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WATSON
John Watson é comumente apontado como fundador do movimento a que chamou Behaviorismo.Influenciado pelos m
odelos científicos que enfatizavam fortemente a obtenção de dados objetivos sobre seus objetos e a produção de
conhecimento experimentalmente comprovável, propôs que a Psicologia passasse a se ocupar do comportamento.
Em substituição ao método introspectivo, Watson defendia que a psicologia deveria se limitar a dados objetivos e mensurávei
s. Contrariamente ao que ocorria com a experiência privada do indivíduo que só podia ser revelada através da introspecção, o
comportamento permitia a observação pública e a medição objetiva.
Privilegiando, assim, a observação consensual (isto é, a observação que pode ser comprovada por pelo menos duas p
essoas), Watson estabeleceu um critério que definia o que poderia vir a ser estudado pela psicologia: apenas o obser
vável.
Seguindo a visão mecanicista da época, derivada da física newtoniana, segundo a qual todo fenômeno tem uma causa, e nega
ndo
se a estudar a mente humana, que não pode ser diretamente observada, Watson foi buscar as variáveis responsáveis pela det
erminação do comportamento fora do organismo.
Para Watson, o comportamento era produto da ação de variáveis externas antecedentes. Certos estímulos eliciariam d
eterminadas respostas, geneticamente programadas, em resultado na evolução das espécies, ou estabelecidas atravé
s da formação de hábitos
(condicionamento clássico). Watson entendia que o repertório comportamental de um organismo era resultado da açã
o do ambiente sobre estas estruturas reflexas hereditárias.
A resposta condicionada era vista como a menor unidade do comportamento,a partir da qual cadeias complexas seriam origina
das pela interligação de reflexos simples. Esquematicamente, podemos grafar o
modelo compreensivo de Watson como E à R (ou S à R, um estímulo (stimulus), eliciando uma resposta (response).
O Behaviorismo de Watson veio a ser conhecido como Behaviorismo Metodológico pela ênfase dada às definições obj
etivas, aos procedimentos de medida, à demonstração e à experimentação – em outras palavras, ênfase no método.
Para Skinner, a maior parte dos comportamentos humanos não estavamsujeitos a este tipo de controle primário, não sendo po
ssível encontrar, no meio ambiente, estímulos que os eliciassem.
Estes limites levaram-no, em 1937, à conceituação de uma nova classe de comportamentos, os operantes.
A denominação “operante” se aplica àqueles comportamentos que operam sobre o ambiente (ou seja, produzem algu
m efeito sobre o ambiente).
Para Skinner, são justamente estes efeitos da ação humana que, retroagindo sobre o comportamento, alteram a probabilidade
de sua ocorrência futura. Em outras palavras, algumas conseqüências ambientais de um dado comportamento atual tornam ma
ior ou menor a probabilidade de ocorrência deste mesmo comportamento no futuro.
Observando um organismo, é possível identificar que, quando algumas circunstâncias seguem uma dada “resposta” c
omportamental, há um aumento na freqüência de ocorrência desta mesma resposta. Chamamos estas conseqüências
de reforçadores. Em outros casos, uma dada conseqüência reduz a freqüência de um dado comportamento. Chamado
s esta ocorrência de “estímulo” aversivo.
Em sua análise funcional, Skinner, além das variáveis que seguem um dado comportamento, também considera as condições
ambientais que antecedem o comportamento.
Na proposta de Skinner, por ele denominada Behaviorismo Radical, as condições vigentes na ocasião em que um dad
o comportamento ocorre adquirem conexões com este determinado comportamento. Esta conexão estímuloresposta é
, no entanto, fundamentalmente diferente daquela que ocorria no comportamento respondente ou reflexo estudado po
r Watson.
Aqui, o estímulo não elicia (produz) a resposta, mas tão somente assinala a ocasião em que a resposta foi seguida de
reforçamento no passado.
Desta forma, em presença destas mesmas condições ambientais, é mais provável que a mesma classe de resposta ocorra. Ch
amamos a este estímulo antecedente de SD (estímulo discriminativo) e podemos esquematicamente grafar a relação funcional
estabelecida do seguinte modo: SD -
>
R > SR (um estímulo discriminativo indicando a ocasião em que uma dada resposta provavelmente será reforçada).
Skinner adota a concepção evolucionista de Darwin, segundo a qual determinadas características das espécies de ser
es vivos permitem maior adaptação desses organismos a seus ambientes, favorecendo sua sobrevivência e reproduça
o.
