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RESUMO
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¹ Graduada em pedagogia. Email: sharliene1108@gmail.com
1. INTRODUÇÃO
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2. METODOLOGIA
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
As DAEs mais comuns que podem ser encontradas nas salas de aula
tradicionais são:
• Dislexia: problemas de leitura, escrita e ortografia;
• Discalculia: problemas com números;
• Disgrafia: problemas físicos com escrita a mão;
• Dispraxia: problemas de movimento e coordenação;
• Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (Tdah): baixa
capacidade de concentração, comportamento agitado e impulsivo;
• Transtornos do Espectro Autista (TEA), como a Síndrome de Asperger:
dificuldades sociais e de comunicação, constrangimento na interação social,
discurso factual desprovido de imaginação e preocupação com interesses
muito restritos;
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• Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC): preocupações e medos
infundados (obsessões) que levam a padrões repetitivos de comportamento
(compulsões). (HUDSON, 2019, p.15)
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O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) é um transtorno de ansiedade
que se caracteriza pela presença de obsessões e compulsões. As obsessões são
pensamentos, impulsos ou imagens intrusivas e persistentes que causam ansiedade
significativa, enquanto as compulsões são comportamentos repetitivos ou atos
mentais realizados em resposta às obsessões, com o objetivo de reduzir a ansiedade.
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tratá-las e preveni-las. Adquire características específicas a depender do
trabalho clínico e preventivo. (OLIVEIRA, 2019, p. 06)
A avaliação psicopedagógica é um processo dinâmico, pois é nesse momento
que são tomadas decisões sobre a necessidade ou não de intervenção
psicopedagógica. Ela envolve a realização de entrevistas iniciais com os pais ou
responsáveis pela criança, análise do material escolar, aplicação de diferentes
atividades e testes para avaliar o desenvolvimento, áreas de competência e
dificuldades apresentadas. Durante a avaliação, podem ser realizadas atividades
matemáticas, provas para avaliação do nível de pensamento e outras funções
cognitivas, leitura, escrita, desenhos e jogos, dependendo das necessidades e
características da criança.
Oliveira em seu livro “Sessões Psicopedagógicas Passo a Passo” expõe e
alguns caminhos para realização das sessões psicopedagógicas:
Maria Lúcia Weiss indica o seguinte caminho:
1. E.F.E.S.
2. Entrevista de Anamnese.
3. Sessões lúdicas centradas na aprendizagem.
4. Complementação com provas e testes.
5. Síntese diagnóstica – Prognóstico.
6. Entrevista de devolução e encaminhamento.
Transtorno da Clínica psicológica – segue o modelo médico
1. Anamnese (história de caso).
2. Testagem de provas pedagógicas.
3. Laudo (síntese das conclusões e prognóstico).
4. Devolução (verbalização do laudo) ao paciente e/ou aos pais.
Jorge Visca indica o seguinte caminho:
1. E.O.C.A (levantamento do 1º sistema de hipóteses, definições das linhas
de investigação, escolha de instrumentos).
2. Testes (levantamento do 2º sistema de hipótese e investigação).
3. Anamnese – verificação e decantação do 2º sistema de hipóteses,
formulação do 3º sistema de hipóteses).
4. Elaboração do informe psicopedagógico.
Edith Rubstein indica o seguinte caminho:
1. Entrevista com a Família.
2. Contatos anteriores à consulta.
3. Escuta do motivo da consulta.
4. História de vida ou anamnese.
5. Entrevista com o sujeito.
6. Escuta do motivo da consulta.
7. Instrumentos escolhidos pelo psicopedagogo com base nas necessidades.
8. Devolutiva ao sujeito.
9. Contato com a escola (Prévio ao finalizar).
10. Contato com outros técnicos.
11. Devolutiva e encaminhamento. (OLIVEIRA, 2021, p.10)
Vale ressaltar que não existe um padrão único que sirva para todos os casos,
pois cada indivíduo possui características e demandas diferentes. É importante que o
psicopedagogo esteja aberto e flexível para adequar as sessões de acordo com a
realidade e necessidades individuais de cada pessoa.
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A adaptabilidade é uma habilidade fundamental do psicopedagogo, que deve
ser capaz de ajustar suas intervenções de acordo com as particularidades e objetivos
específicos de cada pessoa. Isso inclui considerar o perfil de aprendizagem,
interesses, motivação e nível de desenvolvimento do indivíduo.
Ao personalizar as sessões, o psicopedagogo pode selecionar estratégias,
materiais e atividades que sejam mais relevantes e eficazes para atender às
necessidades específicas da pessoa. Essa abordagem individualizada permite uma
intervenção mais significativa, que valoriza as potencialidades e busca superar as
dificuldades de forma personalizada.
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- Testes de habilidades acadêmicas, como o Teste de Desempenho Escolar
(TDE) ou o Teste de Leitura e Escrita (TLE).
- Testes de processamento cognitivo, como o Teste de Memória de Trabalho
(TMT) ou o Teste de Atenção Concentrada (TEACO).
