção da
infância.
e) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias.

Comentário da questão: A assertiva incorreta é a letra A.


A) INCORRETA. Não há previsão no ECA de que a prioridade de atendimento
em instituições comerciais e bancárias consiste em uma das garantias conferidas às
crianças.
B) CORRETA. Trata-se de uma das garantias de prioridade listadas no
parágrafo único do artigo 14, notadamente na alínea b.
Por óbvio, tal precedência no atendimento deve ser realizada sob a ótica da
razoabilidade. A título exemplificativo: tratando-se do serviço público de saúde, se
tivermos uma criança com alguma patologia de natureza leve e, de outro lado, um
adulto com um problema cardiorrespiratório grave, necessitando de pronto
atendimento, não há motivo para que se atenda a criança primeiramente.
C) CORRETA. Cuida-se de uma das garantias conferidas no artigo 14,
notadamente na alínea c. O ECA possui uma preocupação especial com a execução
de políticas públicas destinadas às crianças e aos adolescentes.
Vale relembrar que a Constituição Federal, em seu art. 6º, caput, prevê o direito
social de proteção à infância. Sendo direito social e, portanto, de segunda geração,
impõe ao Estado uma obrigação de fazer, razão pela qual sua implementação decorre
de políticas públicas.
D) CORRETA. Também se trata de uma das garantias previstas no artigo 14,
notadamente na alínea d.
Registre-se que nas disposições finais e transitórias do ECA, há previsão da
criação de Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente, destinados à captação
de recursos provenientes inclusive de doações para consecução dos fins previstos no
ECA. Na definição das prioridades a serem atendidas com os recursos captados pelos
fundos nacional, estaduais e municipais dos direitos da criança e do adolescente,
serão consideradas as disposições do Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa

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do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária e as do


Plano Nacional pela Primeira Infância.
E) CORRETA. Trata-se da primeira garantia conferida às crianças e aos
adolescentes previstas no artigo 14, parágrafo único do ECA. Aqui, fazemos as
mesmas observações realizadas anteriormente quanto à necessária observância da
razoabilidade, notadamente em casos de conflitos entre direitos fundamentais,
inclusive, de mesma natureza. Retomamos o leitor ao exemplo quanto ao
atendimento em hospital público mencionado na assertiva B.

Ano: 2015 Banca: NC-UFPR Órgão: Prefeitura de Curitiba - PR Prova: NC-UFPR - Guarda
Municipal (Pref Curitiba)/2015 Tema: Das Disposições Preliminares

23. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) prevê a absoluta prioridade da efetivação
de direitos da criança e do adolescente. São expressamente previstas no ECA as seguintes
garantias da prioridade, EXCETO:
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias.
b) viabilização de formas alternativas de participação, ocupação e convívio da criança e do
adolescente com as demais gerações.
c) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública.
d) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas.
e) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à
infância e à juventude.

Comentário da questão: A assertiva incorreta é a letra B.


A) CORRETA. Trata-se da primeira garantia conferida às crianças e aos
adolescentes previstas no artigo 14, parágrafo único do ECA. Aqui, deve-se realizar
a necessária observância da razoabilidade, notadamente em casos de conflitos entre
direitos fundamentais, inclusive, de mesma natureza.
A título exemplificativo: tratando-se do serviço público de saúde, se tivermos
uma criança com alguma patologia de natureza leve e, de outro lado, um adulto com
um problema cardiorrespiratório grave, necessitando de pronto atendimento, não há
motivo para que se atenda a criança primeiramente.
B) INCORRETA. Não há previsão da referida garantia no âmbito do ECA.
C) CORRETA. Trata-se de uma das garantias de prioridade listadas no
parágrafo único do artigo 14, notadamente na alínea b. Aqui, remetemos o leitor às
mesmas observações quanto à necessária observância da razoabilidade realizadas na
alternativa “A”.
D) CORRETA. Cuida-se de uma das garantias conferidas no artigo 14,
notadamente na alínea c. O ECA possui uma preocupação especial com a execução
de políticas públicas destinadas às crianças e aos adolescentes.
Vale relembrar que a Constituição Federal, em seu art. 6º, caput, prevê o direito
social de proteção à infância. Sendo direito social e, portanto, de segunda geração,
impõe ao Estado uma obrigação de fazer, razão pela qual sua implementação decorre
de políticas públicas.
E) CORRETA. Também se trata de uma das garantias previstas no artigo 14,
notadamente na alínea d. A destinação de recursos públicos para as áreas
relacionadas com o direito à infância e à juventude é primordial, notadamente diante

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de seu caráter precípuo de direito social, que impõe ao Estado obrigações de fazer
para a sua real implementação.
Registre-se que nas disposições finais e transitórias do ECA, há previsão da
criação de Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente, destinados à captação
de recursos provenientes inclusive de doações para consecução dos fins previstos no
ECA. Na definição das prioridades a serem atendidas com os recursos captados pelos
fundos nacional, estaduais e municipais dos direitos da criança e do adolescente,
serão consideradas as disposições do Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa
do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária e as do
Plano Nacional pela Primeira Infância.

Ano: 2013 Banca: NC-UFPR Órgão: TJ-PR Prova: NC-UFPR - Analista Judiciário (TJ
PR)/Administração/2013 Tema: Das Disposições Preliminares

24. Na parte preliminar da Lei 8.069/90, considera-se dever da família, da comunidade, da
sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação
dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar
e comunitária. Sobre o assunto, considere as seguintes garantias:
1. Primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias.
2. Precedência de atendimento nos serviços públicos e privados ou de relevância pública.
3. Preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas.
4. Destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à
infância e à juventude.
A garantia de prioridade à Criança e ao Adolescente compreende:
a) 1 e 2 apenas.
b) 1, 3 e 4 apenas.
c) 3 e 4 apenas.
d) 1, 2 e 3 apenas.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra B.


1. Primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias.
VERDADEIRA. Trata-se da primeira garantia conferida às crianças e aos
adolescentes previstas no artigo 14, parágrafo único do ECA. Aqui, deve-se realizar
a necessária observância da razoabilidade, notadamente em casos de conflitos entre
direitos fundamentais, inclusive, de mesma natureza.
A título exemplificativo: tratando-se do serviço público de saúde, se tivermos
uma criança com alguma patologia de natureza leve e, de outro lado, um adulto com
um problema cardiorrespiratório grave, necessitando de pronto atendimento, não há
motivo para que se atenda a criança primeiramente.
2. Precedência de atendimento nos serviços públicos e privados ou de
relevância pública.
FALSA. O artigo 14, alínea “b” do ECA prevê que é uma garantia de prioridade
a precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública, não
englobando, portanto, os serviços de natureza privada.
3. Preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas.

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Cuida-se de uma das garantias conferidas no artigo 14, notadamente na alínea


c. O ECA possui uma preocupação especial com a execução de políticas públicas
destinadas às crianças e aos adolescentes.
Vale relembrar que a Constituição Federal, em seu art. 6º, caput, prevê o direito
social de proteção à infância. Sendo direito social e, portanto, de segunda geração,
impõe ao Estado uma obrigação de fazer, razão pela qual sua implementação decorre
de políticas públicas.
4. Destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a
proteção à infância e à juventude.
Também se trata de uma das garantias previstas no artigo 14, notadamente na
alínea d. A destinação de recursos públicos para as áreas relacionadas com o direito
à infância e à juventude é primordial, notadamente diante de seu caráter precípuo
de direito social, que impõe ao Estado obrigações de fazer para a sua real
implementação.
Registre-se que nas disposições finais e transitórias do ECA, há previsão da
criação de Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente, destinados à captação
de recursos provenientes inclusive de doações para consecução dos fins previstos no
ECA. Na definição das prioridades a serem atendidas com os recursos captados pelos
fundos nacional, estaduais e municipais dos direitos da criança e do adolescente,
serão consideradas as disposições do Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa
do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária e as do
Plano Nacional pela Primeira Infância.

NC-UFPR - Profissional de Magistério (Araucária)/Docência I/2017 – (Assunto: Do Direito à


Vida e à Saúde - ECA - arts. 7 ao 14)

25. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, a quem cabe, nos
estabelecimentos de ensino, comunicar ao Conselho Tutelar os casos de maus tratos?

a) Aos professores.
b) Aos membros do Conselho Escolar.
c) Aos dirigentes.
d) A uma comissão especial que tratará do caso.
e) Ao assistente social.