Assim, pelo mecanismo de
seleção natural, estas características são mantidas, enquanto aquelas menos adequadas ao ambiente acabam por desaparece
r. Skinner propõe a seleção de comportamentos por suas conseqüências: alguns comportamentos ocorrem aleatoriamente e
são selecionados os mais aptos à sobrevivência do organismo.
Esta seleção por conseqüências deve ser considerada em três níveis:em primeiro lugar, em nível filogenético, estão as caracte
rísticas da espécie, de natureza genética,
com seus padrões comportamentais típicos.
– em segundo lugar o nível ontogenético, onde através da modelagem e da imitação, os membros da espécie
vem a desenvolver um repertório comportamental aprendido ao longo de sua história de vida
ocorre ainda um terceiro nível de seleção por conseqüências
- em terceiro lugar, no caso da espécie humana, o nível cultural, que depende da participação de outros elementos do grupo
no qual o indivíduo se insere.
Assim, para entender o comportamento, é necessário inseri-o nestes três contextos: filogenético, ontogenético e cultural.
Temos, então, aqui delineada a forma pela qual Skinner concebe o ser humano.
De acordo com suas próprias palavras:
“Numa análise comportamental, uma pessoa é um organismo, um membro da espécie humana que adquiriu um repert
ório de
comportamento. (...) Uma pessoa não é um agente que origine; é um lugar, um ponto em que múltiplas condições gené
ticas e ambientais se reúnem num efeito conjunto. Como tal, ela permanece indiscutivelmente única.
Ninguém mais (a menos que tenha um gêmeo idêntico) possui sua dotação genética e, sem exceção,
ninguém mais tem sua história pessoal. Daí se segue que ninguém mais se comportará precisamente da mesma manei
ra.”
(B. F. Skinner, Sobre o Behaviorismo, São Paulo, Cultrix/Ed USP, 1982, p. 145)
Para ele, o comportamento humano é controlado por sua história genética e ambiental e não pela própria pessoa, com
o agente criador, dotado de vontade e propósitos. Skinner manteve-se, até o final da vida, fiel a esta concepção.
Apesar deste posicionamento mantido por Skinner, a partir do final da década de 60, começou a surgir nos EUA um novo
desdobramento do projeto inicial Behaviorista, especialmente dentro da área clínica de atuação. Os adeptos deste movimento
entendiam que o modelo não mediacional skinneriano (ou seja, um modelo que excluía a ação de variáveis internas na determi
nação dos comportamentos) era insuficiente para explicar todos os aspectos da atividade humana, especialmente o comporta
mento humano complexo – os processos de formação de crenças, a ação empreendida visando um objetivo etc.
Na tentativa de lidar com o comportamento humano complexo, Bandura (1969) conceituou a aprendizagem vicariante
que ocorre quando o aprendiz apenas observa um modelo atuar e ser reforçado ou punido, por exemplo, ou a aprendiz
agem de regras comportamentais,
que parece ocorrer quando o sujeito se comporta com relativa originalidade em situações novas, a partir da observaçã
o de um “estilo” de comportamento de um modelo.
Estas são situações nas quais faz sentido falar em cognição, expectativas e processamento de informação como fator
es determinantes do comportamento.
Outra área cujo estudo contribuiu para a expansão do cognitivismo entre os behavioristas foi a do autocontrole (Mahoney, 1974
), que focalizava o controle voluntário do ambiente pelo sujeito. Além disso, Ellis (1974) e Beck (1979) desenvolveram técnicas
de modificação do comportamento cognitivo baseadas em princípios comportamentais.
As mesmas leis da aprendizagem associativa se aplicariam às cognições que seriam incorporadas como respostas en
cobertascapazes de representar simbolicamente, para o sujeito, estímulos ausentes.Assim, uma facção da clinica com
portamental passou a se deslocar na direção de um "neomentalismo", abrindo a “caixa preta” conceituada por Skinne
r, em cujo paradigma era negado qualquer valor causal a variáveis organísmicas.
O modelo cognitivista postula que entre a estimulação ambiental e a resposta comportamental do indivíduo ocorre a intermedia
ção da atividade do pensamento, que atribui significados aos eventos do mundo externo. Entendese aqui que o modo como um
indivíduo estrutura as suas experiências seus padrões de pensamento, formados nos primeiros anos de vida, como resultado d
e aprendizagens relacionadas à inserção da criança em um dado grupo social determina em grande parte o modo como ele se
nte e se comporta.
