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Secretaria Geral de Educação e Cultura

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PUBLICAÇÃO MENSAL

« Redactor em chefe—Dr. A. F. do Amaral.

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JULHO.

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OR.-. DO RIO DE JANEIRO


1872 (E.-. V.*.)

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BOLETIM
DO

GRANDE OR.'. UNIDO DO BRAZ1L,


JORNAL OFFXCIAL DA MAC/. BRAZILEIRA.

Num. 8. JULHO, 1872. 1° Anno

SECClO DOGMÁTICA

A PROPAGANDA EPISCOPAL

Temos á vista dons novos documentos episcopaes: são duas


pastoraes, uma do Sr. 1). João, bispo da Diamantina, outra do
Sr. D. Antônio, bispo de Maiianna, Ambas são dignas da medi-
tação dos Macons. CTm e outro toem por essencial objecto atta-
car a nossa veneram]a e humanitária associação. ^
Que conspiração é esta que presenciamos? Já não são só-
mente os exaltados do episcopado, os Lacerdas, os Larangeiras,
os Macedos e outros, já não são só esses que vibram contra a
^açonaria os seus golpes continuados. Até os dous prelados
mineiros descem á arena. O manso o respeitado D. Antônio
lança-nos as penas ecclesiasticas, o igualmente respeitado
D. João, de quem até se não ouviu jamais fatiar, acompanha o
seu collega no attaque á Maçonaria. Trabalha a monita secre-
ta ; Loyola faz mover seus titeres.
Dos dous documentos, a que alludimos, ha um que não será
bem visto em Homa; mais do que isso, será talvez reprehen-
dido o seu auctor •. é o do Sr. ü- João.

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-272-

A única difíiculdade que nos-separa de S. Ex., e não é pc-


quena, é a duvida que nutre o digno prelado acerca dos intuitos
da nossa sociedade. S. Ex. não crê que os fins da Maç.\ sejam
os expressos nas suas Constituições, discursos e Manifestos. O
- ,
fim principal ou único é ferira Igreja Catholica por isso nos-
condemna o cândido prelado.
Mover guerra aos jesuítas, ao fanatismo, á superstição e aos
ultramontanos, é justo e louvável, dizS. Ex. -, infelizmente são
promessas bonitas, encobrindo desígnios medonhos. Não calum-
niamos o digno prelado ; eis as suas palavras:
A Maçonaria, dizem seus adeptos, nao é inimiga do catholicismo ; só combato
a superstição, o fanatismo, os jesuitas e ultramontanos, como acaba de declarar o
Sapientissimo e Poderosíssimo Gráo-Mestre, com o fim de diffundir luzes e prati-
car obras de beneficência.
Não vos-deixeis seduzir, meus amados filhos, por estas bellas promessas. Não
podendo angariar-vos, si claramente manifestasse seus verdadeiros fins, ferindo
leal combate contra a Igreja Catholica Romana, recorre a esta insidiosa estra-
tegia.
Já se-vê pois, que o Sr. D. João é liberal adiantado. Dizer
que se-quer attacar os jesuitas é fazer bellas promessas; mas
não basta fazel-as, é necessário cumpril-as, e S. Ex. não crê
que a Maçonaria as-cumpra.
Pois ha de cumpril-as. Si é isso apenas o que nos-separa de
S. Ex., demo-nos as mãos: S. Ex. é dos nossos.
Diz S. Ex. que chamamos ultramontanos os jesuitas, os bis-
pos e padres que ensinam a doutrina de Christo e os seus man-
damentos principaes, a confissão, a missa, o inferno e o purga-
torio, e que neste sentido todos os discípulos de Christo « ainda
os Maçons de boa fé, » são jesuitas e ultramontanos. Aqui
damos nós um apoiado. E' verdade que neste sentido somos
todos maçons ou jesuitas, como quizerem; mas S. Ex. toca em
outro ponto. Accrescenta que os concilios e buli as em matéria
de dogma, moral e disciplina, obrigam independente da accei-
tação do Estado. Latet anguis in herbis; aqui mostra o jesuíta a
ponta da orelha. Isto que ahi se-affirma, nega-o o Estado e
negamol-o nós.
Esse meio de dominar o povo para fins temporaes, pois não
se-trata de outra cousa, deve ser negado á gente da monita
secreta. Não o-negamos como instituição maçonica; nega-
mol-o nós, que escrevemos estas linhas com responsabilidade
individual. A Maçonaria tem um fim • a caidade christan;
- 273 -

deixa as controvérsias políticas c religiosas aos doutores do


mundo profano.
Não sc-detevc o jcsuita no documento que temos diante dos
olhos; voltou logo o liberal. « Não temais as fogueiras da iíi-
quisição, diz S. ttx., que não é instituição da Igreja Catholica
Romana. » Francamente temos pena de S. Ex.-, o Apóstolo vai
cruciücal-o. Ousar dizer que a inquisição não é instituição da
Igreja, como despejadamente affirmam os escriptores da mo-
nita secreta, e asseverar que é uma bella promessa a de com-
batter os jesuítas, são crimes que a gazeta da Conceição não
deixará escapar, nem o fogoso D Antônio de Macedo, a cujas
mãos a companhia de Jesus confiou o bastão de marechal nesta
parte do mundo.
0 que o Sr. D. João diz da Maçonaria não é novo ; affirma
que combatemos a Igreja Catholica. E' um pretexto de perse-
guição; os reverendos bispos sabem que não é assim, mas vão
dizendo sempre a mesma cousa, com o único fim de entregar-
nos ás coloras da superstição boçal e cega.
Só ha uma cousa notável nesta pastoral, posto não seja nova -,
é negar a necessidade do placet do governo para a publicação
dos decretos de Roma.
Ccweant, cônsules.
A pastoral do Sr. 1). Antônio, bispo de Marianna,édo mesmo
gênero da outra, menos as concessões liberaes. S. Ex. entrou
affoutamente na Companhia de Jesus. Contém meia dúzia de
diatribes e nma parábola.
Tratando do purgatório, chama a Luthero « deshonesto. es-
candaloso e sem vergonha. » Nada temos com Luthero; mas
parece que a simples caridade christan devia moderar a língua
de um prelado. As historia tem liberdades e direitos que não
estão bem com o pudor de um bispo.
Pôde a historia julgar severamente um morto -, ainda assim,
si o historiador fôr polido, escolherá as suas expressões. Um
bispo tem o dever de ser caridoso, pelo menos.
A parábola de S. Ex. é só para dizer que devemos obedecer
aos cinco papas que condemnaram a Maçonaria, do mesmo
modo que obedeceríamos a S. Pedro, si nos-prohibisse a en-
trada em tal sociedade. Mas não estando provado que S. Pe-
dro nol-o prohibisse, do mesmo modo que não está provado
que S. Pedro ordenasse as scenas que se-derampor oceasião da

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— 274 -
.': ,¦ '..¦'.¦ . " : .. . ¦ ¦ " ¦ -.
.

matança dos Albigenses, segue-se que a parábola não adianta


muito os seus leitores.
Aceusa-nos o ex-manso prelado de nòs-esquecérmos da abs-
tinencia da sexta-feira, da missa e da confissão. Em primeiro
logar, que sabe S. Ex. disso?
Quem lhe-provou já que não observássemos essas regras da
Igreja? Em segundo logar, quanta gente, que hão pertence á
Maçonaria, deixa de comer peixe á sexta-feira, sem que S. Kx.
se-lembre de os-alcunhar de ímpios e excommimgados ?
Ambos estos documentos são dignos de lastima c de séria
meditação. A lastima é por elles, por esses vencrandos preia-
dos, tão dignos de amor em toda a sua vida ecclesiastica.
A meditação é pelo que revelam-, si a monita secreta
alcançou arrastar os dous bispos mineiros, é certo e incontes-
tavcl que o jesuitismo plantou entre nós as suas tendas.
Besta saber si os poderes públicos querem salvar as liber-
dades pátrias ou simplesmente preoecupar-se de questiun-
cuias. No primeiro caso reserva-lhes a historia um logar; no
segundo terão um logar na§ secretarias e outro no Caju.
Escolham.

A Gonst.'. Prov.-. doGr.', Or.', Unido


A Com.-, encarregada de formular um Projecto cie Consl.\
para reger provisoriamente o Circulo de conformidade com os
Arts. f<° e 3° do Decr.-. n. t do Gr.-. Or.-. Unido, apresentou
o seu trabalho, que tem sido discutido com toda a calma e
lealdade nas três sessões do Gr.-. Or.-. para esse fim con-
vocadas. Ao sair á luz este artigo, já estará provavelmente
designado o dia em que a Const.*. approvada em seu todo, ou
modificada, deverá ser jurada em Assembléa Geral do Povo
Maç.-.; e por essa razão as icléas que pretendemos aqui apre-
sentar no intuito de sustentarmos as principaes disposições do
trabalho da Com.-, e que já expendemos no Gr a. Or.:. não
prejudicarão a liberdade da votação.
De uma missão árdua e espinhosa foi incumbida, a Com.-,,
porquanto, municia de poderes muito limitados, viu-se obri-
gada a vencer difficuldades, produzidas pelas circumstancias
extraordinárias em que se-achava o novo Corpo Maç.-. do
— 275 -
Brazil. Collocada de um lado entre a necessidade de respeitar
as bases da juneção dos dous Corpos, a lei de h de Junho
que
estabeleceu a primitiva organisação do Gr.-. Or.-. Unido, e as
Constituições geraes maçonicas, e de outro entre o dever
lhe-assistia de formular um projecto de Const.-. que
assim provisória
por dizer baseada sobre duas leis que em muitos
oífereciam differenças notáveis; a Com.-., contendo-sepontosnos
limites da mais stricta imparcialidade, esforcou-se apre-
por
sentar um projecto, que, corrigindo alguns defeitos e mesmo
absurdos existentes nas duas CConst.-., estabelecesse reformas
no sentido de collocar os Ritos tolerados por ambos os GGr •
OOr.-. e consagrados na lei orgânica, no maior
de igualdade. grau possivei
As causas que enumerámos são bastante ponderosas
ser desculpada a imperfeição do trabalho, sobretudo si se- para
attender ao dever que tinha a Com.-, de elaborar uma lei de
transição tendente a approximar na presente oceasião os dous
grupos que constituíram o Gr.-. Or.-. Unido, e que por isso
contribuiu para que ella transigisse com certos princípios
em circumstancias ordinárias não acceitaria. que
E na realidade, si se-tratasse de um Corpo definitivamente
organisado, que desejasse reformas aconselhadas pela razão e
experiência, a Const.-. seria outra, como tem de ser forçosa-
mente aquella que fôr promulgada pelos Representantes do
Gr.-. Or.'. que forem eleitos para o próximo futuro anno
maç.-. de 5873, segundo dispõe o § único do Àrt. Ia do Decr.-.
n. %, porque nesta opportunidade'os dous elementos estreita-
mente combinados e confundidos, com plenos poderes de Cons-
tituinte, poderão introduzir reformas mais amplas e fazer des-
apparecer muitos hábitos e prejuízos que na actualidade seria
inconveniente e talvez impossível destruir.
Oppondo-se a que o projecto fosse votado sem discussão ;
discutindo em suas reuniões todos os pontos que adoptou de
aecôrdo com as necessidades da oceasião e com as idéas libe-
raes que hoje predominam em Maç. •.; distribuindo por todos
^s membros do Gr.-. Or.-. o projecto impresso
para ser conve-
nientemente estudado-, a Com.-, apresentou-se com confiança
perante o Poder Superior, certa de que a intelligencia e illus-
tração de seus Ilr.-. suppririam as lacunas do seu trabalho e
úteis medidas seriam aconselhadas: e tanto esse resultado era
— 276 —

em face da grandiosa idéa que em 20 de


de esperar, quanto de
Maio uniu a Maç/. do Brazil, cada qual, sem distmcçao
em desprendimento e abnegação para pôr a
grupos, rivalisaria ahm de tra-
margem os direitos que o futuro podesse destruir
todos unidos em prol das conquistas que estão reser-
balharem
vadas á nossa Ord/. no triste estado em que jaz a sociedade,
em suas e liberdades pela prepotência cie-
ameaçada garantias
A Com/, cumpriu o seu dever, defendendo solidaria as
suas indicações e tem fé que a tolerância e a fraternidade diri-
resolução dos embaraçosos, havendo de parte a
girão a pontos
resultar do amor e
parte concessões generosas, que devem
interesse pelo bem da Ord/. que felizmente reinam entre todos.
Não podendo a Com/, propor a separação dos Ritos, nem V^--'¦'/¦¦-;:*.:;.""'

tão pouco revogar em sua totalidade as leis aristocráticas do


Escossismo, constituiu o Corpo Representativo, denominado—
Grande Oriente—, como o Poder Soberano c Legislativo da
Ordem, onde deviam ter assento os Deputados das OOff/.; e
tendodeorganisarasGGr/. OOff.\ ou os Poderes Admims-
'¦/'¦¦-'.:.
-¦'¦/

trativos e Dogmáticos em conformidade com as leis do seu


respectivo Rito, procurou estabelecer a igualdade das LL/.
¦3

SSymb/. perante o Gr/. Or/.. propondo que ellas podessem


eleger para os cargos que dão eífectividade no Gr/. Or/. MM/.
MMaç/ , comtanto que se-collassem nos graus que lhes
são exigidos para as GGr/. OOff/., sendo ellas para esse fim
consultadas.
Foi um passo dado em favor das LL/. SSymb/., subordi-
nando-as, no entanto aos graus superiores dos Ritos e ás leis
a organisação das OOff. •. Chefes ; sendo estas para
que regulam -.
o Rit/. Esc/, a Gr L/. Central, que não pôde ser conside-
rada senão como um Cons/. de Kadosck; para o Rit/. Mo-
derno a sua Gr/. Off/., que deve ser um Gr/. Cap/. Ger/.
deCCav/. RR/, f-fv. e para o Adonh/. o seu Cap/. de
CCav/ NNoach/.
Assim pois o Art 24 que exige dos MM/- MMaç/. a posse
de graus diversos para serem membros effectivos do Gr/. Or /.,
segundo os três Ritos a que pertencerem os eleitos pelas LL/.,
estudado com critério, demonstra a necessidade que tinha a
Com/, de harmonisar a organisação das Altas OOff/. com os
princípios liberaes que concedeu ás LL/. e ao Gr/. Or/.

/-
— 277 —

Admittindo também o Rito Symb.\ ou de York, é claro


nos mesmos lermos o seu ultimo grau dará entrada no Gr • que
Or.-.
Reformar as leis constitncionaes dos Ritos era impossível e
por outro lado dar ao Poder Legislativo foros de Senado ou de
Corporação onde devessem ser admittidos Maçons nos-
que
suissem certos e determinados graus, com exclusão de outrosjá
pareceu á Com.-, contrario á igualdade maç.-. e aos direitos
que possue um M.\ Maç.-.
Nos paizes onde o Gr.-. Or.-. tolera diversos Ritos, levan-
tam-sc sempre difficuldades em relação aos direitos de cada
um e a independência que desejam guardar os seus membros
Raseando-se o Rit.\ Esc.-, na centralisação de
poder, que
deriva inteiramente do Corpo que governa, em contraposição
ao espirito mais liberal do Rito Mod.\, onde o vem do
poder
direito de escolha por expressão da vontade da maioria;
sou a Com.-, que não teria outro meio de conciliar pen-
oppostos, senão respeitando a autonomia dos princípios
graus;
de outro modo ella teria de optar por um dos Ritos, o porque
que não
podia fazer.
Nos paizes onde os Ritos são independentes e não ha Gr.-.
Or.-., esses inconvenientes não se-dão, como acontece na In-
glaterra e nos Estados-Unidos. Nestas duas nações por com-
mumaccôrdoasGGr.-. LL.\ são independentes dos SSup.-.
CCons.-., superintendendo aquellas os três ou
primeiros
asLL.-. symbolicas, nas quaes nenhuma ingerência têem os graus
Corpos Superiores do Rit/. Esc.
Pelo contrario nos paizes em que não ha esse estado de
cousas, ou deve-se dar a supremacia a um dos Ritos, ou esta-
belecer concessões reciprocas. A Com.-, adoptou este ultimo
alvitre. Si concedeu aos Maçons do Rit/. Francez o direito de
elegerem o Gr.-. M.\ e seu Ádj.\ dentre os membros effecti-
vos do Gr.-. Or.-., os quaes deverão ser acceitos
pelo Sup.-.
Cons.-. na qualidade de Gr.-. Com.-, e Log.\ Ten.\, fez
outro lado no Gr.-. Or.-. excepção do principio electivo por
os membros effectivos do Sup.-. Cons.-. para

Os antigos Maçons resistiram durante bastante tempo com


energia á tendência que começou a vigorar de certa epocha em
diante de imaginar a creação de Capítulos e Altos
graus. Con-
2
278

em os graus superiores sejam as vezes ín-


cordando parte que muito sym-
centivo para a actividade c dedicação dos obreiros,
no entanto com a espécie de Maç ¦. mais geralmente
pathisamos
cultivada na Inglaterra, Suissa c Estados-Unidos. Adoptaodo
taes princípios, julgou a Com.-, ter dado o primeiro passo para
em breve a necessidade de pronunciar a deca-
proclamar-se a acção maçonica c ím-
dencia de certos graus que embaraçam
possibilitam a sua unidade e progresso.
Havendo examinado os pontos principaesda Const.\ lrov.\
até agora têem sido discutidos, esperamos tranquilloso ro-
que
sultado da votação e confiaremos sobretudo na próxima Assem-
bica Constituinte, que deverá compenetrar-se da grandeza das
reformas que tem de elaborar, para preparar a Const.-. defi-
nitivadoGiv. Or.-. Unido.
17 de Julho. . ,
A. F. A.
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I>o <<l^&ndinark>>

Não obstante o grande numero de tratados que tem sido pu-


blicados sobre a Macoimria, seus monumentos, preceitos e aspi-
rações, é paracausar admiração a ignorância de muitos povos in-
telligcntes a respeito da verdadeira missão de nossa nobre asso-
ciação. Elles não podem ou não querem comprchender, em toda
a sua grandeza e simplicidade, os grandiosos projectos que os
Maçons tem emprehendidoe comparam a Fraternidade Maço-
nica com as mil sociedades protectoras e beneficentes que exis
tem actualmente.
A razão desta mesquinha apreciação procede da limitada
circulação da litteratura maçonica fora da Fraternidade, e pe-
za-nos acerescentar que também deriva da circulação infinitesi-
mal dentro da própria família.
As avenidas da Maç/. tem sido abertas a milhares que nunca
passaram além de suas portadas. Estes Ilr/. indolentes con-
servam sobre seus olhos uma sombra que so-oppõe á passagem
da luz brilhante que resplandece diante delles, em vez de ha-
bituarem os órgãos visuaes a resistirem a esse brilho offuscante.
Como dissemos, elles são indolentes Comprehendem que a
tarefa é árdua e vasta por exigir profundo estudo e indagações
econstante pensamento o applicação ; que em Maç/. ha muito
a aprender e que em seu caminho se-apresentam azas para
voarem até os recônditos segredos da creação e os designios da
construcção do universo inteiro pelo Gr/. Àrch/.; porém elles
fazem alto, atemorisados pela immensa responsabilidade, e ficam
satisfeitos com a simples manipulação dos graus, que é sómen te
o indice da Maç.-., Estes Ilr/. carecem de liberdade de pensa-
mento, fervor nas instrueções e zelo nas deliberações; e é por
essa razão que, quando os profanos lhes-perguntam qual o objec-
to da Maç/., não sabem, nem estão habilitados a dar uma re s~
posta adequada.
Não queremos dizer que todos aquelles que perguntam, inda-
gam e até nos-injuriam sejam capazes de compreliender a im-
— 280 — .

mensidade da Maç.'.; porém ha muitos que por applicação


assídua podem progredir em tudo. Não ha desculpa alguma que
possa ser elles apresentada para mitigarem o grande mal
por
que fazem em sepultar seu talento. A desculpa commum, « não
tenho tempo de ler, » é demasiado desprezível, demasiado fri-
vola para ser tomada cm consideração.
A asserção é falsa em noventa e nove casos sobre cem, e um
Ir.-, que assim pretendesse justificar-se deveria ser severamen-
te punido.

