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acesso em 13/02
Resumo
Introdução
A Carta magna estabeleceu regras em seu art. 236, sobre o serviço notarial e registral,
vindo a ser regulada pela Lei 8.935/94 que versa sobre a atividade dos notários e
registradores. Tal lei em seu art. 1º definiu a função do “serviço notarial e registral,
sendo de organização técnica e administrativa destinados a garantir a publicidade,
autenticidade, segurança e eficácia dos atos jurídicos”[1].
Embasado nos dispositivos no art. 1º da Lei 8.935/94, Henrique Bolzani, vem
conceituando a atividade como sendo;
Art. 22. Os notários e oficiais de registro responderão pelos danos que eles e seus
prepostos causem a terceiros, na prática de atos próprios da serventia, assegurado aos
primeiros direito de regresso no caso de dolo ou culpa dos prepostos.
Art. 23. A responsabilidade civil independe da criminal.
Art. 24. A responsabilidade criminal será individualizada, aplicando-se, no que couber,
a legislação relativa aos crimes contra a administração pública.
Parágrafo único. A individualização prevista no caput não exime os notários e os
oficiais de registro de sua responsabilidade civil.
Embora responsabilidade recaia sobre a pessoa o titular da serventia, alguns
doutrinadores entende que o Estado também deverá responder por tais danos,
consolidado na idéia de que notário e registrador são agentes públicos por delegação.
Este entendimento é possível ser extraído da obras de Augusto Lermen Kindel, sendo:
No caso dos notários e registradores, conforme dispõe a Lei 8.935/94, são profissionais
do direito, dotados de fé pública a quem é delegado o exercício da atividade notarial e
de registro após habilitação em concurso público de provas e títulos.
Frente a tais conceitos, é notável que o titular das serventias extrajudiciais seja agentes
delegados de função pública, diferenciados dos demais pela forma de exercício e
remuneração. Sendo que os oficiais são delegados pelo Estado em caráter privado,
sendo remunerados conforme o serviço prestado, através de emolumentos, sendo tais
numerários regulados pelo Estado.
No entanto, a exceção quanto a esse quesito, imposta pela própria lei em seu art. 15, §
2º, suprindo tal exigência pelo tempo de serviço prestado, devendo o candidato até a
data da primeira publicação do edital ter no mínimo dez anos de exercício em serviço
notarial e registral.
De modo que, a perda da delegação só poderá ocorrer nas hipóteses previstas em lei,
com sentença transitada em julgado, sendo ainda assegurado o direito de defesa, art.
35, I, II, da Lei 8.935/94:
Art. 35 [...]
1º Quando o caso configurar a perda da delegação, o juízo competente suspenderá o
notário ou oficial de registro, até a decisão final, e designará interventor, observando-
se o disposto no art. 36.
Art. 36. Quando, para a apuração de faltas imputadas a notários ou a oficiais de
registro, for necessário o afastamento do titular do serviço, poderá ele ser suspenso,
preventivamente, pelo prazo de noventa dias, prorrogável por mais trinta.
Não se sabe da existência de uma política certa sobre a remuneração dos servidores
de cartórios extrajudiciais, as pessoas delegadas na função obterão sua remunerada
através de emolumentos cobrados mediante a prestação do serviço, cabendo ao
Estado estabelecer as normas de fixação dos valores.
Até então, era incerta a natureza dos valores cobrados pelas serventias, não se sabia
ao certo se eram preços públicos, vista que os serviços prestados são de caráter
público, porém destinada a quem se utiliza de tais serviços. Ou ainda, equiparados a
tributo, porém eis que este é de caráter compulsório, cobrados pela administração em
forma de prestação pecuniária, em retribuição as atividades vinculadas à
administração pública, e por ultimo atribui aos emolumentos à natureza de taxas, por
ser imposto ao contribuinte ou posto a sua disposição, tendo como fato gerador o
exercício a utilização, efetiva ou potencial de serviços públicos, como dispõe o art. 77
do Código Tributário Nacional.
Por força do art. 30, VII, VIII e IX da Lei dos Notários e Registradores, os oficiais da
serventia tem o dever de colocar a tabela de emolumentos em local visíveis ao público
que facilite a leitura, bem como observar o valor fixado para cada atos praticado, e
emitir recibo dos valores percebidos.
Sendo as taxas dos cartórios extrajudiciais reguladas pelo Estado sobre a ótica de
utilização de serviço público em caráter de delegação, o mesmo tem o poder de
destinar certas taxas a outros fins, conforme salienta o Doutrinador Sacha Calmon
Navarro Coelho que: “O Poder Público poder destinar o produto de certas taxas a
outros fins que não seja ao da sua estrita aplicação no serviço público que as gerou”.
[11]
O Estado não deixa de fiscalizar as arrecadações dos cartórios, porém invés de cobrar
diretamente e depois repassar ao oficial o que lhe é de direito, fica a cargo dos oficiais
a arrecadação e o repasse ao Estado, sendo que tal repasse se dá conforme legislação
estatal.
Toda via os Emolumentos não pertencem ao serviço notarial e/ou registral, mas sim
ao notário e registrador. Constitui-se num credito privado, fruto do serviço prestado,
com essência remuneratória, destinado ao pagamento das despesas e manutenção das
serventias, incluindo a remuneração dos seus prepostos ou auxiliares e os valores
repassados ao Tribunal de Justiça, sendo os emolumentos tributados sobre a renda da
pessoa física do oficial.
Conclusão
Abstract
The services provided by office Special court, are supposed to ensure the advertising,
authenticity, safety and efficacy of cool actions in order to make them public. The
Rights of access are Special court organization of technical and administrative thus
conceptualized the art. 1 of Act 8935 of 18.11.1994, (Law on Notaries and Recorders).
These functions are delegated by the state to individuals, through public tender of
proof and evidence, which supports the view of some doctrine, which considers the
officers of office as civil servants. Although the ticket depends on the Rights of access
for approval in open competition, the regiment and how to pay it differ from other
public officials, since the Special court Official office have their own guidelines and
will receive for services rendered through fees, which are regulated by the state. The
fee to belong to the notary and registry service, more so, the notary and register in
return for services rendered, with such cash used for the maintenance and expenses
of the Rights of access, and also for the sustainability of official and their agents. So
following that reasoning this study through literature studies, aims to clarify the
purpose and legal nature of the fees charged by office settlements.
Keywords: Notary Special court, fees, legal
Referencias
BOLZANI, Henrique. A Responsabilidade Civil dos Notários e dos Registradores. São
Paulo: Editora LTDA, 2007.
CENEVIVA, Walter. Lei dos Notários e dos Registradores Comentada. 6º ed. Revista
e Atualizada. São Paulo: Saraiva, 2007.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 34° ed. São Paulo:
Malheiros Editores, 2008.