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Linguistica ii – texto sobre pragmática – Fiorin – A linguagem em uso

As oposições semânticas não conseguem explicar tudo. A pragmática se ocupa da prática


linguística.

John Austin – homem realiza atos ao falar.

Paul Grice - conteúdos implícitos se apresentam na fala – mais do que as palavras significam.

Enunciação – valor autorreferencial – uso dos dêiticos – lugar; tempo e participantes (p.167) –
só podem ser compreendidos no interior de uma situação de comunicação. Enunciado
performativo – enunciação faz parte.

Certas negações – enunciação posta em negação – p. “não é que eu ame, eu simplesmente


adoro”.

Enunciação em jogo – sinceramente, discordo.

Interferências – implicações que derivam dos próprios enunciados.

Frase – fato linguístico (significação), enquanto o enunciado não pode ser retirado do seu
contexto (sentido).

Frase – estudada pela semântica, enquanto o enunciado é estudado pela pragmática.

Instrução

Como determinado conector, por exemplo, é lido em dado contexto.

Teoria dos atos de fala – há afirmações que não descrevem estados de coisas. Performativos –
não basta apenas enunciar, é preciso que as circunstâncias estejam corretas. Condições de
sucesso ou fracasso dos performativos.

Há performativos implícitos e explícitos – levar em conta a situação, a entoação...

3 atos – locucionário – dizer

- ilocucionário – se realiza na linguagem (marcado na linguagem)

- perlocucionário – se realiza pela linguagem (não sabemos como o interlocutor vai


reagir).

A linguagem é ação – mesmo os constativos são em parte performativos. Porque recorremos a


atos de fala indiretos? – uma das justificativas é que queremos atenuar os aspectos negativos.

Máximas conversacionais

- princípio da cooperação – objeto ou finalidade.

Grice – implicaturas e princípios gerais da comunicação.


Implicaturas convencionais (expressão linguística – não precisa de elementos fora da língua
para se realizar) e conversacionais (contexto – cooperação e máximas conversacionais são
necessárias) – Há situações em que as duas implicaturas se misturam.

Máximas conversacionais – quantidade/qualidade/relação e maneira.

A prescrição das máximas pressupõe sua violação – exploração das máximas – efeitos de
sentido obtidos da violação – comunicação fática – ta frio hoje, né? – a máxima da qualidade é
questionada.

Máxima da quantidade – frases obvias “como eu sou eu” – quando não se dá a informação
mais forte que se tem “o frasco caiu” – na verdade ele quebrou.

Falante quer que o interlocutor creia em suas palavras – máxima da qualidade – isso é
questionado em ironias, por exemplo – você não quer que a pessoa entenda o que você disse
do jeito que ela disse.

Frases que aparentemente não tem coerência – máxima da relação é explorada. “tô sem
gasolina” – “tem um posto logo ali”.

Máxima da maneira – modo mais econômico de abordar um tema; respeitar os turnos de fala
e influcienciar diretamente “cê quer comer pizza?” “pizza é gordurosa”.

Pressupostos e subentendidos

Pressuposto – não esta posto, não é o objeto, mas sim o que se infere pelo enunciado.

p.182 – negação e interrogação que atingem o posto, não atingem o pressuposto


necessariamente.

Só a aceitação dos pressupostos permite o dialogo. Subentendido – o ouvinte é responsável


por ele.

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