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GOVERNO DO ESTADO DO AMAZONAS

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO E DESPORTO


SECRETARIA EXECUTIVA ADJUNTA PEDAGÓGICA

Wilson Miranda Lima


GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS

Maria Josepha Penella Pêgas Chaves


SECRETÁRIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO E DESPORTO

Rosana Aparecida Freire Nunes


SECRETÁRIA EXECUTIVA DE EDUCAÇÃO

Hellen Cristina Silva Matute


SECRETÁRIA EXECUTIVA ADJUNTA PEDAGÓGICA

Arlete Ferreira Mendonça


SECRETÁRIA EXECUTIVA ADJUNTA DA CAPITAL

Ana Maria Araújo de Freitas


SECRETÁRIA EXECUTIVA ADJUNTA DO INTERIOR

Rosalina Moraes Lobo


SECRETÁRIA EXECUTIVA ADJUNTA DE GESTÃO
COORDENAÇÃO GERAL
Hellen Cristina Silva Matute
SECRETÁRIA EXECUTIVA ADJUNTA PEDAGÓGICA

Adriana Maciel Antonaccio


DIRETORA DO DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS

Júlio Cesar Meireles de Freitas


DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE GESTÃO ESCOLAR

Adriana Boh dos Santos


DIRETORA DO CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL PADRE JOSÉ ANCHIETA

Wilmara Cruz Messa Monteiro


DIRETORA DO CENTRO DE MÍDIAS DE EDUCAÇÃO DO MAZONAS

ELABORAÇÃO
GABINETE DA SECRETARIA EXCUTIVA ADJUNTA PEDAGÓGICA

DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS

DEPARTAMENTO DE GESTÃO ESCOLAR

CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL PADRE JOSÉ ANCHIETA

CENTRO DE MÍDIAS DE EDUCAÇÃO DO AMAZONAS

ORGANIZAÇÃO

Fabiane Lima Maquiné


Ivania Miranda Rodrigues Cardoso
Ronny Alex Libório dos Santos
Valcilene da Silva Vieira

REVISÃO
Darle Silva Teixeira
Milca da Silva Holanda
Ozeli Martins Sarmento
Risonilde Clementino de Araújo

AVALIAÇÃO FINAL
Hellen Cristina Silva Matute
Apresentação

Caríssimos(as) Gestores(as), Pedagogos(as) e Professores(as),

A Secretaria de Estado de Educação e Desporto, por meio da Secretaria


Executiva Adjunta Pedagógica (SEAP), considerando o planejamento do ano letivo
de 2022, realiza entre os dias 08 e 11 de fevereiro a Jornada Pedagógica da Rede
Estadual de Ensino do Amazonas. Chegou a hora de encontros e reencontros, de
refletir sobre tudo o que aconteceu em 2021 e assim, coletivamente, planejar ações
pedagógicas e definir metas educacionais para o presente ano letivo.
O caderno de orientação da Jornada Pedagógica tem o intuito subsidiar as
equipes escolares no planejamento das atividades pedagógicas que serão
desenvolvidas no ano letivo de 2022. Nessa senda, para que possamos caminhar na
mesma direção, é imprescindível o engajamento de todos os gestores escolares,
coordenadores pedagógicos e do corpo docente de todas as Unidades Escolares
Estaduais do Amazonas.
Neste ano a Jornada Pedagógica da rede estadual amazonense tem como
tema “Construindo Saberes Pedagógicos para o Sucesso Escolar”. Depois de dois
anos sofrendo com os impactos da pandemia da Covid-19, a educação escolar de
nosso Estado necessita voltar aos trilhos da normalidade e do crescimento.
Por fim, em consonância com o slogan do Governo do Estado: “O trabalho
fala pela gente”, reiteramos o compromisso permanente desta Secretaria de
Educação em ofertar uma educação de qualidade e promover a valorização dos
profissionais da educação, a fim de garantir a aprendizagem dos estudantes de
todas as escolas da rede estadual espalhadas pelos 62 municípios de nosso estado.

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JORNADA PEDAGÓGICA - 2022
TEMA
“CONSTRUINDO SABERES PEDAGÓGICOS PARA O SUCESSO ESCOLAR”

OBJETIVO: Consolidar o planejamento para o ano letivo de 2022, a partir da reflexão sobre
o desempenho da escola e do estabelecimento de ações e metas para melhoria dos
processos de ensino e aprendizagem dos estudantes.

TÓPICOS CENTRAIS
Importância da Jornada Pedagógica;
Perfil do Gestor Escolar;
O Pedagogo e sua atuação no processo da Jornada Pedagógica;
Direito à aprendizagem: acesso, permanência e equidade;
Avaliação de Desempenho;
SADEAM – Resultados;
Gestão de Resultados;
Calendário Escolar;
Diário de Classe: Físico e Digital;
Conselho Escolar – Unidade Executora;
Propostas Curriculares e Pedagógicas – Orientações Gerais;
PCP Novo Ensino Médio – Principais mudanças;
PCP Ensino Fundamental;
Educação de Jovens e Adultos;
PCP Avançar;
Educação Especial;
Escolas de Tempo Integral (Escola Ativa/Escolas Bilíngues). Metodologias de êxito;
Elaboração do Plano de Gestão da Escola;
Painel de Gestão Escolar à Vista;
Grêmio Estudantil;
Formação de Professores;
Mediação Tecnológica;
Busca Ativa – Orientações Gerais;
Educação Física – Orientações Gerais;
Procedimentos para questões de atendimento Psicossocial ;
Orientações Gerais para o Planejamento Presencial.

ANEXO I – Modelo de Plano Bimestral


ANEXO II – “A importância da prática humanística no cotidiano da EJA”
ANEXO III – Currículo Semestral e a Necessidade de Atuação com a Interdisciplinaridade
ANEXO IV – A Escola e o Papel do Pedagogo na Formação Continuada dos Professores

PÚBLICO-ALVO: Gestores, Pedagogos e Professores da Rede Estadual de Ensino do


Amazonas.

PERÍODO: 08/02/2022 a 11/02/2022

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PROGRAMAÇÃO
1º DIA: TERÇA-FEIRA (08/02/2022)
HORÁRIO ATIVIDADE
7h às 8h Recepção e Acolhimento
(PRESENCIAL) Café Coletivo

Abertura Oficial
8h às 8h15min Tema: “CONSTRUINDO SABERES PEDAGÓGICOS PARA O SUCESSO ESCOLAR”
(TRANSMISSÃO) Fala do Governador do Estado do Amazonas: Wilson Miranda Lima
Fala da Secretária de Educação: Maria Josepha Penella Pêgas Chaves

Importância da Jornada Pedagógica – Sec. Adj. Pedagógica: Hellen Matute.


8h15min às 8h30min Perfil do Gestor Escolar – Dir. DEGESC: Júlio Meireles.
(TRANSMISSÃO) O Pedagogo e sua atuação no processo da Jornada Pedagógica – Dir.
DEPPE: Adriana Antonaccio.
8h30min às 8h50min
(TRANSMISSÃO)
Direito a aprendizagem: Acesso, Permanência e Equidade.

Avaliação de Desempenho
8h50min às 9h10min SADEAM
(TRANSMISSÃO)
Gestão De Resultados

9h10min às 9h30min Calendário Escolar – 2022


(TRANSMISSÃO)

9h30min às 10h
(TRANSMISSÃO)
Diário de Classe: Físico e Digital

10h às 10h30min
(TRANSMISSÃO) Conselho Escolar – Unidade Executora

10h30min às 10h40min Intervalo

10h40min às 11h Avaliação coletiva 2021 – Momento de escuta e avaliação do ano de 2021
(PRESENCIAL)
2º DIA: QUARTA-FEIRA (09/02/2022)
7h às 7h30min Café Coletivo
(PRESENCIAL)

7h30min às 8h Implementação de Currículos e Propostas Curriculares e Pedagógicas –


(TRANSMISSÃO) Orientações Gerais

8h às 8h30min PCP Novo Ensino Médio – Principais mudanças


(TRANSMISSÃO)

8h30min às 9h PCP Ensino Fundamental


(TRANSMISSÃO)

9h às 9h30min
(TRANSMISSÃO) Educação de Jovens e Adultos

9h30min às 10h PCP Programa de Correção de Fluxo (Avançar)


(TRANSMISSÃO)

10h às 10h10min Intervalo

10h10min às 10h40min
Educação Especial
(TRANSMISSÃO)

10h40min às 11h Escolas de Tempo Integral (Escola Ativa/Escola Bilíngue) Metodologias de


(TRANSMISSÃO) êxito

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3º DIA: QUINTA-FEIRA (10/02/2022)

7h às 7h30min
(PRESENCIAL)
Café Coletivo

7h30min às 8h Elaboração do Plano de Gestão da Escola


(TRANSMISSÃO)

8h às 8h30min
(TRANSMISSÃO) Painel de Gestão Escolar à Vista

8h30min as 8h50min
(TRANSMISSÃO) Grêmio Estudantil

8h50min às 9h
Intervalo

9h às 9h40min
Formação de Professores
(TRANSMISSÃO)

9h40min às 10h20min Mediação Tecnológica


(TRANSMISSÃO)

10h20min às 10h40min
(TRANSMISSÃO) Fala dos Secretários Executivos Adjuntos

10h40min às 11h
(TRANSMISSÃO) Orientações Gerais para o Planejamento Presencial do 4º Dia

4º DIA: SEXTA-FEIRA (11/02/2022)

7h às 7h30min
(PRESENCIAL)
Café Coletivo

7h30min às 8h
Orientações Gerais
(PRESENCIAL) Fala do(a) Gestor(a) e/ou Pedagogo(a)

Planejamento Bimestral
7h30min às 9h40min
(PRESENCIAL) Elaboração do Planejamento Bimestral. Proposta diferenciada e flexível de
organização curricular considerando um continuum curricular 2021-2022.

9h40min às 10h Intervalo


(PRESENCIAL)

10h às 11h Continuação


(PRESENCIAL)
Planejamento Bimestral

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IMPORTÂNCIA DA JORNADA PEDAGÓGICA

“O fim depende do começo!”

A Jornada Pedagógica é indispensável para o planejamento das atividades


que serão desenvolvidas durante o ano letivo e escolar de cada uma das unidades
escolares da rede estadual de ensino do Amazonas.
Dessa forma, o período destinado à jornada deve oportunizar a gestores,
equipes técnicas pedagógicas e ao corpo docente momentos de avaliação, reflexão,
definição e elaboração de ações que serão executadas pelas escolas no ano escolar
vigente.
À vista disso e a fim de auxiliar as equipes pedagógicas nos trabalhos deste
período, foi listada, a seguir, uma série de recomendações que não podem ser
esquecidas durante a Jornada Pedagógica.

I. Realizar uma recepção calorosa e acolhedora, bem como as devidas


apresentações de todos os profissionais da educação lotados na escola;
II. Apresentar o cronograma da Jornada Pedagógica com os temas que serão
abordados e as orientações gerais a respeito das atividades que serão
desenvolvidas;
III. Definir o melhor local na escola para a realização da Jornada, de forma que
todos se sintam acolhidos;
IV. Apresentar um panorama geral que seja o mais fiel possível ao contexto
socioeducativo no qual a escola se insere;
V. Fornecer informações sobre a comunidade e os entornos da escola;
VI. Apresentar o perfil das famílias que a instituição atende;
VII. Esclarecer as normas disciplinares e administrativas praticadas na escola;
VIII. Apresentar a rotina escolar e os recursos disponíveis;
IX. Entregar cópias do PPP da escola para que todos, principalmente os novatos,
possam ter acesso às informações sobre a cultura da escola;
X. Apresentar os dados de diagnósticos e os resultados da escola em
avaliações;
XI. Apresentar o calendário escolar e disponibilizar os horários de todos os
professores;
XII. Reunir com os funcionários administrativos e de apoio da escola para informá-
los acerca de seus horários e rotinas de trabalho de forma detalhada;

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XIII. Proporcionar momentos de interação para que os professores com boas
práticas possam compartilhar suas experiências com os novatos, explicando a
eles o perfil dos alunos;
XIV. Reunir os funcionários administrativos e de apoio para reafirmar a importância de
cada um para o sucesso do projeto escolar;
XV. Abrir espaço para que professores, funcionários administrativos e de apoio
colaborem com sugestões;
XVI. Discutir conjuntamente as melhores iniciativas para a recepção dos alunos,
inclusive os novos;
XVII. Registrar tudo que o foi definido durante a Jornada. As deliberações devem
ser constantemente revisitadas em reuniões ao longo do ano letivo.

Hellen Cristina Silva Matute


Secretária Executiva Adjunta Pedagógica

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PERFIL DO GESTOR ESCOLAR

A Gestão Escolar do ensino público tem como um de seus princípios a gestão


democrática, respaldada pela Constituição Federal de 1988, art. 206; pela Lei de
Diretrizes e Bases – LDB, art. 3º, 12, 13 e 14; pelo Plano Nacional de Educação –
PNE 2014-2024, Lei nº 13.005; e pelo Plano Estadual de Educação – PEE/AM, Lei
nº 4.183/2015.
Ela é concebida como o ato de gerir, acompanhar e avaliar a dinâmica
cultural da escola, suas relações interpessoais, seus processos e resultados, em
consonância com as diretrizes e políticas educacionais públicas para a
implementação do Projeto Político-Pedagógico, do Regimento Escolar e da Proposta
Curricular, sempre compromissada com os princípios da democracia.
No meio educacional, a Gestão Escolar deve ter o comprometimento com a
participação democrática e com metodologias integradoras que garantam a
formação integral dos educandos, o protagonismo juvenil, o desenvolvimento da
autonomia, assegurando a todos estudantes os seus direitos de aprendizagem.
Os procedimentos e rotinas ou as competências gestoras que comporão os
requisitos mínimos do Padrão de Atuação da Gestão Escolar desta Secretaria estão
divididos em três macrocampos ou dimensões da gestão escolar, os quais, por
estarem interligados, exigem que todas as ações especificadas sejam integradas,
contextualizadas e articuladas, sendo desenvolvidas no grupo e para o grupo,
implicando decisões coletivas, organizadas e democráticas.
Nesse contexto, a complexidade da gestão escolar confere ao gestor escolar
a necessidade/obrigatoriedade da aquisição de múltiplas competências, fazendo
com que seu padrão de atuação apresente características/expertises essenciais
para a implementação das ações que possam fazer frente aos desafios
educacionais contemporâneos. Dentre essas características e expertises de Perfil
esperadas, destacam-se:
Liderança – o exercício da gestão escolar pressupõe liderança, pois esta não
existe sem a participação de quem é mobilizado por ela. Nesse sentido, a gestão
surge como superação à administração racional, a partir do reconhecimento da
dinâmica humana nas organizações sociais e da superação do enfoque mecanicista
e propedêutico. Líder e liderados se complementam, conforme Lücke (2014, p.43).

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Comunicação e Articulação – é a essência da liderança. Comunicação é
uma ferramenta de integração, instrução, troca mútua e desenvolvimento,
promovendo o diálogo e o entendimento. O Gestor Escolar com essa capacidade
identifica e se relaciona respeitosamente com as pessoas, age equilibradamente e
positivamente, influencia e valoriza a todos. Suas ações de comunicação e
articulação atende às necessidades afetivas e relacionais das pessoas, enquanto
compartilha todas as informações e demandas necessárias à efetivação do Currículo
proposto.
Comprometimento – o Gestor Escolar deve comprometer-se com a
implementação da reforma educacional proposta pela Base Nacional Comum
Curricular – BNCC, definida no Referencial Curricular Amazonense – RCA e nas
Propostas Pedagógicas e Curriculares da Educação Básica Estadual, devendo
refletir nas tomadas de decisão, garantindo, por exemplo, o desenvolvimento do
projeto de vida dos estudantes com a participação de todos os segmentos da
comunidade escolar.
Organização – capacidade para projetar e realizar, organizar e garantir
espaço-tempo para o planejamento integrado nas áreas de conhecimento,
considerando a realidade escolar, uma vez que, quanto mais envolvidas e engajadas
estiverem as pessoas da escola, mobilizadas por esse espírito empreendedor e
agindo de modo colaborativo, mais associarão o trabalho desenvolvido ao sucesso
da Escola.
Estratégico – o Gestor Escolar precisa elaborar estratégias eficientes que
garantam a qualidade da etapa de ensino oferecida, promovendo melhor
desempenho das atividades planejadas e desenvolvidas por meio de ações
inovadoras de gestão.
Inovador – inovar significa adotar estratégias que objetivem mudanças
significativas no exercício da gestão, ou seja, que possam colocar as necessidades,
os interesses e a formação integral dos estudantes no centro da vida escolar. Nesse
sentido, espera-se que, ao se colocar estratégias inovadoras em prática, impulsione-
se a equipe na busca de soluções ousadas, viáveis, criativas e produtivas, que
rompam e superem hábitos relacionados a uma educação tradicional, despertando o
interesse por novas experiências.
Acessível – é preciso estar aberto ao diálogo com professores, alunos e
comunidade, estabelecendo conexões, conhecendo seus anseios e estimulando o

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envolvimento de todos no processo educativo. Isso posto, espera-se que o Gestor
Escolar compartilhe informações, crie ambientes de diálogo, de aprendizagem
colaborativa e participação nas tomadas de decisão.
Mediador – diante da complexidade que envolve a estrutura da organização
do trabalho escolar, o Gestor Escolar deve saber gerenciar pessoas e mediar
conflitos. Este ainda precisará ajustar a carga horária, organizar o trabalho em Áreas
de Conhecimento, os Itinerários Formativos e os componentes – Projeto de Vida,
Trabalho Pessoal, Educação Profissional e Técnica dentre outros, que
possivelmente gerarão conflitos iminentes e variados.
Essas características apresentadas são essenciais e devem fazer parte do
perfil do gestor escolar. Torna-se condição fundamental para a definição do padrão
de atuação do gestor escolar da rede estadual de ensino do Amazonas. Assim
sendo, a liderança, a comunicação e articulação, o comprometimento, a
organização, a estratégia, a inovação, a acessibilidade e a mediação são qualidades
ou características que devem estar presentes, norteando a atuação do gestor
escolar de acordo com as exigências e os desafios do cenário social atual.
Pelo exposto, objetivando contribuir com sugestões de diretrizes gerais para
as ações gestoras, recomenda-se, além desses conjuntos de ações que formam o
padrão de requisitos mínimos para atuação do gestor escolar, a utilização dos
princípios normativos contidos no Regimento Geral das Escolas da Rede Estadual
de Ensino do Amazonas, em especial os artigos 145, 146, 147, 148 e 149, que
tratam especificamente das competências e do exercício institucional do gestor
escolar.

Júlio Cesar Meireles de Freitas


DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE GESTÃO ESCOLAR

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O PEDAGOGO E SUA ATUAÇÃO NO PROCESSO DA JORNADA PEDAGÓGICA

A jornada pedagógica que acontecerá em nossas escolas no ano de 2022


será mais um dos momentos significativos e relevantes para garantir o sucesso
escolar de todos os envolvidos no processo educativo de crianças, jovens e adultos,
matriculados na rede de ensino do Estado do Amazonas. Por isso, técnicos da
SEDUC/AM, comprometidos com a educação básica, buscaram desenhar em cada
etapa dessa jornada ações que de fato alcancem e evidenciem a qualidade dessa
educação.
Sabemos que o conceito de qualidade é relativo, porém, quando se trata de
legitimar a qualidade de educação básica, remetemo-nos, imediatamente, aos
elementos conceituais e metodológicos do ato educativo – o ensinar e o aprender e
a materialização desses elementos recai sobre a atuação do pedagogo. Esta é
necessária tanto no dia a dia da escola, quanto nos momentos de estudos, reflexões
e práticas que acontecerão no decorrer da jornada pedagógica.
A atuação desse profissional se destaca, sobretudo, no processo de
execução da jornada, no que diz respeito à articulação das ações propostas nas
agendas diárias, bem como na inserção dos objetos de conhecimento (temas,
conteúdos, estratégias) estudados na semana pedagógica, na prática cotidiana da
sala de aula, no decorrer do ano letivo.
Portanto, a atuação do pedagogo na Jornada Pedagógica se caracteriza
pelo seu envolvimento que vai do planejamento, execução, monitoramento e
avaliação até os resultados das aprendizagens desenvolvidas nesse processo, uma
vez que as demandas pedagógicas da escola são atendidas por ele, que, como
agente mediador das contradições presentes no contexto escolar público assume o
compromisso de orientar o processo educativo, promovendo a participação de toda
a comunidade escolar, garantindo que os envolvidos no ato educativo tenham
acesso aos conhecimentos formais, produzidos no espaço escolar.

