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Goiânia
2017
EDIMAR DUARTE
GISELLE LINHARES CERQUEIRA LEÃO
JACKELLINE MARTINS XAVIER
Goiânia
2017
EDIMAR DUARTE
GISELLE LINHARES CERQUEIRA LEÃO
JACKELLINE MARTINS XAVIER
Banca Examinadora:
_________________________________________
Prof.ª
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Prof.ª
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Prof.ª
Sumário
INTRODUÇÃO...................................................................................................06
1 METODOLOGIA.............................................................................................08
2 RESULTADOS E DISCUSSÕES...................................................................09
REFERÊNCIAS.................................................................................................18
INTRODUÇÃO
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pensamento e da percepção como as situações de emergências mais
encontradas. (REV. ESC. ENF. USP., 2011).
Emergências psiquiátricas constituem 6% de Todas as visitas ao setor
de emergência. (SOOD, MCSTAY, 2009).
A emergência em saúde mental se caracteriza por uma manifestação
de comportamento em decorrência de uma situação em que a pessoa se
encontra e para a qual o seu funcionamento geral está gravemente prejudicado
e o indivíduo torna-se incapaz de assumir responsabilidades pessoais.
(TOWSEND, 2002).
As emergências psiquiátricas são momentos críticos marcados pela
fragilidade e instabilidade do cliente, sendo necessário assim a escuta atenta e
livre de julgamento do profissional de enfermagem. E o mesmo deve ter
perguntas e respostas claras, livres de interpretações ambíguas. (REV. ESC.
ENF. 2011).
A abordagem à pessoa com transtorno mental é tão importância que,
se realizada com segurança, e qualidade é capaz de determinar a aceitação e
a adesão dessa pessoa ao tratamento. A primeira impressão possui
significativa influência, assim como, o modo como a pessoa é recebida, a
atenção que o profissional dispensa e a demonstração de preocupação com o
paciente quando ele chega ao serviço de saúde. Essas atitudes refletem no
modo como o paciente vai lidar com a equipe na aceitação das recomendações
e na sua adesão ao tratamento. (FRANÇA, 2005).
O presente estudo tem como objetivo identificar a atuação do
enfermeiro nas emergências psiquiátricas, prestando um cuidado holístico e
humanizado, respeitando o sujeito na sua subjetividade.
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1 METODOLOGIA
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2 RESULTADOS E DISCUSSÃO
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atendimento às urgências psiquiátricas, quando vítimas agressivas
promoverem situações de risco para si e para os outros, incluindo a segurança
da equipe de Atendimento Pré-Hospitalar. (BRASIL, 2003).
Esses profissionais sentem necessidade de acionar a Polícia Militar
sob o argumento do risco de agressividade. O paciente em crise psíquica se
sente acuado pelo medo da possível violência e do abuso da força que podem
ser praticadas pelo policial o profissional deve dispensar o uso da força policial,
direcionar seu olhar para as necessidades do paciente e utilizar o diálogo como
prioridade de intervenção, ou seja, pautar-se no recurso teórico e científico ao
profissional de saúde, sem negar o atendimento. (ANDIARA, 2015).
No entanto para que esse processo se concretize, os profissionais de
saúde não podem compartilhar com a polícia a tarefa de atemorizar e moralizar
adultos (GOFFMAN, 1974). A agressividade do paciente psiquiátrico não deve
continuar justificando o concílio médico-repressivo indiscriminado entre SAMU
e polícia durante o atendimento às crises psíquicas, pois tais posturas
desvalorizam todo o contexto da Reforma Psiquiátrica brasileira em prol da de
institucionalização. (JARDIM, 2008).
Levando em consideração que um paciente psiquiátrico muita das
vezes precisa ser medicado ou contido o serviço do SAMU não oferece esse
atendimento, o uso da sedação deve ser feito com critério e indicação clínica
quando o paciente coloca em risco a sua integridade ou a de outras pessoas
porém o uso de medicamentos psicotrópicos no SAMU fica prejudicado mesmo
quando existe indicação para sua prática, já que a maioria das ocorrências
psiquiátricas é atendida pelas ambulâncias de suporte básico de vida, que não
dispõem dessas drogas para intervenção. (QUEVEDO, 2008).
Isso significa que, em situação extrema, na qual a paciente manifesta
comportamentos de risco para sua vida o e que outras estratégias de
aproximação tenham falhado, o profissional desse tipo de ambulância só
dispõe da contenção mecânica para intervir, remetendo o atendimento por
meio de atitudes repressivas e violentas que aumentam o desespero e angústia
dos pacientes em sofrimento psíquico.