GABARITO: C
Conforme o artigo 56, I, do ECA: "Os dirigentes de estabelecimentos de
ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de:
I- maus-tratos envolvendo seus alunos".
Sendo assim, o gabarito da questão é a letra “c”

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NC-UFPR - Arquiteto (PARANAEDUCAÇÃO)/2016 (Assunto: Do Direito à Vida e à Saúde - ECA -


arts. 7 ao 14)

26. É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar,
com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade,
ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
Sobre a proteção às crianças e adolescentes referida no trecho acima, extraído da Lei
8.069/90, assinale a alternativa correta.
a) Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre
dezesseis e dezoito anos de idade.
b) A criança e o adolescente gozam especificamente daqueles direitos fundamentais
inerentes à pessoa humana que forem descritos nesta lei.
c) Os direitos enunciados nesta lei referem-se com prioridade às crianças em situação de
vulnerabilidade em relação a deficiência, condição pessoal de desenvolvimento e
aprendizagem, condição econômica, ambiente social, região e local de moradia ou outra
condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em que vivem.
d) É pressuposto expresso pela lei garantir a todos os homens e mulheres o acesso aos
programas e às políticas de saúde de forma igualitária.
e) A criança e o adolescente têm direito à proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação
de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e
harmonioso, em condições dignas de existência.

GABARITO: E
a) Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às
pessoas entre dezesseis e dezoito anos de idade. (ERRADA)
Conforme o art. 2º do ECA:
Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até
doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito
anos de idade.
Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se
excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos
de idade.
b) A criança e o adolescente gozam especificamente daqueles direitos
fundamentais inerentes à pessoa humana que forem descritos nesta lei. (ERRADA)
Conforme art. 15 do ECA:
Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e
à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e
como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na
Constituição e nas leis.
c) Os direitos enunciados nesta lei referem-se com prioridade às crianças em
situação de vulnerabilidade em relação a deficiência, condição pessoal de
desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica, ambiente social, região e
local de moradia ou outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a
comunidade em que vivem. (ERRADA)
Segundo o art. 3º do ECA:
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos
fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral

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de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios,
todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o
desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de
liberdade e de dignidade.
Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas
as crianças e adolescentes, sem discriminação de nascimento, situação
familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, deficiência,
condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica,
ambiente social, região e local de moradia ou outra condição que diferencie
as pessoas, as famílias ou a comunidade em que vivem. (incluído pela Lei nº
13.257, de 2016)
d) É pressuposto expresso pela lei garantir a todos os homens e mulheres o
acesso aos programas e às políticas de saúde de forma igualitária. (ERRADA)
Conforme exposto no art. 8º do ECA:
É assegurado a todas as mulheres o acesso aos programas e às políticas
de saúde da mulher e de planejamento reprodutivo e, às gestantes, nutrição
adequada, atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério e
atendimento pré-natal, perinatal e pós-natal integral no âmbito do Sistema
Único de Saúde. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
O ECA não assegura os direitos aos homens.
e) A criança e o adolescente têm direito à proteção à vida e à saúde, mediante
a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o
desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência. (CERTA)
A alternativa cita exatamente o que trata o art. 7º do ECA:
A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde,
mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o
nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas
de existência.

NC-UFPR - Arquiteto (PARANAEDUCAÇÃO)/2016 (Assunto: Do Direito à Liberdade, ao


Respeito e à Dignidade - ECA - arts. 15 ao 18-B)

27. Assinale a alternativa que descreve corretamente o direito à liberdade garantido
expressamente pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.

a) As crianças possuem o direito de opinião e expressão, desde que autorizados pelos
responsáveis legais, e os adolescentes possuem pleno direito, independentemente de
autorização.
b) As crianças e adolescentes possuem o direito de ir, vir e estar nos logradouros públicos
e espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais.
c) As crianças e adolescentes possuem o direito de participar da vida política,
independentemente de regulação legal.
d) As crianças e adolescentes possuem o direito de culto religioso, desde que autorizados
pelos responsáveis legais.
e) As crianças e adolescentes possuem o direito de refúgio desde que autorizados pelos
pais ou responsáveis legais.

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GABARITO: B
a) As crianças possuem o direito de opinião e expressão, desde que autorizados
pelos responsáveis legais, e os adolescentes possuem pleno direito,
independentemente de autorização. (ERRADA)
O artigo 16, II, ECA somente fala em opinião e expressão, não fala em
autorização pelos responsáveis legais.
b) As crianças e adolescentes possuem o direito de ir, vir e estar nos
logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais.
(CERTA)
Literalidade do Art. 16, I, ECA:
Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:
I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários,
ressalvadas as restrições legais;
c) As crianças e adolescentes possuem o direito de participar da vida política,
independentemente de regulação legal. (ERRADA)
O art. 16, VI, ECA, diz o seguinte:
VI -participar da vida política, na forma da lei;
d) As crianças e adolescentes possuem o direito de culto religioso, desde que
autorizados pelos responsáveis legais. (ERRADA)
O art. 16, III, ECA fala somente em crença e culto religioso, não
menciona que é necessário autorização dos responsáveis legais.
e) As crianças e adolescentes possuem o direito de refúgio desde que
autorizados pelos pais ou responsáveis legais. (ERRADA)
O art. 16, VII, ECA cita somente:
VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.


NC-UFPR - Analista Judiciário (TJ PR)/Psicologia/2013 (Assunto: Disposições Gerais - Do
Direito à Convivência Familiar, ECA, arts. 19 ao 24)

28. Está consagrado na Constituição Brasileira de 1988 (art. 227) e no ECA de 1990 (arts. 4º
e 19) que a família é o lugar privilegiado para o adequado desenvolvimento humano.
Entende-se que é necessário levar em conta alguns princípios para propor políticas
adequadas de atendimento à família. Sobre o tema, considere os seguintes princípios:
1. Considerar a família um sistema vivo e em constante transformação, porém sem romper com
a ideia da família ideal.
2. Olhar a família no seu movimento e na sua circularidade no risco e na potencialidade e
ampliar o foco sobre ela.
3. Trabalhar com a escuta da família e conhecer sua diversidade e complexidade.
4. Descentralizar as políticas públicas da família.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
b) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
d) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.

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GABARITO: B
A resposta da questão está fundamentada no art. 4º e no art. 19 do
Estatuto da Criança e do Adolescente:
Art. 4º - É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do
poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos
referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer,
à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à
convivência familiar e comunitária.
Art. 19 - É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no
seio de sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada
a convivência familiar e comunitária, em ambiente que garanta seu
desenvolvimento integral. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
E também no artigo 227 da Constituição Federal:
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à
criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida,
à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura,
à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária,
além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão.

NC-UFPR - Analista Judiciário (TJ PR)/Assessor Jurídico/2013 (Assunto: Da Família Natural -


arts. 25 ao 27)

29. Sobre família e filiação, nos termos do ECA, assinale a alternativa INCORRETA.

a) Família extensa ou ampliada é aquela que se estende para além da unidade pais e filhos
ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com os quais a criança ou
adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade.
b) Os filhos havidos fora do casamento poderão ser reconhecidos pelos pais, conjunta ou
separadamente, no próprio termo de nascimento, por testamento, mediante escritura ou
outro documento público, qualquer que seja a origem da filiação.
c) O reconhecimento não pode preceder o nascimento do filho ou suceder-lhe ao
falecimento, se deixar descendentes, ainda que exista proteção jurídica posterior.
d) O reconhecimento do estado de filiação é direito personalíssimo, indisponível e
imprescritível, podendo ser exercitado contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer
restrição, observado o segredo de Justiça.
GABARITO: C

Conforme dispõe o art. 26 do Estatuto da Criança do Adolescente:


Art. 26. Os filhos havidos fora do casamento poderão ser reconhecidos
pelos pais, conjunta ou separadamente, no próprio termo de nascimento,
por testamento, mediante escritura ou outro documento público, qualquer
que seja a origem da filiação.
Parágrafo único. O reconhecimento pode preceder o nascimento do
filho ou suceder-lhe ao falecimento, se deixar descendentes.
Sendo assim, o reconhecimento PODE ocorrer antes do filho nascer.

