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DOMINANTESBiologia
Professora: Francisca Moura
DOENÇAS:
Doença de Doença de Degeneração
Polidactilia Huntington von Hippel Macular
Não existe cura nem nenhuma estratégia para impedir a sua progressão. Por isso, os objetivos são
retardar o aparecimento dos sintomas e manter o doente autónomo e ativo durante o maior período
de tempo possível. A terapêutica pode ser eficaz na depressão ou na ansiedade, ou pode ajudar a
minimizar os movimentos involuntários. É importante que estes pacientes sejam acompanhados por
um médico neurologista que possa coordenar o trabalho com outros profissionais de saúde.
DOENÇA DE VON HIPPEL:
A doença de von Hippel-Lindau é uma
doença neurocutânea hereditária rara
caracterizada por tumores benignos e
malignos em múltiplos órgãos. Realiza-se o
diagnóstico usando critérios clínicos e/ou
testes genéticos moleculares. O tratamento
é com cirurgia e, algumas vezes,
radioterapia ou, para angiomas da retina,
coagulação a laser ou crioterapia.
GENE QUE CAUSA/COMO CAUSA?
A doença de von Hippel-Lindau é uma doença neurocutânea
TRATAMENTO:
Cirurgia ou, algumas vezes, radioterapia
Para angiomas de retina, coagulação a laser ou crioterapia
Monitoramento de rotina
O tratamento da Von Hippel-Lindau frequentemente envolve remoção cirúrgica
do tumor antes que surjam danos maiores. Feocromocitomas são removidos
cirurgicamente; às vezes é necessário tratamento da hipertensão contínuo.
Carcinomas de células renais são removidos cirurgicamente; cânceres
avançados podem responder a tratamento farmacológico. Alguns tumores
podem ser tratados com radiação focal em altas doses.
Belzutifan, um inibidor oral do fator de transcrição induzido por hipóxia 2 alfa,
está agora disponível para uso em pacientes adultos com carcinomas de células
renais, hemangioblastomas do sistema nervoso central ou tumores endócrinos
pancreáticos que não requerem remoção cirúrgica imediata.
DEGENERAÇÃO MACULAR
A degeneração macular é uma doença da retina que afeta a mácula em que o
envelhecimento é a sua principal causa. Contudo, nem sempre o envelhecimento é a causa
para a degeneração da mácula. A degeneração macular em jovens e crianças, ou seja numa
idade mais precoce também é possível apesar de ser bastante menos frequente que nas
pessoas mais idosas.
A mácula é uma pequena parte da retina, com um importante papel na visão
GENE QUE CAUSA/COMO CAUSA?
Embora as causas de degeneração macular não sejam completamente compreendidas na atualidade,
sabe-se que existem alguns fatores de risco para o seu surgimento. A idade é um fator de risco
importante para a degeneração macular. A doença é mais provável de ocorrer após os 60 anos,
todavia pode ocorrer mais cedo. Outros fatores de risco determinantes para o surgimento da
degeneração macular incluem:
Fumar. A investigação mostra que fumar duplica o risco de vir a padecer da doença.
Raça. A degeneração macular é mais comum entre brancos do que entre os afro-americanos ou
hispânicos / latinos.
História familiar. Pessoas com história familiar de degeneração macular têm um risco aumentado
de vir a padecer da doença (fator genético, hereditário).
SINTOMAS:
Contudo, com a progressão, o indivíduo
No estágio precoce da degeneração macular , apresenta perda visual mais acentuada e até
quando há somente a presença de drusas, o grave, quando há o desenvolvimento de
paciente pode ser assintomático ou neovascularização de coróide, forma úmida
apresentar somente redução leve da visão, da doença
desconforto visual. A figura abaixo, mostra o aparecimento de
A figura abaixo mostra as drusas, que são sangue na mácula, manchas avermelhadas.
pequenas manchas amareladas
RETINOSE PIGMENTAR:
SINTOMAS:
Um dos sintomas iniciais da retinose pigmentar é a dificuldade de enxergar à noite,
conhecida como nictalopia. Aqui, o paciente começa a levar mais tempo para se
ajustar à escuridão, não enxergando muito bem quando passa de ambientes muito
iluminados para lugares mais escuros; Além disso, ele pode ter dificuldade para
dirigir à noite, principalmente em vias pouco iluminadas.
