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Acordao 3 STJ Fernando
Acordao 3 STJ Fernando
EMENTA
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. TRÁFICO DE
DROGAS. PLEITO MINISTERIAL. AUSÊNCIA DE LAUDO
TOXICOLÓGICO DEFINITIVO. ABSOLVIÇÃO.
I - A jurisprudência desta Corte recentemente pacificou o entendimento
no sentido de ser imprescindível a juntada do laudo toxicológico definitivo para
a configuração do delito de tráfico, sob pena de absolvição por ausência de
comprovação de materialidade delitiva.
II - "Somente em situação excepcional poderá a materialidade do crime
de drogas ser suportada por laudo de constatação, quando permita grau de
certeza idêntico ao do laudo definitivo, pois elaborado por perito oficial, em
procedimento e com conclusões equivalentes" (HC n. 350.996/RJ, Terceira
Seção, Rel. Min. Nefi Cordeiro, DJe de 29/8/2016).
III - In casu, o eg. Tribunal a quo, ao analisar a materialidade do delito
sob exame, entendeu pela absolvição do recorrido, nos termos do art. 386, inciso
VII, do Código de Processo Penal, face à inexistência de laudo toxicológico
definitivo. Ademais, ressaltou que só houve juntada do laudo após a prolação e
publicação da sentença condenatória, sem que tenha havido oportunidade de a
defesa se manifestar quanto a ele.
Agravo regimental desprovido.
ACÓRDÃO
Documento: 1678129 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 07/03/2018 Página 1 de 10
Superior Tribunal de Justiça
AgInt no RECURSO ESPECIAL Nº 1.690.890 - MG (2017/0207978-7)
RELATÓRIO
Documento: 1678129 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 07/03/2018 Página 2 de 10
Superior Tribunal de Justiça
definitivo original, mormente quando foi realizado exame preliminar da substância
apreendida, e juntada, posteriormente, a cópia autenticada do laudo toxicológico
definitivo, concluindo-se pela natureza entorpecente desta” (fl. 400);
(ii) “o art. 50, § 1°, da Lei n.° 11.343/06, não prevê a obrigatoriedade
da realização do laudo toxicológico definitivo, mas apenas dispõe sobre a
comprovação da materialidade quando da lavratura do auto de prisão em flagrante
delito” (fl. 400);
É o relatório.
Documento: 1678129 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 07/03/2018 Página 3 de 10
Superior Tribunal de Justiça
AgInt no RECURSO ESPECIAL Nº 1.690.890 - MG (2017/0207978-7)
EMENTA
VOTO
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Superior Tribunal de Justiça
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Superior Tribunal de Justiça
In casu, o eg. Tribunal a quo, ao analisar a materialidade do delito sob
exame, entendeu pela absolvição do recorrido, nos termos do art. 386, inciso VII do
Código de Processo Penal, face à inexistência de laudo toxicológico definitivo.
Documento: 1678129 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 07/03/2018 Página 7 de 10
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do laudo definitivo, pois elaborado por perito oficial, em procedimento e com
conclusões equivalentes."
Não fosse isso, o eg. Tribunal de origem ressaltou que só houve juntada
do laudo após a prolação e publicação da sentença condenatória, sem que tenha havido
oportunidade de a defesa se manifestar quanto a ele.
É o voto.
Documento: 1678129 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 07/03/2018 Página 9 de 10
Superior Tribunal de Justiça
CERTIDÃO DE JULGAMENTO
QUINTA TURMA
AgInt no
Número Registro: 2017/0207978-7 PROCESSO ELETRÔNICO REsp 1.690.890 / MG
MATÉRIA CRIMINAL
Relator
Exmo. Sr. Ministro FELIX FISCHER
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA
Subprocuradora-Geral da República
Exma. Sra. Dra. MÔNICA NICIDA GARCIA
Secretário
Me. MARCELO PEREIRA CRUVINEL
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
RECORRIDO : JORGE HENRIQUE ASSUNCAO FERNANDES
ADVOGADO : ENEDIR EVANGELISTA DE CARVALHO E OUTRO(S) - MG057871N
CORRÉU : ELISANGELA ELCE ASSUNCAO
ASSUNTO: DIREITO PENAL - Crimes Previstos na Legislação Extravagante - Crimes de Tráfico Ilícito e
Uso Indevido de Drogas - Tráfico de Drogas e Condutas Afins
AGRAVO INTERNO
AGRAVANTE : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
AGRAVADO : JORGE HENRIQUE ASSUNCAO FERNANDES
ADVOGADO : ENEDIR EVANGELISTA DE CARVALHO E OUTRO(S) - MG057871N
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia QUINTA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão
realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
"A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental."
Os Srs. Ministros Jorge Mussi, Reynaldo Soares da Fonseca, Ribeiro Dantas e Joel Ilan
Paciornik votaram com o Sr. Ministro Relator.
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