Dentro desta concepção, determinados padrões cognitivos podem ser desadaptativos, na medida em que não corresp
ondam aos dados da realidade. Uma atuação clínica baseada nesta conceituação teórica tem o objetivo de levar o paci
ente a conhecer seus esquemas básicos de funcionamento mental (sistemas de crenças e suposições sobre si mesmo
, sobre o mundo, expectativas quanto ao futuro etc.), identificando padrões disfuncionais e desenvolvendo formas alte
rnativas de pensamento.
GESTALT
Como a maioria dos revolucionários intelectuais, os líderes da GESTALT exigiram completa revisão da antiga ordem, ou seja
da Psicologia Experimental de Wundt.Independentemente do movimento Behaviorista que ocorria nos EUA, a Alemanha foi
palco de uma nova proposta, surgida em oposição à Psicologia Experimental de Wundt. Em lugar de se recusar a estudar a
experiência subjetiva como no caso do Behaviorismo Metodológico, ou se recusar em reconhecer qualquer valor causal em
sua existência como no caso do Behaviorismo Radical, os fundadores da Psicologia da Gestalt – Wertheimer (1880 – 1943),
Koffka (1886 – 1941) e Köhler (1887 – 1967) – procuravam compreendê-la e explicá-la, utilizando o método fenomenológico.
A crítica dos gestaltistas se dirigia ao caráter elementarista da Psicologia Experimental de Wundt, entendendo que
não seria possível atingir a compreensão da mente ou do comportamento pela identificação dos elementos básicos da
experiência consciente. Para eles, seria necessário considerar que a experiência não se dá pela soma ou associação
de elementos perceptivos, mas sim pela combinação dos diferentes elementos em uma nova configuração – em
uma Gestalt
Grande parte das pesquisas desenvolvidas por esta escola de pensamento focalizou a organização perceptual, estabelecendo
seus princípios – isto é, as regras fundamentais a partir das quais organizamos o mundo.
CONSTÂNCIA PERCEPTUAL: qualidade de integridade ou plenitude da experiência perceptual, que não se altera mesmo com
a mudança dos elementos sensoriais. A percepção não pode ser explicada simplesmente como um conjunto de elementos ou
a soma das partes. A percepção é um todo, uma GESTALT, e qualquer tentativa de analisá-la ou reduzi-la em elementos a
destruirá.
PSICANALISE
Os teóricos das Relações Objetais concentravam – se nas relações interpessoais entre esses objetos, enquanto Freud
enfocava mais os impulsos instintivos propriamente ditos, dando desta forma maior ênfase às influências sociais e ambientais
sobre a personalidade , principalmente na interação entre mãe e filho.
Os teóricos das Relações Objetais consideraram que a formação da personalidade na infância, ocorria mais cedo do que Freud
afirmava.
Os teóricos das Relações Objetais também consideraram que as questões mais cruciais no desenvolvimento da personalidade
envolvem o aumento da capacidade e da necessidade da criança, com o passar do tempo, de libertar-se do objeto primário (a
mãe), a fim de estabelecer uma firme noção de si mesma e desenvolver relações com outros objetos (pessoas).
ANALITICA
O fundador da Psicologia Analítica foi Carl Gustav Jung (1875 – 1961), médico psiquiatra e analista suíço. Freud chegou a
considerar Jung como o seu substituto e herdeiro do movimento psicanalítico. Depois do rompimento da amizade entre os dois,
em 1914, Jung desenvolveu a Psicologia Analítica, - (ou Psicologia Junguiana) - em oposição à grande parte do trabalho de
Freud.
No que se referem aos principais pontos de divergência de Jung para Freud estão:
Jung não considerava o Complexo de Édipo como o ponto central do desenvolvimento da personalidade.
Jung discordava no que se refere ao entendimento da LIBIDO. Para Jung, a libido é uma energia de vida generalizada,
da qual a pulsão sexual apenas faz parte. A energia básica da libido expressa-se no crescimento, na reprodução, e em
outras atividades cruciais no momento para o indivíduo, assim como em sua criatividade e manifestação do potencial.
Outra questão importante, que diferencia Jung de Freud, consiste na direção das forças que afetam a personalidade.
Freud descrevia o indivíduo como vítima dos acontecimentos da infância, enquanto Jung acreditava na pessoa
formada não apenas pelos acontecimentos do passado, como também pelas próprias metas, esperanças e aspirações
futuras.
Para Jung a personalidade não é totalmente determinada pelas experiências vividas durante os primeiros cinco anos
de vida e pode ser modificada ao longo da vida do indivíduo.
Jung também investigou a mente inconsciente mais fundo do que Freud. Acrescentou uma nova dimensão – o Inconsciente
Coletivo – que descreveu como as experiências herdadas das espécies humanas e de seus ancestrais animais, que se
manifestam através de arquétipos.