Adriana Maciel Antonaccio


DIRETORA DO DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS

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JORNADA PEDAGÓGICA

1 - AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

A Secretaria de Estado de Educação e Desporto (SEDUC), por meio do


Departamento de Gestão Escolar (DEGESC) e da Coordenação de Avaliação da
Aprendizagem e Desempenho Educacional (CAADE), possibilita aos estudantes da
Educação Básica do Estado do Amazonas a realização de avaliações de
desempenho voltadas aos fatores associados ao rendimento escolar, tais como:
Avaliação de Verificação da Aprendizagem do Amazonas (Avam), Sistema de
Avaliação da Educação Básica (Saeb) e Sistema de Avaliação do Desempenho
Educacional do Amazonas (Sadeam). Estas duas últimas são realizadas pelo Inep e
CAEd/UFJF, respectivamente.
Essas avaliações de desempenho contribuem para a análise e interpretação
das competências e habilidades essenciais desenvolvidas pelos estudantes durante
a etapa de ensino em curso. Por meio dos seus resultados, obtém-se um panorama
do desempenho para um dado componente curricular, desde o nível individual até o
estadual, por exemplo.
A partir da aplicação dessas avaliações, são utilizadas escalas de proficiência
que permitem identificar o padrão de desempenho dos estudantes em Língua
Portuguesa, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas, possibilitando,
assim, a comparação de resultados entre diferentes anos/séries avaliados por
componente curricular e entre edições diferentes de uma mesma avaliação aplicada
em nível de rede de ensino.
As informações resultantes das avaliações de desempenho dos estudantes e
os fatores a ela associados são de fundamental importância para subsidiar a criação
e implementação de políticas voltadas à melhoria do ensino e intervenção sobre
habilidades que os estudantes devem desenvolver a cada etapa de ensino.
A seguir são apresentados os resultados gerais de proficiência do SADEAM
2021 e um panorama da programação da Avaliação de Verificação da
Aprendizagem do Amazonas para 2022.

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2 - SADEAM – RESULTADOS

SADEAM 2021

A edição SADEAM 2021 ocorreu no período de 02 a 13 de agosto de 2021. A


prova foi aplicada para 156 mil alunos, em média, e foi voltada para estudantes de
2º, 5º e 9º ano do Ensino Fundamental, 3ª série do Ensino Médio e Educação de
Jovens e Adultos do Ensino Fundamental - Anos Finais e Ensino Médio.

Conceito e Objetivo
O Sistema de Avaliação do Desempenho Educacional do Amazonas –
SADEAM é uma avaliação externa de larga escala que utiliza testes cognitivos e
questionários, cujo objetivo é aferir o desempenho educacional dos estudantes. Com
os resultados, a Secretaria de Educação elabora e implementa políticas públicas que
subsidiam as ações pedagógicas nas escolas, permitindo melhorias sistemáticas no
processo de ensino e aprendizagem.
Em sua edição mais recente, o SADEAM teve também o caráter diagnóstico,
com o propósito de verificar o nível de aprendizagem dos estudantes quando do
retorno das aulas remotas para o modelo híbrido.

Características Gerais
Etapas avaliadas: 2º, 5º e 9º anos do Ensino Fundamental e 3ª série do Ensino
Médio; 8ª e 11ª etapas da Educação de Jovens e Adultos.
Abrangência: Censitária para os anos/ séries/ etapas avaliadas.
População-Alvo: Todas as escolas da Rede Estadual do Amazonas nas etapas/
modalidades de ensino avaliadas.

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Componentes Curriculares:

Etapa Componentes Curriculares

● Língua Portuguesa (Leitura e Escrita)


2º ano do EF
● Matemática

● Língua Portuguesa
5º ano do EF
● Matemática

● Língua Portuguesa
9º ano do EF ● Matemática
EJA – 8ª etapa ● Ciências Humanas (História e Geografia) – 2021
● Ciências Naturais – 2021

● Língua Portuguesa
3ª série do EM e ● Matemática
EJA – 11ª etapa ● Ciências Humanas (História e Geografia)
● Ciências da Natureza (Biologia, Física e Química)

Questionários: Estudante (exceto do 2º ano do EF), Professor, Pedagogo e Gestor.

Aplicação dos testes e questionários:

❖ Para atender aos protocolos de biossegurança, os materiais das turmas foram


divididos em grupos (GRUPO A e GRUPO B) de forma que os estudantes
fossem organizados em mais de um ambiente, cumprindo o distanciamento
social mínimo preconizado pelos órgãos sanitários.
❖ Realizada por aplicadores com ensino superior completo, preferencialmente
em Pedagogia ou Licenciatura, com experiência em docência ou aplicação de
testes, sejam avaliações externas ou concursos públicos.
❖ Supervisionada pelo CAEd/UFJF.

Escalas de proficiência:

❖ 2º ano EF: Escala de Alfabetização, de 0 a 1.000 pontos (média 500 e desvio-


padrão 100).
❖ 5º e 9º anos EF: Escala SAEB, de 0 a 500 pontos (média 250 e desvio-
padrão 50).
❖ 3ª série EM: Escala Própria, de 0 a 1.000 pontos.

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Resultados:

I. Participação Percentual de Estudantes no SADEAM 2021 – Rede Estadual /


Amazonas

Quadro 01: Público-alvo e percentual de participação no SADEAM 2021

Participação de Estudantes 2021


Ano de
Escolaridade Previstos Efetivos %

2º ano EF 13.232 10.719 81,0%

5º ano EF 17.256 14.431 83,6%

9º ano EF 33.110 25.735 77,7%

3ª série EM 63.574 37.200 58,5%

Fonte: SEDUC/SEAP/DEGESC/CAADE

II. Proficiência Média e Padrão de Desempenho no SADEAM 2021 – Rede Estadual


/ Amazonas – Língua Portuguesa e Matemática (2º, 5º e 9º anos do EF e 3ª série do
EM)

Quadro 02: Proficiência média e padrão de desempenho no SADEAM 2021 em Língua


Portuguesa e Matemática

Componente Padrão de
Etapa Proficiência Média
Curricular Desempenho

Língua Portuguesa 556,6 Proficiente

2º ano EF

Matemática 496,2 Básico

5º ano EF Língua Portuguesa 195,4 Proficiente

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Matemática 196,8 Básico

Língua Portuguesa 242,6 Básico

9º ano EF

Matemática 235,4 Básico

Língua Portuguesa 502,3 Básico


3ª série EM

Matemática 473,8 Abaixo do Básico

Fonte: SEDUC/SEAP/DEGESC/CAADE

Quadro 03: Padrões de desempenho por ano/série em Língua Portuguesa e Matemática

2º ano EF 5º ano EF 9ºano EF 3ª série EM


Padrões
de
Desempenho Língua Língua Língua
Língua Matemática Matemática Matemática
Matemática Portuguesa Portuguesa Portuguesa
Portuguesa

Abaixo do Até 518 Até 450 Até 125 Até 150 Até 225 Até 200 Até 450 Até 500
Básico

518 a
450 a 500 125 a 175 150 a 200 225 a 275 200 a 250 450 a 550 500 a 600
Básico 600

600 a
500 a 557 175 a 225 200 a 250 275 a 325 250 a 300 550 a 650 600 a 700
Proficiente 667

Acima Acima de Acima de Acima de Acima de Acima de Acima de Acima de


Avançado de 667 557 225 250 325 300 650 700

Fonte: CAED/UFJF 2021

III. Proficiência Média e Padrão de Desempenho no SADEAM 2021 – Rede


Estadual / Amazonas – Ciências Humanas e Ciências da Natureza (3ª série do
Ensino Médio)

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Quadro 04: Proficiência média e padrão de desempenho no SADEAM 2021 em Geografia, História,
Biologia, Física e Química

Etapa Componente Proficiência Média Padrão de Desempenho


Curricular

Geografia 521,60
Básico
Ciências
Humanas História 496,20
Básico

Biologia 513,90
Abaixo do Básico

Física 510,20
Ciências da Abaixo do Básico
Natureza
Química 509,00
Abaixo do Básico

Fonte: SEDUC/SEAP/DEGESC/CAADE

Legenda – Padrões de Desempenho

Quadro 05: Padrões de desempenho em Ciências Humanas e Ciências da Natureza

Ciências Humanas Ciências da Natureza


Padrões de
Desempenho
História Geografia Biologia Física Química

Abaixo do
Até 500 Até 500 Até 500 Até 500 Até 500
Básico

Básico 500 a 600 500 a 600 550 a 650 550 a 650 550 a 650

Proficiente 600 a 700 600 a 700 650 a 750 650 a 750 650 a 750

Avançado Acima de 700 Acima de 700 Acima de 750 Acima de 750 Acima de 750

Fonte: CAEd/UFJF 2021

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IV. AVAM 2022

A Secretaria de Estado de Educação e Desporto – SEDUC, por meio do


Departamento de Gestão Escolar (DEGESC) e da Coordenação de Avaliação de
Aprendizagem e Desempenho Educacional (CAADE), elaborou a Avaliação de
Verificação da Aprendizagem do Amazonas (AVAM). Essa avaliação tem como
objetivo verificar o nível de aprendizagem dos alunos em todos os componentes
curriculares e averiguar o atendimento aos alunos com um currículo comum em
todas as escolas da rede.
Para o ano de 2022, está prevista a realização de três AVAMs para o Ensino
Regular e duas para a Educação de Jovens e Adultos conforme quadro a seguir.

Quadro 1: Programação de realização da Avaliação de Verificação da Aprendizagem


do Amazonas em 2022
DIVULGAÇÃO DOS
AVAM ENSINO REGULAR EJA
RESULTADOS

1ª aplicação 11 a 16 de abril 6 a 10 de junho

20 dias após a
2ª aplicação 4 a 8 de julho 7 a 11 de novembro aplicação

3ª aplicação 19 a 23 de setembro -

Em sua primeira edição ocorrida em 2020, as matrizes de referência da


AVAM foram elaboradas a partir dos conteúdos trabalhados no Projeto Aula em
Casa, pois o foco foi verificar o nível de aprendizagem dos estudantes após o
período de aulas remotas. Para esta próxima edição, as matrizes foram elaboradas
com base nas habilidades presentes nas novas Propostas Curriculares do Ensino
Fundamental e Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos. Dessa forma, o que
será avaliado a cada aplicação da AVAM são as habilidades essenciais que os
estudantes devem desenvolver a cada bimestre letivo, pois é de suma importância
haver fina correlação entre as atividades pedagógicas realizadas nas escolas e as
habilidades desenvolvidas pelos estudantes, as quais serão identificadas nos painéis
de resultados da AVAM.

23
Portanto, após as realizações das AVAMs conforme cronograma visto acima,
serão disponibilizados aos gestores, professores e pedagogos links de painel Power
BI™ com possibilidade de aplicação de diversos filtros para identificação dos
percentuais de acertos e erros em cada habilidade avaliada por estudante, turma,
turno e escola. Além disso, será disponibilizado pela equipe de especialistas da
CAADE/DEGESC material de apoio para interpretação a fim de subsidiar os
processos de resultados, tais como gabaritos comentados das provas aplicadas,
simulados adicionais e sugestão de plano de aprendizagem para habilidades
específicas.
Diante disso, espera-se que a AVAM sirva como uma ferramenta poderosa de
acompanhamento do currículo escolar e de verificação contínua da aprendizagem
ao longo do ano letivo. Certamente ela contribuirá de forma decisiva para a
elaboração de planos de intervenção pedagógicos focados nas habilidades críticas,
além de constituir um instrumento excelente para os profissionais da educação
acompanharem os avanços no processo de ensino de forma gradual e sistemática.

3 - GESTÃO DE RESULTADOS

Conceitualmente, entende-se a Gestão de Resultados como um processo de


gerenciamento de todas as ações que estão voltadas para o crescimento dos
índices de aprendizagem, considerando-se para isso a análise dos dados referentes
ao rendimento, frequência e proficiência dos alunos.

Segundo Luck:

¨Por sua natureza, a gestão de resultados corresponde a um


desdobramento de monitoramento e avaliação, com foco
específico diretamente nos resultados de desempenho da
escola, resultantes da aprendizagem dos alunos.” (LUCK, 2009, p.
23).

Nesse dinamismo, é importante entender que a construção de resultados se


dá a partir das metodologias de trabalho adotadas, da compreensão por parte dos
professores dos processos e formatos avaliativos e do uso que precisa ser feito dos
resultados de desempenho alcançados.

24
Com foco nesses resultados a serem atingidos, as diretrizes que compõem o
padrão de atuação da gestão escolar e a atuação esperada e necessária do gestor
envolvem diversas áreas, conforme destaca Lück:

A gestão escolar constitui uma das áreas de atuação


profissional na educação destinada a realizar o planejamento, a
organização, a liderança, a orientação, a mediação, a
coordenação, o monitoramento e a avaliação dos processos
necessários à efetividade das ações educacionais orientadas
para a promoção da aprendizagem e formação dos alunos [...]
Em caráter abrangente, a gestão escolar engloba, de forma
associada, o trabalho da direção escolar, da supervisão ou
coordenação pedagógica, da orientação educacional e da
secretaria da escola, considerados participantes da equipe
gestora da escola (LÜCK, 2009, p. 23).

Da mesma forma, o Regimento Geral das Escolas da Rede Estadual de


Ensino do Amazonas sinaliza no seu artigo 145, parágrafo único, que a atuação do
diretor deve pautar-se em três dimensões: Pedagógica, Participativa e Administrativa
e Financeira (AMAZONAS, 2020). Tais dimensões, a partir das orientações
emanadas por esta Secretaria, em parceria com as CDEs/CREs e com o Núcleo de
Inteligência em Gestão Escolar (NIG), serão o aporte dos macrocampos a serem
abordados no Plano de Gestão, no qual, por sua vez, devem estar definidas e
estabelecidas as metas a serem alcançadas para cada escola.

4 - CALENDÁRIO ESCOLAR

O Calendário Escolar, instrumento legal que coordena a realização das


atividades de toda a comunidade escolar, encontra-se respaldado no Artigo nº 24 da
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN nº 9.394/96, a qual define
que
“A educação básica, nos níveis fundamental e médio será organizada com
carga horária mínima anual de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de
duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames
finais, quando houver”. (BRASIL, 1996)
Dessa forma, o Calendário Escolar tem o papel de conduzir as atividades
escolares do ano letivo e serve de referência na organização das ações da
Secretaria. Apresentamos 3 (três) Calendários Escolares aprovados pelo Conselho

25
Estadual de Educação (CEE/AM) para serem operacionalizados na Rede Estadual
de Ensino do Amazonas no ano 2022.

● Calendário Escolar do Ensino Fundamental e Médio – Capital e Interior /


Resolução nº170/2021 aprovada em 14/12/2021
● Calendário Escolar do Ensino Presencial com Mediação Tecnológica/
Resolução nº 004/2022 aprovada em 03/01/2022
● Calendário Escolar da Educação de Jovens e Adultos - EJA / Resolução nº
170/2021 aprovada em 14/12/2021

CALENDÁRIO ESCOLAR 2022

Capital e Interior

Etapa de Ensino: Ensino Fundamental e Ensino Médio

Aprovado: Resolução nº170/2021 aprovada em 14/12/2021

Início do Ano Escolar: 01.02.2022

Início do Ano Letivo: 07.02.2022

Jornada Pedagógica: 01 a 03.02.2022

Planejamento: 04.02.2022

Recesso Escolar: 24.06 a 03.07.2022

Término do Ano Letivo: 14.12.2022

Recuperação: 15, 16,19, 20 e 21.12.2022

Conselho de Classe: 22 e 23.12.2022

Término do Ano Escolar: 23.12.2022

26
CALENDÁRIO ESCOLAR 2022
Capital e Interior

Modalidade de Ensino: Educação de Jovens e Adultos – EJA


Aprovado: Resolução nº170/2021 aprovada em 14/12/2021

1º SEMESTRE 2º SEMESTRE

Início do Semestre: 01.02.2022 Início do Semestre: 19.07.2022

Início do Período Letivo: 07.02.2022 Início do Período Letivo: 25.07.2022

Jornada Pedagógica: 01 a 03.02.2022 Término do Período letivo: 21.12.2022

Planejamento: 04.02.2022 e 02.05.2022 Jornada Pedagógica: 19 a 21.07.2022

Recesso Escolar: 24.06 a 03.07.2022 Planejamento: 22.07 e 03.10.2022

Término do Período Letivo: 12.07.2022 Término do Período Letivo: 21.12.2022

Recuperação: 13 a 15.07.2022 Recuperação: 22,23 e 26.12.2022

Conselho de Classe: 18.07.2022 Conselho de Classe: 27.12.2022

Término do Semestre: 18.07.2022 Término do Semestre: 27.12.2022

ATENÇÃO para o período de 19 a 22/07/2021


*Período para as Escolas realizarem Matrícula e Lotação de Professores no
SIGEAM para o 2º Semestre da EJA.

27
CALENDÁRIO ESCOLAR 2022

Capital e Interior – CEMEAM

ENSINO PRESENCIAL COM MEDIAÇÃO TECNOLÓGICA


Etapa de Ensino: Ensino Fundamental, Ensino Médio e a Educação de
Jovens e Adultos.

Aprovado: Resolução nº 004/2022 aprovada em 03/01/2022


Início do Ano Escolar: 01.02.2022

Início do Ano Letivo: 21.02.2022

Jornada CEMEAM:

Técnica: 01 a 09.02.2022
Pedagógica: 10 a 18.02.2022
Recesso Escolar: 24.06 a 03.07.2022

Término do Ano Letivo: 14.12.2022

Recuperação: 15, 16,19, 20 e 21.12.2022

Conselho de Classe: 22 e 23.12.2022

Término do Ano Escolar: 23.12.2022

5 – DIÁRIO DE CLASSE: FÍSICO E DIGITAL

O Diário de Classe é um instrumento legal de registro de frequências,


conteúdos ministrados e avaliações pedagógicas, bem como de acompanhamento
do desempenho escolar, utilizado por professores e pelas equipes do corpo técnico-
pedagógico das unidades escolares. A utilização desse instrumento está amparada
pelo Regimento Geral das Escolas da Rede Estadual de Ensino do Amazonas,
Resolução nº 241 – CEE/AM de 23/12/2020, Art. 90 a 103.

28
Diário de Classe Físico

No ano de 2021, as escolas estaduais dos municípios ainda não


contemplados com a implementação do Diário Digital foram orientadas a utilizar os
modelos de Diário de Classe e Ficha Cumulativa emitidos pelo SIGEAM, por meio do
serviço MATRIIDC, para o registro das participações nas atividades presenciais e
remotas, incluindo frequência, conteúdos e notas.

Com a adoção do regime semestral, a rotina de entrega das Fichas


Cumulativas com as notas das avaliações parciais também foi adaptada. Dessa
forma, as Fichas passaram a ser entregues na secretaria da escola até 05 (cinco)
dias após o prazo final para a aplicação de cada uma das avaliações parciais, de
acordo com o que foi estabelecido no calendário escolar.

Para o ano de 2022, a orientação é que essas escolas continuem utilizando o


mesmo serviço do SIGEAM para a impressão dos Diários de Classe e das Fichas
Cumulativas; porém, com o retorno do regime bimestral, a entrega das fichas na
secretaria da escola deve acontecer ao final de cada bimestre e não mais ao final do
prazo estabelecido para a aplicação das avaliações parciais (AVs).

Diário Digital

Durante o ano de 2021, o Diário Digital passou por uma série de adaptações
e melhorias visando atender todas as situações referentes aos registros de notas,
frequências e conteúdos nos períodos de aulas remotas, híbridas e presenciais.
Essas mudanças culminaram em uma versão do Diário Digital mais completa e, ao
mesmo tempo, mais flexível no que diz respeito a tais registros.

A versão atual do Diário Digital possibilita o registro de atividades presenciais


e remotas, que podem ser trabalhadas pela REDE ou até mesmo pela própria
ESCOLA, de acordo com as circunstâncias e as diretrizes estabelecidas.

A principal alteração em relação ao ano de 2021 será que, independente do


cenário atual, todos os lançamentos deverão obedecer à ordem dos tempos de aula
definidos no SIGEAM, por meio do serviço MANHODIA.

Assim, os professores farão os lançamentos de notas, frequências e


conteúdos nos dias e tempos de aula definidos nos respectivos horários escolares,

29
podendo sinalizar que a participação (frequência) do estudante se deu de forma
presencial ou remota, marcando o indicador no momento do registro.

Vale ressaltar que o Diário Digital está pronto para atender todas as
características do regime bimestral, que volta a ser adotado no Ano Letivo de 2022,
e do novo sistema de avaliação, principalmente no que diz respeito ao número
mínimo de avaliações por componente curricular.

6 - CONSELHO ESCOLAR – UNIDADE EXECUTORA

I - Introdução

O princípio da gestão democrática na educação está assegurado no art. 206


da Constituição Federal de 1988, que trata da gestão democrática do ensino. Assim
sendo, gestão democrática é aquela em que a comunidade participa da governança
por meio de representantes eleitos periodicamente por ela, que tomam as decisões
em seu nome e no interesse social.