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NC-UFPR - Defensor Público do Estado do Paraná/2014 (Assunto: Da Família Substituta:


guarda, tutela e adoção - arts. 28 ao 52-D) (#427696 – TEC)

30. A adoção unilateral

a) resulta no desligamento de qualquer vínculo com pais ou parentes, salvo os
impedimentos matrimoniais.
b) dispensa, conforme o caso, o estágio de convivência, mas exige sempre prévia habilitação
do adotante em procedimento judicial próprio.
c) corresponde à hipótese em que um dos cônjuges ou concubinos adota o filho do outro.
d) ao contrário da adoção conjunta, ocorre quando a criança ou adolescente é adotado por
pretendente habilitado a adotar sozinho, que passa a ser o único genitor constante de
seu assento de nascimento.
e) é a modalidade de adoção decretada sem consentimento expresso do adotando,
bastando a manifestação de vontade do adotante.
GABARITO: C
a) resulta no desligamento de qualquer vínculo com pais ou parentes, salvo os
impedimentos matrimoniais.
Conforme o art. 41, § 1º do ECA os vínculos serão mantidos:
Art. 41, § 1º Se um dos cônjuges ou concubinos adota o filho do outro,
mantêm-se os vínculos de filiação entre o adotado e o cônjuge ou concubino
do adotante e os respectivos parentes.
b) dispensa, conforme o caso, o estágio de convivência, mas exige sempre
prévia habilitação do adotante em procedimento judicial próprio.
A prévia habilitação não é uma exigência na adoção unilateral. Vejamos
o art. 50, § 13 do ECA:
§ 13. Somente poderá ser deferida adoção em favor de candidato
domiciliado no Brasil não cadastrado previamente nos termos desta Lei
quando:
I - se tratar de pedido de adoção unilateral;
II - for formulada por parente com o qual a criança ou adolescente
mantenha vínculos de afinidade e afetividade;
III - oriundo o pedido de quem detém a tutela ou guarda legal de
criança maior de 3 (três) anos ou adolescente, desde que o lapso de tempo
de convivência comprove a fixação de laços de afinidade e afetividade, e não
seja constatada a ocorrência de má-fé ou qualquer das situações previstas
nos arts. 237 ou 238 desta Lei.
c) corresponde à hipótese em que um dos cônjuges ou concubinos adota o filho
do outro.
Conforme dispõe o ECA:
Art. 41. A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os
mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer
vínculo com pais e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais.
§ 1º Se um dos cônjuges ou concubinos adota o filho do outro, mantêm-
se os vínculos de filiação entre o adotado e o cônjuge ou concubino do
adotante e os respectivos parentes.

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d) ao contrário da adoção conjunta, ocorre quando a criança ou adolescente é


adotado por pretendente habilitado a adotar sozinho, que passa a ser o único genitor
constante de seu assento de nascimento.
O adotante não será o único genitor, vejamos o art. Art. 41 §1º do ECA:
§1º Se um dos cônjuges ou concubinos adota o filho do outro, mantêm-
se os vínculos de filiação entre o adotado e o cônjuge ou concubino do
adotante e os respectivos parentes.
e) é a modalidade de adoção decretada sem consentimento expresso do
adotando, bastando a manifestação de vontade do adotante.
Conforme o artigo 45, § 2º do ECA:
Art. 45. A adoção depende do consentimento dos pais ou do
representante legal do adotando.
§ 2º. Em se tratando de adotando maior de doze anos de idade, será
também necessário o seu consentimento.

Ano: 2013 Banca: Núcleo de Concursos - Universidade Federal do Paraná Órgão: TJ-PR
Provas: Analista Judiciário (TJ PR); Assessor Jurídico Assunto: Direito da Criança e do
Adolescente; Da Família Substituta: guarda, tutela e adoção (arts. 28 ao 52-D).

31. Sobre a adoção, nos termos do Estatuto da Criança e do Adolescente, assinale a
alternativa INCORRETA.
a) A observância, em processo de adoção, da ordem de preferência do cadastro de
adotantes deverá ser excepcionada em prol do casal que, embora habilitado em data
posterior à de outros adotantes, tenha exercido a guarda da criança pela maior parte da
sua existência, ainda que a referida guarda tenha sido interrompida e posteriormente
retomada pelo mesmo casal.
b) Para as adoções post mortem, vigem, como comprovação da inequívoca vontade do de
cujus em adotar, as mesmas regras que comprovam a filiação socioafetiva, quais sejam,
o tratamento do menor como se filho fosse e o conhecimento público dessa condição.
c) A adoção, segundo o ECA, pode ser feita pessoalmente ou por procurador com poderes
especiais.
d) Não podem adotar os ascendentes e os irmãos do adotando e o adotante deve ser, pelo
menos, 16 (dezesseis) anos mais velho do que o adotando.

GABARITO: letra C

a) CORRETA está conforme o Art. 50, § 13, inciso III da Lei 8069/90
“Somente poderá ser deferida adoção em favor de candidato domiciliado no Brasil
não cadastrado previamente nos termos desta Lei quando: III - oriundo o pedido de
quem detém a tutela ou guarda legal de criança maior de 3 (três) anos ou
adolescente, desde que o lapso de tempo de convivência comprove a fixação de laços
de afinidade e afetividade, e não seja constatada a ocorrência de má-fé ou qualquer
das situações previstas nos arts. 237 ou 238 desta Lei.” Sendo assim, não será
deferida a adoção de imediato, deverá aferir qual é o melhor interesse para criança,
havendo estudo psicossocial que avaliará e indicarão que a adoção de fato para
aquela família é a melhor solução para o menor, Art. 43. “A adoção será deferida

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quando apresentar reais vantagens para o adotando e fundar-se em motivos


legítimos.”

b) CORRETA alternativa aborda sobre a adoção post mortem, a qual o adotante


morre antes de efetivada o procedimento da adoção, neste caso poderá sem
concedida de forma excepcional quando for de inequívoca vontade do de cujus de
adotar, desse modo, deve ser comprovado que o adotante e o adotado tinham uma
conivência socioafetiva, como consta no art. 42, § 6° da lei 8069/90 “A adoção poderá
ser deferida ao adotante que, após inequívoca manifestação de vontade, vier a
falecer no curso do procedimento, antes de prolatada a sentença.”

c) INCORRETA Assertiva de forma equivocada afirma que poderá ser realizado


a adoção por meio de procuração, é por obvio que não é condizente adoção por
procuração, já que o adotante deverá mostrar sua real vontade de adotar, diante do
juiz e de forma legítima, pois é necessário saber se o adotante está com boas
intenções, se vai tratar o adotado com carinho e dedicação. Art. 39, §2°, Lei
8069/90, “É vedada a adoção por procuração”, e Art. 43. “A adoção será deferida
quando apresentar reais vantagens para o adotando e fundar-se em motivos
legítimos.”

d) CORRETA não pode haver adoção por irmão do adotado, isso para preservar
o desenvolvimento sadio da criança, evitando a “modificação abrupta nos vínculos
familiares (BARROS, 2019), posto isso a legislação correspondente: Art. 42, Lei
8069/90. “Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, independentemente do
estado civil.
§ 1º Não podem adotar os ascendentes e os irmãos do adotando.
§ 2º A adoção por ambos os cônjuges ou concubinos poderá ser formalizada,
desde que um deles tenha completado vinte e um anos de idade, comprovada a
estabilidade da família. (...)
§ 3º O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos mais velho do que o
adotando.”

Ano: 2013 Banca: Núcleo de Concursos - Universidade Federal do Paraná Órgão: TJ-PR
Provas: Analista Judiciário (TJ PR); Assessor Jurídico Assunto: Direito da Criança e do
Adolescente; Da Família Substituta: guarda, tutela e adoção (arts. 28 ao 52-D).

32. Sobre adoção e guarda, segundo o ECA, assinale a alternativa correta.
a) O falecimento do adotante restabelece o poder familiar dos pais naturais.
b) Admite-se a guarda compartilhada entre avó e tio, não sendo exclusividade de genitores.
c) A adoção internacional pode ser deferida mesmo se, após consulta ao cadastro de
pessoas ou casais habilitados à adoção, mantido pela Justiça da Infância e da Juventude
na comarca, bem como aos cadastros estadual e nacional, for encontrado interessado
com residência permanente no Brasil.
d) Para adoção internacional, brasileiros residentes no exterior concorrem em pé de
igualdade com os estrangeiros residentes no exterior.

