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Ouro Branco
Dezembro de 2015
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Ouro Branco
Dezembro de 2015
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Sumário
1 Introdução ............................................................................................................. 4
2 Objetivo................................................................................................................. 5
3 Revisão de literatura ............................................................................................. 6
3.1 Linha de energia, linha piezométrica e perda de carga .................................. 6
3.1.1 Fórmula universal da perda de carga contínua ....................................... 8
3.1.2 Fórmula de Hazen-Williams ................................................................... 11
3.1.3 Fórmula de Flamant............................................................................... 12
3.1.4 Expressão geral das perdas localizadas ............................................... 12
3.1.5 O método dos comprimentos equivalentes ............................................ 13
3.1.6 O método do número de diâmetros ....................................................... 13
3.2 Tomada intermediária entre dois reservatórios ............................................ 15
3.3 Tempo de esvaziamento .............................................................................. 15
4 Metodologia ........................................................................................................ 18
4.1 Determinação do coeficiente de Flamant ..................................................... 20
4.2 Cálculo de vazão e/ou nível d’água no reservatório R1 utilizando a equação
de Flamant ........................................................................................................... 222
4.3 Tomada intermediária entre dois reservatórios .......................................... 244
4.4 Tempo de esvaziamento ............................................................................ 277
5 Resultados e discussões .................................................................................. 288
5.1 Determinação do coeficiente de Flamant ................................................... 299
5.2 Cálculo de vazão e/ou nível d’água no reservatório R1 utilizando a equação
de Flamant ........................................................................................................... 299
5.3 Tomada intermediária entre dois reservatórios .......................................... 311
5.4 Tempo de esvaziamento de reservatórios ................................................. 322
5.5 Considerações sobre o aparato ................................................................. 333
6 Conclusão ......................................................................................................... 344
7 Referências....................................................................................................... 355
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1 Introdução
Diante do contexto, a postura experimental pode ser uma das soluções para
facilitação do aprendizado. Para Ronqui (2009) as aulas práticas têm seu valor
reconhecido. Elas estimulam a curiosidade e o interesse de alunos, permitindo que
se envolvam em investigações científicas, ampliem a capacidade de resolver
problemas, compreender conceitos básicos e desenvolver habilidades. Além disso,
quando os alunos se deparam com resultados não previstos, desafia sua
imaginação e seu raciocínio. As atividades experimentais, quando bem planejadas,
são recursos importantíssimos no ensino. Apesar disso, constata-se que essas
atividades representam uma parcela muito pequena das aulas realizadas.
2 Objetivo
3 Revisão de literatura
𝑝1 𝑉12 𝑝2 𝑉22
+ 𝑍1 + = + 𝑍2 + + ∆𝐻12 (1)
𝛾 2𝑔 𝛾 2𝑔
Onde:
𝑝𝑖
- é a carga de pressão (m);
𝛾
𝑉𝑖2
- é a carga cinética (m);
2𝑔
- ∆𝐻𝑖𝑗 é a perda de carga total (m), dada pela soma das perdas de carga contínua
𝑝 𝑝2
( 𝛾1 − 𝛾
) + (𝑍1 −𝑍2 ) = ∆𝐻12
𝐿 𝑣2
ℎ𝑓 = 𝑓 (3)
𝐷 2𝑔
Onde:
- 𝐷 é o diâmetro (m);
- 𝑣 é a velocidade (m/s);
𝜌𝐷𝑉
𝑅𝑒𝑦 = (4)
µ
Onde:
- ρ é a massa específica;
- µ é a viscosidade dinâmica.
As regiões apresentadas na Figura 2 são:
Região II – 2300 < 𝑅𝑒𝑦 < 4000, região crítica na qual 𝑓 não é caracterizado.
Para o cálculo de perda de carga contínua uma das fórmulas mais utilizadas
na engenharia hidráulica é a de Hazen-Williams (Equação 5), que deve ser aplicada
para tubos cujo diâmetro é maior ou igual a 50 mm e de preferência escoamento
turbulento de transição e redes de distribuição de água.
𝑄 1,852 𝐿
ℎ𝑓 = 10,646 ( ) (5)
𝐶 𝐷4,87
Onde:
- 𝐷 é o diâmetro (m);
𝐿
ℎ𝑓 = 6,1𝑏 𝑄1,75 (6)
𝐷4,75
Onde:
𝑉2
ℎ𝑎 = 𝐾 (7)
2𝑔
Onde:
𝑞
𝐿𝑉 = 𝐿 + ∑𝑖 𝑁𝑖 𝐷𝑖 (8)
Onde:
Tê Passagem Direta
Tê Saída Bilateral
Tê Saída de Lado
Saída com Bocal
Diâmetro (pol)
Saída Normal
Joelho 45°
Curva 90°
Curva 45°
1/2 0,2 0,4 0,5 0,2 0,2 0,2 0,2 0,4 0,1 4,9 2,6 0,3 1,0 1,0
3/4 0,4 0,6 0,7 0,3 0,4 0,2 0,2 0,5 0,1 6,7 3,6 0,4 1,4 1,4
1 0,5 0,7 0,8 0,4 0,5 0,2 0,3 0,7 0,2 8,2 4,6 0,5 1,7 1,7
5/4 0,7 0,9 1,1 0,5 0,6 0,3 0,4 0,9 0,2 11,3 5,6 0,7 2,3 2,3
3/2 0,9 1,1 1,3 0,6 0,7 0,3 0,5 1,0 0,3 13,4 6,7 0,9 2,8 2,8
2 1,1 1,4 1,7 0,8 0,9 0,4 0,7 1,5 0,4 17,4 8,5 1,1 3,5 3,5
5/2 1,3 1,7 2,0 0,9 1,0 0,5 0,9 1,9 0,4 21,0 10,0 0,3 4,3 4,3
3 1,6 2,1 2,5 1,2 1,3 0,6 1,1 2,2 0,5 26,0 13,0 1,6 5,2 5,2
Registro de
Joelho 45° 15,4 171,5
ângulo aberto
Tê passagem
Curva 90° 17,5 21,8
direta
Tê saída
Saída normal 14,7 69,0
bilateral
Fonte: PORTO, 2006. pág 86.