**i
— 281 —

SECÇÃO OFFICIAL
aaaâaaaaaaaaaaaaMaaaaaaaaaaaal ¦ wmÊmÊÊÊÊtmÊÊÊÊHÊÊÊÊÊÊÊÊÊtBÊÊkWÊÊKÊÊÊÊÊÊÊÊÊKÊmi

Aetos do Sap. . Gp. . Presid.*. do Gr. , Or.*.


Uni<lo.
-Auctorisa o (ir. ¦. Thes. ¦. do Lavradio a adiantar a
de, l°rM J^."°
LaOOflOOO a Com/, incumbi-la da defoza da Ord.-. pela imprensa, afim quantia
de
occorrèr ás despesas feitas, devendo o Gr,-. Cofre ser reembolsado, logo
LL.\ concorram eom os donativos sollicitadps pelo Gr.*. Or.-. que as
2 de Julho.—Concede a beneficência de 40'jj'OOO ao Ir. •. N..'. membro de uma
li.-, do Gr.*. Or.-. Lusitano Unido.
4 ua Julho.—Concede a beneficência de 30ff000 aos Ilr. •. N... membros de
LL. •. da jurisdicção do Gr. v. Or. •. de Hespanha.
10 de Julho.—Goncede a beneficência de lOOflOOO ao Tr.-. N... membro hono-
rano do extineto Gr. •. Or. •. do Lavradio.

Extracto das sessões do Grande Oriente Unido


Terceira sessão preparatória de 13 de Julho de -1872.

PRESIDÊNCIA DO SAP. * . IR. ' . CONSELHEIRO DR. FELIX MARTINS.

Presentes 185 membros, foi aberta a sessão, lida e approvada a acta da sessão
antecedente.
Expediente.—L° Corres?). -. eslr. • .—Do Sup. •. Cons. *. da Bélgica; do Gr. ¦.
Or. •. e Sup. ¦. Cons. •. da Republica Argentina; dos PPod.\ Ilr.-. Albert Goodall,
César Persiani e Henry Buist.
2.° Cor resp. •. int.¦ .—Pranchas de diversas OOfT. ¦. communicando o empossar
mento de suas administrações, adherindo á propaganda maç.-. e ao auspicioso
facto da juneção.—Do Dei. •. do Gr. •. M. •. em Pernambuco remettendo a quantia
de 300#000, produeto da sübscripção agenciada na L.-. União o Beneficência.—
Das LL,v. Luz e Ordem, ao Or.-. de Porto-Alegre, Caridade e União, ao Or.-.
do Poder Central e Perseverança, ao Or.-. do Ouro-Preto, concorrendo cada uma
com IOO3OOO, e Realidade, ao Or. •. do Recife, com 340g000.—Do Del. •. do Gr. •.
M. •. na província do Pará e das LL. •. Firmeza e Humanidade e Cosmopolita,
ao Or. •. de Belém, pedindo a protecçao do Gr. •. Or. •. para um Ir. •. offendido
•. Igualdade e Beneficência do extineto Gr. *.
pelo bispo daquella diocese.—Da L.
Or.-. dos Benedictinos. participando ter mudado o seu titulo distinetivo para o
de Vinte de Maio por haver outra de nome idêntico.—Da L.-. Oonfraternidade
Penedense protestando contra o procedimento anti-inaç. •. do Ir. •. Dr. M. M.—
Do Del. *. do Gr. *. Or. •. e Sup. •. Cons. •. em Pernambuco, communicando o
modo porque desempenhou a sua missão nas LL.-. Restauração Pernambucana,
Seis de Março e Philotimia, e a regularisação do Cap. •. Regeneração.—Do Ven.'.
da L. *. Artista, enviando a acta da regularisação cio Cap. -. de que a L. •. é base.
—Do Red.*, em Chefe do Boletim Ofjicial dando conta da receita e despeza do
mesmo no intervallo decorrido do ultimo balancete até á presente data.
Ordem do dia.—Finanças.— Eoram approvadas as contas apresentadas pelos
RR. •. e IIU. •. Ilr. *. J. Marques Lameiras e M. José de Oliveira, Gr. •. Thes. ¦.
e Gr. •. Hosp. \ e resolveu-se consignar na acta um voto de louvor aos mesmos.
r i 7? ~~a* tt . r.nníwleu o Gr.-. Or/. auctorisaçào para a installaçíio,
"SftíStíHwfe-bí Mnas. do Kit. .. Esc;ao Or. •. do
B?SaSÍ&teS de Minas-Gen.es; negou filiação á L-,
ao i arm^ ua
Sebastião Sfy^Sr^ovlncia
qS. SlS Campinas,
¦; ao 0.t. . aeoampu província
a de S. Paulo, que
denominada .1 ?»^f apresentar infor-
ÍggESSÊg*£áE^^*SÍS^SiSE: - -" &enÍIlS inferiu a petição de roinstaltaçjo

°S as eleições .geraes para o presente anno^maç.;..


h iciçoes. 1 o..
ÉS-Jfi approvadas
iv •.) e amizade ao Grnzeiro do Sul dos OOap.
(Bened. ¦,); Amizade
lih de Paula, Silencio (Lav.
Unas bffl^MÍte»^i8énte
Disenpap,
££™*V^ d TT . Amnr aa Pátria Lav.-., Phenix |ra-
Dous
W* TransaUanüca, Cosmopolita, Com-
S^tí^i^nSSt^^
de ü?zem"5"« i*|;01 p",i' vtímnca [Paranáèüáh e Perfeita Amizade.
m0S«co^StSS1?^ 0^ UnWsanccionou varias.elevações ao gr. ¦.
Meiações <w fli av* Ritos Esc_.._ Mod. - e Adonh. •.
de cc •. d •. • - Hr. ¦ - Pedro Américo
§S& Èvkm aò $• • le Cav. Noach. : os RR.
L. •. Mysterio FnineiscoPereira Carneiro e Domemco
de FuSvedoVe%tik%
ir A b • a^ t . \o^t1a ria Pmrl * • no de Cav. . Kna. • . os íiiv. • m. • J<»au
IS Sede Intimo José Morei!» Júnior, Rodrigo Joaquim Mendes
S Nunes Rodrigues, Theodoro Fiel de Souza Lobo, José Luiz Ferreira •.
Antônio Fernandes Lopes, da L.
Fontes fSsSjoÍ de Souza Castro e José da I,-. Reunião Beneficente
Commercio^^ Lav . An onio de Oliveira Alves,
H^^.Tonn da Costa Pinto daLv. Acacia-Rio-Grandense; Francisco Barbosa
Lima ' % T • Amor é Virtude? Manoel Moreira da Rocha e Abel da Costa Pinheiro,
Cearense; Pedro Lopes Ribeiro da Luz da L;. Luze Ordem ; e
dal FraVernidade ao deSubl.-. P.j. do Real
Joaouim Fernandes da Cunha, da L.-! Artista; gr.;.
ÜSSHÍ? os RR Ir.-. José Pereira de Castro Pinto, da L.-. Umao eBenefi- hnal-
c n ia0(de0MaEmanguape) , Duarte José Rodrigues to^gp.^litay
mente ào cr.-. deSob.-. Gr.-. Insp.-. Ger.-. 3o. •- os KK. . iir. . Dr. joao
dos Santos, da 1,-- Fraternidade Cearense e Francisco Ferreira de
BrTgido
Frpitaq da L •. Amor á Virtude. „
ie^uçle^ãversos.-O Gr.-. Or.-. annullou a lhes reprovação que soffreram na
L Harmonia (Lav.-.) alguns ¦.;profanos, ficando novo salvo o direito de serem
outra L. mandou passar Diploma do gr.-. 30.-.
proposto^mquaquer
SI Ir . José de Almeida Saldanha, da L.-. Saneia-Fé; sancionou os
estatutos profanos da I, ¦. Dezoito de Julho (Lav.,.); nomeou •
uma Gorn.
M. . llon. ., a
para
advogar iuneto ao Sap.-. Ir.-. Visconde do Rio Branco,•. Gr.
da L Aca^Rio.Grandense;
prete,içãodoR.-.Ir.-. José.Antônio Henriques,
sanecionou alguns titulos de Filiandos Livres, conferidos a diversosdaQObr. ¦. poi
!-.- -
varias LL. •.; submetteu ao exame e parecer da antiga Ia Secçao •. Gr.
Central do Lavradio vários documentos relativos kh.'. e Gap. üommercio^e
Industria, adiou depois de alguma •-'.); discussão, por estará liora adiantada a eleição
do Cap • Commercio e Artes (Lav. concedeu a pensão mensal de 8Dg.0@0 repar-
•. N..., e designou uma sessão
tidamente a dous filhos e uma neta dó fallecido Ir.
extraordinária para ser especialmente discutido o projecto da Constituição, apre-
sentado pela respectiva Com.-.
28:3

SECÇÃO DE COHRESPONMNCIA

Do Pod.'. Ir.'. Zlti.'. JA.\bert G. Gooclall

Pod.'. e 111.'. lr.\ Dr. A. F. do Amaral.—-Accuso a recep-


ção de vossa estimada carta de 20 de Março, incluindo dez
exemplares de vossas circulares para as GGr.\ LL.\ dos Esta-
dos-Unidos.
Pelo ultimo paquete vos-enviei as deliberações impressas
(Proceedings) de varias GGiv. LL.*. que reconheceram o vosso
Gr.-. Corpo e por este vos-remelto iguaesdocumentosdasGGr.'.
LL.-. de Âlabamae Mississipi.
Tenho o prazer de incluir nesta o reconhecimento da Gr.*.
L.\ de Mississipi c o diploma de Rcp.\ juncto ao Gr.-. Or.*.
do Brazil para o Pod.'. Ir.'. Bartholomeu Hayden. A Gr.-. L.\
recommenda como vosso Rep.-. o M.'. R.\ Ir.-. ex-Gr.*. M.v.
Harvey W. Wateu.
E' provável que as outras GGiv. LL.*. vos-reconheçam em
suas próximas reuniões annuas.
New-York, 22 de Abril de 1872.—Vosso anV. Ir.-. (Assignado)
ÂLBERT G. Goodall, 33.-., Rep.-. Extraord.-.

Do mesmo Pod/. Irv.

Car.-. ePod.'. lr.\— Recebi a vossa carta de 20 de Abril,


porém ainda não chegaram-me ás mãos as quatro medalhas de
prata que tivestes a bondade de remetter-me por intermédio do
capitão Wire.
Tenho a satisfação de enviar-vos o reconhecimento official da
Gr.-. L.'. do Maine e uma carta de seu Gr.'. Secr.\ IraBerry,
pela qual vereis que ellanomeia como seu Rep.-. o R.\ Ir.*.
Dr Luiz Correia de Azevedo e recommenda como vosso Rep.-.
o R.\ Ir.-. Henuy H. Dickev.
Envio-vos por este paquete exemplares das deliberações im-
pressas do nosso Sup.'. Cons.*. para o anno de 1871.
New-York, 13 de Maio de 1872.—Vosso aff.v. Ir.'. Albert G.
Goouaix, 33.-. Gr.*. Rep.'.
284

Do R.«\ Ir.-. Ira Berry, Gr:, Sociv. da (ir:.


Iu.\ do Estado do Maine

Car.•. e R.•. Ir.', Gr •. Secr.', do Gr.'. Or.*. do Brazil. —K


com grande prazer que eu cumpro o dever de communicar-vos
as seguintes resoluções adoptadas por minha Gr.-. L.*, em sua
reunião annual de 9 do corrente mez, relativamente ao Gr.-..
Or.-. do Brazil:
1.*—Esta Gr.-. L.\ reconhece o Gr.-. Or.-. do Brazil, ao
Valle doLavradio, comoauctoridade suprema sobre a Maç.-.
Symb.-. naquelle Império.
%.*—Fica autorisado o Mt0.-. R.\ Gr.-. Mest.-. a escolher
da lista tríplice enviada pelo Gr.-. Or.-. do Rrazilumliv. para
preencher o cargo de nosso Rep.\ junctoaesseGiv. Corpo e a
designar dos membros desta Gr.-. £.-. aquelle que deva ser o
seu Rep.-. junctoa nós.
3.a—O Gr.-. Secr.-. remetteráannualmenteaoditoGr.-. Or.-.
exemplares das Deliberações desta Gr.-. L.-. e manifestará aos
nossos Ilr.-. do Brazil o alto grau de satisfação que possuimos
em cimentar os laços da união entre nossas respectivas júris-
dicções
Tenho o favor de participar-vos que foi designado pelo nosso
R.-. Gr.-. M.\ o 111.*. Ir.;'. Dr. Luiz Correia de Azevedo como
o Rep.-. desta Gr.-. L.\, cujo diploma vos-remetterei pelo
próximo paquete.
Por ordem, respeitosamente sujeito á vossa approvaçãoo
nome do Rv. Ir.-. Henry H. l)ickey,para occupar o cargo de
Rep.-. do Gr.-. Or.-. do Brazil juncto a esta Gr.-. L.\
Acceitai os sentimentos de minha alta consideração e estima.
Portland, t\ de Maio de 1872.—Ira Bisrry, Gr.-. Secr.-.

Do Sup.1: Cons.-. da Delgica

T.\ C.\ F.\ Dr.A.F. do Amaral— JTaireçu par Tentremise


de notre T.-. C.-. F.-. A. Goodall, de New-York, votre planche
en date du 30 Février 1872, par laquelle vous nous proposez
d'entrer en relations d'amitié avec le Sup.\ Cons.-. et Gr.-.
Or.-.duRrésilétablià Ia vallée de Lavradio. Cette
planche

^¦líláil
— 285 —

était accompagnée de vos publications les plus recentes. J* ai reçu


depuis les ns. 1. à 3 du Buletin Oficiei que vous publiez.
Vous n'êtes pas sans savoir que le Sup.-. Cons.-. do Bcl-
gique a reconnu pour le Brésil le Sup.-. Cons.-. dos Benedic0
Unos. Cependantsur les instancesdu T.\ 1.-. Fr.-. Goodall
j'aisoumis de nouvcau Ia question à notre Sup.-. Cons.'. Je ne
peux préjugersa decision ; mais quellc qu'ellc soit je me ferai
un devoir de vous Ia fairc connaitre.
Je seraisheureux si d'ici laje pouvais apprendre qu'une en-
tente cst entrevenue entre tous les Maçons de votre Orient. Ce
seraitlà un beau jour pour Ia Mac.-, toute entiòre. En atten-
dantjc recevrai toujours avec plaisir les Communications que
vons voudrez bien me faire et je vous prie d'agréer 1'assurance
de mes meilleurs sentimcnts de fraternité.
Or.-. duSup.-. Cons.-.,le 23cj.\ du3em.\ del'an5872.—
Le Gr.-. Secr.-.— L. Riche, 33°.

Do €!«••. Or. . e Sup -. Cons.-. da Republica


Argentina

N. -ü.—Pod.'. H.\ Dr. A. F. do Amaral.—En Ia reunion


ultima de losMMiemb.-. de este Sup.-. Cons.-. ei dia 15 dei
corriente m.-. tuve ia honora de presentarles Ia Medalla com-
memorativa de Ia promulgacion de Ia ley dei 28 de Septiembre
de 1871 que vuestro Gr.-. Or.-. mando ai nuestro.
Los PPod.-. e 111.-. Híl.;. me han encargado de espresaros
los sentimientos de fraternal estima y ai mismo tempo felicita-
ros por haber contribuído Ia Mas.-, dei Brasil á libertar á los
desgraciados esclavos, que es un gran paso dado em favor de
Ia civilizacion universal y merecidora ciei mayor aplauso.
Espero comimicareis estas feiicitaciones ai Muy Pod.-. Sup.-.
Cons.-. de vuestro Or.-. y cleseo que El G.\ A.-, dei U.\ os
colme de gracías.
Buenos-Ayres, % de Mayo de 1872, E.\ V.-.—El Gr.-.
Secr. •. Gen. •. —Roberto Hemc-el, 33. •.
3
— 286 —

Oa Gr.'. I-.'. <*e Irlanda

Car.\ Ir.'. Dr. A. F. do Á maral. —Tive a honra de apresentar


a vossa circular impressa ao Conselho de Deliberações Geraes
ÍBoard of General Purposes) e fui auetorisado a communicar-vos
na actual situação dos negócios maçonicos no Brazil, elle
que de iUlep.- com o
não pôde recommendar á Gr.-. L.\ a troca
Gr.-. Or.-. do Brazil. -Frêemasons Bali, Dublin, m <!c Maio de
1871—Charles T. Wauiislkv, Dep.\ Gr.-. Secr.-.