Com o passar dos anos, o campo visual periférico se torna cada vez maior, fazendo
com que a pessoa não consiga ver as coisas que estão ao seu lado sem virar a
cabeça. Esse sintoma, inclusive, é conhecido como “visão de túnel”.
Nos estágios posteriores da doença, os cones da retina podem ser afetados,
tornando a visão para cores menos detalhada e provocando maior sensibilidade á
luz (fotofobia). Por último, a doença se evolui a ponto de comprometer toda a visão
central.
TRATAMENTO:
Atualmente, não existem tratamentos que levem à cura completa da
doença.
No entanto, foi liberado recentemente nos Estados Unidos um
tratamento baseado em terapia gênica chamado Luxturna, que
estaria indicado em casos de distrofia retiniana relacionados ao
gene RPE65.
O tratamento está indicado em casos iniciais e não funciona para
pacientes que já estão com a doença avançada. Para recuperar a
visão nestes casos, estão sendo feitos estudos com células tronco e
chips de retina. Porém, não estão disponíveis para tratamento no
momento.
A suplementação com Ômega 3 e vitamina A vêm mostrando
benefícios para ajudar a retardar a evolução da doença, mas o
tratamento deve ser monitorado pelo médico. Afinal, existem riscos.
NEFRITE HEREDITÁRIA:
A Síndrome de Alport (SA) foi
descrita pela primeira vez em
1927 por um médico
chamado Arthur Alport. Ele
reconheceu associação entre
quadros de hematúria,
surdez, alterações oculares
relacionados a pacientes de
uma família portadora de
nefrite hereditária
GENE QUE CAUSA/
COMO CAUSA?
A SA é classificada como uma doença glomerular hereditária, do grupo das
nefrites. São causadas por mutações de genes que codificam proteínas do
colágeno do tipo IV, que pode ser transmitida geneticamente ligada ao
cromossomo X (a maioria dos casos), de forma autossômica recessiva,
autossômica dominante e digênico.
TRATAMENTO:
O tratamento farmacológico que
existe são bloqueadores do
Sistema Renina-Angiotensina-
Aldosterona (SRAA). Eles agem
retardando a perda da função
renal. Para as pessoas com
insuficiência renal necessitam ser
submetidas à diálise ou receber
um transplante renal.
SÍNDROME DE MARFAN:
A síndrome de Marfan é um distúrbio raro do tecido
conjuntivo que causa anomalias nos olhos, nos ossos, no
coração, nos vasos sanguíneos, nos pulmões e no sistema
nervoso central. Também é conhecida como
aracnodactilia, pois é um dos sinais da síndrome de
Marfan, que se caracteriza por dedos das mãos e pés
anormalmente longos, delgados ou finos e a magreza
também se torna um fator recorrente
GENE QUE CAUSA/COMO CAUSA?
A síndrome de Marfan é causada por mutações no gene que codifica uma proteína
chamada fibrilina. A fibrilina ajuda o tecido conjuntivo a manter sua força. O tecido
conjuntivo é o tecido resistente e normalmente fibroso que une as estruturas do
corpo e fornece sustentação e elasticidade.
Se o gene da fibrilina sofrer mutação, algumas fibras e outras partes do tecido
conjuntivo passam por alterações que acabam enfraquecendo o tecido. A fraqueza
afeta os ossos e as articulações, bem como as estruturas internas, como o coração,
os vasos sanguíneos, os olhos, os pulmões e o sistema nervoso central (o cérebro e a
medula espinhal). Os tecidos debilitados se distendem, distorcem e podem até se
romper. Por exemplo, a aorta (a principal artéria do corpo) pode enfraquecer, ficar
saliente ou rasgar. Tecidos fracos em uma válvula cardíaca podem causar o
vazamento da válvula. Os tecidos conjuntivos que unem estruturas podem se
enfraquecer ou se romper, separando estruturas anteriormente unidas. O cristalino e
a retina do olho podem, por exemplo, se soltar da sua fixação normal.