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GABARITO: letra B

a) ERRADA A morte não é a condição para o restabelecimento o poder familiar


aos pais biológicos, existindo a vontade inequívoca do adotante antes de sua morte,
e existindo vínculo socioafetivo e duradouro entre o adotado, poderá ser efetivada a
adoção ao de cujus. Art. 41. A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com
os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer
vínculo com pais e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais.
(...)
§ 6º A adoção poderá ser deferida ao adotante que, após inequívoca
manifestação de vontade, vier a falecer no curso do procedimento, antes de prolatada
a sentença.

b) CERTA aqui trata-se se entendimento jurisprudencial, o qual permite-se que


haja guarda compartilhada entre avó e tios, desde que seja já havia convivência
duradora entre eles, e a criança esteja sendo bem cuidada, conforme expõe o
julgado: CIVIL E PROCESSUAL. PEDIDO DE GUARDA COMPARTILHADA DE MENOR
POR TIO E AVÓ PATERNOS. PEDIDO JURIDICAMENTE POSSÍVEL. SITUAÇÃO QUE
MELHOR ATENDE AO INTERESSE DA CRIANÇA. SITUAÇÃO FÁTICA JÁ EXISTENTE.
CONCORDÂNCIA DA CRIANÇA E SEUS GENITORES. PARECER FAVORÁVEL DO
MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. I. A
peculiaridade da situação dos autos, que retrata a longa co-habitação do menor
com a avó e o tio paternos, desde os quatro meses de idade, os bons
cuidados àquele dispensados, e a anuência dos genitores quanto à
pretensão dos recorrentes, também endossada pelo Ministério Público Estadual, é
recomendável, em benefício da criança, a concessão da guarda compartilhada. II.
Recurso especial conhecido e provido. STJ. RECURSO ESPECIAL Nº 1.147.138 - SP
(2009/0125640-2) RELATOR : MINISTRO ALDIR PASSARINHO JUNIOR, Brasília (DF),
11 de maio de 2010(Data do Julgamento)

c) ERRADA a preferência é pela adoção por família brasileira, esgotada todas


as pesquisas no cadastro nacional, neste caso poderá adotar conceder a adoção a
família estrangeira. Art. 51. § 1º lei 8069/80. A adoção internacional de criança
ou adolescente brasileiro ou domiciliado no Brasil somente terá lugar quando restar
comprovado: (...) II - que foram esgotadas todas as possibilidades de colocação da
criança ou adolescente em família substituta brasileira, após consulta aos cadastros
mencionados no art. 50 desta Lei.

d) ERRADA o erro da questão é firmar que brasileiros no exterior não terão


preferência, inverso poderá sim ter preferência a família brasileira que residir no
exterior, Art. 51. § 2º lei 8069/80. Os brasileiros residentes no exterior terão
preferência aos estrangeiros, nos casos de adoção internacional de criança ou
adolescente brasileiro.

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Ano: 2013 Banca: Núcleo de Concursos - Universidade Federal do Paraná Órgão: TJ-PR
Provas: Analista Judiciário (TJ PR); Assessor Jurídico Assunto: Direito da Criança e do
Adolescente; Da Família Substituta: guarda, tutela e adoção (arts. 28 ao 52-D).

33. Com fundamento na Lei 8.069/90, assinale a alternativa correta.
a) Considera-se criança, para os efeitos da Lei 8.069, a pessoa até 14 anos de idade
incompletos, e adolescente aquele entre 14 e 18 anos de idade.
b) Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente serão
obrigatoriamente comunicados ao Ministério Público Estadual, sem prejuízo de outras
providências legais.
c) A colocação da criança ou adolescente em família substituta far-se-á mediante guarda,
tutela ou adoção, sendo que a colocação em família substituta estrangeira constitui
medida excepcional, somente admissível na modalidade de adoção.
d) A falta ou carência de recursos materiais, a depender da gravidade, constitui motivo
suficiente para a perda ou a suspensão do poder familiar.

GABARITO: letra C

a) INCORRETA o erro da questão é dizer que é considerado criança o menor


de 14 anos, sendo o correto até os 12 anos de idade, após essa idade é considerado
adolescente. Art. 2º, lei 8.069/90 “Considera-se criança, para os efeitos desta Lei,
a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e
dezoito anos de idade”.

b) INCORRETA a comunicação de maus tratos contra a criança deverá ser


realizada ao conselho tutelar municipal, conforme expõe o Art. 13 da lei 8.069/90.
“Os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, de tratamento cruel ou
degradante e de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente
comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras
providências legais”.

c) CORRETA alternativa dispõe a literalidade da lei 8.069/90, Art. 28 “A


colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou adoção,
independentemente da situação jurídica da criança ou adolescente, nos termos desta
Lei” e Art. 31. “A colocação em família substituta estrangeira constitui medida
excepcional, somente admissível na modalidade de adoção”.

d) INCORRETA A falta de recursos materiais não enseja a suspensão do poder


familiar, deve orientar-se pelo princípio do melhor interesse do menor. Art. 23, lei
8069/90. “A falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente
para a perda ou a suspensão do pátrio poder familiar”.

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Ano: 2013 Banca: Núcleo de Concursos - Universidade Federal do Paraná Órgão: TJ-PR
Provas: Analista Judiciário (TJ PR); Assessor Jurídico Assunto: Direito da Criança e do
Adolescente; Da Família Substituta: guarda, tutela e adoção (arts. 28 ao 52-D).

34. Tendo em vista o disposto na Seção III da Lei 8.069 que trata “da família substituta”,
considere as seguintes afirmativas:
1. A guarda obriga à prestação de assistência material, moral e educacional à criança ou
adolescente, conferindo ao seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais.
2. Salvo expressa e fundamentada determinação em contrário, da autoridade judiciária
competente, ou quando a medida for aplicada em preparação para adoção, o deferimento da
guarda de criança ou adolescente a terceiros não impede o exercício do direito de visitas pelos
pais, assim como o dever de prestar alimentos.
3. A guarda poderá ser revogada a qualquer tempo, mediante ato judicial fundamentado, ouvido
o Ministério Público.
4. O poder público estimulará, por meio de assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios, o
acolhimento, sob a forma de guarda, tutela ou adoção, de criança ou adolescente afastado do
convívio familiar.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
d) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.

GABARITO: letra C

A única alternativa que se encontra incorreta é número 4, pois afirma que


poderá realizar a assistência e acolhimento, sob a forma de guarda, contudo o correto
é apenas na forma de “guarda”. Art. 34, lei 8.069/90. “O poder público estimulará,
por meio de assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios, o acolhimento, sob a
forma de guarda, de criança ou adolescente afastado do convívio familiar”.

1. conforme o Art. 33 da lei 8.069/90. “A guarda obriga a prestação de


assistência material, moral e educacional à criança ou adolescente, conferindo a seu
detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais”.

2. Art. 33, lei 8.069/90. “A guarda obriga a prestação de assistência material,


moral e educacional à criança ou adolescente, conferindo a seu detentor o direito de
opor-se a terceiros, inclusive aos pais.(...) § 4º Salvo expressa e fundamentada
determinação em contrário, da autoridade judiciária competente, ou quando a
medida for aplicada em preparação para adoção, o deferimento da guarda de criança
ou adolescente a terceiros não impede o exercício do direito de visitas pelos pais,
assim como o dever de prestar alimentos, que serão objeto de regulamentação
específica, a pedido do interessado ou do Ministério Público”.

3. conforme Art. 35, lei 8.069/90. “A guarda poderá ser revogada a qualquer
tempo, mediante ato judicial fundamentado, ouvido o Ministério Público”.

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Ano: 2013 Banca: Núcleo de Concursos - Universidade Federal do Paraná Órgão: TJ-PR
Provas: Analista Judiciário (TJ PR); Assessor Jurídico Assunto: Direito da Criança e do
Adolescente; Da Família Substituta: guarda, tutela e adoção (arts. 28 ao 52-D). #429061

35. Com fundamento nos artigos 39 e seguintes que tratam da adoção, é INCORRETO afirmar:
a) É permitida a adoção por procuração.
b) O adotando deve contar com, no máximo, dezoito anos à data do pedido, salvo se já
estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes.
c) A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmo direitos e deveres,
inclusive sucessórios.
d) Os divorciados, os judicialmente separados e os ex-companheiros podem adotar
conjuntamente.

GABARITO: letra A

a) INCORRETA Assertiva de forma equivocada afirma que poderá ser realizado


a adoção por meio de procuração, é por obvio que não é condizente adoção por
procuração, já que o adotante deverá mostrar sua real vontade de adotar, perante o
juiz e de forma legítima, pois é necessário saber se o adotante está com boas
intenções, e se vai tratar o adotado com carinho e dedicação. Art. 39, §2°, Lei
8069/90, “É vedada a adoção por procuração”, e Art. 43. “A adoção será deferida
quando apresentar reais vantagens para o adotando e fundar-se em motivos
legítimos.”

b) CORRETA podem adotar os maiores de 18 anos, alternativa literalidade da


lei 8.069/90, Art. 42. “Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos,
independentemente do estado civil”.

c) CORRETA a adoção cria vínculos de filiação, devendo o adotado ter os


mesmos direitos que os filhos naturais, sem qualquer discriminação, está consolidado
no Art. 1.596 do CC. “Os filhos, havidos ou não da relação de casamento, ou por
adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações
discriminatórias relativas à filiação”, bem como prevista no ECA lei 8.069/90. “Art.
41. A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e
deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes,
salvo os impedimentos matrimoniais”.

