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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Educação à Distância - IED

TEMA: Caracterização das grandes unidades estruturais do mundo

Estudante: João Pius

Código: 708206997

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia


Cadeira: Geomorfologia
Ano de Frequencia: 2º Ano

Tutor: Sebastiao Silvestre Simba

Pemba, Maio de 2021


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nacional e internacional
relevantes na área de
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Conclusão
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Aspectos tamanho de letras,
Formatação
Gerais parágrafos espaçamento
entre linhas
Normas APA  Rigor e coerência das 4.0
Referencias
6ª edição em citações/ referências
Bibliográfic
citação e bibliográficas
as
Bibliografia

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Índice
Introdução ................................................................................................................................... 3
1.Conceito de estrutura geológica .............................................................................................. 4
2. Grandes unidades estruturais da Terra.................................................................................... 4
2.1. Os escudos antigos .............................................................................................................. 5
2.2. As Bacias Sedimentares....................................................................................................... 6
2.3. Os desdobramentos modernos ou cadeias rochosas ............................................................ 8
Conclusão ................................................................................................................................. 10
Referências Bibliográficas ........................................................................................................ 11

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Introdução

O presente trabalho versa sobre a Caracterização das Grandes Unidades Estruturais do


Mundo. Este trabalho enquadra-se na cadeira de geomorfologia e temos como objectivo geral:
Conhecer a caracterização das grandes unidades estruturais da terra. No que refere aos
objectivos específicos, são operacionalizados em três momentos a saber: Primeiro: identificar
as unidades estruturais da terra; Segundo: explicar o processo de formação dos seus minerais;
e o terceiro e último: destacar as características geomorfologicas de cada rocha. Para melhor
coerência do trabalho, faremos uma breve consideração de alguns conceitos chaves que
norteiam-o. Quando a estrutura do trabalho, este apresenta os seguintes tópicos: Conceito de
estrutura geológica, grandes unidades estruturais da terra, os escudos antigos, as bacias
sedimentares e os dobramentos modernos. No desenvolvimento do trabalho, teremos a
oportunidade d perceber que as três grandes unidades estruturais da terra (escudos cristalinos,
bacias sedimentares e cadeias rochosas), são rochas que surgiram a milhares de anos.
Algumas por colisão entre duas placas tectónicas com movimentos convergentes pode
precipitar a sua origem (dobramento moderno), ou pelas chuvas e ventos que vão arrastando
alguns sedimentos a zonas erógenas, acumulando-os no continente ou litoral (bacias
sedimentares).

Para a elaboração do presente trabalho, recorremos a revisão bibliográfica, isto é, percorremos


livros, artigos e revistas disponíveis em diversas plataformas digitais, de modo a trazermos
uma explicação exausta do nosso tema em destaque.

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1.Conceito de estrutura geológica

A estrutura geológica refere-se à composição interna de uma determinada área, sua


distribuição, idade e o processo geológico que a formou. A estrutura geológica pode conter
diferentes formas de relevo. Em uma bacia sedimentar (estrutura) é possível observar a
formação de uma planície ou de planaltos escarpados denominados chapadas1 (Castilha, 2004,
p. 7).

As estruturas geológicas, também chamadas de províncias geológicas, são as formações


rochosas e estruturais que compõem a litosfera terrestre. Elas indicam, entre outras coisas, a
composição do relevo, sua idade aproximada e também as características mineralógicas
(Idem).

Através da estrutura geológica é possível fazer a composição da rocha, sua idade inclusive,
uma descrição mineral detalhada.

2. Grandes unidades estruturais da Terra

As grandes unidades estruturais emersas do globo terrestre são: os escudos antigos, as bacias
sedimentares e as cadeias dobradas ou dobramentos rochosos. Essas unidades constituem o
arcabouço geológico sobre o qual se desenvolvem as formas de relevo terrestre em áreas
continentais.

Imagem 1: Demonstração dos formatos das grandes unidades estruturais


da terra
Fonte: https://slideplayer.com.br/

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chapadas também podem ser definidas como relevos residuais de topo plano resultantes da erosão diferencial

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2.1. Os escudos antigos
Os escudos antigos2, é uma estrutura formada a partir de um processo lento, antigo e resistente
de formação que data do período Arqueano (entre 3,8 a 2,5 bilhões de anos atrás) e do
Proterozoico (entre 2,5 bilhões a 542 milhões de anos). Os escudos antigos constituem a
porção mais rígida da crosta terrestre e são formados por rochas intrusivas pré-cambrianas3 ou
por material sedimentar dobrado. Trata-se dos primeiros núcleos de rochas emersas que
afloraram desde o início da formação da crosta terrestre, são, portanto, áreas actualmente
estáveis quanto à tectónica. Estes são resultantes da solidificação do material magmático e da
ascensão de suas formações rochosas até a superfície (Castilha, 2004, p. 7).