4. Questionários e escalas: São instrumentos estruturados que utilizam
perguntas padronizadas para avaliar características específicas do indivíduo, como
sintomas de transtornos de aprendizagem, comportamento adaptativo ou habilidades
socioemocionais. Exemplos incluem o Questionário de Conners e a Escala de
Comportamento Adaptativo Vineland.
5. Análise de produções e trabalhos escolares: O psicopedagogo analisa os
trabalhos e produções escolares do aluno para identificar padrões, dificuldades ou
áreas de competência, relacionados à leitura, escrita, matemática ou outras
habilidades acadêmicas.
6. Avaliação do ambiente escolar: O ambiente escolar também é avaliado para
compreender sua influência nas dificuldades de aprendizagem do aluno. Isso pode
envolver a análise de práticas pedagógicas, materiais didáticos, estratégias de ensino
e o suporte disponível para alunos com necessidades especiais.
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entrevistas com pais, professores e outros envolvidos no processo educacional,
contribui para uma visão mais completa das dificuldades e habilidades do indivíduo.
A avaliação psicopedagógica também compara os resultados obtidos com
critérios diagnósticos estabelecidos, presentes em manuais de classificação de
transtornos, como o DSM-5 ou o CID-11. Essa comparação permite identificar se o
indivíduo atende aos critérios específicos de um determinado transtorno de
aprendizagem, auxiliando no diagnóstico diferencial.
De acordo Beauclair (p.31) 2011, “o psicopedagogo necessita deste constante
movimento de olhar novos horizontes e caminhos para trilhar, para abrir espaços não
só objetivos, mas também subjetivos, onde a autoria, e a autonomia de pensamento
seja concreta possibilidade.
Ao fornecer um diagnóstico diferencial preciso, a avaliação psicopedagógica
possibilita um planejamento de intervenções mais direcionadas e efetivas. Isso
permite que sejam adotadas estratégias personalizadas e adaptadas às necessidades
específicas do indivíduo, promovendo seu desenvolvimento acadêmico e
socioemocional.
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Ao conhecer as características e necessidades do aluno, a equipe
psicopedagógica pode selecionar e implementar intervenções e recursos adequados.
Essas estratégias podem incluir a adaptação de materiais educacionais, a utilização
de metodologias diferenciadas, o fornecimento de suporte individualizado e o
estabelecimento de metas realistas e alcançáveis. Além disso, a avaliação
psicopedagógica pode indicar a necessidade de intervenções complementares, como
terapias específicas (fonoaudiologia, psicoterapia, terapia ocupacional, entre outras).
A personalização das estratégias de intervenção é essencial para atender às
necessidades individuais dos alunos com transtornos de aprendizagem. Cada aluno
é único e requer uma abordagem adaptada às suas características específicas. A
avaliação psicopedagógica fornece informações precisas que permitem o
planejamento de intervenções efetivas e adaptadas às particularidades de cada
indivíduo, maximizando suas oportunidades de sucesso na aprendizagem.
Portanto, a avaliação psicopedagógica desempenha um papel crucial ao
fornecer informações que direcionam o planejamento de intervenções personalizadas
para alunos com transtornos de aprendizagem. Essa abordagem individualizada
contribui para um apoio mais eficaz e adequado, visando potencializar o
desenvolvimento acadêmico e socioemocional desses alunos.
CONCLUSÃO
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Além disso, a avaliação psicopedagógica permite o acompanhamento contínuo
do progresso do aluno, possibilitando ajustes e modificações nas estratégias de
intervenção conforme necessário. É um processo dinâmico que visa promover o
desenvolvimento acadêmico, socioemocional e a inclusão educacional dos alunos
com transtornos de aprendizagem.
Através da avaliação psicopedagógica, é possível proporcionar um ambiente
de aprendizagem mais adequado e inclusivo, maximizando as oportunidades de
sucesso acadêmico e pessoal para esses alunos. A intervenção baseada em uma
avaliação abrangente e precisa tem o potencial de transformar a vida desses
indivíduos, capacitando-os a superar as dificuldades de aprendizagem e alcançar seu
pleno potencial.
Portanto, a avaliação psicopedagógica desempenha um papel fundamental na
identificação precoce e intervenção eficaz dos transtornos de aprendizagem,
proporcionando suporte adequado e personalizado aos alunos. É uma ferramenta
valiosa para promover a inclusão e garantir que todos os alunos tenham acesso a uma
educação de qualidade, independentemente de suas dificuldades de aprendizagem.
REFERÊNCIAS
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CASSEMIRO, Márcia. A Importância Do Psicopedagogo Institucional Para O
Trabalho Do Professor. Disponível em:
<https://biblioteca.educasystem.com.br/repository/tcc/80cf3f2dcc030c59ba63b6b233
809e20.pdf> Acesso em: 10 jul. 2023
GIL, AC. Métodos e técnicas de pesquisa social. 4ºed. São Paulo: Atlas, 2008
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WEISS, Maria Lucia Lemme. Psicopedagogia clínica: uma visão diagnóstica dos
problemas de apren dizagem escolar. Rio de Janeiro: DP & A, 2004.
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