Vale ressaltar, que após adoção o adotante não terá mais qualquer vínculo com
a família natural, no mesmo sentido não terá direito à herança.

d) CORRETA é exatamente a informação exposta no “Art. 42, (...), § 4º Os


divorciados, os judicialmente separados e os ex-companheiros podem adotar
conjuntamente, contanto que acordem sobre a guarda e o regime de visitas e desde
que o estágio de convivência tenha sido iniciado na constância do período de
convivência e que seja comprovada a existência de vínculos de afinidade e afetividade
com aquele não detentor da guarda, que justifiquem a excepcionalidade da
concessão”.

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Ano: 2013 Banca: Núcleo de Concursos - Universidade Federal do Paraná Órgão: TJ-PR
Provas: Analista Judiciário (TJ PR); Assessor Jurídico Assunto: Direito da Criança e do
Adolescente; Da Família Substituta: guarda, tutela e adoção (arts. 28 ao 52-D). #429063

36. Sobre o processo de adoção, considere as seguintes afirmativas:
1. Vindo a falecer o adotante antes da sentença, extingue-se o processo de adoção.
2. Em se tratando de adotando maior de doze anos de idade, será necessário o seu
consentimento.
3. O adotado tem direito de conhecer sua origem biológica, bem como obter acesso irrestrito ao
processo de adoção no qual a medida foi aplicada e seus eventuais incidentes, após completar
18 (dezoito) anos.
4. Haverá cadastros distintos para pessoas ou casais residentes fora do País, que somente serão
consultados na inexistência de postulantes nacionais habilitados.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.

GABARITO: letra A

A assertiva incorreta é o que se afirma no número 1:

1. INCORRETA, a adoção post mortem, a qual o adotante morre antes de


efetivada da adoção, poderá sem concedida de forma excepcional quando for de
inequívoca vontade do de cujus de adotar, desse modo, deve ser comprovado que o
adotante e o adotado tinham uma conivência socioafetiva, como consta no art. 42, §
6° da lei 8069/90 “A adoção poderá ser deferida ao adotante que, após inequívoca
manifestação de vontade, vier a falecer no curso do procedimento, antes de prolatada
a sentença.”

2. CORRETA, Lei n° 8.069, Art. 48. “O adotado tem direito de conhecer sua
origem biológica, bem como de obter acesso irrestrito ao processo no qual a medida
foi aplicada e seus eventuais incidentes, após completar 18 (dezoito) anos. Parágrafo
único. O acesso ao processo de adoção poderá ser também deferido ao adotado
menor de 18 (dezoito) anos, a seu pedido, assegurada orientação e assistência
jurídica e psicológica”.

3. CORRETA, Lei n° 8.069, Art. 50. “A autoridade judiciária manterá, em


cada comarca ou foro regional, um registro de crianças e adolescentes em condições
de serem adotados e outro de pessoas interessadas na adoção. [...] § 6º Haverá
cadastros distintos para pessoas ou casais residentes fora do País, que somente serão
consultados na inexistência de postulantes nacionais habilitados nos cadastros
mencionados no § 5º deste artigo”.

4. CORRETA, Lei n° 8.069, Art. 42. […] § 6º “A adoção poderá ser deferida
ao adotante que, após inequívoca manifestação de vontade, vier a falecer no curso
do procedimento, antes de prolatada a sentença”.

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Ano: 2013 Banca: Núcleo de Concursos - Universidade Federal do Paraná Órgão: TJ-PR
Provas: Analista Judiciário (TJ PR); Assessor Jurídico Assunto: Direito da Criança e do
Adolescente; Da Família Substituta: guarda, tutela e adoção (arts. 28 ao 52-D). #429066

37. Sobre adoção internacional, e com fundamento nos artigos 51 e 52 da Lei 8.069, é
INCORRETO afirmar:
a) Considera-se adoção internacional aquela na qual a pessoa ou casal postulante, ainda
que brasileiro, é residente ou domiciliado fora do Brasil.
b) Antes de transitada em julgado a decisão que concedeu a adoção internacional, será
permitida a saída temporária do adotante do território nacional, pelo prazo máximo de
30 dias, ouvido o Ministério Público e mediante decisão judicial.
c) A adoção internacional pressupõe a intervenção das Autoridades Centrais Estaduais e
Federal em matéria de adoção internacional.
d) A habilitação de postulantes estrangeiros ou domiciliados fora do Brasil terá validade
máxima de 1 (um) ano, podendo ser renovada.

GABARITO: letra B

a) CORRETA conforme menciona o Autor Guilherme Barros “é internacional a


adoção na qual om pretendente possui residência habitual em um estado signatário
da Convenção de Haia para adoção e pretende adotar criança de outro estado da
convenção”. Art. 51, lei 8.0699/90. “Considera-se adoção internacional aquela na
qual a pessoa ou casal postulante é residente ou domiciliado fora do Brasil, conforme
previsto no Artigo 2 da Convenção de Haia, de 29 de maio de 1993, Relativa à
Proteção das Crianças e à Cooperação em Matéria de Adoção Internacional, aprovada
pelo Decreto Legislativo no 1, de 14 de janeiro de 1999, e promulgada pelo Decreto
no 3.087, de 21 de junho de 1999”.

b) INCORRETA só poderá ocorrer a saída da criança ou do adolescente para


território estrangeiro, após a sentença transitada em julgado, neste ato poderá ser
expedida o alvará autorizando a viagem e a emissão de passaportes. Art. 52, lei
8.069/90. “A adoção internacional observará o procedimento previsto nos Arts. 165
a 170 desta Lei, com as seguintes adaptações: [...] § 8º Antes de transitada em
julgado a decisão que concedeu a adoção internacional, não será permitida a saída
do adotando do território nacional”.

c) CORRETA O órgão Estadual e Federal tem o papel importante para


identificação de crianças e adolescentes, visando as melhores condições para serem
adotados pelos requerentes estrangeiros, principalmente no que se refere ao idioma
entre os países em relação ao procedimento de adoção. Art. 51. [...] § 3º “Somente
será admissível o credenciamento de organismos que: [...] IV - cumprirem os
requisitos exigidos pelo ordenamento jurídico brasileiro e pelas normas estabelecidas
pela Autoridade Central Federal Brasileira”.

d) CORRETA alternativa expõe a literalidade do Art. 51, lei 8.069/90. [...] §


13. “A habilitação de postulante estrangeiro ou domiciliado fora do Brasil terá
validade máxima de 1 (um) ano, podendo ser renovada”.
(bibliografia: livro coleção sinopses para concursos, autor Guilherme Barros, Ed. Juspodivm, 2019)

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Ano: 2019 Banca: NC-UFPR Órgão: Prefeitura de Curitiba - PR Prova: NC-UFPR - 2019 -
Prefeitura de Curitiba - PR - Profissional do Magistério II - Artes Assunto: Do Direito à
Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer (ECA arts. 53 ao 59).

38. Um estudante menor de idade tentou conversar com a diretora da escola sobre critérios
de avaliação utilizados por um professor. A diretora da escola considerou tal atitude
improcedente, não viabilizou diálogo e encerrou o caso. Com base nessa situação
hipotética, e à luz do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei nº 8.069/90,
Capítulo IV, assinale a alternativa correta.
a) A diretora agiu em conformidade com o ECA, posto que não se aplica o direito à
contestação de critérios avaliativos por parte de estudantes menores.
b) A competência para apurar critérios avaliativos é dever restrito à equipe pedagógica. A
diretora agiu conforme o ECA, pelo qual a contestação por parte de estudantes pode ser
interpretada como desrespeito.
c) A fim de proteger e assegurar o direito à aprendizagem do estudante, a atitude da
diretora foi coerente com os princípios educacionais que orientam que as avaliações
escolares devem ser consideradas medidas socioeducativas invioláveis.
d) A atitude da diretora violou o ECA, visto que essa lei assegura o direito da criança e do
adolescente de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares
superiores.
e) Visando garantir o respeito e a autonomia do professor em sala de aula, o ECA estabelece
que os dirigentes de estabelecimentos de ensino devem considerar contestações de
estudantes somente quando houver elevados níveis de repetência, razão pela qual a
diretora agiu corretamente.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra D.


A Constituição Federal em seu art. 205, assegura que a educação, é direito de
todos e dever do estado e da família.
Por sua vez, o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90), com
vistas a cumprir os preceitos constitucionais, assegura às crianças e aos
adolescentes, com base no Capítulo IV da referida lei, o direito à educação, à cultura,
ao esporte e ao lazer.
Ao tratar do direito à educação, o caput do art. 53, Lei nº 8.069/90, visa
primordialmente o pleno desenvolvimento do indivíduo, em segundo lugar o preparo
para o exercício da cidadania, e por fim a qualificação para o trabalho.
O inciso III, do art. 53, Lei nº 8.069/90, estabelece especificamente o direito a
contestação de critérios avaliativos, e assegura a possibilidade de interposição de
recurso às instâncias escolares superiores.
Portanto, no caso em tela, a diretora violou diretamente o disposto na Lei nº
8.069/90 (ECA), em vista do discorrido acima.