5>o Pod/. Ir.'. 33.\ Huliert

Bien 111.-. et Estim.-. Fiv.-Continuant mes precedentes


Ia satisfaction que j'épòüve de nos relations maçonmques,
pour et fraternelles
j'ajoute que j'ai été fort toucbé des affectueuses
au Bulletin n. 5. Merci de tout coeur de cette opinion
paroles
sympathique exprimée en faveur de Ia Chame d'Union.
Croyez bien que tous mes efforts tienclront toujours a me-
riter 1'estime, Ia confiance et l'approbation des Maçons dévoués
et de coeur et des Pouvoirs Maçoimiques, les plus honores.
Votre Bulletin n. 5 m'est arrivé un peu en mauvais ; pourriez-
vous m'envoyer un deuxiòme exemplaire et vous seriez fort
obligeant dem'enfaire adresser désormais deux exemplaires de
chaque livraison. J'en ferai de même pour Ia Chame d'Union i\
1'égardduGr.'. Or.-. etSup.'. Cons.-. du Brésil.
Maintenant à une de vos prochaines lettres, pourriez-vous me
donner quelques détails et nVexpliquer ce qui est l'Autorité
Maç.-. Brés.-., dissidente de Ia vôtre ; ceei, parceque à 1'occa-
sion, je puisse en parler, en connaissance de cause.
N'oubliez pas que pour ce que vous aurez besoin, à Paris, je
me mets à votre disposition.
Mes meilleures salutations fraternellement affcctueuses et
dévouées.— Or.\ de Paris, le 28 de Mai de 1872 (E.\ V.-.)—
HüBERT, 33".
— -287 —

y\o t*òd.*. Ir/. -í:íí/. César Persiani, Rep/. Ex-


tràòrd/. do Gr/. Or/. <io Brazil na Itália
/>.-. e ////. ir/. Dr.'. 4. F. do Amaral.— Accuso a recepção
do n. 5 do fíotofwi e a vossa presada prancha de 21 de Abril.
Deveis estar de posse da cópia da prancha que dirigi ao G.\
Or.-. de Itália o passo a communicar-vos o resultado da hon-
rosa incumbência da qual estou encarregado.
'
. . ,

No dia 28 de Abril lindo houve grande reunião da Assemblea


Constituinte, onde estiveram representados todos os Corpos
Maçonicos por legítimos mandatários, votando-se quasi unani-
memente a fusão dos vários Centros no Gr/. Or/.da Maç/.
Ital/., como vereis da circular que tenho a honra de vos-re-
metter.
E' muito de esperar e para desejar que a família maç/.
italiana tome de ora em diante uma marcha regular.
Não deixarei de dar os passos necessários para o bom des-
empenho da minha missão c vos-affianco que não hei de afifas-
tar-me neste assumpto da conveniência e dignidade.
Aproveito o ensejo para vos-reiterar os protestos da minha
distineta consideração c respeito.
Or.'. de Gênova, 31 de Maio de 1872, E.\ V.\ Dr. César
Pbrsiani, 33.•., Rep/. Extraord/.

Grande Oriente de Ia Massoneria in Itália


e nelle sue Massoniche Colonie

Carissimi Fratolli.—II desiderio dei vari Centri Massonici


Italiani di fondersíin un sol fascio èstato finalmente soddisfat-
to • f Assemblea Constituente tenuta in Roma il 28 Aprile de-
corso, e delia quale Voi, 1111/. FF/., eravate stati già infor-
mati con le Circolari di uso, ha conseguito questo nobile
scopo. ....
Tutte le Loggie et tutti i Corpi massonici dissemmati gia
nella Penisola italiana furono rappresentati nelVÀssemblea da
legitlimi mandatari, e tutti stringendosi in un vincolo índisso-
lubilc di fraterna unione, riafíermarono nell'alma Roma le basi
— 288 —

íondamcntali delia Fratellanza massonica italiana, che ò parte


delia mondiale Fratellanza massonica.
Noi siamo convinti, Carissimi cd Illustrissimi Fratelli, che
alia vostra perspicácia non sfuggirà Ia importanza che ha per
1'universale associazione massonica il fatto che abbiamo il
piacere di aimunziarvi.
L'Assemblea costituentc, non dimcnticando che essa è parte
di un gran tutto, dopo avere collo proclamaziouc delia unitá
massonica italiana provveduto a ciò che crcdeva di suo inte-
resse particolare, ha stimato suo dovere occuparsi, entro i li-
miti delia sua sfera d'azione, anche di ciò che riguarda 1'Or-
dine in generale, e per questo ha dato mandato alia sua Gran
Maestranza di prendere Ia iniziativa per Ia convocazione di un
Congresso massonico interna zionale.
Esprimiamo fin da questo momento Ia nostra viva speranza
che le Potenze massoniche dei mondo accoglicranno questa
iclea, Ia faranno scopo delia loro attenzione, e ravvisandola,
come a noi sembra, utile, opporfcuna e gloriosa per rOrdinc,
vorranno attuarla nel modo e nel tempo che nelía saviczza loro
meglio credano e tradurranno in atto questo conceito che mira
evidentemente agli interessi generali deH'Ordine.
Abbiamo intanto 1'onore di partcciparvi, come le consuètu-
dini massoniche impongono, il risultato delle nuove elezioni
fatte dalla Costituente.
Furono proclamati Grandi Maestri onorari ad Vitam gli Illus-
trissimi e Potentissimi Fratelli:
Generale Giusseppe Garibaldi 33/.;
Avvocato Giuseppe Mazzoni33/. • Deputatoal Parlamento;
>$v Frederico Campanella 33/. ;
Mariano Maresca 33/.
Membri d'una gran famiglia, i deputati alia Costituente mas-
sônica italiana ebbero presenti neH'animo tutti i Fratelli Mas-
soni sparsi sulla superfície delia terra, e per manif stare con
segni esteriori questo sentimento di stima e di affceto che lega
Ia Massoneria italiana alia mondiale, mandarono da Roma un
saluto a tutti i Liberi Muratori dei mondo, ed eseguirono una
tríplice batteria in onore di tutte le Potenze che compongono Ia,
Fratellanza massonica universale.
Noi siamo certi che Voi, Carissimi ed Illustrissimi Fratelli,
gradirete questi segni di stima e di affct! > che. sono i vincoli i
— 289 —

quali ei üniscono, e ei danno Ia forza, sapendoei parte di una


Àssociazione mondialc, tli lavorare per il nobile scopo delia,
noslra ínstituzione, cioè per il progresso intellettuale emorale
deli umanità.
Vogliate, Carissimi ed [llustri Fratelli, aceusarci ricevimento
delia nostra presente Tavola, partecipandoci tutto ciòche possa
esserci utile nei nostri rapporti concotesta massonica Autorità.
Vi saltitiamo con tríplice bacio fraterno.—Dato alíOriente
diRoma,']} 5 Maggio 1872.—II Grau Maestro, Gkizeppe Bíaz-
/(IM._I1 l" Gr.-. M.\ Agg/.,GrusEPPEMi]ssi.-Il 2° Gr/. M/.
Agg/., Marjano Maresca.—II 3o Gr/. M/. Agg/ , Gioiifiio
Tamaio.— II Grau Segret/., Lmci Castku.azzo. (L. S.)

I>o íirande Oriente ILusitísaío Unida.

N. 58,—Ccsr.-. e Pod.\ Ir.'. Dr. A. F. do Amaral—Quasi


ia a dizer-vos que recebi com alvoroço e alegria a vossa
que
pr.\ de 22 de Abril, em que mc-annunciaes a attitude hostil
qne o clero brazileiro tomou para com a Maç/. ca nobre
hombridade que a vossa Aug/. Ord/. assumiu abi nesta grave
conjunetura!
Preoccupára-me a vossa precedente communicação, dando-
me parte do rompimento dos trabalhos preparatórios para a
juneção dos dons Corpos Maçonicos do Brazil; e do intimo
d'alma lastimava ver chegado o momento em que se-tornava
inevitável uma resolução da Maç/. Fort.-., resolução tanto
mais dolorosa, quanto importava a necessidade rigorosa de
quebrar as relações ofliciacs com um dos Corpos Brazileiros.
A minha lealdade estava compromettida nesta questão de um
modo tal, que via a indeclinável obrigação de me-exonerar
do cargo de Cr/. Secr/., que muito indignamente exerço,
si acaso a solução dada a esta deplorável pendência, pelos
Corpos Superiores da Maç/. Fort/, não fosse tal que podesse
ser agradável ao Sup.\ Cons/. do Lavradio. As relações que
comvosco tão felizmente havia estabelecido, a posição offlcial
que perante o mundo maç/. tem tomado o vosso alto Corpo,
o reconhecimento de todos osSSup/. CCons/. regularese acima
de tudo o dever de consciência e lealdade, marcavam-me esse
— 200 —

caminho, logo que a Maç/. de Portugal houvesse de romper


com o Lavradio e dar preferencia aos Benedictinós. Sou in-
suspeito nesta minha franca exposição, pois nasci no
Or.-. Lus.-. que sempre entreteve relações com este Corpo,
e tenho a honra de ser menibo honorário delle; todavia não
posso dissimular, que, das correspondências trocadas com-
vosco, eu era moralmente obrigado a apoiar a justiça do La-
vradio, a não ser que sc-provasse evidentemente que a
juneção havia ahi falhado por culpa ou deslealdade deste
Corpo, o qne de certo senão dava. Eis a situação embaraços-
sima em que me-achava em face do ultimatum imposto pela
Maç.-. do Brazil, vendo ao mesmo tempo as dificuldades que
nos-trazia a ruptura cornos nossos IIiv. dos Benedictinós,
que havíamos apresentado ao mundo maç.-., que entretivera
comnosco boas e leaes relações, ainda quando hesitaveis em
abrir comigo ou com o meu digno predecessor relações epis-
tolares. Hesitante, indeciso, esmagado com o peso dessa fata-
lidade, não sabia encaminhar seguramente tão delicadas
negociações e ia ainda a tentar um derradeiro recurso para
buscar uma conciliação entre os dous grupos dissidentes do
Brazil, sem esperança porém nesse recurso extremo, quando
me-veiu encontrar neste estado de impaciência e quasi de dosa-
lento a vossa pr. -. de 22 de Abril.
Sorriu-me então uma nova esperança ! Confiei no futuro e
applaudi o sacerdote reaccionario que ia prestar tão prospero
ensejo á desejada juneção dos dous grupos de íhv. dissidentes!
Pois que? Quando um inimigo commum ameaça de grave
damno o lar intimo de dous Ilr.., hão-de estes enfraquecer-se
por mutuas rivalidades e assegurar o triumpho ao adversário
commum? Pois não é o ensejo de se-uuirem forças e vontades
para esmagar o poder extranho qne tenta asphyxiar traiçoei-
ramente as nobres e generosas aspirações da Maç.-. ? Pois
ainda quando fundos aggravos existissem entre dous ramos da
mesma família, não devia a immineneia do perigo aconselhar
o reciproco esquecimento, o mutuo perdão, e apertar o laço da
amizade, enfraquecido, mas não quebrado, entre Ilr.*. ? Km
tal conjunetura, Car. \ Ir.-., quizera o meu espirito poder consu-
bstanciar em sia vontade de todos os Ilr.-. de qualquer dos
grupos dissidentes do Brazil, e logo viria sem condições oífe-
recer tratado de allianca intima, sincera e perenne ao outro
_ 291 —

Antes sacrificar um pouco o orgulho aos meus Ilr.*,,


grupo.
do que soffrer o mais pequeno aggravo dos meus inimigos!
E depois o aggravo era grande, enorme, ameaçador, terrivel.
E' uma luva lançada a toda a illustre Maç \ do império !
E'umâlucta travada entre o espirito das trevas c o archanjo
da luz, era a reacção face a face com ;> liberdade, o obscu-
rantismo frente a frente com a civilisação. Eaquelles que
acabavam de festejar a emancipação dos escravos, não podiam,
não podem, não devem em tãosolemne momento deixar deíes-
tejar também a emancipação das suas próprias paixões, pai-
xõesque os-dominam c os-subjugam mais do que os dictames
do amor fraternal. Si é severa esta phrase, per doai-a,_ meu
Ir/., em nome do interesse que a-inspira e da generalidade
em que a-applico indistinetamente aos Ilr/. de um c outro
Soldado obscuro, mas devotado da juneção em Por-
grupo.
tugal, sei por experiência própria com quanta solhcitude, com
com quanta dedicação, é preciso armar o es-
quanta paciência,
os attritos, para vencer as diíhculdadcs,
pirito para pulir
ensinar o perdão, o esquecimento e harmonia emlim !
para
OU ! mas quando o lobo se-approxima do redil, os pastores
todos esquecem as suas malquerenças para unidos, bem unidos,
defenderem o rebanho ! O lobo esfaimado da reacção bate ás
dos Templos lacônicos ! Não se-junetarão os pastores
portas todos os esforços
para salvar a grey ? Não buscarão envidar
communs para prostrar a fera ameaçadora ? Quero crel-o, meu
e faço justiça a Bened/. e Lav/., aLav/. e Bened/..
ir.\, 'aproveitarão"
este momento para se-unirem, sem que
que
nenhum delles aproveite para obter vantagens particulares !
É nas oceasiões solemnes que surgem as grandes abnegações
A Mac.'. Braz;. vai dar-nos o exemplo.
A Mac/. Port/. tem dado ccontinua a dar notáveis exem-
de 1'raternidade e de abnegação. Depois do facto natural
pios
da juneção feita em 1869, acaba de realisar-se outra união
não menos significativa.
Existia em Lisboa ha mais de vinte annos uma Gr/. L.\
Prov/. do RitoIrlandez,sohosauspiciosdaGr/.L/. de Dublin,
recebera do Sup/. Cons/. de Irlanda Carta de Poderes
que cuja exis-
para instituir um Sup/. Cons.'. filial. Este Corpo,
tencia foi ílorescentissima, que jamais se-envolveu na política,
mesmo quando a Maç/. do paiz não era extranha a ella, acaba
de reunir-se ao Gr.*. Or/. Lusitano Unido, Sup/. Cons/. da
,aç.\ Port/.,mndindo-sc asLL/. que o-compunhain enruma
só L.\ com a denominação de Regeneração Mandeza. E 6 no-
tavcl esta L/. pela respeitabilidade dos ilr/. que a-compõem,
de seu cofre de beneficência, pela regulari-
pela prosperidade
(ladedos seus trab/., pela legitimidade, de sua origem ! Temos
dado um largo exemplo de tolerância c de fraternidade, que vós
decerto, os 1111/. Ilr/. do Brazil, ricos, poderosos, dedicados,
imitareis de certo.
Acaba de fallecer o Pod/. Ir/. Florencio Gaspar Lopes
Banhos, que foi outroraGr/. Secr/. do extineto Sup/. Cons.-.
do Gr/. Or/. de Portugal c o único de seus membros que
franca e lealmente não adheriu ájuneção.
Este Ir/, na hora extrema recommendou a sua esposa que
fizesse entregar o ar chi v o que estava em seu poder ao Ir/.
Conde de Paraty. E esta nobra senhora assim o-fez, repeli indo
suggestões do Ir/. Barão de Pomarinho (Estevão da Costa Pi-
menta), que solicitava adquirir esse archivo.
E' importante a acquisição, e o modo como ella foi feita mais
importante a-torna. Não houve tempo ainda de inventariar os
papeis recebidos, pelo que ignoro si a Carta Patente do Sup/.
Cons/. se-encontra alli.
Bem desejaria, porque é um Titulo valioso. Ha porém todos
os timbres e sellos daquelle Corpo e muitos papeis importantes.
Devo-vos uma explicação a respeito da nossa correspondeu-
cia com a Gr/. L.\ de Hamburgo.
, , . • • • • . • . • • • • • •• •**

Vou findar, Car/- Ir/., avisando-vos que me-consta que


existe aqui uma L/, irregular, que está filiando, passando di-
plomas e dando cartas de recommendação para o Brazil. Esta
L/. é uma especulação política: convém acautelar com ella.
Conheceis os nossos diplomas, sellos e assignaturas. Para
evitar estas fraudes não são as LL.\ auetorisadas a passar os
diplomas de M.\, que são, como todos os outros, expedidos
pela Gr/. Secret/.
Saudo-vos, Pod/. Ir/., pedindo ao S/.Ã/.do U/. que
sobre vós derrame as suas bênçãos e que approximc o dia feliz
de ver reunidos todos os Maçons do Brazil.— Lisboa, aos 31 de
Maio de 1872 (E.\ V/.)—Dr. Antônio Manoel da Cunha Be-
lem, 33/. Gr/. Secr/.
*
¦

293

p s,—Escripta esta carta, recebi no dia Io de Junho a


mais agradável do. todas as surprezas. O nosso Ir.-. Fernandes
Campino apresentou-me duas pranchas vossas, umarecommcn-
dando a elle e outra ao Ir.'. Couto dos Santos, que se-dirigiu
para a cidade do Porto. Nesta vinha a noticia de que se-haviam
realizado as minhas previsões e satisfeitas as minhas esperanças.
Abraço-vos com a maior ellusão e felicito o partido reccionario
pôde mais do que os esforços de todos os IIr.\ Deus escreve
que
direito por Unhas tortas; diz o rifão portuguez: realizou-se
aqui o caso ! A Mac/, do Brazil acaba de fazer a máxima con-
cuja gloria se-expandirá em toda a superfície da terra.
quista,
OPod.' Ir.*. Conde de Paraty, iucumbe-me de felicitar-vos
desde já em seu nome o de vos-asssegurar que o dia cm que
se-receber aqui a noticia official da juneção será um dia de
festa maçonica. Eu, meu lr.'., vejo realizado o meu mais ar-
dente desejo e posso abençoar essa obra sublime. Abraçai por
mim os llr.*. dos dous Círculos, do Circulo único, abraçai todos
os llr.'. Brazileiros e dizei-lhes, que com lagrimas de enthu-
siasmo e de prazer, um Ir.', obscuro mas devotado os-applaude
no intimo do coração, penalisado apenas de não poder através-
sar os mares e ir dar a todos um abraço fraternal e o osculo da
A vós 111.'. Ir.'., mi' e mil parabéns, mil e mil agradeci-
paz
mentos! Bemdito seja o S.\ A.-, do U.\ que ouviu os nossos
rogos •Vosso Ir.'. aftV. -Cunha Belém, 33.'.

;\o mesmo Grande Oriente


"¦•'".
.
¦'.

..

