Você está na página 1de 1

Como Kant é um pensador iluminista, a fundamentação do pensamento

dele está na razão. Por isso, é de grande importância entender a maneira como
ele compreende a razão na teoria do conhecimento; como ele chega nos juízos
sintéticos a priori; como também, a moral baseada na razão.
Um ponto característico do pensamento kantiano é a revolução
copernicana que ele faz. Essa está na mudança do objeto com o sujeito.
Anteriormente a ele, o sujeito girava em torno do objeto, agora o sujeito é o
objeto de estudo. Desse modo, como funciona a forma de compreensão do
sujeito e a moral das ações do ser humano são os pontos principais para Kant.
(EPISTEMOLOGIA..., 2020, 58:30-1:03:00)
Immanuel juntou a compreensão dos racionalistas, que confiavam à
razão a fonte do conhecimento, afirmando que os sentidos são enganadores; e
dos empiristas, que ao contrário dos primeiros, definiam que a experiência é a
única fonte dos conhecimentos. Kant concilia os dois pensamentos, diz que,
primeiro, o conhecimento se dá por meio da experiência, mas que a razão
organizá-lo-á. (Cf, MONDIN, 173-174, 1977).
Existentes os juízos: analíticos, onde o predicado está contigo no
sujeito, ou seja, uma ideia subjacente ao sujeito; sintéticos, ao contrário dos
analíticos, o predicado não está contido no sujeito, Kant acrescenta os juízos
sintéticos a priori, que são “juízos universais nos quais o predicado exprime
algo de novo, já contido no sujeito”. (MONDIN, 174,1977)
A partir disso, “Kant parte do princípio de que as ações morais se dão
por determinações provindas unicamente da razão” (CAETANO, 2015, p. 14),
isso quer dizer que as ações morais são a priori, porque ele pressupõe que, se
há ações morais, todas elas precisam ser definidas por uma lei a priori da
razão pura e não provém da figura de algum objeto da experiência. (Cf.
CAETANO, 2015, p. 14). Sendo desta maneira, é importante ao Kant que “a
razão se ocupa com os fundamentos de determinação da vontade”. (KANT,
2016, p. 15)
Portanto, é significativo todas as especulações que Kant proporciona,
desde a mudança do objetivo da ciência que é o sujeito o objeto de estudo; a
teoria do conhecimento, que assimila os racionalistas e os empiristas e
acrescenta os juízos sintéticos a priori; chegando à moral, donde suas leis
provém da razão e a vontade à ação é sujeita a razão que tem a função de
determina-la.

KANT, Immanuel. CRÍTICA DA RAZÃO PRÁTICA. 1º ed. Tradução de Monique


Hulshof. Petrópolis, RJ – Editora Vozes; Bragança Paulista, SP – Editora
Universitária. 2016.

Você também pode gostar