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Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: Prefeitura de Araucária - PR Prova: NC-UFPR - 2017
Prefeitura de Araucária - PR - Profissional do Magistério - Pedagogo Assunto: Do Direito à
Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer (ECA arts. 53 ao 59).

39. A Lei nº 8.069/1990 estabelece o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). No ECA, o
direito à educação das crianças e adolescentes, entre outros elementos, se dá por:
a) tolerância e respeito às diversas manifestações religiosas no espaço escolar.
b) gratuidade do ensino público para os alunos em situação de vulnerabilidade.
c) garantia de participação nos espaços de tomada de decisões da escola.
d) direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares
superiores.
e) direito de escuta na definição do plano curricular ou no projeto político-pedagógico.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra D.


O direito à educação das crianças e adolescentes é tratado tanto na Constituição
Federal (art. 205 e 217), quanto no Estatuto da Criança e do Adolescente. No ECA,
esse assunto é tratado no Capítulo IV, que no seu art. 53 assim dispõe:
Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno
desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação
para o trabalho, assegurando-se-lhes:
(...)
III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às
instâncias escolares superiores;
(...)
Apesar de as outras alternativas englobarem direitos constitucionais
indiretamente (como por exemplo, o da liberdade de religião na alternativa A), a
resposta correta é a letra D, pois é o que se extrai da letra da lei.

Ano: 2016 Banca: NC-UFPR Órgão: Prefeitura de Araucária - PR Prova: NC-UFPR – 2016
Prefeitura de Araucária - PR – Educador Infantil II Assunto: Do Direito à Educação, à Cultura,
ao Esporte e ao Lazer (ECA arts. 53 ao 59).

40. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, a criança e o adolescente têm
direito à educação. A respeito do assunto, considere os seguintes itens:
1. Igualdade de condições de acesso e permanência na escola.
2. Acesso com gratuidade à escola mais próxima, ainda que seja uma escola privada.
3. Direito de votar e ser votado em instâncias coletivas escolares, como o conselho escolar e a
associação de pais e mestres.
4. Direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares
superiores.
São direitos assegurados às crianças e adolescentes:

a) 1 e 2 apenas.
b) 2 e 3 apenas.
c) 1 e 4 apenas.
d) 2, 3 e 4 apenas.
e) 1, 2, 3 e 4.

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Comentário da questão: A assertiva correta é a letra C.


O art. 53 do Estatuto da Criança e do Adolescente traz, em seus incisos I e III
os itens 1 e 4 da questão:
Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno
desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação
para o trabalho, assegurando-se-lhes:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias
escolares superiores;
O item 2 está incorreto pois o inciso V do art. 53 garante o acesso à escola
pública e gratuita:
V - acesso à escola pública e gratuita, próxima de sua residência, garantindo-
se vagas no mesmo estabelecimento a irmãos que frequentem a mesma etapa ou
ciclo de ensino da educação básica. (Redação dada pela Lei nº 13.845, de 2019).
O item 3 não é tratado no Capítulo IV do ECA, que é o que engloba os direitos
da criança e do adolescente no que tange à educação, cultura, esporte e lazer.

Ano: 2015 Banca: NC-UFPR Órgão: Prefeitura de Curitiba - PR Prova: NC-UFPR – 2015
Prefeitura de Curitiba - PR – Guarda Municipal Assunto: Das Disposições Preliminares (ECA -
arts. 1º ao 6º).

41. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) prevê a absoluta prioridade da efetivação
de direitos da criança e do adolescente. São expressamente previstas no ECA as seguintes
garantias da prioridade, EXCETO:
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias.
b) viabilização de formas alternativas de participação, ocupação e convívio da criança e do
adolescente com as demais gerações.
c) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública.
d) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas.
e) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à
infância e à juventude.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra B.


A atual doutrina adotada pelo ECA é a de proteção integral à criança e ao
adolescente. Tal doutrina reconhece-os como sujeitos de direito e trata-os com
absoluta prioridade. O parágrafo único do art.4º do ECA traz a seguinte redação:
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder
público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à
vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização,
à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;
c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a
proteção à infância e à juventude.
Verifica-se, portanto, que a alternativa B não está compreendida nas medidas
adotadas pelo ECA na efetivação dos direitos das crianças e adolescentes.

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Ano: 2014 Banca: NC-UFPR Órgão: Prefeitura de Curitiba - PR Prova: NC-UFPR – 2014
Prefeitura de Curitiba - PR – Educador Assunto: Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e
ao Lazer (ECA arts. 53 ao 59).

42. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, Lei nº 8.069/1990) assinale
a alternativa INCORRETA.
a) O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral
da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da
autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.
b) O direito à liberdade compreende, dentre outros, o de opinião e expressão, o de
participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação, e o de participar da vida
política, na forma da lei.
c) À criança e ao adolescente é vedado o direito de contestar critérios avaliativos.
d) A criança e o adolescente têm direito à educação, sendo-lhes assegurado, dentre outros,
o direito de ser respeitado por seus educadores.
e) É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como
participar da definição das propostas educacionais.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra C.


a) A alternativa A está correta, uma vez que encontra respaldo no art. 17 do
ECA: Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física,
psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem,
da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos
pessoais.
b) A alternativa B está correta pois é o que dispõem, entre outros, os incisos
II, V e VI do art. 16: Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:
(...) II - opinião e expressão; (...) V - participar da vida familiar e comunitária, sem
discriminação; VI - participar da vida política, na forma da lei.
c) A alternativa C está incorreta, pois o art. 53, inciso III assegura à criança e
ao adolescente: III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às
instâncias escolares superiores;
d) A alternativa D está correta pois é tratada no inciso II do art. 53: II - direito
de ser respeitado por seus educadores;
e) A alternativa E está correta pois é tratada no parágrafo único do art. 53 do
ECA: Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo
pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais.

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Ano: 2014 Banca: NC-UFPR Órgão: Prefeitura de Curitiba - PR Prova: NC-UFPR – 2014
Prefeitura de Curitiba - PR – Profissional do Magistério/Docência II Assunto: Do Direito à
Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer (ECA arts. 53 ao 59).

43. A Lei Federal 8.069/1990, Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), foi constituída
com o intuito de reconhecer e defender os direitos das crianças e adolescentes. A respeito
do ECA, considere as seguintes afirmativas:
1. O Estatuto estabelece que o direito à liberdade impede toda e qualquer forma de
reclusão do adolescente, mesmo em condições de ato infracional ou crime, o qual deve
ser punido por medida socioeducativa.
2. O ECA determina que os pais ou responsáveis têm a obrigação de matricular seus filhos
na rede regular de ensino.
3. O direito à liberdade compreende, no ECA, o direito da criança e do adolescente à opinião
e à expressão, bem como a participar da vida política, na forma que a lei estabelecer.
4. O Estatuto afirma que é responsabilidade da escola, por meio dos seus dirigentes,
informar o poder público quando tem conhecimento de casos de maus-tratos aos seus
alunos.
a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
b) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra C.


A alternativa correta é a letra C, pois os itens 2, 3 e 4 são verdadeiros, conforme
se vê a seguir:
O art. 55 afirma que os pais ou responsável têm a obrigação de matricular
seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino.
O art. 16 compreende, em seus incisos II e VI, como direito à liberdade: Art.
16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos: (...) II - opinião e
expressão; (...) VI - participar da vida política, na forma da lei;
O art. 56 dispõe que: Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental
comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de: I - maus-tratos envolvendo seus
alunos;
O item 1 está incorreto uma vez que o art. 112, inciso VI autoriza a internação
do adolescente em estabelecimento educacional quando verificada a prática de ato
infracional.

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Ano: 2016 Banca: NC-UFPR Órgão: Prefeitura de Curitiba - PR Prova: NC-UFPR – 2016
Prefeitura de Curitiba - PR – Auxiliar de Serviços Escolares Assunto: Do Direito à
Profissionalização e à Proteção no Trabalho (ECA - arts. 60 ao 69).

44. Sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, identifique como verdadeiras
(V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas:
( ) A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas
humanas em processo de desenvolvimento.
( ) A Lei da Palmada, como ficou conhecida a lei 13.010/14, alterou o Estatuto da Criança e do
Adolescente, impedindo que a criança e o a adolescente venham a ser reprimidos com o uso de
castigo físico.
( ) Considera-se criança a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente, aquela
entre doze e dezoito anos de idade.
( ) É proibido o trabalho a menores de quatorze anos.
a) V – V – V – F.
b) F – V – F – V.
c) F – F – V – V.
d) V – F – F – F.
e) V – V – V – V.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra A.