Car ' e Pod ¦ lr.'.—Não tenho tempo senão para vos-feli-


citai noia realização da grande idéa. Apresentarei a vossa com-
'".'¦¦¦.•
''¦
¦
¦¦ ' ' ¦ ¦' ¦

municação ao Gr.-. Or.'. onde estou certo que será acolhida


com immenso entnusiasmo, pois sei que já se-projecta celebrar
uma sessão solemné para commemorar este facto auspicioso. A
mala está a fechar e por isso não sou mais extenso.
Lisboa, L4 (ie Junho de 1871-Vosso Ir.-, respeitador.-
Du. A. M. Cunha Belém, 33.'. Gr.'. Secr.'.
¦

-¦:¦¦>¦'¦'V;
1 •i ..-¦.¦¦ .•
-.(-¦
— 294 —

I>o Sup.\ Comi.-, do Franca

N ()599—T.-. III.'. Fr.\ Dr. A. F. do Amaral.—U Fr.-.


TrMàm <pe vous avez chargé de nous remettre Ia medaille
d'argent commémoralive dela loi du 28 de Septembre dernier
s'étant arrete en llalie, nous a fait passer ce bijou et me suis
je de
empressédele mettre sous les ycux du Sup.-. Uns.-,
France, quim'adit de vous en adiesser tons ses rcmercie-
ments et qui en a ordonné lc depôt à sa collection de medailles
et ornements. , .
Veuillez donc, T.-. lll.\ Fr.\ êtreassez bon pour temoigner
anos FF.-. du Sup/. Cons.-. du Lavradio loute notrc grati-
tude deson bon souvenir et du plaisir que nous éprouvons de
participei' à sa joie dans cette mémorable circonstance.
J'ai reçu votre lettre du 18 Avril; vos Communications pre-
cédentes, les cinq ns. de votre BuUetin me sont également par-
venus. Tousles renseignements quevousmedonncz sur Ia crea-
tiond'un Gr.\ Or.-. et d'un Sup.-. Cons/. au Brésil ont
besoin d'être étudiés avec soin•. et surtout de recevolr l'assenti-
mentdenos SSup.-. CCons voisins. (*) Le Sup.-. Cons.-.
de France les examine et j'espère que j'aurai bientôt à vous en
entretenir. Ouant à nos bonnes relations avec le Brésil; nous
les mantiendrons, alorsmême que votrecumuldedeu^ Kitesnc
nous autoriserait pas à nommer aüprès de vous un Gr.-. Re-
présentant: croyez je vous prie à mes vrais sentiments de
bonne cordialité maç.-.. Nous pensons qu'il ya bientôt y avoir
s... Ia réuniond'unConvent detous les SSup.-. CCons.'. reconnus.
Nous en attendonsla convocation, connaissant les démarches
faltes à cetégard.
Veuillez, T.\ 111.', Fr.-.. recevoir mes remerciements et Ia
nouvelle expression de ma considération fraternelle.— Or.'. de
Paris, le28e jourdelalune Siwan. 3a móis de i'an de Ia Gr.*.
Lum.'. 5872 (3 Juin 1872, E.\ V.-.)
Le Gr.-. Secr.-. Chanc/. du Rit.-. Ecoss.-. en France.—
VlCOMTE DE LA JONQUIERE.
¦&

¦ «f»*»*--»»..* «MM¦ ¦«

(!) Publicaremos num dos próximos números a carta a que se-refere o Sup.'.
Cons. *. de França.
— 205 —

Do Sup/. Con».-. do Inglaterra

N. 34,—Car.\ e VI/, ir/.—Tenho a honra de accusar o


recebimento de vossas pranchas n. 263 e 264, e de informar-
vos que estou auetorisado a responder-vos que, posto este Sup/.
-. sympathisar profundamente com o Sup/. Cons/. do
Cons
Brazil na causa sustenta, em razão do attaque feito a li-
que do
berdade de consciência pelo uso indirecto e desenfreado
de excommunhão, não pôde todavia ingerir-se, senão
poder
moralmente, em matéria de controvérsia religiosa.
Devo também communicar-vos a seguinte resolução, unam-
memente adoptadana ultima sessão do Sup-. Cons/. celebrada
Junho, eu apresentei a linda medalha cunhada
em A cie quando
em commemoração da passagem da lei que annulla a escravi-
dão no Império Braziteiro. . .
O Sup -Cons/. de Inglaterra resolve :— Que seja inserido
voto de agradecimento pelo presente de uma me-
na acta um se-
dalha de prata, ao Sup. . Cons/. do Brazil e que o mesmo
cómmunique pelo órgão competente aos membros daquelle
Suip. . Cons/. . .¦¦¦'¦.. ,
Com toda a consideração fraternal, acceitai os protestos |e
nos^.o subido apreço c estima.-Londres, 8 de Junho de L8T-.
—J. ft; P. Momtagu, 33/., Gr/. Secr/. Ger/.

Do §ecr;. do mesmo @up.\ Cons/.

• • ' -
Gr Secr —Não posso deixar de acerescentar
lll Ir
do Sup/'. Cons/. algumas linhas de minha opinião
á carta e como
própria, dizendo-vos que como homem, comoMaç/.
30/. devo adherir álueta travada contra toda
membro do grau e
a fôrma de perseguição espiritual, intolerância, superstição
e o meu ardente desejo e prece e que
astucia sacerdotal, que no in-
no espirito do gr/. Ivadosh possais ser bem suecedidos
tento de repellirdes estes inimigos que tornam-se de novo pie-
dominantes. \Tnoon*«au. • .
Com sincera expressão de respeito e estima, sou—vosso
Ir.-.—J. M. P. Montagu,
li MM ¦•• ¦ W>W ¦ *** * ** ¦"¦ - ^>^*mimmmmmm0M

206

BIMETIN POUft I/ÉTKANGEU


WÉWiBW wwí mwwnr-iMk^nwüMWiWi

La nouvcllc importante de ce móis, o/est Ia discussion du


Ia Constitution doit régir provisoirement Ia
proiet de qui
Maç/. brésilienne et qui a pour but de régler les rapportsentre
les deux groupes de maniòrc à ne pas trop modilier scs mceurs
etseslois.
Les efforts de Ia Com.-, pour introduire quelques reformes
dans le sens du progrcs et de 1'expéricnce et d'établir Ia plus
égalité entre les üivers lutes, seion les iois maounm-
parfaite
ont été ménés par rimpartialité Ia plus scrupnleuse.
qucs,
Nnns nonrissons donc V esperance qu'elle obtiendra l'adhesion
ctupeuplemaç.\ des deux Corps qui forment aujourdnui le
Giv.-Oiv. Uni et Sup.\ Cons.\ du Brésil.
L'harmonie entre les divers groupes será facile à obionir,
Ia Com.-, a fait de mutuelles concessions: iatolérance
parco que
et le dévouement pour le bien de l'Ord. \ assureront ce résultat.
— Silajonction de Ia famille maç.'., provoquée par les
hommes noirs, est un fait heureux qui nous assure dans 1'ave-
nir des jours de gloire et de grandeur pour Ia Frànc-Mãç.*. du
pays, nous avons cependant une mission à accomplir,
grave sym-
pour laquelle nous avons demande 1'appui moral et les
pathies des Fuissances étrangères.
Nous savons fort bien que le devoir qui nous est prescrü par
les reglements généraux est 1'abstention à 1'égard des matiòrcs
qui touchent, soit Ia politique, soit Ia controverso religicuse ;
l'état des esprits dans chaque pays pouvant les faire interpré-
ter differemment.
Latolérance a régné toujours dans Ia Maç/. brés.\, car
toutesles religions sontpareillementaccueilliesau sein des Ate-
liers, qui n'ont fait jamais des exclusions basées sur Ia couleur,
Ia race ou Ia nationalité.
La tolérance religieuse a été toujours sa dévisc, parco quelle
respecte toutes les convictions honnêtes, des quclles nc de-
viennent pas pour les autres un élément de trouble ou de dis-
corde.
Ceei pose, Ia Maç.*. brés.\ ne mêlait nullement à Tintolé-
rance des sectaires des idées ultramontaines, quoiqu'ils cher-
— 297 —

chaiont à ctoufíor tous les élans tlu peuple vers ia liberte, lis
avaient du reste Ia liberte de décider tout ce qu'ils voudraient
à notre égard • Home poüvait encore rever le pouvoir des fim-
dres impuissantes. Mais depuis que les persécutions et les
liostilités so sont déclarées contre nous au nom de Ia rehgion
les ministres de l'iníaillibilité papale, est-cc que nous n'au-
par
rons pas le droit do reagir par tous les nioyens bonnêtes contre
leur injustice, en défendant laEranc41aç.\ universelle des at-
laques de 1'intolérance et du fanatismo ? Comment apaiscrons-
nous cette tcmpôte que nous n'avons point provoque? Qui nous
sortira de eet état-? En faut-il conclure que cest 1'indillc-
rence? ou devons-nous fermer nos Temples pour ne pas soulc-
nir Ia luttc contre quatro ou cinq evêques passionés, qui trans-
íormentleur boulette paternelle en sceptre dominateur pour
attirer contre nous Ia haine tVune grande partie de Ia société ?
En eíTct, à bien examiner les choses, il faut que les Pouvoirs
Etrangers connaisscntrinfluenccque peut exercer sur les rangs
inférieurs cette faction liostilc à tout développement de liberto
de Ia penséc et do Vindépendancc des consciences.
Cest merveilleiiN quon reponde a notre appcUieureusemcnt
exception -. fe nepeux vous en entretmr, toul ente regnUaM,
par
de votre action, car vous savez le devoir qui noas est present par
les reglernenls de l'0rd.\ Çà veut dire à peu prós: votre tache,
à vous. c'est de rester inactifs, paree que notre Ord.'. nrterdit
toutes les controversos religicuses.
Nous laissons à Vhistoire le soin de retracer ces siec.es de
douleurs ou Ia société liumaine ne vécut que de souíTrances et
de dégradation, mais ou sélaborait et fermentait en meme
temos le principe régénérateur maçonnique qui devail éclairer
Ia société. I/histoire proteste contre l'indiference ; ou alors Ia
Maç,-. doit être séparée pour cliaque pays d'une ligne de de-
inarcation et morcelée en piusieurs grandes associaüons par-
ticlles, selou 1'inlerprétation des esprits surVoppression des con-
sciences. ,
La liberte de conscience que nous demandons n est pas un
dangereux no pas trouvor 1'anpui de tous nos
príncipe pour de
FF • etrangers dans le désir que nous avous de triomphcr
nos persécuteurs et de fairc que Ia Franc-Maç.'. soit accueillie
outlii moins respectée.
Et qui remplira cette majestueuse vocation 1 tout ce nicn
que nous rèvons pour 1'humanité ne scrait donc que elümè-rc
aux yeux de quelques uns de nos FF.\ ?
Nous croyons encore que le but supremo de notre Iust.\,
selon l'esprit de ses lois et de quelques grades de prcsque tous
les Rilcs. cest de châsser de Ia lerre Ia superstitioíi et les liai-
nes qui séparent encore les hommes Faire de tous les hommes
une famille de Frères, sans préjüger Ia croyance religieuse de
leurs aieux; proclamei- bien liaut Ia liberte individuelle, Ia
fraternité et Ia chârité : voici nos príncipes. La fraternité um-
vcrselle est notre croyance et nos clíorts, abandonnant tout
príncipe politiquc, tiendront à faire Ia société jouir des bienfaits
de Ia civilisation.
Si nous sommes trompés; si quelques Puissances Maçonniques
croient queleur appui moral do.it manquer pour que nous réa-
lisions d'aussi brillants projcts et arrivionsàun avenir sédUCteur
pour faire rayonner le règne de Ia loi; touten rcspcctant leurs
convictions, nous neserons pas exclusifs et nous defeudrons les
Gorps MMaç.-. réguliers des injustes accusations qu'ils souffrent
parmi nous à Ia chaire. sur Ia presse et dans les établissements
d'inslruction, ou l'on répand les oeuvres de l'abbé Séguret de
tous nos cnnemis. NoUesseoUige: c'est notre devoir de fraternité;
et nos convictions à cet égard sont purês, comme nos çonsciences
—Le premier article de ce numero du Bulktin se rapporte à Ia
propagande du fanatismo ultramontain represente par les pasto-
1i
rales de quelques evoques du Brésil, et dans Ia section des nou-
veües internes nous exposons leur action constante dans les
1
I. provinces de 1'empire.
II ísous analysons danslafíewe étrangcre 1'étatde l'Ord.\
I dans quelques pays et nous faisons 1'exposition de toutes les
questions qui séparent le Gr/. Or.\ deFrance de Ia Maç.-. des
Estats-Unis, sans donner notre avis, pour ne pas préjüger J'a-
ction du Gr.1. Or.*.. Que 1111.\ Fr.*. àdrien cuumik nous cx-
cuse de ne point repondre à sou article sur le Brésil publié dans
le Monde Maçonnique, car les sentiments de fraternité et le désir
d'amener Ia conciíiation entre deux Puissances si grandes et si
illustrées nous interdisent de souffler les mósintelligences, dont
nous désirons de tout coeur 1'apaisement,
Nous publions à Ia section de correspondance toutes les
planches que leGr.\ Or.-. a recues depuis quelquc temps et
— 299 —

Ia reconnaissancc de Ia Cr.-. L.\ de 1'Etat du Maine. Nous re-


mercions encore une foisle Puiss.*. Fiv. Albert Goodall.
Nous avons rcçu regulièrement Ia Chaine d'Union, cet
excellent journal maç.-., dont nous invitons tous nos FFiv. à
fai rc facquisition. v
Trois journaux ont apparu pour defendre 1 Ord.•. Maç.*.
et combattre le fanatismo, l'un à Ia province du Pará et les deux
autres à Pernambuco: cesontOPelicano,(Le Pelican);A Verdade,
La Vérüé)) et A Familia Universal, (La Famüle Universelle).
Deux nouvelles LL. •. se sont dernièrement créées a JRedew
a 1'Or.-. de Rio de Janeiro et a Estrella do Sul de Minas, à
peão,
rbr.'-. de S. Sebastião do Paraizo, province de Minas-Gcraes.^
Nous avons reçu le Monde Maçonnique (Mars, Àvril et Mai);
lhe Proceedings of the Supr. Council for lhe Northern juridiction
the Proceedings of lhe Gr.-. L.'.of Louisiana (1872 j et
(1871);
nous remercions tous nos FFr.-. de ces envois.
ISJuillet.
A.-. F.\ A.'.
1
1

300

SBCGÃO NOTICIOSA

Revista estrangeira.

prança.—A Ord/. Maç/. tem experimentado em Paris per-


das sensíveis nestes últimos tempos. A morte dos Ilr/. lanji-
innais, MONTANNiEK e BATAiLLB deixou profunda impressão no
animo daqnelles que conheciam estos fervorosos enthusiastas
da Maç/. e um grande vácuo nas fileiras dos verdadeiros aini-
gos da justiça e da liberdade.
— O B. . Ir.K db lá com!, Presid/. do Cons/. das Gallias,
Vai/, de Paris, depois de haver obtido auetorisaçao do Ministro
da Instrucção publica, abriu a 5 de Maio no edifício do Gr/. a • *

Or/. de França um Curso publico e oraluilo de Geographia geral.


-—De uma ílescripção da festa solsticial de inverno celebrada
em 14 de Abril pela L.\ Vtíumanité de Ia Drôme, ao Oi'/, de
Valence, feita na Chaine d'Union pelo Ir/, montkillet, extrai-
remos os seguintes trechos que dizem respeito á guerra que
soffre actual mente a Maç/. :
Os Maçons devem hoje, mais do que nunca, conservar-se unidos, si desejam
continuar a obra de nossos pais.
O campo dalueta está sempre aberto : o combate ainda não terminou-se.
A Franç-Maç. *. tem numerosos inimigos que trabalhando encarniçadamente
para sua destruição, em todos os tempos •-.procuraram,
. procuram e procurarão
sempre aniquilal-a, por ser ella uma Inst. cujos princípios estão em opposiçao
directa com suas doutrinas, seus interesses pessoaes e seu egoísmo.
Até hoje não conseguiram os seus fins e temos fé que jamais conseguirão
Estes inimigos que, digamos sem receio, são também os inimigos da França
livre e independente, são adversários declarados e implacáveis do progresso ;
partidários da ignorância, do fanatismo e da intolerância ; são em fim todos aquél-
ies que de Roma recebem a palavra de ordem, que condemnam e ahathernatisam
a sociedade moderna, que negam asciencia.
Nós conhecemos o mal, onde está o remédio ?
Na instrucção e educação.
Sim, a instrucção e educação devem constituir as nossas armas neste com-
b;ate|: com ellas luetaremos vantajosamente, por meio dellas venceremos 1
Instruomos nossas mulheres, intuíamos nossos filhos.
Nós os libertaremos do medo, do terror que certos homens se-obstinam em
fazer penetrar em suas almas fracas e sensíveis per doutrinas insensatas, e por
mentiras que todos os dias impudentemente divulgam.
Arranquemos nossos filhos, mas sob}'etudo arranquemos nossas mulheres^
si é que desejamos que nossos filhos tornem-so algum dia bons cidadãos, das
garras destes pretendidos representantes de Deus sobre a terra que procuram
dominar os espíritos, assenhorear-se das almas somente para melhor subjugarem
os corpos estabelecerem e perpetuarem seu poder e auetoridade temporaes, i ¦

Quanto a nós, sejamos homens, isto é, sejamos fortes.

