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1.

Princípios básicos da Estatística

Segundo Costa (1998, p. 12), afirma que “A palavra ESTATÍSTICA vem de


“STATUS” (palavra latina que, em português, significa ESTADO)”.

Costa (1998, p. 15), enfatiza que:

“O técnico em agropecuária pode se valer da estatística para analisar, interpretar


dados e desenvolver o seu senso crítico. Com a globalização dos mercados,
decorrentes da internacionalização das economias, o mundo do trabalho vive
um processo de constante necessidade organizacional de dados estatísticos”.

A estatística também dará suporte às pesquisas, na interpretação de resultados e


indicadores futuros. Para compreender-se o estudo da estatística, existem conceitos básicos que
precisam estar bem definidos, são eles os conceitos iniciais de estatística, mais especificamente:
definição de população, amostra, variável, tabela, frequência e gráfico.

Para utilizar a estatística, existem alguns princípios importantes, considerados fases do


método estatístico, são eles:

 Identificação do fenômeno: para compreender melhor algum fenômeno,


precisamos entender o que ele é e como acontece. Para isso, veremos como os
dados nos ajudam a entender determinada situação.
 Planejamento: pensar em estratégias para realização da pesquisa, definir o
sujeito dessa pesquisa e como será a coleta de dados.
 Coleta de dados: realização da coleta dos dados do fenômeno que queremos
entender melhor.
 Organização dos dados: após a coleta, é importante organizar esses dados,
separando-os da forma que for mais conveniente e preparando-os para serem
analisados.
 Apresentação dos dados: para visualizar melhor o fenômeno e permitir uma
análise eficiente dele. Esses dados são apresentados por meio de tabelas e
gráficos.
 Análise dos resultados: nessa etapa analisa-se todos os resultados apresentados.
É por meio dessa análise que se percebe se a pesquisa foi eficiente e se define
quais são as ações a serem tomadas com base nos dados apresentados.
1.1. População

Na Perspectiva de Costa (1998, p. 16), estabelece que:


“Chamamos de população ou universo o conjunto de todos os elementos da
pesquisa a ser realizada. A população é formada por todos os elementos desse
conjunto, podendo ser qualquer coisa, como pessoas, objetos ou outros seres
vivos, desde que esses elementos do conjunto possuam as características que
desejamos pesquisar”.

Por exemplo, ao pesquisar-se sobre a intenção de votos na população


moçambicana, existem características bem definidas para população, que, nesse caso,
necessariamente precisa ser brasileira e hábil a votar.

1.2. Amostra

Costa (1998, p. 17), estabelece que “A amostra é o conjunto de indivíduos


consultados na pesquisa. Por exemplo, se em uma empresa nacional tem como objetivo
pesquisar o nível de satisfação dos seus colaboradores, ela pode consultar somente parte
desses colaboradores com o objetivo de conseguir prever o comportamento da
população”.

1.3. Variável

Segundo Crespo (1993, p. 72), enfatiza que:

“Variável é o meu objeto de pesquisa, é a pergunta para a qual a minha pesquisa


está procurando resposta. Essa variável pode ser classificada no estudo de tipos
de variáveis. Uma variável pode ser classificada como qualitativa (nominal ou
ordinal) ou quantitativa (discreta ou contínua)”.

Na variável quantitativa, a pesquisa busca receber como resposta uma


quantidade, ou seja, um valor numérico, por exemplo, o número de acidentes de
trânsito, o número de casos de COVID-19, o salário médio ou a altura média da
população. A variável quantitativa pode ser separada em dois casos:

 Quando essa quantidade é uma medida, ela é conhecida


como quantitativa contínua, por exemplo, o salário, a altura, o peso.
 Quando essa quantidade é uma simples contagem, estamos trabalhando
com uma variável quantitativa discreta, por exemplo, a quantidade de
ligações em um SAC.
Crespo (1993, p. 75), estabelece que “Na variável qualitativa, a pesquisa busca
como resposta uma característica, por exemplo, uma cor, ou o grau de escolaridade, de
agravamento de uma doença”.

Segundo Crespo (1993, p. 79), afirma que “Quando essa qualidade possui uma
ordem, é conhecida como qualitativa ordinal. Por exemplo: escolaridade (ensinos
fundamental, médio ou superior) ou nível de agravamento de uma doença (leve,
intermediário, grave)”.