Baseado nisso, a Secretaria de Estado de Educação e Desporto do


Amazonas entende que, para atender o atual paradigma educacional, é necessário
buscar estratégias para implementação do princípio constitucional da gestão
democrática na educação pública.

Por conseguinte, como estratégia de fortalecimento do trabalho coletivo nas


escolas da rede estadual, a Secretaria de Estado de Educação e Desporto do
Amazonas instituiu a política de criação do Conselho Escolar como um dos
requisitos mínimos para o funcionamento das escolas públicas, conforme o
Regimento Geral das Escolas da Rede Estadual de Ensino do Amazonas –
SEDUC/AM, Resolução n° 241/2020 – CEE/AM. Nesse sentido, a institucionalidade
dos Conselhos Escolares com caráter de Unidade Executora (UEx) apresenta-se
como um parâmetro central nessa busca, sendo uma ferramenta de gestão que
possibilita a efetiva participação de todos na política educacional, além de atender a

30
Meta 19, estratégia 19.5 do Plano Nacional de Educação – PNE – Lei 13.005/2014 e
Meta 19, estratégias 19.8 e 19.10 do Plano Estadual de Educação – PEE/AM.

O Conselho Escolar com caráter de Unidade Executora (UEx) garante espaço


para que todos os segmentos da comunidade escolar possam expressar suas ideias
e necessidades, contribuindo para as discussões dos problemas e a busca de
soluções. Possibilita, ainda, melhor capacidade de fiscalização, apoio e controle da
sociedade civil sobre a execução da política educacional, permitindo maior
transparência das decisões, fortalecendo a escola e compartilhando
responsabilidades.

II - Concepção

O Conselho Escolar (CE) com caráter de Unidade Executora é uma


Associação Civil jurídica de direito privado e sem fins lucrativos com função
deliberativa, consultiva, fiscalizadora e mobilizadora. É um órgão constituído por
representantes de todos os segmentos da comunidade escolar e local, atuando em
sintonia com a administração da escola e definindo caminhos para a tomada de
decisões administrativas, financeiras e político-pedagógicas condizentes com as
necessidades e potencialidades da escola.

Dessa forma, a partir do ano de 2021 a Secretaria de Estado de Educação e


Desporto do Amazonas instituiu a política de constituição do Conselho Escolar com
caráter de Unidade Executora em substituição à Associação de Pais, Mestres e
Comunitários (APMC). Assim sendo, o CE consiste em órgão gestor dos recursos
financeiros recebidos pelas escolas.

III – Estrutura, Funcionamento e Implementação do Conselho Escolar

Composição

O Conselho Escolar como órgão colegiado será integrado por 11 (onze)


membros, sendo: 01 nato e 10 eleitos, no qual 05 serão titulares e 05 suplentes,
escolhidos mediante eleição direta para o mandato de 04 anos. Vale ressaltar que a

31
função de Conselheiro Escolar (membro do conselho eleito) não é remunerada. O
CE tem a seguinte composição:
I. Presidente do Conselho Escolar: o diretor da escola como presidente e
membro nato;
II. Representantes do Segmento Escolar: 02 (dois) representantes do
quadro efetivo de Professores, 02 (dois) representantes do quadro
efetivo do Corpo Técnico e/ou demais Servidores;
III. Representantes do Segmento Comunitário: 02 (dois) representantes
dos pais e/ou responsáveis pelos alunos, 02 (dois) representantes dos
alunos, com idade igual ou superior a 16 anos (nas escolas em que a
faixa etária dos alunos for menor que 16 anos, 02 pais e/ou
responsáveis representarão os alunos), e 02 (dois) representantes da
sociedade civil organizada (caso não existam representantes da
sociedade civil organizada na comunidade local, 02 pais e/ou
responsáveis representarão).

Estrutura Organizacional

I. Assembleia Geral: composta pela totalidade de representantes eleitos dos


Segmentos Escolar e Comunitário;
II. Diretoria Executiva: composta por 03 (três) membros titulares, sendo: o Presidente
do Conselho Escolar, 01 (um) representante do Segmento Escolar, 01 (um)
representante do Segmento Comunitário e 02 (dois) suplentes dos seus respectivos
segmentos;
III. Conselho Fiscal e Deliberativo: composto por 01 (um) Presidente (designado pelo
segmento escolar), 01 (um) Suplente do Presidente (representante do Segmento
Comunitário), 1º Fiscal (1 representante do Segmento Comunitário), Suplente do 1º
Fiscal (1 representante do Segmento Comunitário), 2º Fiscal (1 representante do
Segmento Escolar) e Suplente do 2º Fiscal (1 representante do Segmento
Comunitário).

32
Procedimentos para Transformação, Criação ou Renovação do Conselho
Escolar

O processo de transformação, criação ou renovação do Conselho Escolar deve


seguir rigorosamente as diretrizes dos documentos elaborados pela SEDUC/AM,
dentre eles: o Decreto nº 44.427, de 20 de agosto de 2021, que dispõe sobre a
Regulamentação dos Conselhos Escolares, o Modelo de Estatuto e as demais
orientações e modelos de formulários e documentos previstos no Manual de
Orientações do Conselho Escolar com caráter de Unidade Executora. Da mesma
forma, ressalta-se que a implementação do CE é de caráter obrigatório para todas
as escolas da rede que atendam os devidos critérios e requisitos legais. Sendo
assim, os procedimentos deverão seguir as seguintes etapas:
I. Mobilização e sensibilização da comunidade escolar e local: a escola
deverá convocar todos os segmentos da comunidade escolar e
local para discutirem e organizarem o processo de transformação,
criação ou renovação do CE.
II. Pré-Eleição:

a) Livro de ATA: o diretor deverá providenciar o Livro de ATA para registro


de todas as reuniões;

b) 1ª Assembleia Geral: o Diretor da Escola lança o Edital de Convocação


com ampla divulgação para a realização da 1ª Assembleia Geral. No
dia, o Diretor deverá:

● Explanar e sensibilizar sobre os objetivos e importância do Conselho


Escolar com caráter de Unidade Executora;
● Apresentar as competências e atribuições dos membros do Conselho
Escolar e o processo transparente de eleição direta;
● Constituir uma Comissão Eleitoral que deverá ser composta por no
mínimo 03 (três) integrantes, com 01 (um) representante por segmento
da comunidade escolar e local.

33
III. Eleição

a) Aprovação do Estatuto Social do Conselho Escolar com UEx: a


Comissão Eleitoral apresenta para a comunidade escolar o Estatuto do
Conselho Escolar com caráter de Unidade Executora para aprovação;

b) Processo de Eleição e Posse: a Eleição deverá ocorrer em um único


dia, e cada segmento vota no seu segmento; os 2 (dois) mais votados
serão, respectivamente, o conselheiro e o suplente. A eleição deverá
ocorrer em todos os turnos de funcionamento da escola, e a apuração dos
votos deverá ser feita pela Comissão Eleitoral.

Regularização do Conselho Escolar com Caráter de Unidade Executora

Escolas da Rede Estadual da Capital

Concluídos os procedimentos de eleição e posse dos membros do


Conselho, com a Ata devidamente finalizada e o Estatuto aprovado, iniciam-se
os procedimentos para emissão do Documento Básico de Entrada (DBE) do
CNPJ. Esses procedimentos serão orientados pelos supervisores de Recursos
Financeiros das Coordenadorias Distritais de Educação com a intermediação da
Gerência de Fortalecimento da Gestão Escolar (GFORGE/DEGESC). Após o
deferimento dos procedimentos junto aos órgãos devidos, inicia-se o
procedimento de registro junto ao cartório. Finalizada essa etapa, inicia-se o
processo de regularização bancária. Após o cumprimento dessa fase, o
procedimento final será a etapa de atualização do Conselho Escolar com caráter
de Unidade Executora junto ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação (FNDE).

34
Escolas da Rede Estadual do Interior

Após concluídos os procedimentos de eleição e posse dos membros do


Conselho, com a Ata devidamente finalizada e o Estatuto aprovado, iniciam-
se os procedimentos de registro junto ao cartório. Finalizada essa etapa,
inicia-se o processo de regularização bancária. Após o cumprimento dessa
fase, o procedimento final será a etapa de atualização do Conselho Escolar
com caráter de Unidade Executora junto ao Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Obs.: Os procedimentos para regularização cartorial do Conselho Escolar


podem variar de município para município, dependendo do fluxo e exigências
do cartório.

Considerações Finais

O Conselho Escolar com caráter de Unidade Executora representa hoje uma


estratégia eficiente para o desenvolvimento de ações inovadora com tomada de
decisões conjuntas e integradas. As ações do Conselho Escolar representam um
mecanismo de fortalecimento da participação das partes integrantes do processo
educacional, com responsabilidade de participar da gestão administrativa,
pedagógica e financeira da escola.

Portanto, o Conselho Escolar com caráter de Unidade Executora é fruto de


um processo coerente e efetivo de construção da gestão democrática, com a
participação dos atores nas definições que refletem nos interesses dos segmentos
da escola, além de transparência e legitimidade nas decisões tomadas, atendendo,
assim, as reais necessidades da sua comunidade.

35
7 - PROPOSTAS CURRICULARES E PEDAGÓGICAS DO AMAZONAS

As Propostas Curriculares e Pedagógicas do Ensino Fundamental, do Ensino


Médio e do Programa de Correção de Fluxo Escolar objetivam criar novos cenários
curriculares capazes de responder aos atuais desafios da sociedade
contemporânea, marcada pelo dinamismo e pelas contínuas transformações,
apresentando as principais definições que passam a nortear o conjunto de ações
que integram o trabalho curricular materializado no interior das salas de aula do
Ensino Fundamental, levando-se em consideração as diversas realidades com as
quais nos deparamos no estado do Amazonas.

Para tal, esses documentos trazem as fundamentações legais associadas à


oferta do Ensino Fundamental, do Ensino Médio e às formas de organização dessa
etapa na Rede Estadual, contemplando também o Ensino Presencial com Mediação
Tecnológica. Também contemplam as realidades do contexto amazônico,
relacionando currículo e competências, com as definições gerais que permeiam as
questões de currículo inclusivo, dos temas contemporâneos transversais, das
competências gerais do Referencial Curricular Amazonense - RCA e das
competências socioemocionais, com sugestões de suas aplicabilidades.

8 - NOVO ENSINO MÉDIO – PROPOSTA CURRICULAR E PEDAGÓGICA:


PRINCIPAIS MUDANÇAS

Instituído pela Lei nº 13.415/2017, o Novo Ensino Médio objetiva promover


uma mudança nesta etapa de ensino, ofertando educação de qualidade a todos os
estudantes brasileiros, buscando sua aproximação com uma nova escola:
interessante, atraente, viva, alegre. Nesse novo formato, o Projeto de Vida é
elemento essencial para sua formação integral nos aspectos físico, cognitivo e
socioemocional.

36
Novo Ensino Médio: principais mudanças

Serão apresentadas, a seguir, as principais mudanças no Novo Ensino Médio:

Implementação

Em 2022, iniciará de forma progressiva com as 1ª séries do Ensino Médio.


Em 2023, com as 2ª séries e, no ano de 2024, completa-se o ciclo de
implementação nas três séries do Ensino Médio, conforme cronograma abaixo:

ANO DE IMPLEMENTAÇÃO SÉRIE

2022 1ª Série

2022 - 2º Semestre EJA

2023 1ª Série das turmas de Ensino


Indígena

2023 2ª Série

2024 3ª Série

Arquitetura

O Novo Ensino Médio (NEM) traz uma nova organização curricular e a


ampliação da carga horária mínima das atuais 800 horas para 1.000 horas anuais.
Veja como ficará a distribuição da carga horária.

Link: https://anec.org.br/wp-content/uploads/2021/05/RCA-Ensino-Medio.pdf

Currículo
O novo currículo será composto por duas partes: Formação Geral Básica e
Itinerário Formativo.

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A Formação Geral Básica está organizada pelas áreas de conhecimento e
seus respectivos componentes curriculares; composta pelas competências e
habilidades essenciais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e terá no
máximo 1.800 horas.
O Itinerário Formativo é a parte flexível do currículo, que dá oportunidades
de escolha aos estudantes no decorrer da etapa final da educação básica,
considerando o aprofundamento de conhecimentos, e serão ofertadas no mínimo
1.200 horas.

Livros Didáticos do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) – Ensino


Médio
Os livros didáticos do NEM, escolhidos em 2021, visam atender a 1ª série do
Novo Ensino Médio. Nesse sentido, é importante ressaltar que a referida série será
atendida com os livros do PNLD (Objeto 1) para as Unidades Comuns Curriculares
(UCCs) Projetos de Vida e Projetos Integradores.

Oferta e organização da Formação Geral Básica (FGB)


A distribuição da Formação Geral Básica atende a carga horária a seguir:

Escolas Regulares Tempo Parcial Diurno:

1ª Série 2ª Série 3ª Série Total

800h 576h 416h 1.792h

Os tempos de aula serão de 48 minutos, distribuídos em quatro dias (com


seis tempos de aula) e um dia (com sete tempos).

Escolas Regulares Tempo Parcial Noturno:

1ª Série 2ª Série 3ª Série Total

736h 448h 448h 1.632h

Os tempos de aula serão de 48 minutos, distribuídos em quatro dias (com


seis tempos de aula) e um dia (com sete tempos). O ensino noturno contemplará a
Educação a Distância – EaD.

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Escolas de Tempo Integral/Bilíngues

1ª Série 2ª Série 3ª Série Total

760h 560h 480h 1.800h

Os tempos de aula serão de 60 minutos, distribuídos em cinco dias (com seis


tempos de aula).

Oferta e Organização dos Itinerários Formativos – IF


Entende-se por Itinerários Formativos o conjunto de situações e atividades
educativas que os estudantes podem escolher, conforme seu interesse, para
aprofundar e ampliar aprendizagens em uma ou mais Áreas de Conhecimento e/ou
na Formação Técnica e Profissional, com carga horária total mínima de 1.200 horas
(Brasil, 2018c). Os Itinerários Formativos são compostos por Unidades Curriculares
(UCs) e serão ofertados ao longo das três séries do Ensino Médio (Figura 1).

Figura 1: Itinerários Formativos do NEM 2022

Fonte: Gerência de Gestão Curricular - SEDUC/AM, 2021.

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A distribuição dos Itinerários Formativos atende a carga horária a seguir:

Escolas Regulares Tempo Parcial Diurno:

1ª Série 2ª Série 3ª Série Total

200h 424h 584h 1.208h

Escolas Regulares Tempo Parcial Noturno:

1ª Série 2ª Série 3ª Série Total

264h 552h 552h 1.368h

Escolas de Tempo Integral/Bilíngues:

1ª Série 2ª Série 3ª Série Total

640h 840h 920h 2.400h

UNIDADES CURRICULARES COMUNS – UCCs

Unidades Curriculares Comuns (UCCs) são percursos formativos garantidos a


todos os estudantes da rede com carga horária predefinida e oferta de forma anual
que, de acordo com o Plano de Implementação do Novo Ensino Médio (PLI),
objetiva orientar o perfil de saída almejado para o estudante da rede estadual de
ensino, cuja finalidade a ser alcançada é a de garantir que todos os estudantes que
frequentam as escolas de Ensino Médio Regular (parcial ou integral, capital ou
interior, área urbana ou rural) alcancem as competências definidas no Perfil de
Estudantes à Saída da Escolaridade Obrigatória (AMAZONAS, 2021, p. 30-31).
As Unidades Curriculares Comuns que serão ofertadas na 1ª série do Ensino
Médio em 2022 são:
1. Projeto de Vida
Projeto de Vida trata do trabalho pedagógico intencional, estruturado,
planejado e contínuo com o intuito de fomentar a promoção do autoconhecimento,

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da cidadania, da ética, do protagonismo estudantil, bem como o conhecimento
acerca do mundo do trabalho e planejamento do projeto de vida dos estudantes.
2. Projetos Integradores
Projetos Integradores propõem a construção de projetos de trabalhos
globalizadores, capazes de permitir a integração de diferentes áreas do
conhecimento por intermédio de processos de ensino e de aprendizagem
contextualizados e significativos.
3. Cultura Digital
Cultura Digital tem a finalidade de possibilitar ao estudante a ampliação de
seus conhecimentos acerca do uso responsável das mídias digitais de maneira
qualificada e ética, compreendendo o impacto das tecnologias na vida das pessoas
e sua interferência na tomada de decisão consciente, colaborativa e responsável no
meio digital.
4. Educação Financeira, Fiscal e Empreendedora
Educação Financeira, Fiscal e Empreendedora tem como objetivo promover a
reflexão acerca da compreensão da importância dos conhecimentos voltados para a
educação financeira, fiscal e empreendedora, desenvolvendo nos estudantes da
rede estadual as habilidades capazes de transformar ideias em soluções inovadoras.
Nota: No ensino noturno, essa unidade curricular será ofertada em 2023
na 2ª série.

UNIDADES CURRICULARES DE APROFUNDAMENTO – UCAs

Unidades Curriculares de Aprofundamentos (UCAs) são conjuntos de


aprendizagens para aprofundar e/ou expandir os conhecimentos advindos da
Formação Geral Básica (FGB), considerando os interesses e as potencialidades dos
estudantes, em consonância com o seu projeto de vida, visando ampliar seus
conhecimentos acerca da realidade social e do mundo do trabalho de forma
articulada com temas atuais e transversais.
Em 2022, as escolas Integrais Bilíngues ofertarão as Unidades Curriculares
de Aprofundamento, considerando a tradição curricular e a especificidade do
bilinguismo da própria escola, a partir da 1ª série.
Nesse sentido, serão destinadas 120 horas para aprofundamentos em
Linguagens e suas Tecnologias, contabilizando três aulas semanais. Na área de

41
Matemática e suas Tecnologias, serão reservadas 80 horas, o que se traduz em
duas aulas semanais. Para o aprofundamento nas áreas de Ciências da Natureza e
suas Tecnologias, serão destinadas 40 horas, significando uma aula semanal.
Nas escolas que não são de ensino bilíngue, as UCAs serão ofertadas a
partir da 2ª série, em 2023.

UNIDADES CURRICULARES ELETIVAS – UCEs

As Unidades Curriculares Eletivas (UCEs) são unidades com intencionalidade


pedagógica, que visam ampliar o universo de conhecimentos dos estudantes, em
seus interesses mais diversos. Têm como objetivo expandir a capacidade do
estudante de ler o mundo de maneira criativa, crítica e propositiva, atuando como
protagonista e agente de transformação da sociedade.
Em 2022, as Unidades Curriculares Eletivas Orientadas (UCEOs) serão
ofertadas somente nas Escolas de Tempo Integral na 1ª série do Ensino Médio,
sendo: Leitura e Produção Textual em Foco, Etnomatemática, Experimentação e
Criação Artística e Práticas Corporais.
As Escolas de Tempo Integral Bilíngue também ofertarão as UCEOs na 1ª
série, entretanto somente Experimentação e Criação Artística e Práticas Corporais.

Figura 2: Organização das UCEOs nas Escolas de Tempo Integral

42
- Proposta Curricular do Ensino Médio do ano de 2012 para as turmas de 2ª e
3ª séries

Em 2022, as turmas de 2ª e 3ª séries devem permanecer utilizando a


Proposta Curricular do Ensino Médio que está em vigência desde 2012,
permanecendo com a mesma carga horária e estrutura curricular, a fim de finalizar o
processo das referidas turmas até o ano letivo de 2023.

https://drive.google.com/file/d/1NSaibU4dt_N1z9RT-Un3psft1oAAERHA/view?usp=sharing

- Referencial Curricular Amazonense para a Etapa do Ensino Médio

https://anec.org.br/wp-content/uploads/2021/05/RCA-Ensino-Medio.pdf

- Proposta Curricular e Pedagógica do Ensino Médio do ano de 2022 para as


turmas da 1ª série

A Proposta Curricular e Pedagógica (PCP) do Novo Ensino Médio tem como


objetivo nortear e fundamentar as práticas pedagógicas do Ensino Médio nas
escolas da Rede Estadual; foi elaborada a partir da Base Nacional Comum
Curricular (BNCC) e do Referencial Curricular Amazonense (RCA), Etapa do Ensino
Médio.

A proposta visa contribuir para a construção de uma escola democrática que


garanta o acesso e a permanência dos estudantes, a qualidade do ensino e,
consequentemente, a socialização do conhecimento científico. Será implementada,
a partir de 2022, de forma gradual para as turmas de 1ª série, apresentando uma
nova arquitetura, estruturada em duas partes, de forma indissociável, Formação
Geral Básica (FGB), contemplando as Áreas de Conhecimento com seus respectivos
Componentes Curriculares e Itinerários Formativos (IFs) com Eixos Estruturantes.