A primeira afirmação é verdadeira e encontra respaldo no art. 15 do ECA: A
criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como
pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos
civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis
A segunda afirmação pode ser verificada que é correta com a análise da Lei da
Palmada, que trouxe inovação ao ECA em seu art. 18-A, dispondo que: A criança e o
adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de castigo físico
ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina,
educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família
ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas
socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los,
educá-los ou protegê-los.
A terceira afirmação também é correta e encontra seu fundamento no art. 2º
do ECA: Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de
idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.
Por fim, a última afirmação é falsa, uma vez que a Constituição Federal, em
seu art. 7º, inciso XXXIII, proíbe o trabalho a menores de dezesseis anos: XXXIII-
proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de
qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz,
a partir de quatorze anos.

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NC-UFPR - Analista Judiciário (TJ PR)/Administração/2013. Assunto: Direito à


profissionalização e à proteção do trabalho

45. Com fundamento nos artigos 60 e seguintes da Lei 8.069/90 (Estatuto da Criança e do
Adolescente), que dispõem acerca do direito à profissionalização e à proteção do
trabalho, é INCORRETO afirmar:
a) Ao adolescente é permitido o trabalho noturno, com autorização dos pais ou do seu
representante legal, desde que não prejudique o acesso e frequência obrigatória ao
ensino regular.
b) Considera-se trabalho noturno, para o adolescente, o horário compreendido entre as
22:00 horas de um dia e as 5:00 horas do dia seguinte.
c) Ainda que com a autorização dos pais, ou do seu representante legal, é vedado ao
adolescente trabalho em locais perigosos, insalubres ou penosos.
d) A remuneração que o adolescente recebe pelo trabalho efetuado ou a participação na
venda dos produtos de seu trabalho não desfigura o caráter educativo.

COMENTÁRIO:
O capítulo V da Lei nº 8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente – dispõe
sobre o direito à profissionalização e à proteção no trabalho, estabelecendo o artigo
60 do mandamento legal:
“Art. 60. É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade,
salvo na condição de aprendiz.”
Contudo, o trabalho do adolescente deve obedecer a determinadas condições
estabelecidas pelo legislador.
a) INCORRETA: o trabalho noturno do adolescente é proibido, nos termos do
artigo 67, inciso I, independentemente de haver autorização dos pais ou
representante legal:
“Art. 67. Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar de trabalho,
aluno de escola técnica, assistido em entidade governamental ou não-
governamental, é vedado trabalho:
I - noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas
do dia seguinte;”
b) CORRETA: o trabalho noturno, tanto para o adolescente, como para o
adulto, é aquele realizado entre 22 horas de um dia e 5 horas do dia seguinte,
conforme estabelece o artigo 73, § 2º do Decreto-lei nº 5452/43 (Consolidação das
Leis do Trabalho – CLT). Ressalte-se que o trabalho noturno ao adolescente é
proibido.
c) CORRETA: nos termos do artigo 67, inciso II, é vedado ao adolescente o
trabalho em perigoso, insalubre ou penoso, independentemente de autorização dos
pais ou do representante legal.
d) CORRETA: esta alternativa refere-se ao texto legal previsto no artigo 68, §
2º:
“§ 2º A remuneração que o adolescente recebe pelo trabalho efetuado ou a
participação na venda dos produtos de seu trabalho não desfigura o caráter
educativo.”

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NC-UFPR - Analista Judiciário (TJ PR)/Administração/2013. Assunto: Poder Familiar


(ATUALIZADA)

46. Sobre poder familiar e delitos previstos no ECA, assinale a alternativa INCORRETA.
a) Na colocação em família substituta de criança, o consentimento dos titulares do poder
familiar será colhido pela autoridade judiciária competente em audiência, presente o
Ministério Público, garantida a livre manifestação de vontade e esgotados os esforços
para manutenção da criança ou do adolescente na família natural ou extensa.
b) O procedimento para suspensão do poder familiar pode ter início por provocação de
quem tenha legítimo interesse.
c) Para fins de autorização de viagem nacional, tanto a criança quanto o adolescente
precisam de autorização dos pais ou do juiz.
d) Para fins de viagem internacional, sem prévia e expressa autorização judicial, nenhuma
criança ou adolescente nascido em território nacional poderá sair do País em companhia
de estrangeiro residente ou domiciliado no exterior.

COMENTÁRIO:
a) CORRETA: (ATUALIZADA) à época do concurso está foi considerada a
alternativa correta pela banca que consistia na transcrição do texto legal do §3º do
artigo 166 do Estatuto fazendo menção a possibilidade de renúncia ao poder familiar
e entrega da criança ou adolescente a uma família substituta. O mencionado
parágrafo foi revogado com o advento da Lei nº 13.509/2017, sendo que o tema está
tratado no atual § 1º, incisos I e II, do artigo 166:
“Art. 166. Se os pais forem falecidos, tiverem sido destituídos ou suspensos
do poder familiar, ou houverem aderido expressamente ao pedido de colocação em
família substituta, este poderá ser formulado diretamente em cartório, em petição
assinada pelos próprios requerentes, dispensada a assistência de advogado.
§ 1 o Na hipótese de concordância dos pais, o juiz:
I - na presença do Ministério Público, ouvirá as partes, devidamente assistidas
por advogado ou por defensor público, para verificar sua concordância com a adoção,
no prazo máximo de 10 (dez) dias, contado da data do protocolo da petição ou da
entrega da criança em juízo, tomando por termo as declarações; e
II - declarará a extinção do poder familiar.”
O atual parágrafo 3º do dispositivo conta com a seguinte redação:
§ 3 o São garantidos a livre manifestação de vontade dos detentores do poder
familiar e o direito ao sigilo das informações.”
b) CORRETA: alternativa corresponde a letra da lei prevista no artigo 155 da
Lei nº 8.069/90:
“Art. 155. O procedimento para a perda ou a suspensão do poder familiar terá
início por provocação do Ministério Público ou de quem tenha legítimo interesse.”
c) INCORRETA: (ATUALIZADA) alternativa considerada a INCORRETA à época,
antes do advento da Lei nº 13.812/2019, que passou a tratar do assunto dispondo:
“Art. 83. Nenhuma criança ou adolescente menor de 16 (dezesseis) anos
poderá viajar para fora da comarca onde reside desacompanhado dos pais ou dos
responsáveis sem expressa autorização judicial.
§ 1º A autorização não será exigida quando:

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a) tratar-se de comarca contígua à da residência da criança ou do adolescente


menor de 16 (dezesseis) anos, se na mesma unidade da Federação, ou incluída na
mesma região metropolitana;
b) a criança ou o adolescente menor de 16 (dezesseis) anos estiver
acompanhado:
1) de ascendente ou colateral maior, até o terceiro grau, comprovado
documentalmente o parentesco;
2) de pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai, mãe ou responsável.
§ 2º A autoridade judiciária poderá, a pedido dos pais ou responsável, conceder
autorização válida por dois anos.
d) CORRETA: alternativa reflete a letra da Lei do artigo 85 do Estatuto da
Criança e do Adolescente:
“Art. 85. Sem prévia e expressa autorização judicial, nenhuma criança ou
adolescente nascido em território nacional poderá sair do País em companhia de
estrangeiro residente ou domiciliado no exterior.”

NC-UFPR - Juiz Estadual (TJ PR)/2013. Assunto: Da Justiça da Infância e da Juventude –


Autorização

47. Assinale a alternativa INCORRETA. Compete à autoridade judiciária autorizar, mediante
alvará, a entrada e permanência de criança ou adolescente, desacompanhado de seus pais
ou responsável,
a) em boate e congêneres.
b) em estádio, ginásio e campo desportivo.
c) em casa que explore comercialmente bilhar, sinuca ou congênere.
d) em casa que explore comercialmente diversões eletrônicas.

COMENTÁRIO:
A questão versa sobre o artigo 149 do Estatuto da Criança e do Adolescente, o
qual define que compete a autoridade judicial disciplinar:
“Art. 149. Compete à autoridade judiciária disciplinar, através de portaria, ou
autorizar, mediante alvará:
I - a entrada e permanência de criança ou adolescente, desacompanhado dos
pais ou responsável, em:
a) estádio, ginásio e campo desportivo;
b) bailes ou promoções dançantes;
c) boate ou congêneres;
d) casa que explore comercialmente diversões eletrônicas;
e) estúdios cinematográficos, de teatro, rádio e televisão.”
Neste caso, as alternativas “A, B e D” estão CORRETAS, com sua previsão legal
no artigo mencionado.
c) INCORRETA: nos termos do artigo 80 do Estatuto da Criança e do
Adolescente, a entrada ou permanência de criança ou adolescente em casa que
explore comercialmente bilhar, sinuca ou congênere é proibida:
“Art. 80. Os responsáveis por estabelecimentos que explorem comercialmente
bilhar, sinuca ou congênere ou por casas de jogos, assim entendidas as que realizem
apostas, ainda que eventualmente, cuidarão para que não seja permitida a
entrada e a permanência de crianças e adolescentes no local, afixando aviso
para orientação do público.”

