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NA CADEIA NO BRASIL
1 Introdução
1
Bacharelanda em Direito. Universidade do Estado de Mato Grosso –
UNEMAT. E-mail: lara.costa1@unemat.br.
2
Bacharelando em Direito. Universidade do Estado de Mato Grosso –
UNEMAT. E-mail: magalhaes.leonardo@gmail.com.
3
Bacharelando em Direito. Universidade do Estado de Mato Grosso –
UNEMAT. E-mail: thiago.siqueira@unemat.br.
partes, privando-as de uma relação materna saudável e do desenvolvimento adequado da
criança.
Além disso, as mães encarceradas enfrentam dificuldades para manter o contato
e a comunicação com seus filhos. As visitas são limitadas e, muitas vezes, o acesso a
recursos de comunicação, como telefone ou correspondência, é restrito. Essa falta de
contato regular pode prejudicar o vínculo afetivo e dificultar a compreensão e aceitação
da situação por parte da criança, bem como a manutenção do papel materno por parte da
mãe.
As crianças com mães encarceradas também podem enfrentar estigma e
discriminação na sociedade devido à associação com o sistema prisional. Esse estigma
pode afetar sua autoestima, bem-estar emocional e suas oportunidades futuras. O ciclo
de discriminação pode se perpetuar, prejudicando a reintegração social tanto das mães
quanto de seus filhos após a libertação. É importante destacar que a maternidade em
presídios não deve ser vista apenas como um problema individual, mas sim como uma
questão que exige uma abordagem sistêmica. As mães encarceradas enfrentam
dificuldades emocionais e logísticas significativas, e as políticas e programas atuais
muitas vezes falham em atender suas necessidades e garantir o bem-estar de seus filhos.
É necessário que o sistema prisional desenvolva e implemente estratégias
eficazes que promovam o contato regular entre mães e filhos, proporcionem apoio
emocional e psicológico adequado e incentivem a reintegração dessas mulheres na
sociedade.
Com intuito de alcançarmos os objetivos aqui propostos, organizamos
estruturalmente este artigo em três seções, além desta introdução e das considerações
finais. Na primeira seção apresentamos os conceitos teóricos que norteiam a nossa
reflexão como, por exemplo, separação mãe-criança, desenvolvimento infantil
prejudicado e estigma e discriminação, na segunda seção, fazemos a descrição e análises
dos textos selecionados para este estudo. Na última seção, trazemos as nossas
considerações finais.
Fonte: https://epoca.globo.com/brasil/noticia/2017/12/no-brasil-filhos-de-maes-encarceradas-ja-nascem-
com-direitos-violados.html?utm_source=facebook&utm_medium=social&utm_campaign=post
Figura 2 -Ana Elisa, de cinco meses será entregue a avó. Deve visitar a mãe na
penitenciária aos finais de semana
Fonte: https://epoca.globo.com/brasil/noticia/2017/12/no-brasil-filhos-de-maes-encarceradas-ja-nascem-
com-direitos-violados.html?utm_source=facebook&utm_medium=social&utm_campaign=post
3.1 Um percurso metodológico
Fonte: os autores
Neste presente artigo, juntamos os seguintes textos citados acima com o intuito
de analisar a situação da MATERNIDADE NA PRISÃO buscando compreender sobre
o assunto e o porquê ser um estigma que perdura a tanto tempo na sociedade, esta
pesquisa bibliográfica busca entender a problemática da separação mãe/filho e a
realidade enfrentada por essas famílias, e assim, por meio de referenciais teóricos
publicados, analisar e discutir as várias contribuições científicas para apresentar
alternativas que melhorem a situação.
Vejamos as nossas análises na sequência.
3.2 Análises
A partir deste artigo lido, percebe-se que não é apenas uma cicatriz materna que
fica violada, mas sim uma cicatriz de ambas as partes, pois será uma criança que não
recebeu um carinho e cuidado materno. Em primeiro lugar, a separação forçada das
mães encarceradas tem um impacto significativo nos direitos fundamentais das crianças.
O direito à convivência familiar e o direito de ser cuidado e protegido pelos pais são
princípios essenciais estabelecidos em diversos tratados internacionais e na legislação
nacional de muitos países. No entanto, a prisão de uma mãe pode levar à interrupção
abrupta desse vínculo, privando a criança do contato direto e contínuo com sua mãe.