O despreparo e a falta de treinamento para atender a pessoa com
transtorno vão além do medo profissional e paciente. Coma desde a
ocorrência, para esse paciente ser encaminhado ao atendimento especializado
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é necessário investir em educação continuada qualificação dos profissionais
que atuam nessa área. A educação permanente em saúde mental deve incluir
o conhecimento sobre as mudanças políticas que vem ocorrendo nesta área
com o objetivo de conscientizar e qualificar assim, a educação permanente, no
campo da saúde mental, tem como desafio consolidar a reforma psiquiátrica.
Em seguida foram organizados e sintetizado em um quadro contendo
algumas informações como: autores, título do artigo, periódico, tipo e método
do estudo, ano e resultados alcançados.
A seguir, será exposto no Quadro1, algumas das informações dos
artigos selecionados.
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das unidades de 2010
pronto atendimento
sobre serviço de
atendimento móvel de
urgência
A5 Leitos hospitalares e Cad. Saúde Revisão Samuel K.
reforma psiquiátrica Pública Bibliográfica et. al.
no Brasil com 2008
abordagem
qualitativa
A6 Urgência e Escola de Apostila de Dra. Kelly
emergências enfermagem urgência e Graciano;
psiquiátricas de Ribeirão emergência G.
Preto Verdana.
2016.
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De acordo com a legislação em vigor no Brasil, os recursos
financeiros gerados pela desativação dos leitos psiquiátricos devem ser
necessariamente direcionados para a rede de serviços extra hospitalares de
saúde mental.
No A1 Érika Hissae et al. (2011) fala que assistência em saúde mental
exige avaliações, reavaliações e reflexões constantes dos serviços criados e
adaptados para que atinja o objetivo de inclusão social e não perpetuem a
imagem que portadores de transtorno mental são pessoas, ignorantes,
incapazes, agressivas e violentas e que, portanto, devem ser mantidas longe
do convívio das pessoas em sociedade. No A1 relata que é possível evitar
técnicas restritivas e proporcionar assistência de maior qualidade, que
transcenda o cuidado voltado somente para o corpo, e incorpore o cuidado que
considere a dimensão existencial, relacional, histórica, cultural e situacional
desses pacientes, como sujeitos humanos desejantes.
Destacando a utilização de técnicas da comunicação e relacionamento
terapêuticos para abordagem mais efetiva, e recomenda-se que seja realizado
projeto de educação permanente em saúde mental no campo deste estudo.
A6 da Dra. Kelly Graciano; G. Verdana ( 2016). Os cuidados de
emergências psiquiátricas abrangem ações voltadas para preparo do
atendimento, avaliação, detecção e intervenção precoce de
sintomas e comportamentos e manejo da crise. A equipe multidisciplinar deve
estar coesa, preparada para o atendimento e ter consistência em relação a
contratos e ao manejo em geral.
O atendimento em emergências psiquiátricas representa um
momento crítico marcado pela fragilidade e instabilidade do cliente e grande
responsabilidade para o profissional de saúde. A abordagem baseada em
evidências, rápida, humanizada e eficaz pode ser determinante para o
prognóstico do paciente. Nesses atendimentos são fundamentais o
conhecimento, habilidades, o preparo emocional e a integração da equipe.
No A2 a equipe de enfermagem relatou que a SAE melhora a coleta de
dados, promove mais interação entre o paciente e profissional, além de
favorecer a organização do serviço de forma geral, qualificando o cuidado do
paciente.
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Ana Cláudia; A. M. et. al. ( 2016.) fala que a adesão ao seu uso não
está consolidada. Refere-se a alguns desafios para essa adesão, bem como
algumas inadequações do instrumento da SAE considerando o contexto de
reformulação da atenção em saúde mental, se fazem necessários ajustes
relacionados às mudanças do perfil do paciente, bem como dos cuidados de
enfermagem aos pacientes psiquiátricos é necessária a intervenção
tecnológica, para que todos os profissionais possam melhorar o atendimento,
promovendo a sistematização do serviço.
No A3 foi feito um estudo voltado para a assistência prestada pelos
profissionais de saúde do SAMU na cidade de Natal-RN em casos de urgência
psiquiátrica. Foi citado no artigo que no ano de 2010 entre o mês de Janeiro e
Março ocorreram 314 chamadas para urgências em saúde mental, das quais
74% foram finalizadas com o transporte para o hospital psiquiátrico do
município de Natal-RN.
Desse modo, é importante refletir sobre uma melhoria na reforma
psiquiátrica, existem muitas solicitações para atendimento que não
circunscrevem urgências e emergências, foco de atuação do SAMU colocando
obstáculos à atividade. O SAMU não deve se limitar a um mero instrumento de
transporte manicomial e sim agir de forma incisiva, contemplando as diretrizes
da Reforma Psiquiátrica brasileira.