A PCP apresenta a seguinte distribuição: série, bimestre, competências


específicas, habilidades, objeto de conhecimento, detalhamento do objeto de
conhecimento e sugestões de atividades/possibilidades interdisciplinares. É
interessante esclarecer que a distribuição considera as especificidades das Áreas de
Conhecimento.

https://drive.google.com/file/d/1NSaibU4dt_N1z9RT-Un3psft1oAAERHA/view

43
09 - PROPOSTA CURRICULAR E PEDAGÓGICA - ENSINO FUNDAMENTAL

A Secretaria de Estado de Educação e Desporto do Amazonas, a partir de


exigências legais que permeiam a reforma da Educação Básica, elaborou a
Proposta Curricular e Pedagógica do Ensino Fundamental, a qual foi aprovada pelo
Conselho Estadual de Educação – CEE/AM em 26 de fevereiro de 2021, por meio
da Resolução nº 005/2021 – CEE/AM.

A Proposta Curricular e Pedagógica tem como objetivo criar novos cenários


curriculares capazes de responder aos atuais desafios da sociedade
contemporânea, levando em consideração as diversas realidades com as quais nos
deparamos no estado do Amazonas.

Assim, o documento traz as fundamentações legais associadas à oferta do


Ensino Fundamental e às formas de organização dessa etapa na Rede Estadual,
com destaque para o Ensino Presencial com Mediação Tecnológica. Além disso,
traz abordagens que envolvem os significados e as relações entre currículo e
competências, com as definições gerais que permeiam as questões de currículo
inclusivo, temas contemporâneos transversais, competências gerais do RCA,
competências socioemocionais, com sugestões de suas aplicabilidades.

A proposta também apresenta as temáticas essenciais ao processo de ensino


e aprendizagem e ao trabalho da equipe escolar, tais como: metodologias
interdisciplinares, planejamento da prática docente e avaliação do processo de
aprendizagem.

Além disso, exibe os campos do organizador, as áreas de conhecimento, os


componentes e reúne os organizadores curriculares, em cujos quadros são
apresentados os aspectos curriculares específicos de cada componente curricular,
contendo as definições das aprendizagens essenciais para cada idade/ano escolar.
Ademais, os organizadores trazem sugestões de atividades dispostas em unidades
temáticas/eixos/práticas de linguagem, conforme a realidade de cada componente
curricular.

44
10 - EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Introdução

A Educação de Jovens e Adultos é uma modalidade de ensino da rede


pública que perpassa todos os níveis da Educação Básica. Conforme disposto no
Art. 37 da Lei nº. 9.394/96, essa modalidade é designada às pessoas que não deram
continuidade em seus estudos e àqueles que não tiveram o acesso ao Ensino
Fundamental e/ou Médio na idade correspondente.
A grande maioria dos estudantes da EJA são trabalhadores, empregados e
desempregados que não tiveram acesso à educação, ou seja, pessoas que
possuem história de vida no sistema escolar, conhecimentos próprios e pressa em
concluir os estudos. Como modalidade, a EJA objetiva oportunizar a escolarização
mínima exigida para o mercado de trabalho e incentivar a inclusão social e melhoria
da qualidade de vida para seus estudantes.
A Educação de Jovens e Adultos precisa ter os atrativos e significados para
responder aos anseios e expectativas dos jovens e adultos que buscam na escola
da EJA uma nova oportunidade de iniciar ou retomar os seus estudos com sucesso.
A nova EJA atua em Regime Semestral sob homologação da Resolução Nº
013/2021 – CEE/AM, com a organização disposta a seguir.
SEGMENTOS ETAPAS

1ª 2ª 3ª 4ª

Anos 1º ano 2º ano 3º e 4º ano 5º ano
Iniciais
100 dias letivos
100 dias letivos 400h 100 dias letivos 400h 100 dias letivos 400h
400h

5ª 6ª 7ª 8ª

6º ano 7º ano 8º ano 9º ano
Anos
Finais
100 dias letivos
100 dias letivos 400h 100 dias letivos 400h 100 dias letivos 400h
400h

9ª 10ª 11ª
3º 1ª Série 2ª Série 3ª Série
Ensino
Médio
100 dias letivos 100 dias letivos 400h 100 dias letivos 400h
400h

45
A Coordenação de Educação de Jovens e Adultos (CEJA) deseja que este
novo ano escolar de 2022 nos presenteie com mais alegria, comprometimento e
união a cada dia. Assim, podemos iniciar um novo ciclo de vitórias, esperando
comemorá-las juntos, celebrando nossa parceria alicerçada no carinho, respeito e
admiração uns pelos outros e agradecendo pela partilha de conhecimentos e
ensinamentos para vida.
A Proposta Curricular e Pedagógica da Modalidade da Educação de Jovens e
Adultos pode ser acessada através do link:

https://drive.google.com/file/d/1ffDCIQzX9Nl8Ou4vVKLesjy7hKlZGTkb/view

Evasão Escolar

A evasão escolar no Brasil é um problema crescente e cada vez mais


preocupante, principalmente devido aos diversos motivos que levam os estudantes a
tomarem a decisão de desistir dos estudos. Na grande maioria dos casos, a
dificuldade financeira é a principal causa da desistência, visto que os estudantes
precisam trabalhar para sobreviver e, por isso, não conseguem mais acompanhar as
aulas.

Além disso, outros fatores que também podemos pontuar são: a falta de
infraestrutura nas escolas, os problemas familiares, transtornos de aprendizagem e
a falta de interesse e motivação que prejudicam o desenvolvimento acadêmico do
aluno. Assim, apesar das dificuldades para a resolução do problema, é necessário
que haja um empenho para melhorar a situação, estudando o cenário escolar,
reavaliando metodologias e propostas pedagógicas e, até mesmo, investindo em
projetos interdisciplinares que despertem o interesse dos alunos.

Dentre as medidas que podem ser tomadas em sala de aula, indicamos:

❖ Conhecer o estudante para identificar sua defasagem de conhecimento,


transtornos de aprendizagem, seu nível de aprendizagem e os problemas
ligados ao acesso escolar;
❖ Atualizar seus dados telefônicos pessoais ou um de seus familiares para
qualquer alcance imediato;
❖ Acompanhar diariamente a frequência dos alunos, na busca de entender os

46
motivos das faltas, ajudará a reverter a situação;
❖ Utilizar-se de variadas linguagens, diversificando as metodologias (Jornal
mural, música, dança, cordel, poesia, artes cênicas etc.);
❖ Contextualizar o currículo com problemáticas da vivência social e econômica,
planejando atividades que agreguem significado à aprendizagem; associar
temas do cotidiano às Áreas de Conhecimento faz com que os estudantes
entendam o assunto abordado com mais facilidade;
❖ Utilizar metodologias diferenciadas que se relacionem com o cotidiano do
estudante e reforcem sua permanência no ambiente escolar;
❖ Buscar a integração do ensino da EJA em todas as ações e atividades da
escola potencializa o reconhecimento da modalidade que faz parte da
Educação Básica.

Planejamento

O planejamento pedagógico tornou-se indispensável para o êxito de


quaisquer atividades que sejam realizadas dentro do ambiente escolar, atuando
como principal norteador das ações desenvolvidas durante todo o semestre letivo.
Além disso, ele é fundamental para uma boa administração da flexibilização do
tempo, materiais e espaços dentro da escola, alinhando todos os objetos de
conhecimento e atividades às diretrizes da Base Nacional Comum Curricular
(BNCC), fazendo com que as aulas ministradas sejam mais produtivas e contribuam
positivamente com o processo de ensino e aprendizagem dos alunos.

O Calendário de 2022 sinaliza:

1º semestre: 04 de fevereiro e 05 de maio de 2022;

2º semestre: 22 de julho e 03 de outubro de 2022.

No ato do Planejamento, tomaremos como material de suporte o Organizador


Curricular do Ensino Fundamental (1º e 2º Segmentos) que constam em nossa
Proposta Vigente.

47
Para o 3º Segmento (Ensino Médio), direcionamos a utilização das Diretrizes
Curriculares e Pedagógicas disponíveis na Plataforma Saber Mais
(https://www.sabermais.am.gov.br/).
Quanto aos Instrumentos de apoio para elaboração, estarão disponíveis na
Plataforma Saber Mais.

Participação na AVAM 2022

A Avaliação de Verificação de Aprendizagem do Amazonas (AVAM) visa


medir o aprendizado durante o regime das aulas e, a partir do diagnóstico, traçar
novas estratégias de ensino. Na modalidade da Educação de Jovens e Adultos
(EJA), as provas serão aplicadas no primeiro semestre de 2022 no período de 6 a 10
de junho e, no segundo semestre, no período de 7 a 11 de novembro.

Caderno de Orientações de Estudo Orientado

O ESTUDO ORIENTADO é uma seção que integra a parte diversificada da


Matriz Curricular da Proposta Pedagógica da Educação de Jovens e Adultos,
correspondendo a 40% da carga horária. Tem como objetivo “ensinar” o estudante a
aprender a estudar de forma mais eficiente com vistas ao maior rendimento de sua
aprendizagem; seu princípio está no respeito aos diferentes estilos de aprendizagem
e na compreensão de que a aquisição do conhecimento se dá não só no espaço
escolar, mas também fora deste.

Matrícula

No Ano Escolar de 2022, estaremos com matrículas ofertadas


SEMESTRALMENTE para a Educação de Jovens e Adultos, observando com
atenção aos pré-requisitos da idade mínima exigida para o ingresso: 15 (quinze)
anos completos para o 1º e o 2º Segmento e 18 (dezoito) anos completos para o 3º
Segmento.

48
Nesse período, é importante que as escolas estejam atentas ao histórico
escolar dos estudantes, verificando os documentos comprobatórios para que não
deixem etapas sem serem cumpridas, evitando possíveis transtornos. É importante
também não esquecer que todo estabelecimento de ensino que efetiva a matrícula
do estudante sem histórico passa a ser responsável pelo estudante até sua
conclusão.

Nota: Atenção aos dois períodos de matrícula.

Registro de Avaliações e Frequências no SIGEAM

Para o 1º semestre de 2022, o registro de frequências, conteúdos e


avaliações continuará sendo feito no diário físico, que deve ser impresso
mensalmente pelas escolas e entregue aos professores. O lançamento das
avaliações parciais (AVs) deve ser executado no SIGEAM pela secretaria das
escolas, por meio do mnemônico LANOPAR.

11 - PROPOSTA CURRICULAR E PEDAGÓGICA DO PROGRAMA DE


CORREÇÃO DE FLUXO – AVANÇAR

A nova Proposta Curricular e Pedagógica do Programa de Correção de Fluxo


Escolar - Avançar tem como objetivo geral contribuir para a correção do fluxo escolar
dos estudantes matriculados na rede que se encontram em defasagem idade-ano
escolar, garantindo a eles os direitos de aprendizagem essenciais presentes no
currículo escolar; ao mesmo tempo que busca subsidiar o trabalho pedagógico dos
professores e equipes pedagógicas das escolas estaduais que possuem turmas do
Programa na rede pública do Amazonas.

O Programa dispõe de uma organização curricular e pedagógica diferenciada,


que tem como objetivo oportunizar aos estudantes a recuperação de suas
aprendizagens defasadas, e o provável retorno regular ao Ensino Fundamental, de

49
acordo com a idade certa.

As turmas do programa estão organizadas em três fases e em número menor


de estudantes, a fim de propiciar aos docentes e discentes um processo de ensino e
aprendizagem com possibilidade de um atendimento mais individualizado.

O critério para ingresso do estudante no programa é estar com, no mínimo,


dois (02) anos de distorção idade-ano escolar no Ensino Fundamental.

Nota: Alunos inclusos oriundos da Educação Especial não são público-alvo


do programa.

ORGANIZAÇÃO DAS TURMAS


❖ CRITÉRIOS PARA FORMAÇÃO DE TURMAS - ANOS INICIAIS

FASE 1 - Quantidade mínima de 15 e máxima de 25 estudantes

Estudantes de 08 a 14 Estudantes de 09 a 14 Estudantes de 10 a 14


anos anos anos

Sem escolaridade Oriundos do 4º ano do EF


alfabetizados, não (oriundos de outras redes
Oriundos do 3º ano do EF de ensino)
alfabetizados (matriculados
inicialmente no 2º ano)

Observação:
Para as crianças sem escolaridade, a escola deverá efetuar a matrícula no
programa de correção de fluxo escolar na fase 1 (com matrícula inicial no 2º ano do
Ensino Fundamental). Mediante a efetivação da matrícula, a equipe pedagógica
deverá realizar uma avaliação diagnóstica para verificação dos conhecimentos
prévios acerca do sistema de escrita alfabética. Se comprovado o desempenho em
leitura e escrita no nível alfabético, o estudante permanecerá matriculado na Fase
1 do programa, porém, será reclassificado como oriundo do 3º ano do Ensino
Fundamental, considerando dois anos de distorção.

50
❖ CRITÉRIOS PARA FORMAÇÃO DE TURMAS - ANOS FINAIS

FASE 2 - Quantidade mínima de 18 e máxima de 30 estudantes

Estudantes de 13 a 15 anos Estudantes oriundos da Fase 1

(que cursaram o programa, tendo o 4º ano


Oriundos do 6º ano do EF do EF como ano de origem)

FASE 3 - Quantidade mínima de 18 e máxima de 35 estudantes


Estudantes de 14 e 15 Estudantes de 15 e 16 Estudantes com até 15
anos anos anos de idade

Oriundos do 7º ano do EF Oriundos do 8º ano do EF Oriundos da FASE 2

Importante: alunos do 5º e 9º ano do Ensino Fundamental não serão


enturmados no Programa.

Percursos Formativos - critérios para a participação e progressão dos


estudantes no programa

O tempo de permanência dos estudantes em cada Fase do Programa será


de um ano, ao final do qual poderão ser reintegrados ao ensino regular ou
permanecer no Programa Avançar para maior correção da distorção do fluxo,
segundo os critérios estabelecidos pela rede de ensino.

51
Percurso Formativo Inicial - FASE 1

A abordagem curricular nessa fase contempla a apropriação de


aprendizagens essenciais de objetos de conhecimento e habilidades referentes aos
Anos Iniciais do EF (1º ao 5º ano), considerando os diferentes aspectos de uma
formação integral.

Ano de Origem Ano de Destino

Sem escolarização (não alfabetizado NAV - Fase 1 (RETIDO)

e alfabetizado) AV - 4º ano

NAV - Fase 1 (RETIDO)

3º ANO AV - 5º ano

NAV - Fase 1 (RETIDO)

4º ANO AV - 6º Ano ou Fase 2

Percurso Formativo - FASE 2


Ano de Origem Ano de Destino

NAV - Fase 2
6º ANO
AV - 8º ano ou Fase 3

Percurso Formativo - FASE 3


Ano de Origem Ano de Destino

NAV - Fase 3 (RETIDO)


7º ANO
AV - 9º Ano do EF

NAV - Fase 3 (RETIDO)


8º ANO
AV - 1ª série do Ensino Médio

52
Equivalência

Refere-se às alterações das Fases do Programa de acordo com a nova


Proposta.

Estrutura Anterior Estrutura Atual

FASE 1
FASE 1
FASE 2

FASE 3 FASE 2

FASE 4 FASE 3

Fonte: PCP/AVANÇAR, 2021.

Por fim, consideramos que pela natureza do programa todos os esforços


devem ser para a garantia de uma educação de qualidade com acesso,
permanência e sucesso dos estudantes na idade certa.

12 - EDUCAÇÃO ESPECIAL

A Secretaria de Estado de Educação e Desporto – SEDUC/AM, por meio da


Secretaria Adjunta de Gestão Pedagógica (SEAP), do Departamento de Políticas e
Programas Educacionais (DEPPE) e da Gerência de Atendimento Educacional
Especial (GAEE), promove a defesa da educação especial com um olhar de
fortalecimento do direito à educação nas dimensões do acesso, da permanência e
da participação dos estudantes público-alvo da Educação Especial, organizando e
implementando ações e serviços educacionais para a Rede Estadual de Ensino.
O presente instrumento apresenta, em sua estrutura básica, a Gerência de
Atendimento Educacional Especial, setor este que trabalha com base na Política
Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva – PNEE.
Neste documento apresentaremos o histórico da GAEE e os princípios que

53
norteiam suas atividades, além dos marcos legais; estrutura de funcionamento;
público da educação especial; programas e projetos, profissionais da educação
especial; escolas específicas, centros e núcleo de atendimento e dados relacionados
a essa política.
Nesse sentido, a GAEE pretende contribuir, não apenas para a educação
pública da Rede Estadual de Ensino, de maneira efetiva, mas também garantir os
direitos individuais e sociais dos alunos público da educação especial, priorizando-os
em seu processo de conhecer, aprender, reconhecer e produzir a sua própria
cultura, incluindo-os, assim, na sociedade.

MARCOS LEGAIS

•1988
Constituição Federal
•1990
Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.080/1990)
•1996
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/1996)
•2000
Lei nº 10.048, de 8 de novembro de 2000 - Prioridade de atendimento às pessoas
que especifica, e dá outras providências
•2001
Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica – Conselho
Nacional de Educação/MEC
•2008
Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva
•2011
Decreto nº 7.611, de 17 de novembro de 2011 - Educação especial, o atendimento
educacional especializado, e dá outras providências
•2012
Lei nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012, que institui a Política Nacional de
Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista
•2014

54
Plano Nacional de Educação – PNE 13.005/2014
•2015
Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência – LBI (Lei nº 13.146, de 6 de
julho de 2015)
•2020
Decreto nº 10.502, de 30 de setembro de 2020. Institui a Política Nacional de
Educação Especial: Equitativa, Inclusiva e com Aprendizado ao Longo da Vida.
(REVOGADO)
•2021
Lei nº 14.191 de 3 de agosto de 2021 - Modalidade de educação bilíngue de surdos.
Lei nº 13.977 de 8 de janeiro de 2020 - Carteira de Identificação da Pessoa com
Transtorno do Espectro Autista (Ciptea)

MARCOS LEGAIS NO ÂMBITO ESTADUAL

• Resolução nº 138/2012 do Conselho Estadual de Educação, aprovada em


16/10/2012 – estabelece normas regulamentares para oferta da educação
especial no sistema de ensino do estado do Amazonas.
• Lei Estadual Promulgada Nº 241 DE 27/03/2015 - consolida a legislação
relativa à pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida no Estado do
Amazonas.
• Lei Estadual nº 4.790 de 27 de fevereiro de 2019 – dispõe sobre as medidas a
serem adotadas para identificar, acompanhar e auxiliar o aluno com Transtorno
do Déficit de Atenção e Hiperatividade e/ou dislexia, na Rede Pública e Privada
de ensino do estado do Amazonas.
• Lei nº 4559 de 02 de março de 2012 – dispõe sobre a “Linguagem” de Sinais
como disciplina optativa na grade curricular do Ensino Médio.
• Instrução Normativa do Departamento de Gestão de Pessoas - INDGP Nº02,
de 06 julho de 2021 – disciplina normas e critérios para solicitação, lotação e
movimentação do Profissional de Apoio Escolar das Unidades de Ensino da
SEDUC-AM.

55
PÚBLICO-ALVO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

• Estudantes com deficiência - “àqueles que têm impedimentos de longo prazo,


de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, que em interação com
diversas barreiras podem ter restringida sua participação plena e efetiva na
escola e na sociedade”.
• Estudantes com transtornos globais do desenvolvimento - “São aqueles que
apresentam alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e na
comunicação, um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e
repetitivo. Incluem-se nesse grupo alunos com autismo”.
• Estudantes com altas habilidades/superdotação - “Demonstram potencial
elevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas:
intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes. Também apresentam
elevada criatividade, grande envolvimento na aprendizagem e realização de
tarefas em áreas de seu interesse”.
• Transtornos funcionais específicos - “dislexia, disortografia, disgrafia,
discalculia, transtorno de atenção e hiperatividade, entre outro”.

ESCOLAS ESPECIALIZADAS

• E.E. AUGUSTO CARNEIRO DOS SANTOS – específica para alunos com


deficiência auditiva/surdez e surdocegueira. Funciona com o Ensino
Fundamental nos turnos matutino (1º ao 5º ano) e vespertino (6º ao 9º ano e EJA
1º segmento).
• E.E. JOANNA RODRIGUES VIEIRA – específica para alunos com deficiência
visual (cegas e com baixa visão). Funciona nos turnos matutino e vespertino com
Educação Infantil (estimulação precoce de 0 a 3 anos) e Ensino Fundamental (1º
ao 4º ano).
• E.E. MANOEL MARÇAL DE ARAÚJO – específica para alunos com deficiência
intelectual, autismo ou com paralisia cerebral. Funciona nos turnos matutino e
vespertino com Educação Infantil (estimulação essencial) e Ensino Fundamental
(1º ao 5º ano).