'"
í l . .
- 301 —
Nada do fraqueza, nada de compromissos, nada do còbardia, nada do hypo-
crisia. Que nossas palavras, nosso procedimento, todos os nossos actos eiiiüm
sejam a conseqüência forçada do nossos princípios, de nossas convicções.
Sejamos os primeiros a dar o exemplo.
« Saibamos, nascer, viver e morrer sem elles !
— O 111/. ir/. Hubeut, discutindo com energia e firmeza as
suas opiniões, torna-se ao mesmo tempo digno de estima e con-
sideração pelos sentimentos de tolerância e de fraternidade que
animam os seus artigos o que fazem com que elle mereça o
respeito de seus próprios adversários. É1 assim que na discussão
viva e animada que infelizmente ainda se-observa nosrespecti-
vos jornaes entre a Maç. . Franceza e Alleman,cuja dissidência
durará por muito tempo, a Chaine a"Union é justamente consi-
derada e acatada pelo Banhmte de Leipzig (órgão oííicial da
Sociedade de Franc-Maçons Allemans) pela direcçao que segue
e observa a sua redaccão.
Em relação ao conflicto entre o Gr/. Or/. de França c a
Maç/. dosEstados-tínidos, o illustre collega continua aprepa-
raro terreno para conseguir a tão desejada conciliação, narrando
nas paginas de seu jornal factos, que echoando alem do Atlan-
tico, deverão exercer salutar influencia no espirito dos Maçons
Americanos em favor dos Maçons Francezes.
AL/. Cap.'. eConsist/., La Róimion, ao Or/. de Toulon,
regularmente constituida para os dons Ritos sob os auspícios do
Gr/. Or/. de França, em sua sessão de 15 de Abril, acolheu
com as maiores demonstrações de amor fraternal a cinco Maçons,
officiaes de marinha, que pertenciam a diversos navios da es-
quadra americana ancorada no porto de Toulon.
Depois da sessão, os membros daL/. reuniram-se em um
banquete, onde entre ontros brindes tornou-se notável o que
foi pronunciado pelo Ir/. Frankland, da L/. New-Jerusalém,
n.° 9, Districl of Columbia.
Textual—M.e\is Us.*.. Sinto que uma voz mais auetorisada e eloqüente d°
que a minha não possa hoje agradecer o acolhimento fraternal que rios-prodi-
galisastès. E'-me impossível encontrar expressões para traduzir os- meus senti-
meníos e a viva impressão que produziram em mim e em meus companheiros as
honras com que noV-recebe^tes. Grande namoro de ,EIjá tenho visitado em
minhas viagens; mas nenhuma até hoje, e eu o-declaro abertamente, inspirou-me
mais cio que esta o amor a Franc-Maç.\ k L.*. Reunião de Toulon é sem con-
tradicçao aquella onde se-óbservani realisados os prirícipios da nossa Orei.*.
Tudo hella demonstra a boa fraternidade; vê-se que os OOIlIc.-.quea-clirigem cum-
prem os seus devores com zelo e devoção admiráveis e que todos os minha seus
membros estão compenetrados dos preceitos maçonicos. Possuo a
Constituição pessoal por meio da qual tenho entrada em todos os Templos Ma-
çonicos espalhados sobre a superücie do mundo. Apresentando-me no seio da
família de um Mac.-., si ihe-faco os siçnaes conhecidos somente por nós e com
5
— 302 —
me-extondo é do um
auxilio da minha Oonst.-.. fico certo de que a mão que elle como
Ir • de um amigo, o que eu posso coutai' com ello. assim elle comido : ce
a prova de<se facto me-ó demonstrada pela áfíabilidade com «iue souas acolhido
delicias
por vós todos. Praza a Deus que ainda uma vez venhamos gozar
desta bôa fraternidade. Um de nossos Ilr/. fez mu brinde ao pai/, em que nasci,
:í Republica Americana. H(ÍMfflBfl a_ rjcfn esta
Eu vos-agradeço pelo entkusiasroo com que ncolheslos o rosponaestes
saúde. Permitti-me, meus IIr.\, que erga um brinde á prosperidade da liepu-
blica Franceza e á união amigável e duradoura da França e da America.
—Eis o que a respeito do Boletim Official diz a Cha.ine dUni-
on em seu numero 7, correspondente do mez de .limbo :
revue
Eemercions d'abord bien vivement Ia ródaction de cette importante iaus.
de ce qu'elle dit de boa et d'enconraoeant pour Ia Chame d Union, et cieiieureux,
11 est de ces réfléxions et de ces sentiments dont ou se sent ému
enraisondela distinclion et du mérito éminent de cem; qui vous Lesaares- kres.%
sent, telles sont les ligues que nous consacre le journal oiíieiel de Ia Maç.-. ünenie
Maintenant faisons notre précieuse moisson dans le Boletim do Grande
ão Brazil
O illustre redactor transcrevo o BuUetinpourfétranger do n. o,
de Abril e o discurso pronunciado na festa de t de Março pelo
R.\ I.-. H. Lombaerts.
-—Consideremos agora o reverso da medalha, isto é, a parte do
prelo francez adversa á Maç.*. do Brazil, traduzindo, sem fazer-
mos commentarios, o artigo do II.-. Ir.-. Adrien Grimaux inserto
nos ns. 11 e i% do Monde Maçomiqué. Depois de transcrever
alguns trechos da parte franceza dos ns. 1 e â do Boletim, faz
o 111.-. ir.;. í seguintes considerações:
A Maç.-. Fraiç.-. sempre acompanhou com bastante interesse a grandiosa
tarefa emprehendida pelos Maçons do Brazi! em relação âextiucção da escravidão,
e esta Revisto, não deixou passar cm silencio os esforços feitos neste sentido
pelos Ilr.;. Brazileiros, sem indagar se perteneixam a uma ou outra obediência
que existem neste paiz.
Sem conliecervnos o motivo plausivel da devassa feita pelo Gr.*. Or.'. do
Lavradio ao Gr. •. Oriente de França, difiicilemnte podemos oomprehencler a
irritação por elle manifestada; e é com admiração profunda que lemos, alem das
amenidades que acima havemos reproduzido, as seguintes resoluções adoptadas
pelo Gr.•. Or.•. do Lavradio :
As reformas violentas preconisadas pelo Gr.-. Or.-. de França consistem
na bella e generosa proclamação acelamacla pela Assembléa Geral em sua
sessão de 8 de Julho de 1869.
Fazendo essa declaração, o Gr.*. Or.*. de França se-eri^ia em tribunal
supremo da Maç. •. I Si tal é a opinião do Gr. •. Or. •. do Lavradio, porque não
receiou intervir como arbitro em um conflictoque não foi submettido a sua apre-
ciação ? AsPPct.*. a que se-referia essa manifestação, isto é, as LL.-. Alie-
mans e Americanas, poderiam com ella furmàlisar-se; mas em que pensa pois o
Lavrad:o acreditando que se-tivesse a intenção de offendel-o ? Não sabe que é
prefeitamente desconhecido ao Gr.-. Oriente? E a despeito de seus louváveis
esforços em prol da liberdade dos escravos, desejaria elle fechar seus Templos
aos homens de cor que por sua capacidade, intelligencia e honestidade fossem
dignos da iniciação? ,
Si assim è, comprehendemos a razão porque elle faz causa commum com a
Gr.'. L. •. da Luisana, e é por isso; que depois de haver procedido ao seu exame
303

As consciência, declara urbi et orbique o dr.-. Or.1. de França invadiu os


direitos do SSup.-. Cons.\ de Oharlerston, da Gr.-. L.-. da Lmsana & Isso
deveria satisfazol-o; porém temendo seguramente não ter feito bastante para
ás GGr.-. T,L.-. dos Estados-U nidos e talvez também aos sfiitos Alie-
agradar do lio Grande e s.
mans estabelecidos em tão grande numero nas províncias com as suas
Paulo não hesita, em se*fervor «le neoplujto em nos-acabrunhar as dynastias dos
amenídados fratérnaes. «O Gr.-. Or.-. de França incensa
BourbonsaBonapartes às quaes se-sugeitou.» ¦
citanao
Poderíamos Limitar-nos a responder ao Gr.-. Or.*. do Lavracuo
lhe ao
mo uuu0 w . que
as obrigações i prohibem IW aos Maçons toda * a „ ingerência nas questões poli-
s (la,.r nt.ores macomeos dos

Bourbons o bonapartes nao e seiwu uimi us^c*. «* — ÜY1 ;L >;«„; pelos gaj dn
MoQfmVin
como o exemplo tantas vezes invocado do Gram-Mestrado do
nSos assim deste Ir.-, Maç '.tivesse dado
KechalUagnm, bem que soba direcção .a livre do jugo
bastantes provas de independência para apparecer inteiramente
quc Pes^Dtão sobre| Ffij«a ^^
dc ti elle qne tives6e
esnerado tanto tempo para resolver sobre uma declaração de princípios qne
1869. Podir-slhia pensar que forarn os àes-f^jue so reu aFrança,
Sía ao cortejo immenso ãe n^J^\à"p ,,„
que
J os-ãeciaimm a se-remirem
Seria injustiça deixar os leitores sob a mm& O Gr. ?tf£*0™fQ
. Or. . ao ^M í^raaio
nro-dnVirá a leitura destes tão extranhos decretos.
mereciíer SSo?ob outro aspecto e é interessante fazer conhecer as.opi-
õesou elle professa a respeito de nossa Inst.-. B* por isso que traduzimos
do ArtigS de introdução do primeiro numero do Boletim
S; seguintes trechos •. •. do Gr. •. ur. ..
OffLcial devido á penna do Gr.;•. Secr. Ger.
Não pretendendo anticipar juízo definitivo sobre o lamen-,
tavelconflictoqueseparaoGr.-.Or/. de França da Maç-.
attento o caracter official desta folha e o estaüo
Americana, nao
actualdalaç.'. Braz.-., permittir-nos-ha o collega que
rotulemos as suas considerações e que estabeleçamos apenas
nesta resenha os do divergência a respeite do assumpto
pontos íicara
de que pela ultima vez aqui nos-oecuparemos. Assim
convenientemente elucidada a questão e o R.\ v. Grimaux
todo o nosso desejo actualmente e procurar esta-
conhecerá que
belecer a união intima c fraternal entre os Maçons Frpeezes
e Americanos, e que jamais confundimos a França, paiz que
respeitamos como lyceu do mundo civilisado, com a Maç.;.,
cujos princípios tínhamos o direito de examinar e discutir.
Do relatório apresentado ao Conselho da Ordem, cuja- ais-
cussão ficou adiada a Assembléa Geral do Gr.\ Or.\,
para
como noticiámos no n. 7, se deduz que, apezar da consideração
de França tributa á Maç.-. Americana e do
queoGr.-.Or.-. nao esta
desejo que tem de renovar as relações interrompidas,
elle todavia disposto a retirar as questões de princípios que ue-
tão solemnemente declarou. Taes são os considerandos do
apologia daquelles que proclamam a igual-
creto que fazem a raça
dade dos homens, sem distineção de nacionalidade, de
mm 304—

ou de côr -, o reconhecimento de ser contraria a razão e á lei


do progresso a doutrina que estabelece que uma Auctoridade
Maç/. possa exercer só e para sempre o poder no Estado em
que se-lirmou, equeum só Rito deva ser praticado cm cada
Estado. Segundo a opinião da Com/, acima das pretendidas
CConst.'. do rei da Prússia e da organisação arbitraria das
GGr..LL.'. estão o direito e o interesse real da Franc-Maç.'.,
que se-impõem. aos nossos espíritos e consciências e que mui lima
analyse dmm triimphar.
Vejamos como pensam os Corpos Maçonicos dos Estados-
Unidos.
Os SSup. *. CCons. •. regem-se escru pulosamente pelas CConst. •.
de Frederico 2.*, não transigem um só ponto quanto á júris-
dicção que julgam dever exercer sobre os graus 4a 33 do Bit. *.
Esc/, em seu respectivo território, e só admittem um Sup/.
Cons/. em cada nação, excepto nos Estados-Unidos, onde
podem existir dous, segundo as CConst/. de 1786, lei fun-
damentai do Rit. *.
Estes SSup -.CCons/. têem sob sua jurisdicção Corpos subor-
dinacios, que se-denominam GGr/. LL/. de Perfeição (14.° gr.),
CCons/. de Príncipes de Jerusalém (15° e 16°), CCap/. de ft.\
t/. (18° gr.), CCons,-. do Kadosck (30.° gr.) e CConsist/. de
Príncipes do Real Segredo (31° gr.)
O Rito dominante nos Estados-Unidos é o Americano que é
uma modificação do de York, o qual tira a sua origem das
CConst.-. de York, que alguns chamam GotHicas pelo facto de
terem sido escriptas em caracteres gothicos e são o documento
maç/. mais antigo que se-conhece, porque foram estabelecidos
em 9(2G na cidade de York.
Encontrando-se o germen de toda a Maç/. nos três graus
|^ primitivos, dahi provem que ainda hoje são elles conhecidos
coma designação de Maç.'. Ant.\ Acc.'. para distinguil-os
dos acerescimos comparativamente modernos, que constituem
os graus superiores. Sendo os preceitos ensinados pela Maç/.
nos três graus de caracter symbolico, são lambem chamados
Maçr. Symbolica, queé tão cultivada e abraçada na Inglaterra,
Suissa e nos Estados-Unidos.
A pratica dos Corpos Subordinados do Rito de York em
organisar um Gr/. Corpo em território não oecupado não é
admittida pelos SSup/. CCons/.. Ao contrario, na Maç/.
- 305 —

Esc/, todo o poder vem de cima e os subordinados nunca


organisam o Corpo que governa: é este ullimo que organisa
os primeiros.
As GGr/.LL/. administradas pelo Rito de York, em numero.
de 46 nos Éstados-Unidos, são constituídas pelos VVen/. e
VVig/. dasLL/. e fazem as suas eleições annualm ente. O poder
pois vem directamente do povo qnc elege nas LL/. os seus legi-
limos Representantes e assim formam a OIT/. Chefe ou a Gr/.
L -.. Três LL.\ podem deste modo organisar uma Gr. . L.\
nos Estados que não a-possúam.
Estas GGr/. LL/. exercem uma auetoridade absoluta sobre
as LL/. SSymb/. nos limites de sua jurisdicção e não per-
mittem que qualquer outro Corpo intervenha em seus direitos
e privilégios.
Finalmente todos os Corpos da Republica Americana, que
são accerrimos sectários das leis que os-regem, não podem
admittir a existência de um Corpo sem :abeç.a. E' assim que
denominam actualmcnte o Gr/. Or/. de França, em razão da
suppressão que elle fez do Gram-Mestrado.
Eis pois os pontos de desaccordo entre a Maç/. dos Estados-
Unidos e o Gr. . Or/. de França. Para conhecer-se o espirito
que preside áadopção da jurisprudência maç/. americana em
relação á supremacia do cada Gr/. L/. em sua jurisdicção,
basta attender-se aos inconvenientes que resultam doaccumulo
de Ritos, que elles não desejam experimentar cm sua nação,
como se-observa em outros paizes, onde cada qual aspirando
á supremacia, esquece os princípios benignos e fraternaes da
0rd.\ Maç/.. A modificação americana do Rito de York,univer-
salmcnte praticada nos primeiros três graus desde o Maine
até o Texas e do Atlântico ao Pacifico creou uma uniformidade
que por forma alguma desejam destruir-, porquanto si outros
Poderes lacônicos fossem representados nos Estados-Unidos,
sendo mais de vinte os Kitos espalhados pela superfície da
terra, a confusão e desorganisação do systema maç/. subs-
tituiriam a ordem e homogeneidade que agora prevalecem
nessa nação, onde as LL/. oíferecem um notável exemplo de
prosperidade.
Os Ires primeiros graus, sufficientemente reorgauisados, são
em nossa opinião, que já nas paginas do Boletim havemos mani-
festado, aquelles que mais se-conformam com as tendências
— 306 —

maçonicas, como respeito e a dignidade da Inst/. Conti-


nuando a admittir em seu seio essas jerarchias em que o luxo
das decorações e das varis praticas süffóca a idéia e a fôrma
deslróe o fundo, a nossa Associação longe de basear-se sobre
um código único o universal, concorrerá para romper a cadeia
de união, a unidade de acção, em prejuízo do progresso e da
civilisação.
Explicada suficientemente a questão, como julgamos tel-a,
desenvolvido, concluiremos tal assumpto, lamentando que por
divergência de principios se-trave uma Iucta, que termina
pelo rompimento de relações entre duas PPot/. importantes,
em detrimento da unidade da Ord/. Maç/.
Inglaterra.—à 26 de Maio realisou-se a installação e con-
sagração da L. S. Hnberto n. 1373 em indover. Grande nu-
mero de Maçons de Portsmouth, Soutliampton e Manchester
assistiram a esta bella ceremonia, que sc-executou sob a
hábil direcção do Hon.\ Ir/. Bèach, Dep/. do Gr.'. M/. na
província de Hampshire.
 Gr/. L/. Unida da Inglaterra celebrou a sua reunião
trimestral em 5 de Junho sob a presidência do Marquez de
Ripon, estando presentes perto de 100 Ur/. Depois da con-
cessão de algumas pensões a viuvas de Maçons, foi discutido
e approvaclo um relatório do Conselho de Deliberações Geraes
sobre empregados estipendiados, tomando a Gr/. L/. a se-
guinle resolução:
Posto que esta Gr.*. L.\ reconheça o direito de qualquer Ir.-, pertencer a
uma corporação maç.-.. extrnnha, prohibe no entanto expressamente, agora e
para o futuro, a todo* os OOfík/. assalariados de ingerirem-se de qualquer
modo nos negocio* internos cios Corpos dos Ritos Esc.-. Ant.*. e Acc. *.; de
Misraim e Mèmpliis ; das Ordens espúrias de Roma e Cònstãhtina ; do Corpo
Schi^matico intitulado—Gr. •. í/.\ dos MM.-, MMaç.-. Mark da Inglaterra—:
ou de qualquer outra organização (mesmo a da Ord.;". dos GCav. -. TTempl.-.,
que é a única reconhecida pelo Tratado de União) sob pena de demissão tio
emprego. Lonãon Freernason. (S de Junho)
Foi lido o relatório annual da Inst.'. Benef.-. Real e Mac.-,
de Maçons Velhos e Viuvas de Maçons e a Gr.'. L.\ approvou
algumas alterações feitas ao Regulamento.
- Saiuá luz uma nova obra maç/. dedicada ao ('onde de
Bossly n, com o titulo Maçonaria e sua Jurisprudência, pelo
Ir/. Ctialmers Paton.
Lê-se no Dayle Tekgraph -.
O príncipe Bismark declarou guerra aos Jesuítas, fazendo conhecer ao Go-
yerno Federal que, em conformidade com o debate recente do Parlamento Im-
perial quanto ao proceder da Igreja Catliolica Romana na, Allemanha, elle pre-
tende submetter um projecto tendente a desiiaturalisar todos os membros
— 307 —