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Uma rede de distribuição de água pode ser abastecida por dois reservatórios
em cotas distintas, como apresentado na Figura 6, onde a rede se inicia no ponto C.
O reservatório de cota superior (R1) sempre abastecerá o sistema. Já o reservatório
inferior (R2) pode abastecer o sistema, sendo denominado reservatório de
compensação, e também ser abastecimento, neste caso sendo denominado
reservatório de sobra.
Para o caso da linha energética C2, R2 não será abastecido nem abastecedor.
𝑑𝑣𝑜𝑙 𝑑ℎ
𝑄𝑡ℎ = − = −𝐴𝑏 = 𝐴𝑜 √2𝑔ℎ (10)
𝑑𝑡 𝑑𝑡
−𝐴𝑏 ℎ1 1 2𝐴𝑏
𝑇𝑡ℎ = ∫ 𝑑ℎ = (√ℎ2 − √ℎ1 )
𝐴𝑜 √2𝑔 ℎ 2 √ℎ 𝐴𝑜 √2𝑔
2𝐴𝑏
𝑇𝑡 = (√ℎ2 − √ℎ1 ) (11)
𝐶𝑑 𝐴𝑜 √2𝑔
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4 Metodologia
𝑙
ℎ𝑓 = ∆𝐻12 = 6,1𝑏 𝑄1,75 = (ℎ1 − ℎ2 ) + 𝐿12 𝑠𝑖𝑛45
𝐷4,75
𝑙𝑣
0,875 + ℎ𝑝 = 6,1𝑏 𝑄1,75 (13)
𝐷4,75
Onde:
Para o caso de R2 não ser abastecido por R1 e nem abastecer o ponto c, tem-
se que a perda de carga entre “a” e “c” é igual à diferença de nível entre “a” e “b”.
Como a pressão em “a” é a atmosférica e ainda desconsiderando as cargas
cinéticas devido a seu baixo valor, aplicando-se a equação de energia (Equação 1)
entre “a” e “b”, tem-se a Equação 14.
∆𝐻𝑎𝑐 = 𝑍𝑎 − 𝑍𝑐 (14)
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Aplicando-se também a equação de energia entre os pontos “b” e “c”, lembrando que
não há escoamento no trecho entre esses pontos, como escrito no parágrafo anterior, tem-
se a Equação 15.
𝑝𝑐
= −𝑍𝑐 + 𝑍𝑏 (15)
𝛾
𝑙𝑎𝑐 1,75
∆𝐻𝑎𝑐 = 𝑍𝑎 − 𝑍𝑏 = 6,1𝑏 𝑄𝑎𝑐 (16)
𝐷4,75
Isolando a vazão na Equação 16, tem-se a Equação 17, com a qual se pode
calcular a vazão que se deve ter para R2 não forneça nem receba água.
1
( 𝑍𝑎 −𝑍𝑏 )𝐷4,75 1,75
[ ] = 𝑄𝑎𝑐 (17)
6,1𝑏𝑙𝑎𝑐
Onde:
Para a situação que R2 está abastecendo o sistema, tem-se que a vazão (Qd)
que jorra livremente (ponto “d” mostrado na Figura 13) é a soma das vazões que
saem de R1 (Qac) e de R2 (Qbc). A vazão Qd pode ser encontrada de duas formas
diferentes. Pode ser calculada a partir de equações advindas da equação de
energia, as quais serão mostradas a seguir, e pode ser encontrada somando as
vazões observadas nos dois rotâmetros, os quais fornecem Qac e Qbc.
𝑝𝑐
𝑍𝑎 − 𝑍𝑐 − = ∆𝐻𝑎𝑐 (18)
𝛾
𝑝𝑐
𝑍𝑏 − 𝑍𝑐 − = ∆𝐻𝑏𝑐 (19)
𝛾
𝑝𝑐
= 𝑍𝑑 + ∆𝐻𝑐𝑑 − 𝑍𝑐 (20)
𝛾
1
𝑝
( − 𝑐 +𝑍𝑎 −𝑍𝑐 )𝐷4,75 1,75
𝛾
[ ] = 𝑄𝑎𝑐 (21)
6,1𝑏𝑙𝑎𝑐
27
1
𝑝𝑐 4,75
( − +𝑍𝑏 −𝑍𝑐 )𝐷 1,75
𝛾
[ ] = 𝑄𝑏𝑐 (22)
6,1𝑏𝑙𝑏𝑐
5 Resultados e discussões
Ramificação
Q b
ΔH (m)
(L/min) (s1,75/m0,5)
2,3 0,0030 0,000328
6,1 0,0120 0,000238
8,1 0,0235 0,000284
9,5 0,0285 0,000260
9,6 0,0250 0,000234
10,0 0,0285 0,000238
b médio = 0,000251
A média obtida é uma média satisfatória, pois esse dado encontra-se próximo
de coeficientes já conhecidos, por exemplo, o do tubo PVC é 0,000135 s1,75/m0,5, e o
do aço é 0,00023 s1,75/m0,5.
6 Conclusão
7 Referências
PORTO, R.M. Hidráulica Básica. 4ª Edição. São Carlos: EESC USP, 2006. 519 pág.