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• E.E. DIOFANTO VIEIRA MONTEIRO – específica para alunos com deficiência
intelectual, síndrome de down e autismo. Funciona nos turnos matutino e
vespertino com EJA especial e oficinas pedagógicas.
• E.E. MAYARA REDMAN ABDEL AZIZ - Escola de Atendimento Específico que
administra os três Centros e um Núcleo, sendo eles:
CAS - Centro de formação e recursos, disponibilizado para apoiar a
educação de estudantes surdos e com perda auditiva significativa,
matriculados nas escolas públicas de educação básica.
CAP - Centros de formação e recursos, disponibilizados para apoiar a
educação de estudantes cegos, surdocegos e com baixa visão,
matriculados nas escolas públicas de educação básica, em articulação
com o Atendimento Educacional Especializado.
CAESP - Centro de apoio à inclusão, avaliação e encaminhamento
escolar dos alunos, público-alvo da educação especial.
NAAHS - Centro destinado à formação e de recursos, disponibilizado para
apoiar a educação de estudantes com altas habilidades/superdotação,
mediante interface com a escola comum, para oferta de enriquecimento
curricular, desenvolvimento de práticas pedagógicas e produção de
material.
Atendimento Pedagógico Diferenciado - viabilizar o atendimento
pedagógico hospitalar e domiciliar a alunos que estão hospitalizados
temporária ou permanentemente, sendo então, impedidos de frequentar o
espaço escolar.

PONTOS ESTRATÉGICOS AO INÍCIO DO TRABALHO COM A MODALIDADE

● Planejamento e Articulação em Pares


● Identificação das Necessidades e Especificidades: profissionais, curriculares,
materiais, Atendimento Educacional Especializado (AEE)
● Importância de Estudos Contínuos
● Participação da Comunidade Escolar
● Conhecimento do Território e das Parcerias de Rede
● Flexibilização
● Avaliação Adaptadas às Necessidades dos Estudantes

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● Conhecimento dos Fluxos Processuais
- Resolução nº 138/2012 – CEE
- Nota Técnica 19/2010 - MEC
- Instrução Normativa 002/2021 (Ficha de Avaliação Individual do
Aluno/Laudo e Pareceres)
PROGRAMAS E PROJETOS

Salas de Recursos Multifuncionais - Espaço organizado na escola de ensino


regular da Educação Básica, com professores especializados, materiais didático-
pedagógicos, equipamentos e recursos de tecnologia assistiva, constituindo um dos
espaços de desenvolvimento do AEE, podendo, ainda, ser utilizado para realização
de outros serviços e uso de recursos da Educação Especial, quando necessário.
Esses recursos são garantidos pelo Plano Nacional de Educação 2014-2024 e
normas subordinadas.

PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Profissional de Apoio Escolar – oferece apoio ao estudante com deficiência nas


atividades de alimentação, higiene, locomoção, interação social e comunicação, em
todas as etapas e modalidades de ensino.
Tradutores Intérpretes de Libras – Profissional que realiza a
tradução/interpretação da língua portuguesa para a Língua Brasileira de Sinais
(Libras) e vice-versa, de forma simultânea ou consecutiva.
Professores de Salas de Recursos Multifuncionais (SRM) – Profissional que faz
um trabalho por meio do desenvolvimento de estratégias de aprendizagem para
Complementação Curricular da modalidade.
Guia Intérprete – Profissional que realiza a guia-interpretação, assegurando a
comunicação e a informação às pessoas surdocegas.
Professor de Libras – Profissional que ministra o componente curricular de Libras
em escolas específicas, SRM ou Centros.
Professor de Classe Hospitalar – Profissional que ministra aulas para alunos do
Atendimento Pegagógico Domiciliar (APD) nas classes hospitalares.
Professor de Atendimento Pedagógico Domiciliar – Profissional que ensina os
conteúdos curriculares para os alunos do APD na residência destes.

58
13 - ESCOLAS DE TEMPO INTEGRAL – ROTINAS E PRÁTICAS EDUCATIVAS

A dinâmica da Escola em Tempo Integral é caracterizada pela riqueza de


possibilidades que oportunizam experiências necessárias à formação integral do
estudante. Nesse contexto, as Práticas Educativas estão presentes no cotidiano
escolar, proporcionando aos professores inúmeras possibilidades a serem
exploradas junto aos estudantes com a finalidade principal de enriquecer o seu
repertório e suas aprendizagens, com vistas às várias dimensões de sua formação.
Nesse sentido, pode-se considerar que as práticas educativas realizadas com
frequência periódica e sequencial, bem como compreendidas e vivenciadas são
essenciais para que sejam propostas ações educativas que atendam o projeto
pedagógico da escola em tempo integral com a centralidade no estudante e nas
relações de aprendizagem que o envolvem.

Desse modo, destacamos o acolhimento, como uma prática educativa de


rotina essencial para a inserção e permanência do estudante na escola, as
vivências de protagonismo, tutoria e salas temáticas como elementos
fundamentais para a construção de um projeto de vida.

I - Acolhimento – São conjuntos de práticas de cuidado e apoio a toda


comunidade escolar dividido em Inicial (para estudantes, equipe escolar, pais e
responsáveis) e Diário (para os estudantes).

Inicial dos Estudantes


▪ O Acolhimento é a estratégia por meio da qual são apresentadas aos novos
estudantes as bases do projeto escolar, para que eles percebam de que
maneira essa estrutura se colocará à disposição da construção do seu Projeto
de Vida. Por meio dessa metodologia, os estudantes terão a oportunidade de
estabelecer os primeiros vínculos, sentindo-se recebidos e pertencentes à
escola desde os primeiros dias do ano letivo. É um momento também para
que vivenciem situações nas quais serão conduzidos à reflexão sobre os seus
sonhos e sobre as expectativas em torno da sua realização.

Inicial da Equipe Escolar


▪ É o momento de integração da Equipe Escolar a favor do novo projeto escolar
e de reflexão sobre a importância de estarem ali, envolvidos e comprometidos
com a realização da Proposta de Educação de Tempo Integral. O repasse de
informes gerais sobre a escola e a discussão sobre as dificuldades de
trabalho ou problemas da educação em geral não configura Acolhimento
Inicial da Equipe Escolar.

Inicial dos Pais e Responsáveis


▪ Trata-se do momento de compartilhamento da visão e missão da escola.

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Estratégia para estimular o engajamento dos Pais ou Responsáveis no
desenvolvimento dos seus filhos, além da oportunidade de conhecerem
outras maneiras de apoiá-los. Momentos para questionamentos acerca dos
problemas dos Pais e Responsáveis no processo educacional dos filhos ou
da própria organização familiar; oportunidade para os Pais e Responsáveis
criarem situações de ingerência sobre o projeto escolar não se configura
Acolhimento Inicial dos Pais e Responsáveis.

Diário do Estudante
▪ É uma prática executada diariamente junto aos estudantes de todas as
turmas. Deve ser entendido como algo muito além de receber os estudantes
na porta de entrada da escola, devendo ser realizado de forma planejada,
intencional e fundamentado nos princípios da Pedagogia da Presença. Não
se configura em atividades recreativas e entretenimento.

II - Vivências do Protagonismo – Tem como objetivo o desenvolvimento de


competências pessoais, sociais e produtivas, bem como a ampliação do repertório
de conhecimento e valores necessários ao processo de formação. O estudante tem
a possibilidade de novas experiências, de crescer como sujeito mais competente e
seguro de si, de intensificar suas relações com a escola e seu entorno e de
desenvolver uma autonomia mais responsável, deixando de ser um receptor passivo
para ser uma fonte autêntica de iniciativa, compromisso e liberdade. São ações de
vivências de protagonismo os Clubes de Protagonismo e os Líderes de turmas.

a) Clube de Protagonismo: é um espaço destinado ao estudante e


organizado para atender áreas de seus interesses, desenvolvendo atividades que
proporcionem trocas de informações, de experiências relacionadas ou não à vida
escolar. Os Clubes devem atuar de modo a colaborar com o sucesso dos estudantes
e da escola. A Equipe Escolar tem um papel fundamental no desenvolvimento dos
Clubes de Protagonismo, contribuindo na construção dos estudantes por meio de
incentivo das práticas e vivências dos Clubes.

b) Líder de Turma: é o representante da turma perante a Equipe Gestora.


Essa liderança caracteriza-se pelo compromisso e responsabilidade junto aos
colegas e professores para favorecer a criação de um ambiente colaborativo,
participativo e responsável que beneficie toda a turma.

c) Grêmio Estudantil: é uma associação de direito privado com autonomia


política não partidária, sem fins lucrativos, porém integrada à unidade escolar e tem
suas finalidades e objetivos estabelecidos em seu Estatuto. Deve ser utilizado como
uma ferramenta pedagógica e de gestão participativa, usada para a melhoria da
qualidade do ensino e, especialmente, para a redução do abandono escolar.

III - Tutoria – É uma situação de interação, de presença na vida do outro, em

60
que uma pessoa dá apoio para tornar possível que ela se desenvolva e ponha em
ação algum direito, dever, conhecimento, competência ou habilidade. Tutorar é
fazer-se presente na vida dos outros à luz da Pedagogia da Presença, não é um
dom, é uma aptidão possível de ser desenvolvida desde que a pessoa esteja
disposta a fazê-lo com sensibilidade e compromisso. O acompanhamento é
destinado aos Anos Finais do Ensino Fundamental e ao Ensino Médio, devendo ser
realizado dentro do horário de funcionamento da escola, nos campos acadêmico,
pessoal e produtivo. Com relação ao formato, a tutoria deverá ocorrer de forma
individual ou coletiva.

IV - Salas de aulas temáticas – São criadas para atender as áreas de


conhecimento, aplicadas no Ensino Fundamental Anos Finais e Ensino Médio,
intensificando as relações no espaço escolar e desenvolvendo a autonomia
responsável. Representam uma quebra no modelo de organização tradicional da
sala de aula, pois seu funcionamento ocorre pelo movimento dos estudantes entre
as salas conforme os tempos de aula. Contribui para o desenvolvimento da
autorregulação do tempo, do senso de responsabilidade, da percepção de grupo, do
respeito e cuidado com o espaço público e patrimônio escolar, entre outros.

14 - PLANO DE GESTÃO DA ESCOLA

O Plano de Gestão é o documento gerencial das ações a serem


desenvolvidas pelo diretor escolar e tem por objetivo precípuo articular todos os
campos de atuação da gestão.
O Plano de Gestão proposto para execução em 2022 segue os princípios da
LDB (Lei nº 9.394/96) e da Meta 19 do Plano Nacional de Educação (PNE) que
observa as premissas da Gestão Democrática e prevê que todas as ações a serem
executadas devem partir das decisões coletivas e deve estar em concordância com
o previsto no Regimento das Escolas Estaduais. O planejamento do gestor deve
considerar as ações voltadas para a Gestão Pedagógica, Gestão Participativa e
Gestão Administrativa e Financeira (Art. 145, Parágrafo Único).

Assim sendo, entende-se que o Plano de Gestão deve contemplar a:

1. Gestão Pedagógica: abrange todos os processos e as práticas do


trabalho pedagógico realizado na escola em consonância com os resultados das
avaliações dos alunos e com a atuação dos professores, articulada com o Projeto
Político Pedagógico.

61
2. Gestão Administrativa e Financeira: abrange os processos e práticas
eficientes e eficazes, e tem como objetivos garantir a manutenção do espaço físico e
do patrimônio da escola, assim como acompanhar e fiscalizar a aplicação de
recursos financeiros próprios e de origem federal e estadual.

3. Gestão Participativa: visa garantir a participação e propiciar um clima


favorável no ambiente escolar para a construção de ações discutidas e definidas
coletivamente.

O Plano de Gestão visto por essas três dimensões será dividido em subações
que irão considerar:

I - Dimensão Pedagógica:

Subação 1 - Planejamento Pedagógico

Subação 2 - Gestão do Processo Ensino Aprendizagem:


· Cumprimento do Planejamento
· Cumprimento do Currículo
· Registro de Práticas Pedagógicas
· Frequência dos Docentes
· Frequência dos Discentes
· Formação dos Docentes
· Implementação de Planos de Intervenção
· Recuperação dos Discentes
Subação 3 - Gestão de Resultados:
· Aprovação Geral
· Permanência na Escola
· Desempenho nas Avaliações Externas

Subação 4 - Gestão de Projetos

Subação 5 - Atividades Pedagógicas Complementares

II - Dimensão Administrativa e Financeira:

Subação 1 - Planejamento e Organização Administrativa

Subação 2 - Monitoramento de Processos e Avaliação Institucional

62
Subação 3 - Gestão de Financeira e de Recursos

Subação 4 - Gestão de Pessoas

Subação 5 - Gestão Ambiental

III - Dimensão Participativa:

Subação 1 - Cultura e Clima Escolar


Subação 2 - Gestão Compartilhada - Comunidade e Órgãos Colegiados

Estratégia:

O Plano será elaborado em Formulário Google e deverá ser preenchido por


100% dos Gestores de todas as Escolas da Rede Estadual de Ensino. Após o
preenchimento, cada unidade de ensino recebe devolutiva do plano que segue a
partir de então para análise, aprovação e acompanhamento por segmentos da
instituição definidos para tal fim.

Período para o planejamento: 1ª quinzena de fev./2022

Execução: fev. a dez/2022

15 - PAINEL DE GESTÃO ESCOLAR À VISTA

A Secretaria Executiva Adjunta Pedagógica, por meio do Departamento de


Gestão Escolar (DEGESC) e da Gerência de Fortalecimento da Gestão Escolar
(GFORGE) buscando oferecer suporte à gestão, fomentando a autonomia escolar, o
fortalecimento da gestão democrática, introduzindo a gestão estratégica alicerçada
no diagnóstico situacional, na definição de metas, objetivos da escola, da rede e do
sistema educacional como um todo, recomenda a implantação do Painel de Gestão
Escolar à Vista em toda as escolas da rede.

Nesse sentido, o Painel de Gestão Escolar à Vista visa proporcionar que a


comunidade escolar e local conheça a escola desde a apresentação geral, estrutura,
histórico, missão, visão, valores, dados gerais, metas, objetivos, recursos
financeiros, desempenho nas avaliações externas, taxa de distorção, ocorrências,

63
dentre outras ações e indicadores que fazem parte da história e identidade da
escola.

I - Concepção

O Painel de Gestão Escolar à Vista é uma ferramenta de gestão no qual os


indicadores estão visíveis para a comunidade escolar tomar conhecimento sobre os
resultados de desempenho da escola. Da mesma forma, as informações e dados do
Painel de Gestão Escolar devem servir de análise, reflexão e avaliação para a
tomada de decisão de futuras ações da escola.

II - Painel de Gestão à Vista Padrão

Sendo um importante instrumento gerencial, o Painel de Gestão Escolar à


Vista deve envolver os principais aspectos da gestão e suas dimensões, conter
informações relativas à situação dos alunos, funcionários, infraestrutura, ambientes,
recursos financeiros, dentre outros dados e indicadores da escola, em especial os
aspectos relacionados aos resultados alcançados, recursos financeiros,
administrativos e pedagógicos.

A SEDUC/AM, por meio da Secretaria Executiva Adjunta Pedagógica,


Departamento de Gestão Escolar (DEGESC) e da Gerência de Fortalecimento da
Gestão Escolar (GFORGE), ciente da especificidade de cada escola e
coordenadoria, reconhecendo a necessidade de uniformização das informações,
alinhamentos de conceitos e dos seus instrumentos, recomenda a adoção do Painel
de Gestão Escolar à Vista Padrão, conforme modelo apresentado a seguir, que
objetiva garantir a transparência nas informações e a publicização de suas ações e
de seus resultados junto à comunidade escolar e à sociedade em geral.

O Painel de Gestão Escolar à Vista deve conter a seguinte estrutura com as


referidas informações e dados:

64
1. Apresentação;
2. Histórico;
3. Missão, Visão e Valores;
4. Dados Gerais;
5. Objetivos;
6. Metas de Desempenho;
7. Metas Organizacionais;
8. Dados dos Órgãos Colegiados e Apoio à Gestão Escolar;
9. Instrumentos de Gestão;
10. Recursos Financeiros;
11. Índice Médio de Custos;
12. Índice Médio de Relação e Custos;
13. Distribuição de Alunos por Etapa, Modalidade e Programas;
14. Taxa de Distorção Idade-série;
15. Índice de Rendimento por Etapa, Modalidade e Programas;
16. IDEB e SADEAM por Etapa e Modalidade de Ensino;
17. Índice de Satisfação da Comunidade Escolar em Relação à Instituição;
18. Índice de Satisfação dos Alunos em Relação à Aceitabilidade da Merenda
Escolar
19. Principais Registros de Ocorrências Pedagógicas e Administrativas
20. Conclusão;
21. Equipe de Elaboração do Painel de Gestão Escolar à Vista.

III - Elaboração do Painel de Gestão à Vista

A exposição, em um lugar de destaque na escola, do Painel de Gestão à


Vista consiste em uma das etapas do processo de exploração da ferramenta. Tão
importante quanto a exposição é o processo de construção do Painel de Gestão.
Nesse sentido, sugere-se que o Diretor Escolar constitua uma equipe para ficar
responsável pela elaboração do Painel. Portanto, recomenda-se que essa equipe
seja formada por dois ou três servidores ligados à área administrativa e pedagógica.

65
Formada a equipe de elaboração do Painel de Gestão à Vista, esta deve se
apropriar do documento orientador e do modelo-padrão disponibilizado a todas as
escolas e coordenadorias da rede estadual de ensino e proceder a coleta, a inserção
das informações e dos dados. Ressalta-se que a Secretaria Executiva Adjunta
Pedagógica, por meio do DEGESC/GFORGE, irá orientar e acompanhar todo o
processo de construção, utilização e exposição do Painel de Gestão Escolar à Vista.

IV - O Painel de Gestão Escolar à Vista e a Jornada Pedagógica

Tão importante quanto a elaboração e a exposição do Painel de Gestão


Escolar à Vista é o processo de análise e planejamento das ações da escola a partir
das informações contidas no Painel. Dessa forma, recomenda-se à equipe gestora a
inclusão do Painel de Gestão Escolar à Vista na pauta da Jornada Pedagógica,
seguindo a estrutura e as informações contidas no documento orientador. A
apresentação executiva padrão do Painel de Gestão Escolar e o material de apoio
necessário a sua elaboração estão disponíveis nos links:

Link:
https://docs.google.com/presentation/d/1bHO-aUD7w0w5ULGRVkG7KLnuUZ2LZdT-
CSFeqY_ZmpY/edit?usp=sharing
Link:
https://docs.google.com/spreadsheets/d/1FDjz00MjHCJmCSLdG6fI5jWUYEWGKVXybA3s8s
W4KrY/edit?usp=sharing

16 – GRÊMIO ESTUDANTIL

Introdução

O Grêmio é um importante órgão de representação estudantil de apoio à


gestão escolar, sendo de suma importância fomentar o protagonismo do estudante
em sua aprendizagem e na construção de seu projeto de vida (BRASIL, 2018). Na
busca do aprimoramento das ações desenvolvidas pela escola visando à melhoria
da qualidade educacional, na promoção da participação da comunidade no

66
gerenciamento da escola por meio de uma gestão participativa, a Secretaria de
Estado de Educação e Desporto incentiva a criação do Grêmio Estudantil no âmbito
escolar.
A organização dos grêmios estudantis está amparada pela Lei Federal Nº
7.398, de 4 de novembro de 1985, e em consonância com a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação – LDB, Lei Nº 9.394/86, de 20 de dezembro de 1996, e com as
metas 2 e 19 do Plano Nacional de Educação – PNE e Plano Estadual de Educação
do Estado do Amazonas – PEE/AM.

Concepção e Atuação

O Grêmio Estudantil é uma associação de direito privado, com autonomia


política não partidária, sem fins lucrativos, porém integrada à escola. Deve ser
utilizado como uma ferramenta pedagógica e de gestão participativa, que pode ser
usada para a melhoria da qualidade do ensino e, especialmente, para a redução do
abandono escolar por meio de ações democráticas que visem ao exercício da
cidadania (AMAZONAS, 2020).
O Grêmio representa os interesses dos alunos nas reuniões dos
representantes de classe, do Conselho Escolar e da Associação de Pais, Mestres e
Comunitários (APMC) nas escolas onde está vigente. O órgão pode levar as
demandas estudantis para professores, direção e comunidade, além de participar de
ações que impactam diretamente na vida da escola, como promoção de atividades
culturais, desportivas e sociais, podendo contribuir também na prevenção da evasão
e do abandono escolar.

Justificativa

O Grêmio Estudantil, a partir da sua implementação, torna-se importante


ferramenta de participação coletiva contribuindo para a democratização do espaço
escolar, para a melhoria do processo ensino-aprendizagem, para a garantia da
permanência dos estudantes na escola e para o desenvolvimento de habilidades
essenciais ao aprendizado e à vida social.

67
O Grêmio estudantil busca promover o envolvimento do aluno no ambiente
escolar por meio do protagonismo juvenil, oportunizando o esclarecimento dos
direitos e deveres dos alunos, desenvolvendo e promovendo, conjuntamente com a
gestão escolar, ações para o fortalecimento do processo educativo nas escolas.
Busca representar, ainda, os alunos nas decisões da instituição de ensino,
contribuindo de forma participativa na democratização da gestão escolar.