Allemans da Companhia de Jezus. Diz-se que o hill conterá a id<-ia de aucto-


risar a policia a expeilir todos os Jesuítas do solo allemão. Assim o príncipe
vai seguir o exemplo dáquelles estadistas que expulsaram a, Sociedade de
França e Mespanha e esle acto requer uma espécie mais diííieü de plano desti-
mido do que os actos da audácia que deite fizeram o primeiro dos ministros
actuaes. E' a resposta alleman á promulgação dainfãlUbilidade do Papa. E' uni
cartel de desa fio lançado á Roma. Si elle não estiver apto para adquirir a
acquicscencia do povo allemão, a sua falta será desastrada. Si porém alcançar
o âesiãeratum que temem mira, a. expulsão dos Jesuítas será a cadeia de uma
serie de actos que considerados eollectivamente, constituirão outra Reforma.
Irlanda.—Visitando o anno passado o Príncipe de Gallcs a
Gr/. L;\ de Irlanda, por occasião do sua instailaçãocomo
Prot/. da Ord/. neste reino, pronunciou uma allocuçâo, no-
tavel pelos sentimentos maçonicos que contem, da qual da-
remos aos leitores o seguinte extracto :
Eu conheço, todos nós conhecemos a excellencia dos preceitos maçonicos e a
perfeição de suas doutrinas. Desculpai-me porém, si vos-lembro que alguns de
nossos amidos do exterior não se-compenetram tanto destes princípios salutares
como nós; e que em alguns espíritos prevalece a idéia errônea de que nos-
reunimos para fins políticos, por constituirmos uma sociedade secreta ou temos
um pendor político em nossos actos. Apraz-me ter esta opportunidade, meus
Ilr.:'V:, de proclamar asatisfação que experimento em coneordardes comigo que
especialmente na qualidade de Maçons nada, lemos com a política ; que o grande
objecto de nossa Ord.-. consiste em estreitar os laços da affeição fraternal e
fazer-nos viver em amor puro e christão com todos os homens; que. posto que so-
creto, não constituímos um Corpo politico e que nossos princípios e esperanças
maçonicas são partes essenciaes de nossa aclhesão á Instituição e de nossa leal-
da de á Coroa. .
Gr/. Dücado de Luxi-mbumo.— O Sup/. Cons/. Maç.-. de
Luxemburgo celebrou a 3 de Abril uma sessão presidida pelo
Ir/. Munchení, Gr/. M.\ Adj/. proposto para substituir o
Gr/. M/. ScHROBaoEN que fixou sua residência em Inglaterra.
¦ O Gr/. M/. Adj/. discorreu sobre a causa da interrupção
dos ttrab/.do Sup/. Cons/. devida á guerra que extendeuo
seu flagelloaté os limites do paiz, os serviços prestados nessa
occasião pela Com/, de SocçorroS formada no seio da Gr.-.
L.\ Central e que se-fundiu na Gr/. Com/, nomeada para
todo o ducado,e sobre a administração interna e externa da
Ord/.
A respeito do predominio clerical disse o Gr.-. M.\ :
Estes GGr.-. OOr.-. avaliam perfeitamente a düficuldade de nos^a posição
no seio de um paiz agitado e dominado pelo fanatismo ultramontano de um
clero apaixonado, e que exerce sobre uma população ignorante, sobretudo sobre
as mulheres e as crianças, um poder quasi absoluto. f
Nossos Ilr.-. da Aüemanha. que viram seu paiz suv vencedor d uma nos Incta
renhida contra um clero intolerante e dominador, não sabem que^ entre a
influencia desta facção hostil a todo desenvolvimento da liberdade do pensa-
mento e da independência das consciências, excede os limites de suas apre-
ei acoes
Entretanto esta acção constante não abalou qualquer do nossas coluitinas:
ellas ficaram sólidas em suas bases. Estamos unidos, fortes e firmes e a solidez
308
de nossas fileiras suppro o namoro. E' sobretudo no apoio moral dos outros
GGr.*. OOr.*. que elevemos achar uma compensação do pezar que èxperirnen-
tamos vendo os profanos caírem de dia em dia mais profundamente nas trevas
da superstição e do absolutismo das consciências.
Allemaniia. —A' obsequiosidade do H.\ Ir.'. Carlos Lange,
Secr.-. da L.-. Amizade, ao Cruzeiro do Sul, devemos a traduc-
ção de um artigo inserto no Baithulte com o titulo — A Maço-
naria Alleman em í 871—donde extrairemos as noticias mais
interessantes, por não podermos reproduzir o artigo completo.
O facto mais importante do anno pretérito consistiu nacrea-
ção do projecto de organisação de uma confederação (órgão com-
um) de todos os Corpos MMaç:. da Allemaniia, cujos estatutos
foram formulados na assembléia geral dos GGr./. 11:. ceie-
brada em Francfort sobre o Meno e vão ser apresentados á
Maç.-. Alleman para serem definitivamente acceitos.
A tendência desta confederação é unir por meio de um órgão
central a Maç. •. da Allemaniia em seus esforços até agora diver-
gentes, sem que porém cada Gr.-. L:. perca a garantia de sua
liberdade e autonomia, que consiste no direito exclusivo
que
ellas possuem de adoptar resoluções decisivas em todos os ne-
gocios de administração dos seus respectivos circulos. Aquillo
porém que é de interesse geral será estudado e discutido por
uma reunião de todos os GGr/. MM.-. edeRRep.-. eleitos
pelos
diversos Corpos.
Emquanto as GGr.-. LL.\ se-oecupavam com esse assump-
to, continuavam também a progredir as tendências reformato-
nas. Não só a Gr.-. L.\ Royal Yorkzur Freundschaft {da Ami-
zade) preparava uma completa revisão de sua Const.-. no sen-
tido liberal como ainda na Gr.-. L.\ Nacional zu den arei
Weltkuglen [Três Globos) e na Gr.-. L.\ da AUemanha importan-
tes alterações se-faziam em prol do progresso.
Espera-se brevemente a realisação do estabelecimento de
uma Caixa Geral de Soccorros para os ilaçons necessitados
Três novas LL.\ se-fundaram: Wurzbwg, Marburq
Baden. J e Baden-
A litteratura maç,-. foi augmentada duas obras importan-
por
tes : Instrucções históricas da Gr.-. I:. dos Três Globos,
tona de Hiram, publicada pelo Ir.-, stentz e a Ws-
Itália.--À mortedo grande patriota Italiano, o Ir:, jose
zp em Piza, no dia 10 de Março, maz-
produziu immensa dòr nas
LL.\ de Itália.
>..¦.'¦,¦•¦.•¦
- 309 —

A maior partedellas resolveram espontaneamente tomar lucto


e algumas enviaram dcputações a seu funeral. Em 15 de Mar-
ço, o Jr.-. José Mazzoni, Gr.'. M.\, ordenava ás LL.-. de sua
obediência que tomassem lucto por espaço de sete sessões con-
secutivas e convidava a todos os Maçons, de qualquer nação
que fossem c que estivessem no valle do Tibre, para tomarem
parte na ceremonia fúnebre em honra de José Mazzini.
A' hora indicada mais de seiscentos Maçons seguiram o es-
tandarte da Ord.\ que pela vez primeira apparecia em Roma.
Os Ilr.-. Mazzoni e Ludovico Frappolli marcharam á frente do
cortejo que acompanhou até o Capitólio o busto de Mazzini.
AL.', Trionfo Ligure, de Gênova, solicitou e obteve auetori-
sação para agenciar uma subscripção interna e externa com o
fim de erigir um monumento á memória deste grande patriota,
que afrontando o desterro, a pobreza, a morte e o que é peior do
que a miséria e a morte, a ingratidão c a calumnia, teve ao me-
nos, antes de morrer, a consolação suprema e merecida de ver
realisados os seus desígnios: a libertação e unidade da Itália.
Em 17 de Março, seguindo o estandarte da L. . Trionfo Ligu-
re, os membros das LL.-. Cristoforo Colombo, Cafforo, SteUa
$ Itália, Razione e Reforma, assim como deputações de Sampi-
erdarrenade Milão, deLivurnia, Saboia, Turim, Garrara, Spez-
zia, Alexandria, Piacenza, Pisa, Chiavari, e Ancona, acompa-
nharam o corpo de Mazzini até á metrópole de Staglieno.
As LL.'. independentes não foram também insensíveis a esta
e
perda principalmente os Maçons de Palermo tributaram gran-
des honras á memória do celebre concidadão.
do seu
Sua intelligencia, diz M. Peyrat no Avenir National, estava na.altura
caracter. Proscripto- cedo e obrigado a fugir do seu paiz elle tinha prendido a
os nomens ae waos us «Vvi.rin* p.~ cuias idéas. amadurecidas pela -
expenen-
julgar pu -, im-
cia e pelas decepções, tinham adquirido grande extensão por um trabalho
"^Quando a
se-considerâ a lueta continua em que elle viveu, é incomprehensivel
variedade de seu saber. Tinha aprendido todas as línguas, que fallavae escrevia,
COI¥odeSeadiscutir uma
suas opiniões, não acceital-as todas ; mas um tal caracter, e aü-
abnegação tão rara, uma probidade tão elevada, impõem a todos, amigos
yersarios, a estima e o respeito.
EsTADOS-ÜNinos.—Swp.'. Cons.-. de Boston.— Recebemos as
Ç Resoluções impressas do Sup.'. Cons \ da Jurisdicção do Norte
dos Estados-Rnidos (Boston), o qual, como já noticiamos, ceie-
brou a sua reunião annua, que durou cinco dias, a começar de
14 de Novembro do anno pretérito.

#
— 310 —

OPod.*. Ir.'. Gr.*. Com.*, .losi.vn hatüen drümmond abre a


sessão, apresentando a mensagem do estylo, na qual faz a rese-
nha biographica dos Hr.\ fallecidos, enumera as Patentes que
concedeu para a formação de novos Corpos subordinados do
Rito Esc.-., refere os ttrab.". dos CCons.'. de Deliberação e m
vários Districtos e noticia o estado das relações do Sup. \ Cons. •:¦
com diversas PPot. •. MMaç. •..
—O Sup. •. Cons. •. reconheceu como legitimo e regular o Sup. •.
Cons/. do Chile, ao Or.'. de Valparaiso ; auctorisou o Sob.-.
Gr.-. Com \ a reeonhecor o Sup.1. Cons.-. 33*. e Gr.-. Or. \
da America Central, que tem a sua sede em S. José, Costa Rica,
quando satisfactorias informações forem recebidas a respeito de
sua legalidade e de sua administração segundo as leis e regu-
lamentos do Rito; resolveu adiar até ulteriores investigações o
reconhecimento do Corpo legitimo da Itália • e finalmente sujei-
tou ao exame do Gr.-. Com.-, as occurrencias havidas em
Nova-Granada, por ser evidente que o Bal.\ do Sup.*. Cons.-.
de Charleston em referencia a estes assumptos era baseado so-
bre informações errôneas.
—O quarto relatório apresentado Rep. ¦ . Ger. ¦. Est. •., o
pelo
Pod.-. Ir.-. 33.-. albertCtOOdau, fornece informações interes-
santes sobre o estado da Maç.-. em diversos paizes, das quaes
daremos um ligeiro extracto.
O Sup.-. Cons.-. do Inglaterra collecciona uma valiosa bí-
bliotheca maç.-., que possúe manuscriptos rarose custosos e
documentos relativos á historia do Rito na Europa. O Rit,-.
Esc.-, caminha na senda do progresso e da prosperidade : a
prompta resolução do Sup.*. Cons.-. e a publicidade pela im-
prensa maç.-. impediram a formação de Corpos espúrios, que
pretendiam organisar-se. Um tratado de alliança foi concluido
entre o Sup.-. Cons.-., o Gr.-. Conclave de CCav.\ TTempl.-.
eCCav.-. de Malta, eaGr.\ L.\ de MM.-. MMaç.-. Mark da
Inglaterra.
O Sup.-. Cons.-. da Bélgica possúe sob sua jurisdicção sete
LI.', symbolicas, seis CCap.\ de Rosa Cruz, ura Areopago do
gr.'. 30.-., uma Corte deCComm.-. e um Collegio do Real Ma-
chado.
O Sup.-. Cons.-. de Irlanda reconheceu o Gr.-. Or.-. Lusi-
tano Unido e revogou a auctorisação concedida em 1857
o estabelecimento de Corpos do Rit.\ Esc. em Lisboa. para
— 311 -

Transcreveremos a parte do relatório que se-refere ao Gr.-.


Or/. do Brazil.
Brazil.—A Ord.*. na jurisdicçao dò Sup.*. Cons.-. 33.-. e Gr.-. Or • do
Brazil, ao Vai.-, do Lavradio, no Rio de Janeiro, continua em augmento e a
prestar utéis serviços á causa da educação, especialmente nos districtos rurae*
onde predomina a ignorância devida á organisação jesuitica, inimiga confessa dê
todas as instituições que ensinam o processo e a tolerância. No meio da escuri-
dão dessa ignorância e superstição, em que o espirito humano tem sido por tanto
tempo e extensivamente escravisado pelos advogados do despotismo religioso
podemos sentir-nos animados pelo despontar da aurora da luz, da sciencia°e da
verdade, que alegrará o coração o illuminará o espirito de todos os que se-liber-
tarem do domínio da. intolerância religiosa, e permittirá daqui em diante o gozo
do privilegio e das bênçãos da Educaoao, que nossa InsV. advoga, com estreita
e firme adhesão aos preceitos da mais alta moralidade.
O Sup. -. Cons. \ aboliu em Junho ultimo o svstema Âd Vitam de sua Admi-
nistração e adoptou a eleição quinquennal de seus DDignit. •. e OOffic. •.
A união com o Corpo dos Benèãictinos está pendente de negociações, posto
nutrirmos a mais lisongeira esperança que esta infeliz separação da família maç. -.
brazileira breve desapparecerá.
O Sup. •. Cons. ¦. adoptou com relação ao Gr. •. Or. •. de França as mesmas
decisões do nosso Gr.*. Corpo, como se-deprehende da seguinte communicação
que em 25 de Setembro dirigiu-nos o Pod. ¦. Ir. \ 33. •. Dr. Alexandrino Freire
do Amaral, Gr.-. Secr.*. Ger. •. do Santo Imp.-.
Relativamente á Republica Argentina, o 111/. Ir/. Goodall
descreve as assolações produzidas em Buenos-Ayres pela febre
amarella, os serviços prestados pela Com/. Maç/. e traça o
esboço biographico do 111/. Ir/. José RoquePerez, 33/., íun-
dador do Sup/. Cons/. dessa jurisdicçao, Sob/. Gr/. Com/, de
Honra eGtv. Rep/. do Sup/. Cons/. de Boston.
A Gr. . L.\ do Chile constituída irregularmente em Abril de
1862 era um embaraço serio para o progresso da Ord/. e por
isso ella, não firmou-se com a solidez desejada em um paiz, onde
o predomínio sacerdotal e a intolerância tèem por tanto tempo
subjugado as massas em obediência servil e onde contra seu
poder, ódio e fanatismo a Maç/. tem sempre queluetar. Esses
inconvenientes acabam de ser removidos pela formação regular
e auspiciosa do Sup/. Cons/. do Rit/. Esc/, para o Chile.
Em razão das perseguições e auathemas lançados contra a
Ord/. em Carthagena e outras partes da Columbia, o Gr/.
Or/. e Sup/. Cons/. de Nova Granada respondeu e protestou
contra as predicas difamatórias de Bispos e Padres inconscien-
tes e o Gr.-. Senado commissionou oficialmente o 111/. Ir.-.
Francisco de Zuribid, 33/., residente em Paris, para obter uma
audiência do Papa Pio II e submetter á sua apreciação os fac-
tos. solicitanclo-!he a revogação do interdicto que fulminou
desde tempos immemoriaes a Ord.-. Maç/.. O Sob/. Gr/.
Com.-. Juan M. Grau em sua mensagem de 9 de Abril de 1871
— 312 —

declarou que em conseqüência da morte do Ir.*. Zuribid antes


de ter opportunidade de vero Sancto Padre, a missão não tinha
ainda obtido resultado favorável, porém que elle procuraria
encontrar outro Ir.", competente e zeloso para precnchcl-a.
Eis as reflexões que a tal respeito faz o 111.*. Ir.*. Goodall:
Sem deixarmos de apreciar os motivos que determinaram os nossos Ilr. •. de
Nova-Granada a defender a Ord.-. e a procurar remover a injuria dirigida á
Maç.-., uma ligeira reflexão todavia deveria convencel-os que os preceitos e
dogmas do Rornartismo não estão de accôrdo com as idéas maçonicas de Verdade,
To'erancia o Progresso e por isso não podem existir sympathia ou união entre
os dous adversários. Emquanto a Franc-Maç. •. adherir a seus verdadeiros prin-
cipios, não deverá pedir um favor humilhante a um ente mortal nem temer os
resultados de Bullas pontifícias, que, similhantes aos dogmas da Infallibilldade,
perderam de importância e valor; e a Maç. •., como o velho rochedo, permanecerá
ilíesa do veneno anemessado contra ella por instituições schismaticas
que vão
gradualmente desfazendo-se, a proporção que o mundo marcha.
Lusiana.—Das Deliberações impressas da Gr.-. L.\ deste
Estado colheremos dados importantes para a nossa Revista.
A 60a reunião annua da Gr.-. L.-. do Estado da Luisiana se-
verificou em New-Orleans em 12 de Fevereiro e durou quatro
dias.
O Rmo.\ Ir.*. Samuel M. Todd, Gr.-. M.\, leu o seu discurso,
cujos assumptos foram submettidos ao exame de CComm. *. espe-
ciaes; tendo nós, na Secção de Correspondência do ultimo numero
do Boletim, já transcripto parte dos pareceres da Com.-, de Ju-
risprudencia.
Durante o anno a Gr.-. L.-. perdeu nove membros, entre os
quaes o K.*. Ir.-. Pascual Ugarte, primeiro Rep.-. do Gr-
Or/. do Brazil.
Ires Representantes foram designados pelo Gr/. M/. as
GGr/. LL/. dos Estados de Alabama e de Kentucky e para
para o
Gr/. Or/.. do Brazil. Para a Gr.*. L.\ da Luisiana foram na-
meados Representantes pelas GG/. LL/. de Michigan, Três
Globos, Francfort sobre o Meno, Chile e Gr/. Or • do
Brazil. pelo
0 Gr/. Or/. Lusitano Unido designando o Gr/. M.\ Todd
como seu Rep/... parecendo a este auetoridade
provado por
maçomea fidedigna que o Corpo de Portugal é alliado do Gr/.
Or.*. de França e adopta os seus
princípios em relação ao Corpo
Lhassaignac de New-Orleans, pensa
que é necessário investigar
esse facto antes de acceitar as suas relações de amizade.
lermma o Gr/. M.\ discorrendo sobre o banquete dado ao
Marquez de Ripon pelos Maçons do Districto de Columbia em 11

