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Proteínas

As proteínas são formadas essencialmente por carbono (C), oxigênio (O), nitrogênio (N) e hidrogênio (H),
mas podem apresentar enxofre (S). São macromoléculas formadas pela união de várias moléculas menores
denominadas aminoácidos. Elas participam da composição de muitas estruturas do corpo dos seres vivos,
tendo, principalmente, função estrutural além de atuarem como enzimas, anticorpos e na formação de alguns
hormônios. Por isso, as proteínas são essenciais para o funcionamento dos organismos.
Existem na natureza vinte aminoácidos distintos, que podem participar da formação de todas as proteínas
de todos os seres vivos. Os aminoácidos apresentam na sua composição um grupamento amina (NH2) e um
grupamento carboxila ou ácido carboxílico (COOH). Por essa razão, eles são denominados aminoácidos. Esses
grupamentos estão ligados a um mesmo átomo de carbono, que, por sua vez, está ligado a um átomo de
hidrogênio e a um radical que varia de aminoácido para aminoácido. Portanto, é em função desse radical que
se diferenciam os tipos de aminoácido [Figura 11].

Figura 11. Estrutura de um aminoácido.

A ligação entre dois aminoácidos vizinhos em uma molécula de proteína é denominada ligação peptídica e
ocorre sempre entre o grupo amina de um aminoácido e o grupo carboxila do vizinho. Moléculas resultantes da
condensação de aminoácidos são genericamente chamadas peptídios. Dois aminoácidos formam um
dipeptídio, três formam um tripeptídio, quatro um tetrapeptídio e assim por diante. Os termos oligopeptídio
(do grego oligo, pouco) e polipeptídio (do grego poli, muito) são também usados para denominar as moléculas
formadas, respectivamente, por poucos e por muitos aminoácidos. Proteínas são geralmente constituídas por
grande número de aminoácidos e, por isso, pertencem à categoria dos polipeptídios.
Proteínas podem diferir umas das outras nos seguintes aspectos:
a) pela quantidade de aminoácidos da cadeia polipeptídica;
b) pelos tipos de aminoácidos presentes na cadeia;
c) pela sequência em que os aminoácidos estão unidos na cadeia.
Assim, mesmo que duas proteínas possuam exatamente o mesmo número e as mesmas proporções de tipos
de aminoácido, elas podem ser diferentes, dependendo da sequência em que esses aminoácidos estão unidos.

Estrutura das proteínas

Estrutura primária: A sequência linear de aminoácidos de uma cadeia polipeptídica é denominada estrutura
primária e tem fundamental importância para a função que a proteína irá desempenhar.

Estrutura espacial: Enrolamentos e dobramentos que ocorrem na cadeia polipeptídica, determinados pela
estrutura primária.
Estrutura secundária: Primeiro nível de enrolamento, geralmente helicoidal (espiral).
Estrutura terciária: A cadeia polipeptídica, já enrolada helicoidalmente em estrutura secundária, dobrada
sobre si mesma.

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Estrutura quaternária: Quando a proteína é constituída de duas ou mais cadeias polipeptídicas
quimicamente unidas na forma de estrutura terciária [Figura 12].

Figura 12. Estrutura das proteínas.

Funções das proteínas: A proteínas possuem varias funções nos organismos atuando no transporte de
substâncias (hemoglobina), nos movimentos/contração muscular (actina e miosina), na estrutura e sustentação
do corpo (colágeno), na defesa (anticorpos) e como catalíticas (enzimas).

Enzimas

Enzimas são proteínas que participam de processos biológicos, aumentando sua velocidade, porém sem se
alterar durante o processo, por isso as enzimas são chamadas de catalisadores biológicos. Uma enzima é uma
molécula polipeptídica geralmente de grande tamanho, enrolada sobre si mesma formando um glóbulo. Na
superfície da enzima há saliências e reentrâncias, que permitem o encaixe das moléculas sobre as quais a
enzima atuará, genericamente chamados de substratos enzimáticos. Locais da enzima que propiciam o encaixe
ao substrato são denominados centros ativos.
As enzimas têm atuações específicas, isto é, uma enzima atua somente em uma ou em poucas reações
biológicas. A especificidade de uma enzima é explicada pelo fato de seus centros ativos se encaixarem
corretamente apenas a seus substratos específicos, como uma chave se encaixa apenas à sua fechadura. Esse
modelo para explicar o funcionamento enzimático é chamado de modelo chave-fechadura [Figura 13].

Figura 13. Modelo da chave-fechadura para a ação enzimática, aqui representando a enzima sacarase.

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