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NC-UFPR - Auxiliar de Serviços Escolares (Curitiba)/2016. Assunto: Do Direito à Liberdade,


ao Respeito e à Dignidade

48. Sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA.), considere as seguintes afirmativas:
I. A criança e o adolescente são sujeitos de direitos.
II. O poder público tem responsabilidade primária e solidária sobre os interesses da
criança e do adolescente.
III. À família cabe a proteção da criança e do adolescente.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
b) Somente a afirmativa 3 é verdadeira.
c) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
e) As afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.

COMENTÁRIO:
1. A criança e o adolescente são sujeitos de direitos.
CORRETA: O ECA, em seus artigos 3º e 15 prevê que tanto a criança quanto
o adolescente são sujeitos de direitos, fazendo jus a todos os direitos fundamentais
inerentes à pessoa humana, garantidos na Constituição e nos demais textos legais
previstos em nosso ordenamento jurídico:
“Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais
inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei,
assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e
facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual
e social, em condições de liberdade e de dignidade.”
“Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à
dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos
de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis.”
2. O poder público tem responsabilidade primária e solidária sobre os
interesses da criança e do adolescente.
3. À família cabe a proteção da criança e do adolescente.
CORRETAS: a garantia dos interesses da criança e do adolescente é de
responsabilidade primária do Poder Público solidariamente com família e a sociedade
em geral, para garantir a efetivação de todos os direitos a eles inerentes, conforme
estabelece o artigo 4º deste diploma:
“Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder
público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à
vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização,
à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária.”
Ainda, não obstante os mencionados dispositivos legais, as afirmações fazem
parte do rol de princípios a serem observados na aplicação de medidas de proteção
à criança e ao adolescente, elencados no artigo 100 do ECA:
“Art. 100. Na aplicação das medidas levar-se-ão em conta as necessidades
pedagógicas, preferindo-se aquelas que visem ao fortalecimento dos vínculos
familiares e comunitários.

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Parágrafo único. São também princípios que regem a aplicação das medidas:
I - condição da criança e do adolescente como sujeitos de direitos: crianças e
adolescentes são os titulares dos direitos previstos nesta e em outras Leis, bem como
na Constituição Federal;
III - responsabilidade primária e solidária do poder público: a plena efetivação
dos direitos assegurados a crianças e a adolescentes por esta Lei e pela Constituição
Federal, salvo nos casos por esta expressamente ressalvados, é de responsabilidade
primária e solidária das 3 (três) esferas de governo, sem prejuízo da municipalização
do atendimento e da possibilidade da execução de programas por entidades não
governamentais;
IX - responsabilidade parental: a intervenção deve ser efetuada de modo que
os pais assumam os seus deveres para com a criança e o adolescente;”

NC-UFPR - Notário e Registrador (TJ PR)/Provimento/2019. Assunto: Ato Infracional e as


Medidas Socioeducativas

49. Um dia antes de completar dezoito anos, Alfonso pratica um latrocínio, um estupro e uma
extorsão mediante sequestro.
A sentença condenatória do caso é proferida dois anos depois, quando Alfonso já possui
quase vinte anos de idade.
Nesse caso, aplica-se:
a) a pena prevista para os delitos, diminuída em razão da idade precoce.
b) a pena prevista para os delitos praticados sem redução.
c) medida socioeducativa com restrição da liberdade de no máximo três anos.
d) nove anos de medida socioeducativa porquanto se trata de três delitos.
e) seis anos de medida socioeducativa.

COMENTÁRIO:
Questão recorrente em provas e concursos públicos quando tema é o Estatuto
da Criança e de Adolescente. Nesta hipótese, Alfonso prática os atos infracionais um
dia antes de alcançar a maioridade e, ainda sendo considerado um adolescente pelo
ordenamento jurídico, estará sujeito a aplicação de medidas socioeducativas.
A Lei nº 8.069/90 adota o critério biológico a ser observado na data do fato,
conforme estabelece o artigo 104:
“Art. 104. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos,
sujeitos às medidas previstas nesta Lei.
Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, deve ser considerada a idade do
adolescente à data do fato.”
A internação do adolescente infrator é tratada nos artigos 121 e seguintes da
Estatuto e constitui uma medida privativa da liberdade, que deve respeitar a condição
peculiar de pessoa em desenvolvimento, com prazo máximo de internação não
superior a 03(três) anos, com liberação compulsória ao final deste prazo.
“Art. 121. A internação constitui medida privativa da liberdade, sujeita aos
princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa
em desenvolvimento.
§ 3º Em nenhuma hipótese o período máximo de internação excederá a três
anos.
§ 5º A liberação será compulsória aos vinte e um anos de idade.”
Alternativa correta letra “c”.

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NC-UFPR - Analista Judiciário (TJ PR)/Assessor Jurídico/2013. Assunto: Ato Infracional e as


Medidas Socioeducativas

50. Sobre o ato infracional e as medidas socioeducativas, assinale a alternativa INCORRETA.
a) A aplicação de medidas socioeducativas ao adolescente, pela prática de ato infracional,
é da competência exclusiva do juiz.
b) É necessária a oitiva do adolescente infrator antes de decretar-se a regressão da medida
socioeducativa.
c) A prescrição penal é aplicável às medidas socioeducativas.
d) Em caso de prática de ato infracional, medidas socioeducativas podem ser aplicadas às
crianças e aos adolescentes.

COMENTÁRIO:
a) CORRETA: o artigo 112 do ECA estabelece que verificada a prática do ato
infracional a autoridade competente (juiz) determinará qual ou quais medidas
socioeducativas serão aplicadas ao adolescente infrator. Não obstante, este também
é o entendimento do STJ consoante a Súmula nº 108:
“A aplicação de medidas socioeducativas ao adolescente, pela prática de ato
infracional, é de competência exclusiva do juiz.”
b) CORRETA: mais que necessária, a oitiva do adolescente infrator pela
autoridade competente é uma garantia processual, pois, não será ele privado de sua
liberdade sem o devido processo legal (artigo 111, inciso V). Esta é a posição do STJ
na Súmula nº 265:
“É necessária a oitiva do menor infrator antes de decretar-se a regressão da
medida socioeducativa.”
c) CORRETA: conforme previsão expressa no artigo 226 da Lei nº 8069/90,
são aplicáveis aos crimes definidos nesta Lei as normas da Parte Geral do Código
Penal e, quanto ao processo, as pertinentes ao Código de Processo Penal, isto inclui
as regras previstas para a prescrição. Entendimento pacífico Súmula nº 338 do STJ:
“A prescrição penal é aplicável nas medidas socioeducativas”
d) INCORRETA: a afirmação contraria o disposto no artigo 105 do Estatuto da
Criança e do Adolescente uma vez que, a criança (menores de 12 anos), não comente
ato infracional:
“Art. 105. Ao ato infracional praticado por criança corresponderão as medidas
previstas no art. 101.”
O artigo 101 estabelece medidas que visam a proteção da criança e do
adolescente considerados em situação de risco, perigo. São elas:
“I - encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de
responsabilidade;
II - orientação, apoio e acompanhamento temporários;
III - matrícula e freqüência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino
fundamental;
IV - inclusão em programa comunitário ou oficial de auxílio à família, à criança
e ao adolescente;
IV - inclusão em serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção,
apoio e promoção da família, da criança e do adolescente;
V - requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime
hospitalar ou ambulatorial;
VI - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e
tratamento a alcoólatras e toxicômanos;
VII - abrigo em entidade;
VII - acolhimento institucional;
VIII - colocação em família substituta.
VIII - inclusão em programa de acolhimento familiar;
IX - colocação em família substituta.

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GABARITO
1. D 26. E
2. C 27. B
3. E 28. B
4. B 29. C
5. C 30. C
6. E 31. C
7. B 32. B
8. D 33. C
9. C 34. C
10. B 35. A
11. C 36. A
12. A 37. B
13. C 38. D
14. D 39. D
15. C 40. C
16. C 41. B
17. A 42. C
18. D 43. C
19. D 44. A
20. C 45. A
21. C 46. C
22. A 47. C
23. B 48. E
24. B 49. C
25. C 50. D



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