* ¦ v*«. i/1?h*!*V?*. »• . A
— 313 -

de Abril de 1871, os soccorros prestados por occasião do incen-


dio de Chicago e sobre outros assumptos de interesse local.
fr Km :ir> de Fevereiro procedeu a Gr.'. L.\, acompanhada
de todos os Corpos Maçonicos da Cidade, ao assentamento da
primeira pedra do novo Templo em New-Orleans com todas as
ceremonias em que primam os nossos IIr.\ da America, onde
desde tempo immemoriaes essa solemnidade para os edifícios
religiosos e de caridade são executadas pelos Maçons.
Não podemos deixar de transcrever aqui um trecho do dis-
curso pronunciado nessa occasião pelo Rcv. Ir.*. Tijdor.
Si fé, esperança e caridade ; si silencio, precaução e discrição ; si industria,
economia, temperança e verdade ; si justiça, coragem e devoção, são virtudes,
que, combinadas se-encontram no mesmo indivíduo, ellas aperfeiçoarão certa-
mente mais aquelle que as-adquire do que os que não as-possuem—e eu fiz men-
ção cias virtudes maçonicas. Si a esquadria e a alavanca, o prumo e a regua, o mar-
tello, o malhete e o escopro, nas mãos de um Maç.-. trabalhador, podem
determinar a estabilidade, a belleza e as proporções do edifício que se-tem de
erigir ; sen uso, symbolo moral em Maç."., deveria conduzil-os a um aferimento
exacto e ao augmento cie todas as qualidades qu9 formam e completam a perfeição
do homem.
Si marchar no enminho do dever e da beneficência, pés níis ou calçados, pre-
ferir o trabalho aos prazeres e a morte ã deshonra, são nobres elementos de ca-
racter, o Maç. ¦. não pôde entrar em L. ¦. sem aprender estas lições.
Si me-perguntardes quaes são as jóias da Maç.'., eu vos responderei : Fra-
ternidade, Soccorro e Verdade.
Si me-perguntardes quaes são os signaes secretos da Maç.-., eu vos-respon-
derei : todos os signaes de angustia, desde o grito do infante até o navio que
sossobra nas ondas.
A Gr.-. L -. da Luisiana. fundada em 1812, possúe sob
sua jurisdicção 152IX.*. simbólicas. AlémdaGr/. L/.func-
tf V

cioriam em New-Orleans os seguintes GGr/. Corpos iMaçonicos:


o Gr.-. Cap.-. deMMaç/. do Leal Arco, o Gr.-. Cons.-. de les-
três Eleitos, a Gr.-. Comm/. de CCav/. TTempl.-, eoGr.-.
Consist.-. de SSob/. PP.. do R.v. S/. 32.'.—Foram reeleitos
Gr.-. M. e Gr.-. Secr/. da Gr.-. L.\ os PPod/. Ir/. 33/. S.
To di) e Batgiielor.
O Relatório da Comm/. de Cor/. Est/. traçado pelo R/.
Ir/. James B. Scot, (171 pag.) é um precioso trabalho em
que são examinadas as publicações de 42 GGr/. LL.\ dos
Estados-Unidos, das GGr/. L/. da Inglaterra e da Allemanha
e dos GGr/. OOr/. de França, Bélgica e Brazil.
A questão de uniformidade de trabalho é nesse relatório
cuidadosamente discutida por laboriosas indagações em refe-
rencia á historia, tradições e princípios de nossa Inst/.. Os
direitos e deveres dos membros das LL/., as disposições que
devem ser estabelecidas para os Maçons avulsos, o direito de
— 314 —

visitar uma L.\ e outros assumptos soffrem também minucio-


sas investigações.
As noticias dos GGr/. Corpos Estrangeiros contém informa-
ções valiosas e de interesse real para a Ord/.
Em relação ao Brazil, a Com/, examina o Quadro (ia Admi-
nistração do Gr/. Or/. c o numero das LL.\ da Obediência,
faz a resenha de dous relatórios impressos que foram-lhe por
nós remeltidos e depois de transcrever as resoluções de %) de
Setembro relativamente ao Gr/. Or/. de França, conclue esta-
belecendo algumas observações suggeridas pela seguinte opinião
professada pela Com/, de Cor/. Est/. do Gr/. Or/. do La-
vradio:
, « A. Oom. •. também lamenta que o Gr. •. M. •. da Gr. *. L. . de New-York
seja opposto a cultivar relações amigáveis com os Corpos estrangeiros do Rit. •.
Esa. •. e não pode comprehender a razão pela qual elle seguiria uma opinião tão
prejudicial aos interesses da Maç.-., suggerindo como remédio para obviar a
esses juízos divergentes um congresso internacional tenha por fim reformar e
narmonisar os differentes Eitos. para estabelecer a queuniformidade do trabalho e
ritual maçonicos. »
Ainda quando tal alvitre podesse ser realizado, diz o relator, duvidamos si
se-obtena o effeito desejado. A diversidade de Eitos é devida á desistência da
bn\-. L.-. de Inglaterra e cada um dos Ritos existentes abraça-se com
nacia a suas próprias fôrmas. O espirito de innovacão além disso perti-
ainda, e as mstrucções da Gr. •. L.-. da Inglaterra hoje são inteiramente predomina
rentes das que eram em 172:1 Os sublimes diffe-
princípios de nossa Inst. ¦. se-ácham
comtudo incorporados nos ires da antiga Maç.-.; sobre clles se-baseam
todos os systemas reconhecidos e graus
uma simples differença nas fôrmas e ceremònias
°n q"6 deV6 eXÍSth' 8n— t0d°S °S Maçoüs' cUsPersos
supeK dTterra pela
A Gr/. L/. da Luisiana resolveu que ficassem adiadas, de-
pois de estudadas suas Constituições, o reconhecimento dos
Grandes Orientes de Portugal, Itália e Colon
(Cuba).
I A. F. A.
315

NOTICIAM!) INTERNO
* 'WMWlll 'IMIWWHWMJ

CAr/. Regeneração.—A 21 de Abril foi regularisado com


as solemnidades lithurgicas este Subi/. Cap/. no seio da L.\
do mesmo nome, ao Vai/, do Recife, pela Com/, respectiva,
composta dos PPod/. Ilr... 33/. Dr. Alexandre de Souza Pc-
reira do Carmo, Delegado e Presid/. da Com/., José Joaquim
Lima Bairão e Miguel José Barboza Guimarães. O discurso do
[{.'. Ir/. Gr/. Orad/. João Baptista Vieira Ribeiro, pronun-
ciado nessa oceasião, versou sobre a necessidade de descen-
tralisar-se a Maç/. em Pernambuco, pela creação de uma Gr/.
Off/. Provincial.
Manumissões.—A L.\ Firmeza e União 2a, ao Or/.de S. Luiz,
na província do Maranhão, solemnisou em IN de Maio a posse
de sua nova Administração, com a assistência do Pod/. Ir/.
Delegado David Gonçalves de Azevedo, de CCom/. das LL/.
Fraternidade Maranhense e Vera-Cmz e de grande numero de
visitantes de ambos os Círculos. Foram por essa oceasião li-
bertadas duas crianças do sexo feminino, uma de 15 mezes e
outra de ('•> annos de idade.
A L.\ Luz Transatlântica, ao Or/. de Jaguarão, província
cio Rio Grande do Sul celebrou na noite de 2i de Junho uma
sessão magna, em que libertou vários escravos.
AL/. Vera-Cruz também celebrou a posse de suas DDig-
nid/. e OOffic/., concedendo a liberdade a duas crianças, de
ambos os sexos, a cujo nome foi addicionado o de Vera-Cruz.
O R.\ Ir/. Francisco da Costa Rodrigues, por oceasião de
sua iniciação na L.\ Amparo da Virtude (Lav.\) a 10 do cor
rente mez, deu a carta de alforria a uma sua escrava de 9 annos
de idade, sendo lavrada e assignada em sessão e servindo de
testemunhas as Luzes da OIT/.
E' por actos desta ordem. que sempreapraz-nos registrar, e por
outros que ainda daremos a conhecer aos leitores, que a Maç/.
do Brazil, a despeito do que contra ella dizem os seus ranço-
rosos desatíectos, preenche actualmente a sua missão humani-
taria e civilisadora.
A Verdade.—Appareceu na arena litteraira com todo o de-
nodo,ao Or/. do Recife, em Pernambuco, no dia 22 do mez
.— 316 —

weterito, este semanário consagrado á causa da humanidade.


Recebemos os três primeiros números, cujaanalyse faz augura?
a este jornal uma vida brilhante c vigorosa, á vista dos artigos
instructivos e interessantes que contem, da linguagem digna
e decorosade que se-serve e o que é mais, do zelo com que
realisa os seus fins, defendendo e promovendo os interesses
da Inst. •.
Deu origem a esta publicação a manifestação, contra o acto
irreflectido e violento do Exim Sr. D. Pedro de Lacerda, das
LL.\ Philotimia, União e Beneficência..Realidade e Regen&*
ração, todas ao Or/. do Recife.
Dissipar tudo quanto for superstição religiosa ou social; trabalhar pela acqui*
sição e posse do summo bem da liberdade de consciência, pelo derramamento da*
instrucção até á plenitude ; pelo desenvolvimento do principio de associação, um
dos mais possantes agentes de progresso no commercio, nas artes, na industria e
na agricultura; numa palavra pela solução de todos os problemas, cuja realisaçãó
importa approximar mais os homens entre os homens eas nações entre as nações
tal é o programma desia folha etc.
A Fusão dos Orientes, a Constituinte na Ordem, o Estado Civil
e Religioso de Roma actual, a publicação do Breve de Clemente
XIV que extinguiu e supprimiu a Companhia de Jesus, a Revista
estrangeira e os Factos locaes, são os principaes artigos da Ver-
dade nos três números que temos á vista.
Acceitem as quatro LL.\ mencionadas e a 111/. Com/, de
Red/, os nossos sinceros emboras.
O Pelicano.—E' este o titulo de outro campeão dedicado á
defeza da Maç/. que sáe duas vezes por semana e appareceu á
luz no dia M de Junho em Belém, capital da província do Pará.
Os três primeiros números que recebemos contêem, alem do pro-
gramma do jornal, úteis artigos originaes e transcripções.
LL.\ Harmonia e Cosmopolita. — Na noite de (M de Junho
celebrou ai/. Harmonia, ao Or/. de Belém e á rua da Indus-
tria, a sessão magna de empossamento de sua nova Adminis-
tração em presença de numerosos visitantes e de perto de 70
senhoras. Foi ella a primeira que viu em seu seio concentrada
a unidade maçonica, representada pelos k LL.\ do Pará,
tencentes actualmente á jurisdicção do Gr/. Or/. Unido. A per-
pratica da beneficência foi realisada pela libertação de duas
menores escravas e pela distribuição aos pobres, três senho-
ras, do tronco de beneficência, que produziu por
quantia avultada.
Terminou a festa com um lauto banquete.
Á sua homonyma (á Travessa do Pelourinho) resolveu em
:¦'*¦/¦¦ — 317 —

sessão de 21 do mesmo mez mandará Commissão'de Soccorros,


em Cametá, a quantia de 500#000 cm gêneros de primeira ne-
cessidade para serem distribuídos pelos infelizes atacados da
epidemia que ali reina.
AL.-. Cosmopolita também enviou á Commissão a mesma
importância em gêneros dieteticos, resolvendo além disso no-
mear duas CCom.\ para pedirem quaesquer artefactos com o
fim de organisarem um Bazar de Caridade, cujo produeto será
applicado somente a soecorrer os doentes pobres do interior da
província.
Honra á corporação e aos Maçons, que assim cumprem tão
sagrados deveres.
Festas üe S. João.—Diversas LL.\ das províncias festejaram
o anniversario do Padroeiro da Ord.'. com todo o esplendor e
algumas por assignalaclos actos de caridade. Sentimos que a
falta de espaço nos-obrigue a não darmos noticia circumstanciada
destas solemnidades, das quaes faremos apenas descripção
suecinta.
A L.\ Regeneração, ao Or.'. do Recife, celebrou no seu
Templo, majestosamente preparado, a sua festa, que foi também
dedicada á fusão dos dous Grandes Orientes.
Aberta a sessão, em que sc-fizeram representar por CCom.-.
seis LL.-. do logar, pelo Ven.\ o R.\ Ir.'. Vieira Ribeiro,
usou elle da palavra pronunciando um luminoso discurso, se-
guindo-se a iniciação de quatro profanos, cujos ttrab.'. termi-
naram com o discurso do Orad.'. da L.\,o R.\ Ir.-. Dr. Costa
Ribeiro.
Realisou-se depois uma destas scenas que tanto commovem
a alma, tão enternecedoras e patheticas se-tornam ainda aos
> W***
que se-habitúam a presenciaí-as em nossos Templos; a entrega
de cartas de liberdade a cinco escravas por mãos do Ven.\ que
dirigiu á primeira as seguintes phrases:
Sabes^tu quem te-dá neste momento a tua liberdade? B- a Maç.\ e não os
jesuitas, é a Maç.-., sociedade que os intrigantese malévolos dizem conspira contra
o bem, contra a ordem e contra a religião, que é inimiga do homem e cie Deus, etc.

Occuparam a attenção do auditório os RR.'. llr.*. Dr. Fran-


klim Tavora, Faustino Porto, Drs. Eliseu Martins, Pereira da
Silva e Malaquias, cujos discursos foram enthusiasticamente
applaudidos.
7
— 318 -
A L.\ Restauração Pernambucana empossou na festa
consagrada aS. João a sua nova Administração, iniciou quatro
profanos, inaugurou o retrato a óleo do seu Ven.\ e alforriou
uma menor de três annos.
Foram proferidos alguns discursos; e concluida a sessão, pas-
saram os Ilr.-. presentes á sala dos banquetes.
AL.-. Regeneração Cathauinense, ao Or.'. do Desterro,
em Sancta Catharina, festejou o anniversario de S. João a 25 de
Junho em sessão magna, a que assistiram grande numero do
senhoras e de visitantes da L.\ Lealdade.
Nessa mesma noite foi também celebrado o anniversario da
inauguração do novo Templo daquella L.\ e os membros das
duasOOfiv. do Desterro, a primeira outr'ora pertencente ao
Gr.-. Or.-. dos Benedictinos e a segunda ao Gr.-. Or.-. do La-
yradio, commemoraram com sincero prazer e enthusiasmo a
juneção da familia maç.-. do Brazil.
A L.\ Perseverança, ao Or.*. do Ouro-Preto, em Minas-
Geraes, solemnisou com a pompa devida o dia festivo em pre-
sença de numerosos Ilr.-. e de muitas familias.
Nova era de liberdade e regeneração foi aberta a uma menina
de seis annos, a quem o Ven.\ entregou a carta que a-livrava
dos grilhões da escravidão.
Diversos Ilr.-. proferiram brilhantes peças de architectura,
tocando nos intervallos, na salla immediata, uma banda de
musica.
—Foram sumptuosas as festas, na véspera e dia de
que
S. João celebrou aL.-. Artista, ao Or. •. de Pelotas, provincia do
Rio Grande do Sul, em seu novo Templo, vasto e magestoso,
cuja construcção, projectada havia apenas dous mezes, se-
realisou com tanta presteza, graças á dedicação e zelo maç. \
dodignoVen.-.,oprestimoso Maç.-. Cav.\ Kad.\ Joaquim
Fernandes da Cunha.
/
Em presença das Comm.\ de todas as LL.\ do logar e de
mais de duzentos Maçons, foi aberta a sessão pelo R.\ Ven. -.
que expoz em uma eloqüente ailocução o fim da luzida reu-
niãoe descobriu os retratos a óleo dos RR.-, ellll.-. Ilr.-.
padres Guilherme Dias e Almeida Martins.
Depois desta demonstração de apreço e consideração a tão
eminentes membros de nossas Ord.\, o Ven.-. passou o ma-
— 319 —

lhete ao Pod/. Ir/. 33/. A.. J. Rodrigues Pereira, que dirigiu


osttrab/. com summa pericia.
Depois da ceremonia da inauguração, usaram da palavra
o R/. Ir/. Domingos Martins da Silveira, Orad.*. da L.-.,
seguindo-se os RR/, e 1111/. llr/. Antônio Rodrigues da
Silva; Antônio Teixeira da Silva, padre Guilherme Dias. Er-
nesto Gcrnsgross, Antônio Ferreira Ramos Sobrinho e Fran-
cisco Gomes de Araújo Góes.
Terminou a festa nessa noite com um magnífico banquete,
onde todos os Hr.'. presentes rivalisaram em demonstrar a suá
satisfação e alegria pela união do povo maçonico.
Na noite de S. João se-verificou a solemnidade do bap-
tismo, dirigida pelo Pod/. Ir/. Rodrigues Pereira. A con-
currencia foi maior do que na noite antecedente, achando-se
presentes para mais de 80 senhoras.
Quatro criancinhas, acompanhadas por seus íespectivos
padrinhos, receberam o baptismo, cuja ceremonia edificante
commoveu a todos os circumstantes; sendo depois concedida
a palavra aos 1111/. llr.-. padre Guilherme, Gernsgross, Cas-
tro Ribeiro, Condessa e Araújo Góes, que recitaram impor-
tantos discursos, análogos ao acto.
Lindos ramalhetes foram ofertados e servido um profuso
copo d'agua, terminando-se assim esta festa maç/., onde
reinaram sempre a maior harmonia e animação. Felicitamos a
todos os obreirosdaL/. Artista e especialmente ao 111/. Ven/.
por seu zelo incansável e philantropico.
Realisaram-se nas noites de 23 e 25 os festejos ao
S. João, celebrados com imponênciae esplendor pela L/. honra
e humanidade, ao mesmoOr/., comparecendo considerável
numero de famílias, e grande concurso de visitantes, e occu-
)ando a attenção do auditório, entre outros oradores, os RR/.
h/. padre Guilherme da Cunha e Dr. Chaves Campello.
Em seguida foi offerecida as senhoras uma refeição, ha-
vendo muitos brindes e saudações e predominando nesta festa
esplendida o regozijo e enthusiasmo,
Foi porém na noite de 25 que se-effectuou o banquete da
Ord/. em commemoração ao seusanctoorago, ceremonia, cuja
descripção attestaria o brilhantismo, a abundância e riqueza,
a par de uma concurrencia extraordinária e do mais pronun-
ciado contentamento.
— 320 —