É uma formação de um relevo rebaixado, devido a acção erosiva e mais arredondado. Cabe
destacar que estes escudos são ricos em diferentes minerais, principalmente os metálicos
(ferro, manganês, estanho, bauxita e cobre) e não metálicos (granito e pedras preciosas) que
são muito importantes para o desenvolvimento das actividades humanas. Os escudos antigos,
correspondem 36% restantes de nosso território e abrigam minérios de grande valor comercial
(Idem).

Imagem 2: demonstração de um escudo antigo


Fonte: https://www.preparaenem.com/amp/geografia/escudos-cristalinos.htm

Os escudos antigos sofreram a acção de vários fenómenos geológicos, entre eles o


rejuvenescimento, isto é, retomada da erosão nas formas de relevo já sensivelmente
trabalhadas anteriormente um escudo é formado por um ou mais núcleo cratonicos, que são

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também chamado de escudos cristalinos, são os terrenos mais antigos crosta terrestre.
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É uma unidade geológica constituída por rochas mais antigas, formadas há mais de 600 milhões de anos.
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envolvidos por cinturões móveis, cujas rochas têm idade inferior as rochas que compõem o
craton, assim como grau metamórfico mais acentuado (GRAÇA, 2015, p.116).

As áreas do escudo antigo são denominadas de maciços antigos, termo utilizado pela
geomorfologia, no sentido descritivo, quando se refere as áreas montanhosas que abrangem
extensas regiões e que foram parcialmente erodidas apresenta inúmeras e diversificada
concentração de minerais (Idem).

Do que foi dito acima, fica claro que os escudos representam as formações rochosas mais
antigas e sofreram diversificadas transformações erosão a longos períodos e se tornaram mais
estáveis do ponto de vista da movimentação tectónica.

Geralmente, os escudos antigos apresentam como maciços, montanhas em blocos, superfícies


de erosão, espinhaços montanhosos e planaltos de estruturas complexas. Os escudos são
responsáveis pelo fornecimento de sedimentos que entulham faixas intracratonicas,
implicando em compensações isostáticas, as quais permitiram a continuidade do entulhamento
das bacias por subsidência e processo de exumação das estruturas cratónicas adjacentes, por
arqueamento (Salamuni, s.d).

As importantes áreas de estados que compõem grandes porções de escudos antigos são:
Bahia, Rio de Janeiro e Pará. Os estados do Amapá, Roraima, Pará e Amazonas abrangem
grandes áreas do escudo das guianas. Assim, cidades como Belo Horizonte, Ouro Preto, Boa
Vista, Rio de Janeiro, Vitória, surgiram em cima de escudos. O escudo guineano na África, o
Escudo Canadense na América do Norte, o Escudo Antárctico na Antárctida, o Escudo
Australiano na Oceania e o Escudo da Sibéria na Rússia asiática (Ronaldo, 2012, p. 152).

2.2. As Bacias Sedimentares

As bacias sedimentares são porções deprimidas dos escudos que foram entulhadas de
sedimentos com algumas centenas ou milhares de metros de espessura e, geralmente, com
estruturas horizontalizadas. Apresentam uma grande representatividade espacial na superfície
terrestre e são as áreas formadas por rochas sedimentares. Os relevos formados nessas áreas
são bem específicos com aspectos tabulares e subtabulares (Bastos, Maia & Cardeiro, 2019, p.
39).

Em paralelo com a ideia acima exposta, Baggio & Belém (2005 cit., Ronaldo, 2012), sustenta
que:

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As bacias sedimentares são porções deprimidas dos crátons que
foram e continuam sendo recobertas de sedimentos. Possuem
uma espessura média de alguns milhares de metros e
geralmente apresentam camadas de sedimentos dispostos
horizontalmente ou levemente inclinados (p. 152).

A partir do que foi dito, percebemos que as bacias sedimentares são áreas da superfície da
terra que por algum fenómeno natural, sofrem ou sofrerão alterações de forma lenta e
progressiva.

Imagem 2: ilustração do processo de formação de uma rocha sedimental


Fonte: https://escolaeducacao.com.br/amp/bacia-sedimentar/

Os detritos ou sedimentos das bacias podem ter diferentes origens: fluvial, marinha, glacial,
eólica (vento), lacustre (lago), vulcânica ou orgânica. No entanto, as bacias quando ocorrem
dentro dos continentes são conhecidas como endocontinentais e no litoral, são chamadas de
epicontinentais ) (Teixeira, 2001, p. 67).

As bacias sedimentares, são formadas através do transporte de sedimentos promovidos pela


água e ventos, percorrendo regiões erógenas ate depositarem-se numa determinada região que
geralmente tem sido, numa foz. Porém, podemos encontrar igualmente as bacias sedimentares
no continente.