SINTOMAS:
Problemas musculoesqueléticos
As pessoas com síndrome de Marfan são mais altas que o esperado
para a sua idade e hereditariedade. A amplitude dos braços (a
distância entre as pontas dos dedos com os braços estendidos) é
superior à altura delas. Os dedos da mão são compridos e finos. O
esterno está frequentemente deformado, o que faz com que ele
sobressaia ou afunde. As articulações podem ser muito flexíveis. Pés
chatos, uma deformidade da articulação dos joelhos que faz com
que os joelhos se dobrem para trás e uma corcunda com curvatura
anômala da coluna vertebral (cifoescoliose), bem como hérnias, são
frequentes. Essas pessoas em geral têm pouca gordura sob a pele.
O céu da boca costuma ser alto.
SINTOMAS: Problemas cardíacos
As complicações mais perigosas se desenvolvem no coração e nos pulmões. Pode se
desenvolver fraqueza do tecido conjuntivo na parede da aorta. A fraqueza da parede pode
resultar em infiltração de sangue entre as camadas internas da parede da aorta (dissecção
aórtica), causando uma laceração ou saliência (aneurisma) que pode se romper. Estes
problemas algumas vezes se desenvolvem antes de a criança ter dez anos de idade.
A gravidez eleva o risco de dissecção da aorta. O parto por cesariana (cesariana) costuma ser
recomendado para minimizar o risco.
Caso a aorta se alargue ou dilate gradativamente, a válvula aórtica, que vai do coração à aorta,
pode apresentar vazamento (um quadro clínico denominado regurgitação aórtica). O
alargamento da aorta ocorre em 50% das crianças e em 60 a 80% dos adultos. A válvula mitral,
localizada entre o átrio e o ventrículo esquerdos, pode apresentar vazamento (regurgitação
mitral) ou projetar-se para dentro do átrio esquerdo (prolapso da válvula mitral).
Essas anomalias das válvulas cardíacas podem prejudicar a capacidade do coração de bombear
o sangue. As válvulas cardíacas anômalas podem também apresentar infecções graves
(endocardite infecciosa).
TRATAMENTO:
-Betabloqueadores
-Às vezes, reparo cirúrgico da aorta e das válvulas
-Às vezes, uma órtese e, às vezes, cirurgia para reparar a curvatura da coluna
Não existe cura para a síndrome de Marfan, nem forma de corrigir as anomalias do tecido conjuntivo.
O objetivo do tratamento da síndrome de Marfan é prevenir e/ou reparar complicações perigosas.
Betabloqueadores (como atenolol e propranolol) são medicamentos que diminuem a frequência
cardíaca e diminuem a força das contrações cardíacas. Esses medicamentos são administrados para
que o sangue flua mais suavemente pela aorta. Contudo, caso tenha ocorrido o alargamento da aorta
ou o surgimento de um aneurisma, a parte afetada deve ser corrigida ou cirurgicamente substituída.
Regurgitação grave da válvula também é reparada cirurgicamente. Gestantes correm risco
especialmente elevado de complicações na aorta. Assim, o reparo da aorta antes da concepção deve
ser discutido. Bloqueadores dos receptores da angiotensina II (como losartana e candesartana) são
outros medicamentos que também podem ser administrados para reduzir a pressão arterial.
Um deslocamento do cristalino ou da retina pode ser em geral retificado com cirurgia.
Uma órtese é usada para tratar uma curvatura anômala (escoliose) da coluna pelo máximo de tempo
possível. Contudo, algumas crianças precisam de um procedimento cirúrgico para corrigir a curvatura.
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FONTES
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