Essa separação pode ter consequências emocionais e psicológicas profundas para
as crianças. A falta de uma figura materna presente pode levar a problemas de apego,
ansiedade, depressão e dificuldades de relacionamento. Além disso, essas crianças
frequentemente enfrentam estigma e discriminação devido à condição de suas mães, o
que pode afetar negativamente sua autoestima e bem-estar geral.
Portanto, é evidente que os filhos de mães encarceradas já nascem com direitos
violados como mostra o artigo. É fundamental que as autoridades reconheçam e
abordem essas violações, implementando políticas e programas que visem proteger e
apoiar adequadamente essas crianças. Isso inclui a promoção de alternativas à prisão
para mães não violentas, a garantia de visitas regulares e adequadas às mães
encarceradas, bem como o fornecimento de apoio social, emocional e educacional
abrangente tanto para as mães quanto para as crianças afetadas.
Neste artigo, assim como no ultimo destacado logo acima, tem muitos relatos
que foram recolhidos na pesquisa do autor, de mãe presas, Este estudo exploratório
buscou analisar o impacto da prisão na maternidade e nas relações interpessoais de
mulheres durante o cumprimento de pena. Foram entrevistadas 15 participantes em
regime fechado, realizando 13 entrevistas semiestruturadas e três grupos focais entre
abril e julho de 2017.
Os dados foram analisados por meio de uma abordagem qualitativa de análise de
conteúdo. Os resultados indicaram que a qualidade das relações interpessoais durante o
período de prisão influencia a capacidade de exercer a maternidade no ambiente
prisional.
Portanto, é necessário investir em melhorias no ambiente prisional para
promover relações interpessoais mais saudáveis entre as detentas, o que pode criar um
ambiente mais acolhedor para as visitas e fortalecer os vínculos com os filhos e
familiares.
Em uma breve síntese sobre todas as análises foi observado em todas elas a
semelhança na problemática, e algumas possíveis soluções que podem ser abordadas
com mais pesquisas e atenção para com esses casos. Os textos analisam a problemática
da maternidade no sistema prisional, destacando os desafios enfrentados por mães
encarceradas e seus filhos.
Ele aborda a ausência de contato entre mães e filhos e as consequências
emocionais dessa separação. Também ressalta a importância do vínculo mãe-filho e
seus efeitos positivos no desenvolvimento das crianças, enfatizando a necessidade de
preservar esse vínculo durante o período de encarceramento. O objetivo deste estudo foi
elucidar a repercussão da prisão da mulher no âmbito da maternidade e das relações
interpessoais, estabelecidas antes e durante o cumprimento da pena.
4. Considerações finais
Conclui-se, portanto, que após a análise dos textos e das pesquisas feitas que a
falta de suporte paras as maternidades nas áreas penitenciarias se destaca entre os
desafios enfrentados pelas diversas mães e filhos encarcerados nas cadeias brasileiras.
Ser mãe e estar na cadeia no Brasil é uma problemática de muita dificuldade, um caso
que deve ser revisto e analisado de extrema urgência para que ocorra melhorias nas
áreas das maternidades penitenciarias, para que tenha um melhor suporte para as mães e
seus filhos (as), para que essas mães possam cuidar dos seus filhos (as) mesmo que
esteja cumprindo sua pena.
A importância de relações mães e filhos é de extrema importância para que as
encarceradas tenham efeitos positivos durante o comprimento da sua pena. Nosso
objetivo é repercutir os desafios e os problemas enfrentados pelas mães e filhos que
estão nas cadeias brasileiras, para que posso houver uma reflexão sobre a problemática
em busca de novas soluções.
5. Referências
BRANDÃO , Marcelo . Detentas contam como é ser mãe na cadeia.. agencia brasil, 2014.
Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2014-03/detentas-contam-como-e-
ser-mae-na-prisao?amp. Acesso em: 24 jun. 2023.
FLORES, SMEHA. , Nelia, Luciane. Mães presas, filhos desamparados.. Scielo, 2018.
Disponível em: https://www.scielo.br/j/physis/a/jmvF4PYMfCnZsSNzDhmMkpn/?lang=pt.
Acesso em: 24 jun. 2023.
GAZETA, Redação . A vida de mães que deram à luz em uma cadeia no ES.. Gazeta, 2023.
Disponível em: https://www.agazeta.com.br/es/cotidiano/maternidade-na-prisao-a-vida-de-
maes-que-deram-a-luz-em-uma-cadeia-no-es-0523. Acesso em: 24 jun. 2023.