As bacias possuem diferentes idades geológicas que se inserem em períodos que vão da Era
Paleozóica à Era Cenozóica. São formadas por rochas sedimentares que geralmente abrigam
grandes reservas de petróleo, carvão mineral e gás natural. (…). Temos como exemplo das
grandes bacias sedimentares: Amazonas, Paraná, Pantanal, bacia central dos Estados Unidos,
Paris, do Congo, entre outras, são exemplos de bacias sedimentares. As principais formas de
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relevo assumidas pelas rochas das bacias são as chapadas, as cuestas, os morros testemunhos,
as colinas convexas e as serras (Idem).

É importante referir que o tamanho dos sedimentos pode variar de acordo com o evento e o
ambiente de sedimentação. Dependendo da área de deposição, os sedimentos podem ser
depositados em camadas sobrepostas, subdivididas em estratos. Os grandes ambientes de
deposição formam as bacias sedimentares, e cada extracto deposicional representa um
depósito específico associado a um evento de deposição (…) (Bastos, Maia & Cardeiro, 2019,
p. 52).

2.3. Os dobramentos modernos ou cadeias rochosas

Os desdobramentos modernos são áreas de bacias sedimentares que foram dobradas pela
compressão tectónica lateral e que correspondem aos grandes curvamentos côncavos e
convexos presentes na superfície terrestre. Podem ser classificados como jovens ou antigos
(Beggio & Belém 2005, cit., Ronaldo, 2012, p. 152).

Na mesma senda de ideias, encontramos Teixeira (2001), afirmando que os


desdobramentos modernos são:

Formados a partir do choque entre placas tectónicas


(movimento convergente de placas) em que uma das
placas desce e a outra soergue (dobra). Essa estrutura é
chamada de moderna pois, na escala geológica, teve
origem em um período recente, o Cenozoico. A
consequência disto é a formação de um relevo
pontiagudo, alto e pouco erodido e, devido à altitude e ao
gradiente de inclinação elevado, as áreas de dobramentos
modernos tendem a possuir alto potencial hidrológico.
Cabe destacar ainda que são áreas propensas à
ocorrência de terramotos e vulcanismos (p. 71).

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Imagem 3: Processo de formação de uma cadeia rochosa
Fonte: http://obshistoricogeo.blogspot.com/2016/07/dobramentos-modernos.html

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Conclusão

Depois de uma longa investigação sobre a Caracterização das Grandes Unidades Estruturais
do Mundo, é da nossa competência, tecermos algumas considerações conclusivas sobre o
tema em alusão. Através de um estudo teórico sobre a estrutura ou composição de
determinadas rochas, percebemos que é possível determinar a sua idade e conhecer as
características mineralógicas destas. No mundo, existem três grandes unidades estruturais
(escudos antigos, bacias sedimentares e dobramentos modernos), das quais, encontram-se em
diversas regiões. Portanto, estas rochas existem a milhares de anos, porque o seu processo de
formação é precipitado pela acção dos fenómenos naturais e humanos. Constatamos que os
escudos antigos acompanharam o processo de formação da crosta terrestre e actualmente, são
estáveis quanto a área tectónica, são extremamente ricos em minerais metálicos e não
metálicos, possuindo valor comercial extremamente amplo. Ficou claro que existem diversos
factores concorrentes para a existência das bacias sedimentares (precipitação e ventos), estas
formam-se geralmente no litoral sob forma de camadas tabulares e subtabulares, possuem
diversas idades geológicas e constituem grandes reservas de petróleo, carvão mineral e gás
natural. Contudo, foi possível inferir que os desdobramentos modernos são formados quando
duas placas embatem-se, fazendo surgir consequentemente um relevo agudo no ponto de
intersecção e nessas regiões, facilmente ocorrem terramotos e vulcões.

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Referências Bibliográficas

BASTOS, F. H. & MAIA, R. P. & CORDEIRO, A. M. N. (2019). Geografıa e


Geomorfologıa (1ª. ed.). Lisboa, Portugal.

CASTILHA, A. N (2004). Províncias Geológicas e Domínios Morfoclimáticos:


Geomorfologia. São Paulo, Brasil.
GRAÇA, A.J.S (Coord.). (2015). Cartografıa geografıca e representacao Grafıca. Rıo de
Janeıro, Brasıl.

RONALDO, A.B. (2012). Conceitos básicos da geologia e geomorfologia no contexto dos


aspectos fisiográficos de montes clarose norte de minas gerais. Rede de Revistas Científicas
da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal, 1, 145-168.
SALAMUNI, E. (s.d). Geologıa Estrutural. Academıa Marcela Fregatto. 1-59.

TEIXEIRA, et. al. (2001). Decifrando a Terra. São Paulo, Brasil.

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