Quando essa qualidade é uma característica qualquer e não possui ordem, ela
é qualitativa nominal. Por exemplo: a cor de carro preferida ou o sabor de sorvete mais
vendido.

1.4. Tabela de frequência

Segundo Crespo (1993, p. 83), estabelece que:

“A tabela de frequência é uma forma de organização dos valores de variáveis


coletados. Chamamos de frequência absoluta (FA) o número de vezes que uma
mesma resposta repetiu-se, e de frequência relativa (FR), a porcentagem que
essas repetições representam em relação ao todo”.

Por exemplo, se, em uma pesquisa, das 1000 pessoas consultadas, metade
respondeu a mesma coisa, significa que a frequência absoluta dessa resposta será 500 e
que sua frequência relativa será 50%.

1.5. Representação por gráfico

Crespo (1993, p. 85), afirma que “A forma de representar-se esses dados


também é muito importante, levando-se em consideração o tipo de pesquisa a ser feita,
existirá uma forma mais conveniente para representá-los. As formas mais comuns são
o gráfico de linhas, o de barras, os histogramas, os pictogramas e o de setores”.
2. Utilização e Aplicação da Estatística
2.1. Utilização da Estatística

Segundo Lopes (2007, p. 14), estabelece que:

“A estatística é uma ciência que serve para coletar, analisar e interpretar dados.
Ela é usada em diversas áreas, como no setor financeiro, nos estudos climáticos,
na medicina, entre outros. Usamos a estatística para analisar fenômenos do
passado, mas ela também serve para prevermos a probabilidade de eventos
futuros”.

De fato, a estatística tem sido utilizada na pesquisa científica para a otimização


de recursos econômicos, para o aumento da qualidade e produtividade, na otimização
em análise de decisões, em questões judiciais, previsões e em muitas outras áreas.

Na Perspectiva de Lopes (2007, p. 16), afirma que:

“Forma uma ferramenta chave nos negócios e na industrialização como um


todo. É utilizada a fim de entender sistemas variáveis, controle de processos
(chamado de "controle estatístico de processo" ou CEP), custos financeiros
(contábil) e de qualidade e para sumarização de dados e também tomada de
decisão baseada em dados. Em nessas funções ela é uma ferramenta chave, e é a
única ferramenta segura”.

2.2. Aplicação da Estatística

Lopes (2007), enfatiza que “São diversas as aplicações da estatística, é bastante


comum ver estatísticas referentes a vários cenários políticos, como intenções de voto da
população, aceitação ou rejeição de uma mudança na Constituição etc”.

Segundo Lopes (2007), diz que:


“Além da política, podemos observar a estatística em problemas sociais, como
nos números do trânsito, nas ocorrências de enchentes, na quantidade de
desempregados, na quantidade de assaltos em uma determinada área, entre
várias outras aplicações. Em todos os casos, utilizamos a estatística como
ferramenta para compreender melhor o que está acontecendo e, se necessário,
tomar decisões para alterar o nosso cotidiano”.

A área industrial tem muitas aplicações da estatística como planejamento, desde


os estudos de implantação de fábricas até a avaliação das necessidades de expansão
industrial; na pesquisa e desenvolvimento de técnicas, produtos e equipamentos; nos
testes de produtos; no controle da qualidade e da quantidade; no controle de estoques;
na avaliação de desempenho das operações.

Lopes (2007), enfatiza que:

“Na área social e administrativa a estatística tem grande aplicação nas mais
diversas áreas como: Nos recursos humanos, a estatística encontra-se presente
em pesquisas de compatibilização entre os conhecimentos e habilidades dos
empregados; nos estudos salariais e necessidades de treinamentos: nas propostas
de planos de avaliação de desempenho do quadro funcional”

No estudo de marketing e análise de mercado, a estatística oferece condições de


se poder traçar um perfil adequado para se trabalhar na monitoração e analise de
mercado, nos sistemas de informação de marketing, na prospecção e avaliação de
oportunidades, na análise e desenvolvimento de produtos.

3. Referencia Bibliográfica
1. Costa, S. F. (1998). Introdução ilustrada à Estatística. São Paulo
2. Crespo, A. A. (1993). Estatística fácil. São Paulo
3. Lopes, P. A. (2007). Entendendo a importância da estatística sem ser
gênio, matemático ou bruxo. São Paulo

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