Como Implantar e/ou Reativar o Grêmio Estudantil

O processo de criação, reativação e atuação do Grêmio Estudantil no âmbito


das escolas da rede estadual de ensino deve seguir rigorosamente as diretrizes
previstas no Manual de Orientação da SEDUC/AM, disponível na Plataforma Saber
Mais, e atender os requisitos das políticas pedagógicas voltadas para o
protagonismo juvenil. Ressalta-se que a criação, regularização e atuação do Grêmio
é obrigatória para todas as escolas de Ensino Médio, ficando facultada a criação nas
outras etapas de ensino.
A escolha da diretoria do Grêmio Estudantil será feita por meio de eleição
direta que deverá seguir as etapas:

1- Mobilização: Os alunos que tiverem interesse na formação do Grêmio


Estudantil deverão:
• promover conversas com seus pares sobre a importância da criação do
Grêmio;
• comunicar a Direção da Escola e solicitar um local/horário para a realização
da 1ª Reunião;
• convidar todos os alunos, representantes de turma e a direção da escola para
conversar sobre os procedimentos a serem adotados para a criação do
Grêmio;
• formar a Comissão Pró-Grêmio.
2- Comissão Pró-Grêmio: Formada por um grupo de 04 a 06 alunos e um(a)
professor(a). A Comissão deverá:
• elaborar uma proposta de Estatuto que será discutida e aprovada em
Assembleia Geral;

68
• convocar todos os alunos da escola para participar da Assembleia Geral por
meio de jornal, edital de convocação, e-mail, aviso na escola etc.

3- Assembleia Geral: Todos os alunos que foram convocados deverão:


• aprovar o Estatuto do Grêmio Estudantil;
• eleger e empossar a comissão eleitoral composta de 01 (um) professor e 06
(seis) representantes de turmas, sendo 02 (dois) por turno;
• divulgar a formação de chapas para concorrer à Diretoria do Grêmio, com
data de eleição determinada, seguindo as normas para o processo eleitoral.
IMPORTANTE: A Assembleia Geral precisa ser registrada em ata.

4- Comissão Eleitoral: A Comissão deverá:


• responsabilizar-se por todo o processo eleitoral;
• solicitar da secretaria da escola a lista com o nome dos alunos regularmente
matriculados;
• apurar e divulgar o resultado da eleição e dar posse à chapa vencedora;
• designar a Comissão Eleitoral dentre seus integrantes.

A diretoria do Grêmio Estudantil deverá ser composta por 14 integrantes,


sendo:

5- Processo Eleitoral e Posse: As normas destinadas a disciplinar o processo


de escolha da Diretoria do Grêmio Estudantil, de forma transparente e legal, das
agremiações que serão constituídas no âmbito das escolas da SEDUC/AM,
seguirão o Regimento Eleitoral aprovado em Assembleia Geral.

Sugestões de Leitura:
· Lei Federal Nº 7.398/1985 – Lei do Grêmio Livre;
· Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nº 9394/1996 – LDB;
· Plano Nacional de Educação;

69
· Plano Estadual de Educação do Estado do Amazonas;
· Regimento Geral das Escolas da Rede Estadual de Ensino do Amazonas;
· Manual de Orientação do Grêmio Estudantil – SEDUC/AM.

ATENÇÃO: Disponibilizar na Plataforma Saber Mais.

Considerações Finais
A escola deve ser o local para a formação do cidadão crítico, participativo,
atuante e consciente de seu papel na construção de uma sociedade mais justa e
igualitária. Baseado nisso, o Grêmio Estudantil é de suma importância para a
formação cidadã, sendo um espaço coletivo de discussões, onde os estudantes
tenham a oportunidade de expor suas opiniões a respeito da comunidade escolar:
suas necessidades, seus desejos e funções, tanto nas questões administrativas
como nas questões pedagógicas.

17- CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL PADRE JOSÉ ANCHIETA


(CEPAN)

Criado pelo decreto nº 3.633 de 03/11/76, o Centro de Formação Profissional


Padre José Anchieta (CEPAN) tem como missão garantir formação inicial e
continuada sustentada em políticas de planejamento, coordenação, execução e
avaliação que se operacionalizam por meio de linhas de ação de programas,
projetos e cursos com vistas à valorização do profissional da educação.

70
O Centro tem como finalidade a formação em serviço de profissionais da
educação com o intuito de:

• articular com os departamentos da SEDUC/AM e demais instituições


públicas e privadas, com o objetivo de melhorar a qualidade da
formação;
• promover a formação inicial e continuada dos profissionais da
educação, docentes e não docentes as demandas dos departamentos
e coordenadorias (capital e interior) da rede pública de ensino do
Estado do Amazonas na perspectiva de qualificá-los nas diferentes
áreas do conhecimento;
• formar profissionais para o exercício das práticas educativas em suas
diferentes dimensões (política, pedagógica e administrativa) e
segmentos do ensino da Educação Básica;
• avaliar o processo de formação inicial e continuada dos profissionais da
educação da rede pública de ensino do Estado do Amazonas;
• proporcionar condições adequadas (hospedagem, serviço de
lavanderia e refeitório) para profissionais de educação em formação;
• promover um ambiente virtual de aprendizagem para divulgar as
formações e projetos do CEPAN.

Seu objetivo primordial é coordenar o processo de definição, implementação,


execução e avaliação das políticas de formação inicial e continuada para
profissionais da educação e demais servidores.

A história de formação do CEPAN ultrapassa mais de quatro décadas de


trabalho centrado na formação inicial e continuada de profissionais da educação
(professores, gestores, pedagogos e serviços escolares) da capital e do interior do
Amazonas, tendo como princípio norteador uma visão de mundo ampla que
compreende a realidade de seu tempo a partir de uma postura ético-crítica e que
contribui para a transformação da sociedade. Sua proposta político-pedagógica está
fundamentada na dimensão da formação humanística, científica e tecnológica,
consubstanciada pelo fazer pedagógico plural, pautado na responsabilidade política
para o enfrentamento da complexidade do tempo vigente.

71
Projetos Prioritários

Fazendo parte do Programa Educa + Amazonas, do Governo de Estado do


Amazonas, o CEPAN, além das formações previstas para este ano de 2022, possui
três projetos prioritários:

1 Trilhas do Saber:

A Secretaria de Estado de Educação e Desporto (SEDUC-AM),


compreendendo a importância da formação continuada dos profissionais da
educação, desenvolve o Projeto Trilhas do Saber, visando proporcionar aos
servidores da rede estadual de ensino momentos formativos, considerando a área
de atuação. Dessa forma, o projeto objetiva potencializar a qualificação dos
profissionais docentes, equipe gestora (gestores, pedagogos, secretários) e não
docentes (auxiliar administrativo, bibliotecário, auxiliar de serviços gerais, vigias e
merendeiros) por meio de oficinas, minicursos e palestras, a fim de possibilitar
momentos reflexivos sobre sua atuação profissional de forma eficiente e eficaz.

O percurso formativo consiste em uma palestra magna (2h) presencial


mediada, via Centro de Mídias de Educação do Amazonas (CEMEAM); circuito de
palestra (4h), um minicurso (3h) e uma oficina (3h) com a carga horária total de 12h
para certificação. Diante do novo cenário educacional, o Projeto Trilhas do Saber
torna-se imprescindível, pois contribui para a melhoria da prática pedagógica.

Para os professores, a formação prima pela potencialização da prática


pedagógica sob a égide da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e o
Referencial Curricular Amazonense (RCA). À equipe gestora, proporcionará
momentos de socialização de experiências sobre as dimensões da gestão
democrática e participativa. Aos não docentes, serão desenvolvidos temas
referentes à segurança no ambiente escolar e ao atendimento ao público.

Objetivo: Potencializar a qualificação dos profissionais da educação da rede


estadual de ensino e incentivar as novas práticas pedagógicas.

72
Diferencial: O Projeto atende a todos os profissionais da educação, tanto
docentes, como não docentes, oportunizando a socialização de experiências
exitosas e a explanação de temáticas relevantes para cada público.

Como funciona: Os conteúdos ministrados têm como foco as peculiaridades


de cada função, considerando o levantamento realizado previamente pelo Centro de
Formação Profissional Padre José Anchieta (CEPAN), por meio da Gerência de
Formação Profissional (GEFOR), junto aos municípios.

Público-alvo: Docentes, não docentes e equipe gestora Redes Estadual e


Municipal de Ensino do Amazonas.

Parceiro: Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (CETAM).

No ano de 2021, a caravana do Trilhas do Saber percorreu 14 municípios


(Tefé, Tabatinga, Manacapuru, Rio Preto da Eva, Caapiranga, Parintins, Codajás,
Careiro da Várzea, Carauari, Anamã, São Paulo de Olivença, Borba, Humaitá e
Nhamundá) e, estão previstos para este ano de 2022, os demais 47 municípios do
estado do Amazonas.

2 Mestre Qualificado:

O Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Educação e


Desporto, criou o Projeto Mestre Qualificado, em cumprimento à meta 16 do Plano
Estadual de Educação do Amazonas, estratégia 16.1 e 16.2 que preveem oferta de
“cursos que facilitem e garantam aos docentes em exercício a formação continuada
nas diversas áreas de ensino, a partir do primeiro ano de vigência deste PEE/AM”, e
“cursos de aperfeiçoamento” estabelecendo uma parceria com a Universidade do

73
Estado do Amazonas para viabilizar a realização do Curso de Pós-Graduação Lato
Sensu: SABERES E PRÁTICAS PARA A DOCÊNCIA NOS ANOS INICIAIS DO
ENSINO FUNDAMENTAL: LÍNGUA PORTUGUESA E MATEMÁTICA, beneficiando
15 mil professores e pedagogos que atuam nos Anos Iniciais do Ensino
Fundamental e do 1º Segmento da Educação de Jovens e Adultos (EJA) das Redes
Estadual e Municipal de Ensino do Amazonas.

Essa demanda de formação fundamenta-se, também, nas discussões das


necessidades de aprendizagem dos estudantes nos Anos iniciais do Ensino
Fundamental, nas orientações da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e nas
Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) como instrumento de educação,
cultura, compreensão, construção e apropriação do mundo, a fim de ampliar o
campo da leitura, análise e produção textual, análise linguística, numeração,
resolução de problemas e raciocínio lógico, fundamentais nos Anos Iniciais do
Ensino Fundamental para autonomia dos estudantes. Assim, esse Curso de Pós-
Graduação Lato Sensu propõe uma ênfase na práxis do professor para o
desenvolvimento de metodologias inovadoras e criativas de ensino e aprendizagem,
fundamentadas nas realidades do Amazonas.

Objetivo: Oportunizar aos docentes dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental


e 1º Segmento da Educação de Jovens e Adultos (EJA) maior qualificação
profissional, ampliando o arcabouço teórico e domínio de metodologias de ensino
favorecedoras da apropriação da linguagem escrita e da matemática, como
instrumentos culturais complexos, indispensáveis à apropriação de conhecimentos
humanos universais sistematizados.

Diferencial: O Curso de Pós-Graduação Lato Sensu: SABERES E


PRÁTICAS PARA A DOCÊNCIA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL: LÍNGUA PORTUGUESA E MATEMÁTICA será presencial com
mediação tecnológica nos 62 municípios do Amazonas. O Curso fará também uso
da plataforma Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), disponível na UEA, uma
plataforma virtual de aprendizagem “Moodle” como principal meio de interação entre
o cursista e a UEA.

Como vai funcionar: Está previsto o início em abril de 2022 e o término em


julho de 2023, com uso de diversos recursos tecnológicos como o AVA/UEA,

74
ambiente de aprendizagem on-line, que apoiarão na efetividade das experiências de
ensino e aprendizagens do curso.

Público-alvo: 15 mil professores e pedagogos que atuam nos Anos Iniciais


do Ensino Fundamental e do 1° Segmento da Educação de Jovens e Adultos (EJA)
das Redes Estadual e Municipal de Ensino.

Parceiro: O Governo do Amazonas, por intermédio da Secretaria de Estado


de Educação e Desporto, desenvolverá as ações do Projeto Mestre Qualificado por
meio do Termo de Convênio nº 46/2021, com a Universidade do Estado do
Amazonas (UEA). O termo fora publicado no Diário Oficial do Estado do Amazonas,
edição n° 34.635, do dia 02 de dezembro de 2021.

O Edital para inscrição está previsto para o mês de fevereiro de 2022 e terá
ampla divulgação pelos canais oficiais de comunicação da Secretaria e do CEPAN.

3 CEPAN Digital:

O CEPAN Digital tem como finalidade potencializar a formação continuada de


docentes e não docentes da Secretaria de Estado de Educação e Desporto, por
meio de cursos e programas de atualização e aperfeiçoamento.

Sendo na modalidade a distância (EaD), o projeto conta com uma estrutura


on-line composta por um Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) nas plataformas
Moodle e Google Class Room, que permite aos servidores 24 horas de acesso e a
flexibilização de horário para que organizem o cronograma de estudos a seu tempo,
desenvolvendo, assim, sua autonomia na construção do conhecimento.

75
Objetivo: Ofertar formação continuada para docentes e não docentes, por
meio de cursos e programas de atualização e aperfeiçoamento para profissionais da
educação do Amazonas.

Diferencial: Com a criação do CEPAN Digital, a Secretaria de Educação


potencializa e amplia a oferta de cursos em EaD com propostas pedagógicas
inovadora, atendendo aos docentes e não docentes de todos os municípios do
estado e melhorando a eficiência do serviço público.

Como funciona: O projeto é uma estrutura on-line, na modalidade EaD, com


ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) nas plataformas Moodle e Class Room. O
Acesso para a plataforma é: http://cepandigital.seduc.am.gov.br/ava/.

Público-alvo: Docentes e não docentes da rede pública de ensino do


Amazonas.

Produção Técnico-pedagógica

O CEPAN desenvolve, ainda, a Revista Eletrônica intitulada Revista Diálogos


Formativos (RDF – ISSN: 2764-0329 e e-ISSN: 2763-9541), cujo nome fora ecoado
do programa Diálogos formativos, transmitido durante o ano de 2020. A RDF, de
abordagem técnico-pedagógica, trata da educação, saberes, diálogos formativos,
experiências educacionais, tecnologias e educação, vozes docentes e discentes, por
meio de artigos, entrevistas, relatos de experiência e resenhas.

O objetivo da revista é promover reflexões e diálogos no campo educacional


que abordem as problemáticas educacionais no contexto amazônico, com base em
diferentes perspectivas episte(me)todológicas e pedagógicas, visando à divulgação

76
do conhecimento produzido pelos profissionais de educação da rede pública de
ensino do Amazonas.

A primeira edição:

Foi lançada em dezembro de 2020 e está disponível no site do Centro de


Formação Profissional Padre José Anchieta (CEPAN) –
http://www.cepan.am.gov.br/, onde é possível acessá-la de forma gratuita e pode ser
baixada para leitura off-line. A periodicidade é semestral, mas também há a
publicação de dossiês oriundos de parcerias com eventos o ano todo.

A segunda edição:

77
Para o ano de 2022, será lançada a 3ª edição da Revista Diálogos Formativos
e, o edital para a 4ª edição, em data a ser amplamente divulgada pelos canais de
comunicação desta Secretaria e do CEPAN.

Para maiores informações e supressão de quaisquer dúvidas referentes à


submissão de artigos e relatos de experiência, o e-mail da RDF é:
revistadialogosformativos.cepan@seduc.net.

Parcerias

Centro de Formação Profissional Padre José Anchieta (CEPAN) é o setor


responsável pela realização e/ou mediação de Formação Inicial e Continuada para
os profissionais da rede estadual de ensino, em suas diversas áreas de atuação, na
capital e em municípios do Estado Amazonas.

Essas formações são realizadas na modalidade presencial e/ou EaD, por


iniciativa própria do CEPAN e/ou em parceria com instituições de reconhecida
competência técnica-pedagógica na (s) área (s) de conhecimento de necessidades
formativas da SEDUC/AM, tendo como público-alvo profissionais docentes e não-
docentes da rede estadual de ensino, na capital e municípios do Estado do
Amazonas.

No contexto da oferta formativa em parceria, o CEPAN vem estreitando cada


vez mais vínculos com instituições de reconhecida competência técnico-pedagógica
para garantir aos profissionais da rede estadual de ensino uma política de formação
continuada que atenda a determinação do Plano Estadual de Educação, Meta 16 e
suas estratégias, assim como as especificidades formativas para docentes e não
docentes.

78
Entre essas instituições parceiras, pode-se destacar a Universidade do
Estado do Amazonas (UEA), a Universidade Federal do Amazonas (UFAM) , a
Fundação Telefônica Vivo, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF),
o Instituto IUNGO, o Instituto Pennínsula, entre outras instituições que vêm, ao longo
destes 45 anos do CEPAN, fortalecendo a oferta de formação continuada para
docentes e não docentes, contribuindo, portanto, para a melhoria da qualidade do
ensino e dos serviços administrativos prestados à sociedade amazonense.

Novo Ensino Médio

Neste ano de 2022, o Centro de Formação ofertará formação continuada


sobre o Novo Ensino Médio, apresentando duas propostas:

1. Formação em Polos: Acontecerá em 9 Polos, atendendo 100% dos


professores da 1ª série do Ensino Fundamental dos 62 municípios.

2. Formação em Rede: Ocorrerá em Manaus para 488 multiplicadores,


sendo 08 por município, exceto da capital. Os multiplicadores serão os
responsáveis pela aplicação da formação em seus respectivos municípios,
sob a coordenação do CEPAN.
A Formação em Rede em Manaus atenderá 100% dos professores da 1ª
série do Ensino Médio, 02 pessoas por Coordenadoria Distrital de
Educação (CDE), 01 gestor e 01 pedagogo por escola, totalizando 2.284
cursistas.

3. Modelo de Formação: Terá carga horária presencial de 30 horas e de 10


horas em Educação a Distância (EAD)

79
Contatos do CEPAN:

80
18 - CENTRO DE MÍDIAS DE EDUCAÇÃO DO AMAZONAS – CEMEAM

É o departamento pedagógico ligado à Secretaria Executiva Adjunta


Pedagógica – SEAP, que tem por finalidades:

1. Ofertar o Ensino Presencial Mediado por Tecnologias compreendendo os


níveis de ensino Fundamental Anos Finais, Médio e a modalidade EJA
para as comunidades mais remotas do Estado do Amazonas. Anualmente
o CEMEAM atende aproximadamente 40 mil alunos que vivem nessas
condições.

2. Ofertar Projetos de Recuperação e Apoio à Aprendizagem como Contraturno


Digital e Conquistar.

3. Realizar Formação e Acompanhamento do uso pedagógico das Plataformas


de Apoio à Aprendizagem, ofertando conteúdos digitais aos estudantes e
professores da rede estadual de ensino para dar suporte às diversas
estratégias e metodologias de ensino aumentando o repertório de
possibilidades de aprendizagem e interações entre docentes e discentes,
dentre as quais:

● Plataforma Educação: desenvolvida no Moodle e de uso restrito de


servidores e alunos da SEDUC/AM. Possui diversas interfaces que
promovem a aprendizagem discente e oferta cursos de formação
continuada para docentes e demais servidores da rede estadual de
ensino. Nela os estudantes acessam os conteúdos de projetos de apoio à
aprendizagem, como o Conquistar, entre outros.

81
http://plataformaeducacao.seduc.am.gov.br/

● Site e Aplicativo Aula em Casa: aberto ao público, o site foi criado para
toda a comunidade escolar com o objetivo de facilitar o acesso às
informações gerais sobre o projeto e às atribuições dos atores envolvidos,
bem como aos recursos digitais pedagógicos disponíveis para download
(videoaulas, cartelas, cadernos digitais, cadernos de apoio). O Aplicativo
Aula em Casa é de acesso restrito e foi elaborado para que alunos e
professores possam assistir as transmissões das aulas e interagir com
segurança, via chat. Atende toda a rede estadual de ensino.

http://www.aulaemcasa.am.gov.br/

● Plataforma Saber Mais: desenvolvida através da parceria com a Escola


Digital, (formada pelo Instituto Natura, Telefônica/Vivo e Instituto
Inspirare). Seu objetivo é disponibilizar objetos digitais de aprendizagem
(ODAs) à comunidade escolar como um todo.

https://www.sabermais.am.gov.br/

● EXP for School: visa contribuir com o processo de ensino e


aprendizagem dos alunos do Ensino Médio focados no ENEM e
vestibulares em nível local e nacional. Atende cerca de 8 mil professores e
mais de 223 mil estudantes.

https://ava.escolaexp.com/d2l/login

● Barsa na Rede: visa colaborar com as estratégias de ensino remoto.