Antes de começar o banquete, foram recebidos no Templo,


decorado com todo o primor, aos melodiosos sons de um
piano, grande numero de visitantes, entre os quaes se-notou
uma Com/. daL/. Artista, com o seu respectivo estandarte.
OR.-. Ir/. Antônio Lopes dos Santos, Orad/. Adj/., pro•
nunciou um importante discurso, que captivou a attenção do
auditório e mereceu geral approvação, seguindo-se-lhe o R.\
Ir/. Araújo Góes, que por sua vez proferiu um discurso, no-
tavel pela sublimidade do pensamento e elegância do estylo.
Cabem os maiores louvores a todos os membros da L.\
honra e humanidade pela sumptuosidade da festa que ceie-
braram e por isso lhes-felicitamos, fazendo votos para que a
união e fraternidade maç/. presidam sempre as suas reuniões,
em prol da consolidação da nossa Ord/.
O Ultramontanismo em Pernambuco.—A Verdade annuncia
diversos boatos que corriam na capital a respeito de hostilidades
emprehendidas contra os Maçons pelo clero intolerante. Espa-
lhava-se que o Rev. bispo diocesano havia dado ordens se-
cretas aos parochos para que não celebrassem missas por
alma dos membros da Ord/., boato que tinha a sua explicação
no facto de haver annunciado uma L.\ a celebração de uma
missa por intenção do fallecido Ir/. Bernardo José Mar-
tins Pereira e recusar-se posteriormente o sacerdote a satisfazer
o compromisso que contraíra. Coincidiam ainda estes rumores
com outro facto, que constava deter o Rev. vigário de St°. An-
tonio indagado do presidente da associação dous de julho,
por oceasião do Te-Ueum que tinha ella de mandar celebrar na
sua sessão festiva na igreja do Espirito-Sancto, si a sociedade
era maçonica, ou si alguma L.\ era representada, caso em
que mandaria fechar as portas do Templo.
Expomos simplesmente os factos sem commentarios dei-
xando a quem de direito a competência de avaliar as conse-
quencias da perseguição feita em quasi todos os ângulos do
império a uma parte considerável da sociedade brazileira
aquelles, cuja nacionalidade não está ainda por
perfeitamente
belecida pois não sabemos si pertencem ao Brazil ou esta-
~Jtl^ar\° á Roma.
Permmbuco de5 d0 corrente mez, recommenda
a* attenção dos seus assignantes a leitura do conhecido
àffamatono do padre João Esberard, libeUo
que transcreve em sua oi-
tava pagina. A redacção da Verdade responde categoricamente
- 321 -

ao Viário em um artigo inserto no Jornal do Becife, de 8 de


Julho.
Rio Grande no Sul.-Fulminado pela iniqüidade do P.ev.
bispo Larangeira, tem o nosso R.\ Ir.-, padre Guilherme Dias
assumido nobre altitude na imprensa de Pelotas, proíligando
com a lucidez do talento e a energia da convicção, as idéas re-
trogradas do ultramonlanismo e a ambição da cohorte jesuitica,
que continua a solapar livre c desembaraçadamente a socie-
dade brazileira.
Os leitores que tiverem apreciado as cartas do nosso R.\ Ir.-.,
transcriptas nos jornaes da corte, dispensam-nos de fazer co-
nhecer o espirito que as-anima e os sentimentos que prendem
o padre Guilherme pela intelligencia e coração á eschola que
combate a reacção emperrada e infallivel em favor do progresso
e da civilisação.
Maranhão.— Nos jornaes mais acreditados da cidade de
S. Luiz, como sejam o Paiz e o Publicador Maranhense,têem sido
transcriptos o discurso do Sap.\ Ir.*. Saldanha Marinho, vários
artigos da Pedra Bruta e o Ponto Negro, por Eurico. •
A Maç.'. e as EsriioL.vs. — A L.\ Estkeli.a no Oriente, ao
Or.-. de Vassouras, a exemplo de muitas outras, acaba de abrir
uma eschola nocturna gratuita para o ensino primário. A noticia
íleste acontecimento alegrou a todos os Maçons, que viram a
pouco e pouco, ou antes a muito e muito, progredir e aprofun-
dar raizes na terra a abençoada arvore do seu instituto. \
Fraternidade é o lemma abençoado dos Filhos da Viuva -.
abrir o reino da luz aos outros homens é o melhor meio de
o-affirmar. A Of.'. de Vassouras brilhantemente o-comprehen-
deu e executou.
Um jornal deste Or. •., examinando ha tempos o orçamento de
um dos ramos da administração do Estado, comparava a es-
cassa somma que se-gasta com a instrucção publica e as gran
des quantias que se-destinam ao clero.
E acerescentava : « que admira que o paiz ande ás escuras,
si gasta menos com as luzes, do que com os apagadores? »
Enganava-se em parte o jornal. O clero illustrado, moderado,
verdadeiramente christão, não é apagador.- é luz c luz do céu :
mas tinha razão, si alludia á parte jesuitica, á legião dos bispos
ultramontanos, que ousadamente afirma ser a ignorância uma
necessidade do Estado.
— 322 -

Affirme-o embora. A.s LL.\ que, como a Estrella do Oriente,


sustentarem a nobre causa que adoptaram, hão-de destruir-lhe
os cálculos, sem que os apóstolos do Syllabus e das Encyclicas
possam enraizar o principio da infallibilidade.
A Maç.-. brazileira não pôde deixar, sob pena de perder sua
influencia e prestigio, de imitar os OOiv. estrangeiros na lueta
aberta que sustentam contra os apagadores do futuro, esclare-
cendo e não obsecando as intelligencias, preparando o porvir
de uma geração illustrada e salvando a ignorância da mulher
da influencia do confissionario e das congregações jesuiticas.
A Maç.-. das Senhoras.—Hoje, mais que nunca, tudoquan-
to tiver por fim tornar conhecida a Inst.-. Maç.-. e tender a
derramar os seus benéficos resultados, é útil e proveitoso.
E' por isso que applaudimos com sincero enthusiasmo o acto
da regularisação da L.-. de AdopçãosETE de setemiuio, ao Or.-.
de S. Paulo.
A heróica província de S. Paulo, berço da independência pa-
tria, mãi de tantos vultos históricos, tinha direito a ser, como
effectivamente foi, a primeira que no Brazil estabelecesse uma
L.-. de Senhoras.
Aos esforços que tão bella província fez no passado em prol
das liberdades publicas, ás conquistas que com invejável per-
severança tem realisado modernamente, quer na ordem moral,
quer na ordem material, acerescenta hoje mais um titulo á gra-
tidão dos verdadeiros Maçons.
Associar a mulher aos nossos trabalhos, a exemplo do
se-ha feito nos paizes mais adiantados, é não só que
dualmente para a emancipação a que aspira e a preparal-a gra-
que tem jus
incontestável, como também arrancal-a á dominação nefasta
dos que fiam da ignorância do sexo frágil todo o seu
üis aqui a noticia da festa de regularisação a poder.
que nos-refe-
rimos, e que resumimos do artigo a este respeito publicou
o Lorrew Paulistano. que
A ceremonia verificou-se no Templo da L.\ do Bit.-. Esc •
bete de Setembro, que se-achava ricamente adornado.
A concurrencia foi extraordinária, e as OOfiv. do mesmo
Ur -. America e Amizade,fizeram-se representar commissões.
Goncluido o acto da regularisação, por
por uma commissão para
esse effeito nomeada pelo Gr.-. Or.-. do Brazil, foram
taaas as Senhoras e sob sua direcção continuaram juramem-
os trabalhos.
Em seguida usaram da palavra o R.\ Tiv. Antônio Egydio
de Moraes, na qualidade de Ven.\ da OíT. *. Sete de Setembro c
Presid.-. da Com.-. Rcgul.*., as 1111.-. Br.*. D. FranciscaCa-
rolina de Carvalho (Gr.\ Mestr.-.),]). Constantina Augusta de
Oliveira Campos (Orad.-.), D. Filadclpha Maria de Oliveira
Paes {Secrei.•.), e Os RR.-. Ilr.-. Dr. Camargo c Misael Penna,
por parte da OíT.-. Amizade, Cerqueira Mendes, Orad.-. da
OíT.-. Sete de Setembro e Oliveira Bello, Orad.'. daOff.-. America.
Entre os diversos RR.\ MMaç.\, que compareceram a esta
festa, via-se o venerando paulista, o 111.-. Ir.-. Coronel Joa-
quim Floriano de Toledo, que em nome do passado, do qual é
gloria e orgulho, associava-se á nova era inaugurada naquella
oceasião para a mulher, para a Maç.-. e para a sociedade.
Ás 11 horas da noite terminou a solemnidade.
Sociedade—gloria do lavradio.—Constando-nos, ainda que
não oficialmente, que esta sociedade, annuindo ao convite da
sociedade locatária—Gr.-. Or.-. Unido do Brazil—resolveu
sollicitar da administração do estado auetorisação para augmen-
tar seu capital, e pretende mandar erguer no edifício um se-
gundo andar, onde construirá um grande Templo e accom-
modações para a Gr.-. Secret.-., lembramos á mesma, alem
da urgência de effectuar a obra, a opportunidade de melhorar
as condições do edifício, chamando para tal fim um hábil
mestre que estabeleça o plano de accordo com a arcliitectura
maç.-. e de modo a satisfazer as necessidades actuaes da
Ord.-.
Chaíne d'union.—Recommendamos aos nossos Ilr.'. a acqui-
sição deste jornal maç.*. francez, que cada vez mais augmen-
tado, graças á perseverança do seu redactor, o 111.-. Ir.-.
Hubert, contem preciosos artigos, que offerecem aos Maçons
estudiosos amena e instruetiva leitura. Assigna-se no estabele-
cimento do R.\ Ir.-. Lombaerts, árua dos Ourives n. 17.
324

MCLAMClO OMCIAL

Tendo no numero 7 do Boletim, apezar de todo o cuidado da


Red.*, na revisão das provas typographicas, apparecido alguns
erros e deficiência denomes, fazem-se officialmente as seguintes
correcções e additamentos:
A' pag. 233,1. ÍO, faltaram os nomes dos RR.-. Ilr.-. Des-
champs de Montmorency e Corte Real.
A' pag. 217, l 12, em vez de 29 Alai, deve ser: 20 Mai.
A' pag. 266,1. 12, em vez de installação da OííV. Silencio
leia-se installação da nova Administração da OIT. ¦. Silencio.
A' pag. 267, 1.11, acerescente-se: realidade.

EXPEMENTE E AVISOS
li»

Começamos neste numero e continuaremos nos futuros a


consagrar uma ou mais paginas, segundo exigirem as circums-
tancias, a resposta de ecol.\ ggrav.-. de diversos RR.-. Ilr.-.
que de nos sollicitam informações a respeito da Const.-., usos
e jurisprudência maç.-. Como estas cartas não são
em numero, methodisando a resposta, daremos maior pequenas
extensão
as ínlormaçoes, salvando-nos em muitos casos
de respon.
m6Sma questã0, Pr°P°sta P°r differentes correspon-
denta
AoIV'JrY <íuesob ° pseudonymo de Armides
a a~ um bello
dedica nos-
discurso pronunciado em uma festa maç •
agradecemos cordialmente a offerta, sentindo não
sua extensão podermos
por publical-o. A
— Aos RR.-. Hr.-.
que pedem a nossa intervenção em
promovermos o mais possível a descentralisação da Maç.-., em
favor da liberdade e autonomia das LL.\
deremos que somos sectários desse provinciaes, respon-
seja a presente oceasião a mais principio, posto que não
propicia para realisal-o. A pro-
xima Constituinte, que em tal se-converterá
o Gr • Or • onde
— 325 —

terão assento para o futuro anno maç.*. Deputados munidos de


plenos poderes para reformarem a Const.-., poderá introduzir
úteis melhoramentos neste sentido, o que actualmentc seria
difficil o talvez inconveniente, cm razão de hábitos inveterados,
que não devem ser destruídos de chofre e da falta de perfeita
união entre dous elementos, regidos ha pouco por leis diversas
e que só o tempo poderá combinar estreitamente, econfundir em
um só, firme o compacto.
— Ao R.\ Ir.-., de Pelotas, que deseja a publicação de um
artigo a respeito das resoluções adoptadas pelas LL.\ daquelle
Or.*. sobre a actual propaganda maç.-., pcza-nos não acceder
ao seu desejo, por ainda não conhecermos, quer particular,
quer oílicialmente, as resoluções a que sc-refere.

Tendo a Red.*, do Boletim officiàl dado maior extensão a


esta publicação, tanto na parte interna, como estrangeira, o
que facilmente se-observa nos números ultimamente publica-
dos; e devendo para o futuro augmentar em artigos, noticias e
informações, lembramos aos nossos Ihv. que fazem parte
actualmentc do Gr.-. Or.-. Unido a conveniência do seu auxilio
efficaz para esse desideratam, já attendendo ao amor da Ord.*.
e á necessidade de conhecerem as leis que emanam dos Corpos
Superiores, já á extrema moclicidade do preço da assignatura.

Dispondo o Art. 12 do Decr.-. n.° 2 do Gr.-. Or.'. Unido


que será facultado ás LL.\ subordinadas de cada Corpo que
tiverem idêntica denominação o direito, caso não queiram fim-
dir-se,de mudar o seu titulo distinetivo ou sujeitar-se no Gr.-.
Or.-. á sorte que as-distinga numericamente ; damos aqui a
relação das LL.v a que se-refere esse Art.
OR.-. DO PODER CENTRAL.— 2 - Commercio e artes ; Im-
parcialidade ; c.vridade • reunião beneficente ; dous de dezem-
bro ; Commercio ; Silencio ; Estrella do Rio ; Amparo da Vir-
TUDE ; PílILANTROPIA E OllDEM ; DEZOITO DE JüLIlO ; e AMOR DA
Pátria.
8
- 326 —

PROVÍNCIAS.— 2-Fidelidade e Beneficência (S. Salvador,


na Bahia); União e Beneficência (uma no Recife, Pernambuco e
outra em Mamanguape, Parahyba do Norte); Harmonia (Belém,
Pará); Firmeza e Humanidade (uma cm Belém e outra no Re-
cife) -, Perseverança (uma em Ouro-Preto, Minas Geraes c outra
a
em Paranaguá, Paraná); Concórdia 2 (uma na Corte c outra
em Itaborahy); 3-Fraternidade (uma em Santos, 8. Paulo ;
outra em Bagé, Rio Grande do Sul; e outra em Taubaté, S.
Paulo).
Convém notar que existem Perseverança 2/ 3/ (a primeira
em Macahé, Rio de Janeiro e a segunda na cidade de S. Paulo)
e Fraternidade 2/ e 3." (a primeira em Iguape e a segunda
em S. João do Rio Claro, ambas na província de S. Paulo.)

Res/. 12/ do ReCt/. do Boletiu Oiticial.—O Gr/. Or/.


enviará a cada uma das OOff/. do Circulo regularmente um
numero do Boletim, afim de que tendo conhecimento de suas
resoluções, lhes-dôem execução, sem dependência de qualquer
outra communicação da Gr/. Secret/. Ger.\ da Ord/.

A Red/, do Boletim, muito grata ficará aos SSecr/. das


LL/. assim como a qualquer Maç/. que lhe-remetter notas
sobre osttrab/. de sua Off.\ e lhe-communicar qualquer docu-
mento maç/. que mereça ser publicado, ou enviar jornaes que
defendam e combatam a Ord/.

Nous prions tous les rédacteurs auxquels nous envoyons


notre Bulletin de youloir bien nous remettre en échange regu-
lièrement leurs journaux.
Adresse du Secretarial—Rua do Lavradio, 53. K.
Rio de Janeiro, Brazil.
327

ULTIMAS NOTICIAS
*¦!¦"" - —-- — *- ...... .^^y^^. ~^„ .... —^—|

^ Acabamos de receber pelo paquete americano noticias dos


Estados-lnidos; donde nos-communicam a partida para a
Europa do Pod.-. Ir.\ Albcrt Goodall e nos-remettem a carta
que annullaasfuneções que exercia o Ir.-. Dr. A. J. de M. M.
de Rep.\ do Sup.-. Cons.-. de Boston junetoao Sup.-. Cons.\
do Brazil.
O Pod.-. Ir.-. 33. \ Josiah II. Drummond, Sob.-. Gr.-.
Com.-, daquellc Sup.-. Cons -., condemnando altamente o pro-
cedimento do bispo do Rio de Janeiro, nos-assegura a adhesão
sincera e leal de toda a Maç.*. americana á lueta sustentada
pela Maç.-. do Brazil contra os jesuítas.

Da Chaine d'Union n. 8, correspondente a este mez, que.


também recebemos, extraímos a seguinte noticia, relativa ao
Brazil :
Bolrtim do Gr.'. Or.-. do Brazil, //. G, Maio.— Comme toujours, cette im-
portante et précieuse *.revue offre le plus grand attrait et nous démontre 1'énergie
que meítent nos FP. du Brésil à sauvegarder leurs droits et leur dignité, l'lio-
norabilité et 1'indépendance de Tlnst.*. des prétentions étranges et des attaques
odieuses de rultramontanisme. Nos FFr. ¦. du Brésil sont dautant plus en me-
sure de lutter victorieusement, à cet égard, qu'ils respectent et observent rigou-
reusement Ia loi maç.-.
Quelques extraits du Bulletin pour Vétranger.
Bientot après le Bulletin de Mai duGr.-. Or.*.. nous avous reçu un docu-
ment imprime, dont le titre seul est une indication sufnsante pour faire compren-
dre toutes les conséquences favorables que en resulteront pour rinst.-. Maç.-.
au Brésil.
« Proposition adoptée le 20 Mai par les GGr.*. Or.-. du Lavradio et dos
Beneãiotinós, pour servir de base à Ia constitution d'un Gr.*. Or.-. Uni du
Brésil. »
Felicitons nos chers FF. •. de cet lieureux rósultat.
Nous remettons au numero procliain de parler du livret : Revue de Ia Corres-
yondance, n. 4;
2.° Du Manifeste de Ia Maç.*. du Brésil;
3.° Du projet de loi crèant une Oaisse Maç.*. de Secours entre Franc-
Maçons.

^BIBatBCB8MBMBgBBffi3S3aaEBaaHBBaBBBHB BMBBE BBEÊSJU

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