Andiara, A.C.B et al. ( 2015) descreve que a realidade da assistência
do SAMU aos casos de crise psíquica compõe um contexto complexo e
multifacetado, permeado por elementos sociais e históricos intrínsecos à
discussão sobre loucura e cuidados em saúde. Mas, ao mesmo tempo, esses
aspectos são um estímulo para a produção de conhecimento
Científico que venha a contribuir para a consolidação de uma
intervenção em urgências psiquiátricas humanizadas e articuladas com a
Reforma Psiquiátrica brasileira, garantindo reinserção social e o resgate da
cidadania para os sujeitos em sofrimento psíquico mas que ofereça subsídios
para possibilitar o seguimento correto do tratamento, respeitando seus limites e
possibilidades
No A4 fala sobre A sobrecarga dos Serviços de urgência SAMU a
organização do atendimento pré-hospitalar móvel. Os profissionais de saúde
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relatam que o SAMU é mal aproveitado por parte da população que o utiliza
como “taxi”, demandando um atendimento que não seria necessário.
Uma análise mais apurada do assunto leva a inferir que esse problema
vem das dificuldades na regulação dos usuários pela Central de Regulação
Médica. Segundo os profissionais do SAMU, muitos cidadãos acionam a
Central de Regulação ao se depararem com uma pessoa caída na rua e,
quando a unidade do SAMU chega ao local, seus profissionais verificam a
presença de etilismo, associado ou não a alguma outra comorbidade (ALVES,
VELLOSO, ARAUJO, 2009). Em algumas dessas situações, os profissionais se
veem “obrigados” ou “intimidados” pela população a levar o paciente para o
serviço de saúde de referência, a UPA. Dessa forma, o SAMU adquiriu a
conotação de serviço descaracterizado. Há um grande número de chamadas
recebidas pelas centrais de ambulâncias que se referem a uma pessoa deitada
na rua, geralmente os solicitantes desconhecem essa pessoa e sequer se
aproximam dela antes de telefonar. O simples fato de estar no chão é motivo
suficiente para ligarem para o 192 ou 193, pois estar no chão significa um sinal
de gravidade para a população (JACQUEMONT, 2005).
No A4 relacionado aos serviços prestados pelo SAMU. Meirieles
Tavares Araujo (2010) o serviço deve ser aprimorado e, para isso, faz-se
importante considerarmos a discussão do funcionamento das redes de
referência e contra referência e sua organização, de forma a melhorar as
relações entre os profissionais dos dois serviços, bem como as formas de
regulação do SAMU que e reconhecido como um serviço de excelente
competência técnica e de grande alcance, mas ainda encontra-se sedento de
aperfeiçoamento de sua capacidade gerencial e organizacional, elementos que
poderão ser objetos de novas pesquisas.
Foi possível observar nessa análise dos artigos que é importante
refletirem quanto à saúde mental. Uma abordagem acolhedora é citado pelos
autores como uma importante estratégia para auxiliar no cuidado ao portador
de transtorno mental e cabe ao enfermeiro proporcionar esse espaço, torna-se
relevante considerar que muitas vezes os profissionais Enfermeiro têm medo e
este fato dificulta a relação. Um ambiente apropriado faz com que o portador de
transtorno mental sinta mais seguros e acolhido, favorecendo a escuta
terapêutica e os encaminhamentos para os serviços de apoio.
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O despreparo dos profissionais para lidar com as questões da saúde
mental é um fator preocupante e este fato agrava-se com o aumento da
demanda acarretando em um acolhimento inadequado, comprometendo as
necessidades dessa população. Mesmo considerando que o processo de
reforma psiquiátrica se encontra em fase de implantação no país e que sejam
recentes e, ainda, principiantes as experiências de inclusão de ações de saúde
mental, ressalta-se a importância de estudos na área.
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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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JARDIM, K.; DIMENSTEIN, M. A crise na rede do Samu no contexto da
Reforma Psiquiátrica. Saúde em Debate, Rio de Janeiro, v. 32, n. 78/79/80, p.
150-160, jan./dez. 2008.
KONDO EH, VILELA JC, BORBA LO, PAES MR, MAFTUM MA. Abordagem
da equipe de enfermagem ao usuário na emergência em saúde mental em um
pronto atendimento. 2002.
QUEVEDO,J.;SCHMITT,R.;KAPCZINSKI,F.Emergências Psiquiátricas. 2
ed.Porto Alegre: Artmed,2008.
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