Possui integração de ferramentas de pesquisas e de recursos

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pedagógicos como banco de dados, museu virtual, estatísticas gerais,
atlas, dentre outros, permitindo que o professor possa interagir com a
turma no ambiente virtual auxiliando-a e direcionando-a em pesquisas e
demais atividades. Atende cerca de 6 mil professores e mais de 132 mil
estudantes.

https://plataforma.barsanarede.com.br/

● Acerta Mais ENEM: visa preparar os alunos para vestibulares e para o


ENEM, possui além da plataforma digital, material apostilado impresso. O
público-alvo são os estudantes do 3º ano do Ensino Médio. Atende cerca
de 5 mil professores e mais de 61 mil estudantes.

http://acertamais.am.gov.br/

4. Acompanhar e realizar a Formação dos Projetos de Tecnologias


Educacionais:

● Edutech: Projeto Educacional de Ensino de Programação, Pensamento


Computacional e Cultura Digital, objetivando fortalecer o desempenho dos
estudantes do Ensino Fundamental (anos finais), proporcionando um
conjunto de inovações didáticas que incentivem novas práticas de ensino
e aprendizagem, ampliando os olhares e a sinergia do ensino para as
reais necessidades da comunidade escolar, e promovendo as políticas
públicas educacionais que atendam as demandas atuais da sociedade.
● Fazer para Aprender: Visa fomentar o desenvolvimento de metodologias
ativas de aprendizagem (mão na massa) em ambientes multi-instrucionais
nas unidades escolares e tem como princípio educativo a metodologia da
problematização como instrumento de incentivo à pesquisa e ao
protagonismo dos estudantes. O público-alvo são cerca de 100 mil
estudantes do Ensino Médio regular e investimento de 34 milhões,
aproximadamente.
● Educação 4.0: Ocorre por meio da parceria com a empresa Positivo para
promover a inserção de equipamentos e ferramentas das Tecnologias
Digitais da Informação e da Comunicação (TDICs) no cotidiano dos
estudantes e professores.

83
● Programa de Inovação Educação Conectada: Desenvolvido pelo
Ministério da Educação e parceiros, ele visa apoiar a universalização do
acesso à internet de alta velocidade e fomentar o uso pedagógico de
tecnologias digitais.

O Centro de Mídias foi responsável pela elaboração e veiculação do Projeto


Aula em Casa nos anos de 2020 e 2021 cujo objetivo foi ofertar estratégias
pedagógicas que serviram de apoio ao ensino remoto/híbrido para todas as séries
do Ensino Fundamental, Ensino Médio, Educação de Jovens e Adultos (2º e 3º
Segmento) e Educação Infantil durante a pandemia de Covid-19.
O Projeto ofereceu como estratégias pedagógicas: programação televisiva
com aulas ao vivo e do acervo de videoaulas, atividades interativas, cartelas, testes
on-line (Exercitando), cadernos digitais, roteiros de estudos, site como repositório de
conteúdo, canais on-line, aplicativo de stream e tutoriais. Além disso, tem
programação diversificada como o Cemeando, Espia essa Conversa, Psicossocial e
Esperançando.

19 - BUSCA ATIVA – ORIENTAÇÕES GERAIS

O Programa Busca Ativa do Escolar (PBAE), criado e implementado no ano


de 2020 como uma das estratégias do Plano de Retorno às Aulas Presenciais da
Secretaria de Estado de Educação e Desporto, no período pós-quarentena da
Covid-19 e por conta do cenário pandêmico se manteve como um programa
prioritário no ano de 2021. O PBAE tem como objetivo assegurar a permanência dos
estudantes matriculados na rede pública estadual.
Em 2021, com a abertura das escolas para o ensino remoto e
posteriormente para as aulas 100% presenciais, tornou-se concreta a possibilidade
de muitos estudantes não retornarem à escola. Esse “não retorno” veio justificado
por vários motivos, entre eles: o medo de possível contaminação, a necessidade de
ajudar na renda familiar, as mudanças de endereços, a vulnerabilidade social, entre
outros.
Assim, o PBAE continuará norteando as ações voltadas para a redução do
abandono escolar da rede, e permanecerá sob a coordenação da Gerência de
Programas e Projetos Complementares (GPPC) que integra o Departamento de
Políticas e Programas Educacionais (DEPPE). O grupo de trabalho do PBAE conta
ainda com representantes dos Gabinetes Executivos Adjuntos da Capital e do
Interior e assessores técnicos das Coordenadorias Distritais e Regionais de

84
Educação.
A intersetorialidade é primordial para o sucesso do trabalho da Busca Ativa.
É importante que todos os envolvidos na garantia dos direitos de crianças e
adolescentes participem e assegurem o que está estabelecido em lei. A atuação e o
trabalho em rede com as esferas governamentais, a sociedade e a família são
fundamentais para a realização do trabalho, principalmente em situações de crises e
emergências como a pandemia que iniciou em 2020. Dessa forma, contamos com o
apoio do Conselho Tutelar, do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e
Adolescentes e do escritório da UNICEF-Manaus.
A metodologia aplicada é a Busca Ativa realizada por meio das ligações
telefônicas, das visitas domiciliares, do uso das redes sociais, das mídias e de todas
as estratégias ao alcance. Para a implementação do PBAE, foram criadas
ferramentas para o acompanhamento e monitoramento, dentre essas estão o Guia
para Busca Ativa, Fluxo e Protocolo, criação de formulários para realizar a busca
ativa, além do lançamento da Campanha “Queremos seu amigo de volta” e o Dia de
Mobilização “Vem pra Escola”.
Para mitigar os riscos, o Programa conta com o Plano de Contingências que
sinaliza a necessidade de atualizar o cadastro dos estudantes no Sistema Integrado
de Gestão Educacional do Amazonas (SIGEAM), a utilização dos dados de
identificação coletados pelas equipes de apoio das coordenadorias, o
monitoramento da frequência, a averiguação junto ao corpo discente das
informações sobre os colegas que ainda não compareceram à escola, intensificação
das chamadas via redes sociais, entre outras, para ampliar o campo de abrangência
do programa.
No primeiro semestre do ano de 2021, foram mapeados 150.120 estudantes
que não estavam acompanhando as aulas, sendo que no primeiro semestre a rede
utilizou o modelo de aula remota e, no segundo semestre, o modelo de 100% de
aulas presenciais. No final do ano letivo, retornaram 91.667 estudantes, conforme
dados coletados por meio dos instrumentos de monitoramento do Programa. Na
capital, foram mapeados 66.109 estudantes na condição de potencial abandono
escolar; desses, 47.606 retornaram para as escolas.
O gráfico 1 apresenta o desenvolvimento do trabalho realizado junto às
Coordenadorias Distritais de Educação no ano de 2021.

85
Gráfico 1 – Busca Ativa 2021 - Capital

Fonte: GPPC/DEPPE/SEDUC, 2021

O gráfico 2 apresenta o resultado da busca ativa – capital e interior/2021.

Gráfico 2 – Busca Ativa 2021 – Capital e Interior

Fonte: Elaborado GPPC/DEPPE/SEDUC/2021.

Os resultados obtidos demonstram que todos os esforços são


recompensados com o retorno dos estudantes. Dessa forma, orientamos a todos os
diretores escolares que no ato da confirmação de matrícula do estudante realize a
atualização do cadastro do aluno no SIGEAM – endereço, telefones de contatos,
redes sociais, entre outros.
Os diretores escolares precisam atentar para o acompanhamento da
frequência a partir da primeira semana de aula, identificando, o mais breve possível,
os estudantes infrequentes ou sem acesso às aulas remotas, se for o caso.

86
Uma vez identificados os estudantes, é necessário que a escola empreenda
todos os esforços possíveis para assegurar a sua permanência, comunicando pais
ou responsáveis, fazendo contato telefônico, utilizando as redes sociais e outras
estratégias para estabelecer a comunicação com alunos e familiares. É necessário
informar as Coordenadorias Distritais/Regionais para que os formulários e demais
documentos de acompanhamento e monitoramento sejam preenchidos.
Esgotadas as tentativas, é necessário comunicar ao Conselho Tutelar para
proceder com os protocolos previstos na atuação junto às famílias.
O fluxo para a comunicação no âmbito da SEDUC é ESCOLA →
COORDENADORIA DISTRITAL/REGIONAL → GPPC. A principal ferramenta é a
planilha eletrônica no Google Drive. Os formulários para preenchimento serão
disponibilizados na plataforma SABER MAIS e no e-mail institucional.
Segue para orientação ainda um conjunto de leis que asseguram o direito à
educação a todos os cidadãos brasileiros.
● Constituição Federal (1988) – Assegura, em seu artigo 205, que a educação é
um direito de todos e, no artigo 208, que é dever do Estado garantir a
educação básica obrigatória e gratuita.
● Estatuto da Criança e do Adolescente (1990) – Estabelece, em seu artigo 53,
que todas as crianças e adolescentes têm direito à educação, com garantia
de igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola.
● Lei de Diretrizes e Bases da Educação, LDB (1996) – Define os princípios e
os fins da educação nacional; trata do dever do Estado brasileiro em relação
à educação escolar pública; estabelece a organização da educação nacional,
bem como a incumbência de cada ente federado diante dos diferentes níveis
e modalidades de educação e ensino. Com destaque para a Lei Nº
13.803/2019 que altera o art. 12 da LDB, obrigando os estabelecimentos de
ensino a notificarem ao Conselho Tutelar as faltas escolares quando estas
são superiores a 30% (trinta por cento) do percentual permitido em lei.

Um dos grandes desafios das redes e suas unidades escolares é assegurar a


permanência dos estudantes e, diante da pandemia, esse desafio tomou dimensão
gigantesca. No entanto, a SEDUC/AM adotou estratégias capazes de minimizar o
impacto do abandono e, consequentemente, a evasão escolar na rede. Mas o
enfrentamento a esse desafio só foi possível com a colaboração e o envolvimento de

87
todos os atores desse processo, os técnicos da Secretaria de Educação, as equipes
das Coordenadorias Distritais ou Regionais, os Gestores Escolares e equipe das
escolas, as famílias e outros envolvidos. Assim, estamos certos que é um trabalho
coletivo, portanto, contamos com a colaboração de todos.

20 - EDUCAÇÃO FÍSICA – ORIENTAÇÕES GERAIS

Visando orientar as aulas de Educação Física nas escolas da Rede Estadual,


a Secretaria de Estado de Educação e Desporto apresenta orientações gerais para o
funcionamento das aulas dessa disciplina, elencando pontos de atenção para a
escola e educadores.

Orientações Gerais para o Funcionamento das Aulas de Educação Física

● O componente curricular de Educação Física, no que se refere ao currículo,


deve tematizar todas as práticas corporais, conforme as Propostas
Pedagógicas desta Secretaria;
● As aulas de Educação Física deverão ter preferencialmente caráter prático,
podendo ser facultada aos estudantes, conforme parágrafo 3º do art. 26 da
Lei Federal Nº 9.394/1996, desde que apresentados documentos
comprobatórios. Nesses casos, a avaliação do estudante para obtenção de
notas poderá ser mensurada por diferentes instrumentos definidos pelo
professor;
● Orienta-se que as aulas teóricas sejam ministradas junto à aula prática,
conforme necessidade do objeto de conhecimento a ser abordado;
● É de extrema importância que as aulas práticas sejam adaptadas,
considerando o tempo transcorrido sem aulas, o aumento do comportamento
sedentário no período de isolamento social, a estrutura física dos estudantes,
os materiais e espaços disponíveis;
● Caso o estudante solicite dispensa da aula prática de Educação Física,
deve requerer à Instituição de ensino sua dispensa da prática até 30 (trinta)
dias após o início do ano letivo, devendo anexar cópia autenticada ou original
do documento comprobatório conforme Resolução Nº 09/05 – CEE/AM
aprovada em 01 de março de 2005;
● Se o impedimento ocorrer durante o ano letivo, o estudante deverá requerer
sua dispensa da prática da Educação Física em até 72 (setenta e duas) horas
após a expedição do atestado médico e/ou outro documento que comprove
tal necessidade, devendo anexá-lo ao requerimento;
● As aulas relacionadas aos Projetos de Práticas Corporais devem constar no
planejamento anual conforme cronograma apresentado à Secretaria e

88
deverão acontecer no turno em que o professor trabalha e no contraturno de
aula do estudante;
● As aulas no turno matutino, se possível, não deverão ultrapassar às
10h30min. no período de verão, exceto nas escolas que tiverem área coberta;
● As aulas ministradas no turno vespertino, se possível, não deverão iniciar
antes das 14 horas devido ao processo de digestão ou esvaziamento do
estômago após refeição/almoço. Dependendo da quantidade e composição
do alimento, recomenda-se atividade física depois de 2 horas da ingestão;
● As aulas de Educação Física, com projetos envolvendo as práticas corporais
e atividades relacionadas ao treinamento esportivo em todas as etapas e
modalidades de ensino, serão ministradas exclusivamente por profissionais
de Educação Física regularizados junto ao Conselho Regional de Educação
Física da 8ª Região (CREF8), conforme Lei estadual Nº 4.817, de 17 de abril
de 2019 e Portaria GS Nº 1022, de 18 de outubro de 2019, assim como as
atividades que serão desenvolvidas no Programa de Apoio às Práticas
Corporais desta Secretaria;
● O professor deverá realizar exame biométrico no início e final do ano letivo,
podendo também realizar bimestralmente conforme necessidade. O exame
deverá contemplar a aferição das medidas antropométricas (peso e estatura)
em consequência à obtenção do resultado relacionado ao índice de massa
corpórea (IMC); se possível, fazer também aferição da envergadura, pressão
arterial e frequência cardíaca dos estudantes. Em seguida, encaminhar todas
as informações coletadas à sua coordenadoria pedagógica;
● O professor deverá zelar para que o registro dos conteúdos e da frequência
seja fidedigno, não incorrendo em atrasos no lançamento da frequência, dos
conteúdos e notas. Os resultados obtidos no exame biométrico deverão
também ser registrados no diário, no espaço reservado para tal. Aqueles que
não possuírem espaço destinado devem ser registrados em planilha
específica, lembrando que o exame biométrico é um instrumento de
diagnóstico, portanto, ele deverá acontecer de 02 (duas) a 04 (quatro) vezes
por ano;
● Os professores de Educação Física e os alunos deverão estar
adequadamente trajados para as aulas de Educação Física e Projetos de
Práticas Corporais, não sendo recomendada a utilização de calça, bermuda
ou casaco jeans;
● Recomenda-se a instalação de bebedouros próximos aos ambientes de
prática das aulas de Educação Física.

89
21 - PROCEDIMENTOS PARA QUESTÕES DE ATENDIMENTO PSICOSSOCIAL

A Secretaria de Estado de Educação e Desporto (SEDUC), por meio do


Departamento de Gestão Escolar (DEGESC) e da Coordenação de Atenção à
Saúde Psicossocial (CASP), possibilita aos estudantes o acompanhamento de
momentos de reflexão, diálogo, engajamento com o outro, para identificar e
aprender a validar suas emoções, respeitando a si mesmo e ao próximo,
apropriando-se de recursos alternativos de forma a gerenciar seus pensamentos e
suas atitudes na busca de uma prática crítica e dinâmica no seu cotidiano social.

Público-alvo: Alunos da Rede Estadual de Ensino

Duração: Ano Letivo de 2022

Eixo 1. Acolhimento Socioemocional:


• Guia de práticas de acolhimento socioemocional ao aluno;
• Compilado de atividades socioemocionais;
• Acolhimento psicológico.

Eixo 2. Promoção de Saúde Socioemocional:


• E-book: Cuidando da Saúde Mental;
• E-book: Conectando Vidas;
• Procedimento Operacional Padrão de promoção à saúde socioemocional.

Eixo 3. Prevenção:
• Procedimento operacional padrão de acolhimento e notificação dos casos de
violação de direitos contra crianças e adolescentes sinalizados no ambiente
escolar;
• Projeto Adolê-Ser: ciclo menstrual, namoro legal e maternidade/paternidade
responsável;
• Campanha faça bonito na escola;
• Campanha de prevenção ao bullying;
• Campanha de erradicação do trabalho infantil;
• Campanha de combate ao uso de drogas;
• Campanha Setembro Amarelo.

90
Eixo 4. Integração:

• Apoio técnico: equipes psicossociais das coordenadorias;


• Palestras de orientações e acolhimento de docentes (parceria Vivescer);
• Seminários.

Eixo 5: Conteúdo Digital:


• Programa Psicossocial: Aula em Casa Amazonas;
• Caderno Digital;
• Lives intra e intersetoriais.

Eixo 6. Formação:
• Guia de orientações aos profissionais da educação;
• Curso de escuta especializada;
• Elaboração de instrumentais técnicos;
• Cursos de formação continuada para profissionais da educação: competências
socioemocionais disponíveis no CEPAN Digital.

Fluxo de Gerenciamento e Acompanhamento de Demandas

A CASP disponibiliza o link: https://forms.gle/KyfDJP38DVZprDZi do Formulário


→ A escola preenche o formulário com a demanda
Google para escolas estaduais
→ A CASP analisa a demanda e envia para o Psicossocial das CDEs/CREs → A
CDE/CRE realiza o assessoramento psicossocial com instrumento padronizado →
A CDE/CRE encaminha, se necessário, para as parcerias internas e externas → A
CDE/CRE envia a resolução da demanda solicitada para a Escola e CASP → A
demanda seguirá sob monitoramento da CASP e da CDE/CRE.
Contato:
E-mail: psicossocial@seduc.net
Telefone: (92) 99279-7755

91
22 – ORIENTAÇÕES GERAIS PARA O PLANEJAMENTO DO 4º DIA DO
PLANEJAMENTO

O Pedagogo que atua na Escola de Educação Básica é o profissional que


desempenha o papel de mediador e protagonista do processo de ensino e
aprendizagem junto aos professores, e entende que o ato educativo é um ato
intencional, que requer um planejamento, cujas questões centrais são: O que se
quer? Por quê? Para quê? E como será feito?
Esse profissional compreende que o ponto de partida para seu FAZER são
os conteúdos/objetos de conhecimento, habilidades e competências, sobretudo
ancoram sua tarefa nos Projetos Educativos, em que as estratégias de
aprendizagens fazem do ato de ENSINAR um ato de possibilidades para produção e
a construção de conhecimentos.
O papel do Pedagogo é de suma importância para esse momento
educacional, no qual os modelos convencionais do ato de ensinar e aprender pedem
adequações sem comprometimento da qualidade dos resultados.
Estamos cientes quanto aos desafios que essas “novas estratégias” podem
acarretar no processo da sistematização dos conteúdos, na definição de quais
habilidades e competências se quer propiciar ao aluno bem como na definição dos
objetivos a serem priorizados em seu processo formativo.
Nessa perspectiva, as assertivas acima nortearão o Planejamento de Ensino
Docente, como também a construção do Projeto Político Pedagógico (PPP),
instrumento necessário para LEGITIMAR a função da escola, RESSIGNIFICAR as
práticas pedagógicas e, principalmente, NORTEAR a operacionalização do Projeto
Educativo, visando à superação da fragmentação dos saberes formais trabalhados
no espaço da escola, a partir de Projetos Interventivos, demandados de um
DIAGNÓSTICO realizado de forma sistêmica e processual como condição SINE
QUA NON1 para o sucesso escolar de todos os sujeitos (docentes, alunos, gestor e
demais profissionais).

Por ser a materialização da Práxis Pedagógica – AÇÃO-REFLEXÃO-AÇÃO, o


planejamento pedagógico começa antes do ano letivo, a partir da avaliação dos
pontos positivos e negativos do ano anterior, a fim de que sejam propostas

1 Algo indispensável, extremamente importante, essencial; que não pode ser dispensado.

92
melhorias no processo de ensino-aprendizagem, visando à tomada de decisões
estratégicas para o ensino no ano que se inicia.

Embora se configure em um momento burocrático ― para determinação de


planos de aula, distribuição de conteúdos, calendário, fechamento de turmas etc. ―,
é nessa etapa que a escola busca no seu Projeto Político Pedagógico (PPP) o
repensar das AÇÕES PEDAGÓGICAS demandadas dos DIAGNÓSTICOS.

Isso se faz necessário porque o planejamento pedagógico ancora o


PROJETO EDUCATIVO nas ações que recaem sobre toda a comunidade escolar e
interferem nas relações entre direção, supervisão, professores, alunos e até mesmo
seus familiares. Ou seja, trata-se do eixo condutor de professores de diferentes
componentes curriculares, já que ali se define o tipo de formação educacional que a
escola pretende oferecer e as etapas de organização do trabalho a ser realizado.

Dessa forma, o planejamento pedagógico busca contemplar a proposta


pedagógica e curricular da escola, servindo de base para que o professor ganhe
autonomia e liberdade em sua atuação docente. Com essas diretrizes — ou,
podemos dizer, caminhos predefinidos — cada educador terá condições de construir
sua metodologia de trabalho de maneira integrada com os objetivos institucionais e
garantir maior engajamento dos alunos.

93
ANEXO I – MODELO DE PLANO BIMESTRAL

94
ANEXO II

“A importância da prática humanística no cotidiano da EJA”

Todo conhecimento adquirido traz uma marca que respalda um determinado


período da vivência humana. Como esquecer o período pandêmico do qual nem
conseguimos sair totalmente, mas que exige conhecimentos e protocolos
comportamentais que nos auxiliam a manter o equilíbrio no cuidado e atenção pela
vida. Portanto, o conhecimento desse período testou nossa potencialidade em
diferentes contextos, desde a manifestação do próprio vírus, tratamento e cuidados
obrigatórios quanto ao uso da “EMPATIA” que nos ensina a nos colocarmos no lugar
do outro.
Nesse contexto, os estudantes da Educação de Jovens e Adultos, que
buscam solucionar a problemática do seu processo de escolarização, são o grande
desafio das escolas públicas que anseiam minimizar o quadro de Evasão Escolar,
tornando o ensino um grande aliado por meio do conhecimento. Esperamos que
esta reflexão proposta possa ser uma estratégia didática frente ao atendimento dos
estudantes sendo este um incentivo para as reflexões tanto para os docentes
quantos para os discentes.
O Conhecimento cognitivo alinha o pensar do cotidiano e da práxis da EJA,
tornando o potencial de vivência, grande propulsor na execução da prática educativa
do professor, pois se trata de um compromisso ético e virtuoso que tem como base
seus semelhantes.
O conhecimento técnico-pedagógico é de suma importância para a educação,
porém a forma de acolhimento, um ambiente harmônico, participativo, solidário,
dialógico e ético, onde possam estabelecer vínculos são primordiais para o
desenvolvimento de sua autonomia.
Nesse contexto, os jovens, adultos e idosos conseguirão atingir um nível de
desenvolvimento humano e, com este, a capacidade de compreensão do conceito
de Formação Humanística.
Para que não haja dúvidas sobre os conceitos entre formação humanística e
humanitária, veja o quadro:

95
1- HUMANISTA 2- HUMANITÁRIA

a - Referente ao humanismo a - Bondoso, que tem sentimentos de


humanidades
b - Simpatizante ou adepto do humanismo

c - Quem é versado em humanidades -

EXEMPLO: Humanista é uma pessoa com EXEMPLO: João é muito humanitário em seus
grandes interesses pelos seres humanos. projetos sobre o meio ambiente.

Com o objetivo de harmonizar o conhecimento técnico-pedagógico e as


relações humanas, nasce a Formação Humanística. E para que esse alinhamento
ocorra de forma efetiva, é determinante que essa prática seja inserida em seu
processo educacional, aprendendo a ter um pensamento racional, ser participativo,
proativo e construtivo.
A prática se dará por meio da integração dos estudantes com os professores
e de sua interação na realização de atividades em grupo que possam promover
todos os dias o exercício efetivo da empatia, valores como gentileza, bondade e
responsabilidade.
Essa formação permite que o estudante adquira em seus hábitos cotidianos
os princípios essenciais a seu aprendizado, ganhando, assim, não somente o
conhecimento técnico, mas também ser ético e capaz de tomar decisões sensatas e
precisas em sua vida. É interessante ressaltar que o público da modalidade EJA traz
consigo uma grande bagagem cultural, sendo a maioria adultos que têm muito a
acrescentar nos momentos dialogados em sala de aula, devendo essa característica
ser levada em conta no processo de planejamento das aulas pelo educador.
Investir em uma Formação Humanística é uma oportunidade de o estudante
conseguir desenvolver sua capacidade de resolver bem suas necessidades,
tornando-se autônomo no processo de ensino e aprendizagem, no contexto social,
cultural e socioemocional.
Ao investirmos em Formação Humanística, resguardamos as memórias de
um ambiente escolar voltado ao ensino e à aprendizagem, de estímulos positivos,
sem castigos ou disputas ou indiferenças, tendo a certeza e a possibilidade de
nunca tomar um erro como verdade.
A Escola, por ser um ambiente diversificado, acaba sendo o espaço ideal
para que sejam trabalhadas as questões delicadas como bullying, violência verbal,
e até mesmo física; para tanto, é essencial o auxílio do professor atuando com

96
amor, empatia e compreensão.
Os noticiários na TV e em jornais escritos relatam casos de negligência,
abuso, corrupção, o que retrata a falta de uma Formação Humanística de qualidade,
situação que mostra a necessidade de um ensino voltado à formação de cidadãos
éticos para diminuir esse quadro.
Nessa proposta, o estudante, desde cedo, entende que não adianta somente
desempenhar as tarefas profissionais com qualidade, mas desenvolver princípios
que servirão de bússola para seu aprendizado, construindo um perfil
comportamental adequado.
Estudantes que aprendem a ser tolerantes, humanos e capazes de lidar com
todas diferenças existentes, são os futuros adultos que irão ajudar a construir uma
sociedade mais justa. É na escola, assim como dentro de casa, que se formam
seres humanos empáticos e guiados pelos bons preceitos de convivência.
Com base neste estudo, podemos perceber que todos devem ter igualdade
de oportunidades. A escola deve colocar o conhecimento em harmonia com as
relações humanas, buscando uma forma de não remediar sempre em cima do erro,
mas esquadrinhando formas que despertem o interesse dos estudantes em sua
própria educação, ensinando-os a serem críticos, participativos, proativos e
autossuficientes. Esse processo só funcionará se for construído em conjunto com
educadores e estudantes, possibilitando aprender valores como bondade, gentileza
e empatia.
Nesse processo educacional os papéis se invertem: o professor deixa de
atuar como mero transmissor do conhecimento para ser o facilitador do saber,
mediando, respeitando as individualidades e as características de cada um.
Os estudantes, por sua vez, nessa abordagem humanista, estão no centro de
todos os esforços, no qual o foco de seu atendimento considera sua experiência de
vida, o que o leva a poder agir na construção do próprio conhecimento.
Dessa forma, que possamos auxiliar nossos Professores e Estudantes na
busca incessante de aprender. Que este material desperte a necessidade de
mudanças, na tentativa de crescermos não somente na área da intelectualidade,
mas também em nossas práticas humanísticas que nos equilibram e respeitam as
singularidades de cada aprendente e que pratiquem relações harmoniosas sempre
em prol de uma educação com maior qualidade, e propagadora do bem comum.

97
ANEXO III

CURRÍCULO SEMESTRAL E A NECESSIDADE DE ATUAÇÃO COM A


INTERDISCIPLINARIDADE

O que é currículo?
Ao pensar o currículo da EJA, teríamos duas concepções, se tratássemos de
resumir o que subjaz à palavra currículo. Na primeira, de forma pouco profunda,
teríamos os conteúdos a ensinar e aprender, as experiências de aprendizagem
escolares, os planos pedagógicos elaborados por professores, escolas e sistemas
educacionais, os objetivos a serem alcançados e os processos de avaliação que
influenciam nos conteúdos e procedimentos selecionados (MOREIRA; CANDAU,
2007). Na segunda, o currículo da EJA, de acordo com Oliveira (2007), trata-se
muito mais das maneiras como trabalhar as questões curriculares na EJA do que,
exatamente, o que trabalhar, já que o currículo da EJA faz parte de um recorte do
recorte daquilo que seria essencial para estudar/aprender/conhecer em menos
tempo de escola.
Sob essas concepções, destaca-se o caráter polissêmico do currículo, seus
diferentes sentidos e finalidades nas afirmações de Lopes e Macedo (2011) e
Gimeno Sacristán (2000), desde aquele concebido como lista de conteúdos
programáticos, facilmente percebidos em nossas escolas. O currículo a partir de
uma teoria crítica visa analisar, refletir, aprofundar as discussões sobre o processo
como foi construído, seus sentidos e significados, sua relação com o poder, a
ideologia, a cultura, o qual se revela no cotidiano e nas práticas da escola.
Leite (2013) destaca ainda que o currículo se liga à dimensão do ser, do
formar-se, transformar-se, do aprender a decidir e a intervir, do viver e conviver com
o outro. Ocorre que a realidade social é controversa, múltipla, paradoxal, mutável,
conflituosa. Nesse cenário, os professores da EJA exercem seu ofício, suas funções
e responsabilidades buscando manter o caráter de significação. Por isso, o território
curricular é um campo de luta, expressão dos diferentes conflitos entre grupos
sociais que desejam impor suas verdades para dominar a sociedade (GIMENO
SACRISTÁN, 2000), ou seja, a prática envolve a dimensão ética, a formação de
valores, de crenças que são apresentadas na ação do professor, em suas atitudes.
Assim, o currículo suscita suas intencionalidades na prática educativa, na ação e

98
reflexão que vão sendo dialogadas em cada movimento pedagógico que gera
autonomia nos operadores do currículo.

Currículo na Educação de Jovens e Adultos e a Interdisciplinaridade


Nesse movimento pedagógico curricular, suscitar o currículo, a partir da
interdisciplinaridade, como uma postura diante da ciência, novos modos de
percepção e de compreensão da vida, das relações entre os seres humanos consigo
mesmo e com o ecossistema se faz necessário, pois segundo Japiassu

Se quisermos exercer alguma influência no rumo empreendido pela ciência


contemporânea, é preciso que tomemos consciência da necessidade de uma
dupla ação: uma ação direta, tentando ‘dominar’ os conhecimentos científicos
e detectar suas ilusões; uma ação indireta, convertendo, nos em ‘pedagogos’
capazes de formar aqueles que mudarão o mundo. Para tanto, temos que nos
transformar por dentro e, ao mesmo tempo, criar as condições exteriores,
tornando possível uma transformação do mundo do saber. Esse tipo de
atividade constitui uma ruptura no encadeamento do determinismo histórico
cego e merece a seguinte denominação: fazer a história. (JAPIASSU, 2011.
p. 35)

Ao afirmar essa nova visão, o autor fundamenta-se nos aprendizados e


trajetórias da história, nas descobertas da ciência e inspira-se no legado de outras
culturas não ocidentais. Baseia-se em valores tais como inclusividade, amorosidade,
respeito às diversidades, interdependência, tolerância e ética da solidariedade.
Neste aspecto, o currículo da Educação de Jovens e Adultos integra o campo
interdisciplinar, pois contempla as áreas do conhecimento propiciando aos
estudantes a transversalidade curricular. Ao oferecer um currículo interdisciplinar,
partimos do conceito de que currículo significa atitude. Nesse sentido, o campo da
interdisciplinaridade é da não fragmentação do conhecimento, está centrada no
diálogo entre as disciplinas, ou seja, segundo Japiassu (2011), a
interdisciplinaridade é um processo em que há interatividade mútua, em que todas
as disciplinas participam do processo e devem influenciar e ser influenciadas umas
pelas outras.
Por meio desse processo, seria possível restabelecer a unidade do
conhecimento, religando as fronteiras. O autor considera que, mais do que um
conceito teórico, a interdisciplinaridade se impõe como prática, como ação,
superando a dicotomia entre a pesquisa teórica e a pesquisa aplicada, também entre
conhecimento e prática.

99
Nesse ínterim, justificamos o ensino da modalidade de Educação de Jovens e
Adultos por meio da interdisciplinaridade, apresentando uma matriz curricular
semestral, na qual o protagonista do processo de ensino e aprendizagem não
depende apenas de um sujeito, mas de ambos, professores e alunos. A proposta
curricular da EJA está pautada nesse contexto, oferecendo mudanças significativas
no Ensino Fundamental e Médio, em que o objeto do conhecimento está dividido por
Áreas do Conhecimento e não mais por Disciplinas, que facilita a transversalidade e
a interdisciplinaridade.
Dessa forma, a proposta em pauta está organizada em períodos semestrais
de acordo com a orientação do art. 23 da LDBEN 9394/96 e em atendimento às
novas diretrizes do Ensino Médio, Resolução Nº 03, de 2018 – CNE/CEB a qual
determina que essa modalidade deva ter uma organização curricular e metodológica
diferenciada para jovens e adultos, garantindo a carga horária mínima de 1.600 (um
mil e seiscentas) horas para o 1º e 2º Segmentos e 1.200 (um mil e duzentas) horas
para o 3º Segmento.
Nesse sentido a organização do trabalho pedagógico na EJA se difere do
ensino regular, pois valoriza os interesses individuais dos estudantes e respeita o
seu ritmo de aprendizagem considerando os saberes adquiridos na informalidade,
nas experiências cotidianas e na prática do trabalho.

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ANEXO IV

A Escola e o Papel do Pedagogo na Formação Continuada dos


Professores

Ao refletirmos sobre a função da escola, hoje, primeiramente voltamos


nosso olhar para os sujeitos envolvidos e empenhados em desempenhar tal
função. Dentre eles, destacamos o pedagogo, uma vez que recai sobre a sua
responsabilidade o processo pedagógico direcionado para o espaço da sala
de aula, cujo fazer se sustenta no ensino e na aprendizagem. É certo que o
professor é o profissional diretamente envolvido com o processo de ensino-
aprendizagem, entretanto, o pedagogo contribui significativamente para
garantir resultados satisfatórios no final de cada objetivo traçado para o ato de
ensinar.

[...] pedagogo é aquele que possibilita o acesso à cultura, organizando o


processo de formação cultural. É, pois, aquele que domina as formas, os
procedimentos, os métodos através dos quais se chega ao domínio do
patrimônio cultural acumulado pela humanidade. E como o homem só se
constitui como tal na medida em que se destaca da natureza e ingressa no
mundo da cultura, eis como a formação cultural vem a coincidir com a
formação humana, convertendo-se o pedagogo, por sua vez, em formador
de homens (SAVIANI, 1985, p. 27).

As reflexões provocadas pelo autor acima têm sido evidenciadas, nas


últimas décadas, no campo das práticas educacionais e formativas. Isto é
tratado na reformulação do curso de Pedagogia pelas atuais Diretrizes
Curriculares Nacionais (Resolução CNE/CP n. 1, de 15 de maio de 2006). A
partir desse documento, a formação do pedagogo deve buscar garantir a esse
profissional um conjunto de conhecimentos que, de forma articulada, permita-
lhe compreender a totalidade da escola e o contexto que lhe é subjacente.

Nesse sentido, as discussões sobre o papel do pedagogo giram em


torno das contribuições deste, que estão para além das funções de supervisão
e orientação educacional. Daí a relevância de se pensar no viés das práticas
formativas, uma vez que a escola tem como função prioritária a formação de
sujeitos.

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Caberá a este profissional trabalhar na direção de coordenar as ações
necessárias para a garantia do processo de ensino-aprendizagem e não
mais direcionar suas ações para o controle do trabalho dos professores.
Assim, com relação ao processo de ensino-aprendizagem, o pedagogo deve
ser entendido como cúmplice do professor, ou seja, suas ações podem
contribuir para a realização da função da escola (ALMEIDA e SOARES,
2010, p. 40).

De acordo com a ideia expressa pelas autoras, podemos destacar que


o papel do pedagogo escolar está no sucesso do processo de ensino-
aprendizagem e, implicitamente, na formação continuada dos professores.
Entendemos que a contribuição do pedagogo à qualidade do trabalho docente
pode ocorrer de diferentes maneiras, mas destacamos o papel específico do
pedagogo na organização dos processos de formação continuada realizados
no interior da escola:

A importância da formação continuada articula-se à compreensão da


natureza do trabalho docente relacionada à questão do conhecimento. O
trabalho do professor insere-se no âmbito da produção e socialização do
saber, do conhecimento produzido histórica e coletivamente pelos seres
humanos na medida em que estes produzem as condições materiais da sua
existência (moradia, alimentação, vestuário, etc.). Neste sentido, o professor
necessita estar constantemente estudando e a formação continuada,
compreendida na perspectiva da atualização histórico-cultural é condição
implícita para que a função social da escola se realize garantindo a
efetivação do processo ensino-aprendizagem (ALMEIDA e SOARES, 2010,
p. 58).

Corroborando com as ideias acima, podemos dizer também que a


formação continuada de professores no espaço da escola se caracteriza pela
relação teoria e prática, uma vez que esta tem como finalidade contribuir para a
melhoria e o aperfeiçoamento da qualidade do trabalho docente, o que exige a
realimentação constante da prática do professor pelo estudo/confronto das teorias
educacionais, dos conhecimentos que embasam a sua prática. E, segundo
Kuenzer (2002), ao se refletir sobre a relação teoria e prática, afirma:

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[...] é preciso levar em consideração que o trabalhador se educa no e a
partir do seu processo de trabalho, com apoio da formação teórica adquirida
nos cursos de formação inicial e continuada, mas é no trabalho, e através
das relações estabelecidas a partir dele, que se constroem as competências
profissionais, pela articulação entre conhecimento e intervenção
(KUENZER, 2002, p.301).

Nesse sentido, é no trabalho realizado pelo professor com seus


alunos, no dia a dia da escola, que se estabelece de fato a relação entre teoria
e prática, a possibilidade de articulação entre conhecimento e intervenção. Daí
a necessidade de que a organização dos processos de formação continuada
leve em consideração a relação dos conhecimentos pedagógicos com a
realidade concreta, com a própria escola, a sala de aula e as relações que ali

se estabelecem. Assim afirma Soares:

[...] a formação continuada dos professores, ou sua qualificação em serviço


pode ter como ponto de partida a prática cotidiana do professor, a partir daí,
buscar problematizá-la, identificando que conhecimentos seriam
necessários para que o professor pudesse se instrumentalizar teórica e
praticamente, de forma que o processo de formação continuada possa
contribuir para que ele retorne à sala de aula com uma compreensão mais
orgânica da prática pedagógica, transformando-a qualitativamente. [...] O
que está em jogo é o elemento de mediação entre ambos os momentos, o
acesso ao saber, ao conhecimento que possibilite ao professor melhor
compreender sua prática cotidiana para poder transformá-la de forma
significativa (SOARES, 2007, p. ). (VERIFICAR PÁGINA DA CITAÇÃO)

Assim diz Imbernón:

[...] a escola passa a ser o foco do processo “ação-reflexão-ação” como


unidade básica de mudança, desenvolvimento e melhoria. [...] é
fundamental que a formação suponha uma melhoria profissional inteligível e
suficientemente explicitada e resulte compreensível. A formação, enquanto
processo de mudança, sempre gerará resistências, mas estas terão um
caráter mais radical, se a formação for vivida como uma imposição
arbitrária, aleatória, não verossímil e pouco útil (IMBERNÓN, 2010, p. 56).

De acordo com os autores, podemos dizer que é imprescindível uma


reconstrução da cultura escolar como objeto final do processo de
ensino/aprendizagem. Para tanto, a escola precisa aprender a intervir na sua

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realidade tornando-a locus do processo da “ação-reflexão-ação” como ponto
nodal de mudança e, consequentemente, de melhorias tanto na gestão do
ensino quanto na prática pedagógica. Corroborando com essas ideias, Nóvoa
(1995) afirma que a escola é o melhor lugar para o professor atualizar suas
práticas de forma cooperativa.
Quando se trata da atualização da gestão do ensino e das práticas
pedagógicas, voltamos nossas preocupações para o processo formativo dos
sujeitos envolvidos no ato educativo, que é onde repercutem as aprendizagens
adquiridas nessas ações de atualizações. Em se tratando dos professores do
estado do Amazonas, apontamos para a formação continuada em serviço com
mediação tecnológica como possibilidade para minimizar alguns dos desafios
impostos pela complexidade do cenário amazônico.

Essa formação continuada deve assegurar o trabalho com conteúdos


relacionados aos diferentes âmbitos do conhecimento do profissional, de forma
a promover, continuamente, o desenvolvimento de habilidades que possibilitem
uma atuação pautada não apenas na função docente, mas também na
condição de membro de uma equipe responsável pela formulação e avaliação
do projeto educativo da escola e membro de uma categoria profissional, que
precisa ser pensada no viés da atualização no espaço da escola. O
responsável pela condução do processo formativo é o pedagogo.

Portanto, a formação continuada em serviço é uma possibilidade


também de recuperar lacunas da formação inicial e proporcionar dinamicidade,
qualificação da prática pedagógica, pois proporciona ao professor atualização
em diálogo com sua própria prática. Isso nos leva aos questionamentos:

• Por onde começar o projeto da formação continuada no espaço


da escola?
• Quem são os nossos parceiros nesse processo?
• Quando e como realizar as ações de atualizações?
No afã de responder tais questionamentos elencamos algumas ações que
servirão de base para o plano de ação do pedagogo:

1. Realizar diagnóstico das aprendizagens dos alunos;

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2. Mapear as reais necessidades de melhorias no processo educativo;

3. Traçar metas e objetivos para minimizar e/ou superar tais necessidades;

4. Realizar ações de formação com alcance de atualização de forma periódica


em que essas ações tenham começo, meio e fim (avaliação diagnóstica
novamente);

5. Elaborar projetos de intervenção pedagógica a partir das necessidades da


escola.

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