Você está na página 1de 19

Os ventos desfavoráveis de

setembro, o cenário de
Forpus e uma novidade
sobre o IFRA11
São Paulo - 11 de outubro de 2021

No relatório de hoje, você encontrará:

• Um resumo do que aconteceu no mês de setembro. Além


dos ruídos locais, tivemos uma piora no cenário global, o
que acabou impactando os ativos de risco pelo mundo. Vale
destacar a China, a crise energética e o risco de inflação.

• Uma visão geral dos nossos recomendados e como eles se


saíram no mês. Vários dos multimercados conseguiram
enfim embolsar os ganhos das posições na alta dos juros
norte-americanos, que tanto trouxe volatilidade nos últimos
meses. Já os fundos de ações seguiram sofrendo, na esteira
da queda de 6,57% do Ibovespa em setembro, ainda que a
maioria deles tenha perdido menos do que o índice. Nada
fora do esperado: recomendamos fundos de ações para
horizontes de pelo menos cinco anos e multimercados para
três exatamente porque sabemos que haverá estresses no
curto prazo.

• Informações sobre a reabertura do Forpus FIA e uma


atualização de cenário e das principais posições do fundo
para você ficar por dentro do que a equipe da gestora está
pensando.
• As últimas novidades sobre o IFRA11: o fundo de
infraestrutura listado em Bolsa do Itaú vai deixar de ser
restrito a qualificados e estará disponível também ao varejo
a partir de 17 de novembro, além de passar a ter
distribuição mensal dos rendimentos.
É curioso pensar como o mundo mudou nas últimas décadas. Eu (Vinícius
aqui), no alto dos meus 23 anos, passei por coisas na infância que hoje já
não fazem mais sentido. O barulho da internet discada, as locadoras de
filmes, o jogo da cobrinha no celular dos meus pais e, o mais engraçado,
ter que procurar nos fins de semana os horários do cinema no jornal, tudo
isso agora parece memória de um livro de história.

Ainda não chegamos nos carros voadores ou em uma sociedade dominada


por robôs, como muitos filmes e desenhos antigos retrataram que haveria
nos anos 2000. Mas vamos combinar que sair da internet discada para o
5G e do famoso “tijolão” para o iPhone foi algo impressionante, ainda
mais quando toda essa evolução se deu em mais ou menos 20 anos,
praticamente a minha idade!

Antes de entrar no tema, quero dizer que a Luciana me deu a


oportunidade de abrir o relatório de fundos desta semana para que você
me conheça melhor, já que acabei de chegar por aqui.

De volta ao que interessa, aqui na Spiti, sempre falamos do investimento


de longo prazo e a verdade é que o conceito de tempo é bem subjetivo. A
nossa regra de carregar por pelo menos três anos os fundos
multimercados e por cinco anos as carteiras de ações é, segundo nossos
estudos, um bom parâmetro de avaliação. No entanto, por que não
esperar 20 anos, se mudanças significativas demoram a acontecer?

Eu mesmo respondo: porque não é fácil.

O dia a dia é totalmente diferente. O mercado sobe e desce a cada segundo


e olhar para frente e enxergar o longo prazo com nuvens no horizonte
pode ser complicado. Em um momento estamos alegres com o fundo
subindo e, no período seguinte, entramos em desespero após uma queda
forte.

Isso é normal, afinal não temos uma bola de cristal para adivinhar o
futuro. O que precisamos é ter calma e avaliar o que nos fez acreditar
num determinado gestor, se houve alguma mudança estrutural no fundo
e se eventuais perdas são resultado de ruídos de curto prazo. Tendo
esclarecido o motivo do nosso investimento, o passo seguinte é confiar no
gestor e deixá-lo fazer o trabalho.

Eu sei, não sou exatamente a experiência em pessoa, afinal carrego a


vivência de um jovem de 20 e poucos anos. Mas e se eu trouxesse o caso
da IP, gestora independente mais antiga do país, você confiaria?

Nós recomendamos um fundo da casa na série e ela acabou de publicar a


sua carta quadrimestral, em que traz uma reflexão sobre alguns dos erros
que cometeu nesses últimos anos. Um deles trata exatamente da questão
do longo prazo e a dificuldade, mesmo para um profissional, de manter os
investimentos por tanto tempo.

O exemplo em questão diz respeito à Apple. Um investimento feito pela IP


na companhia em 2013 teria se multiplicado por mais de nove vezes caso
tivesse sido mantido até hoje. Parece uma decisão fácil olhando para trás
e vendo onde a empresa está atualmente, mas temos que lembrar que os
ruídos do dia a dia podem atrapalhar a nossa visão de longo prazo, assim
como as emoções.

O desejo de acertar o preço mais alto para vender um ativo e o mais baixo
para comprar, com base nos dados disponíveis de curto prazo, pode nos
tirar da rota que definimos quando fizemos o investimento inicial,
especialmente quando não revisitamos a tese.

O caso da IP foi exatamente esse. Nas palavras da casa, ter se comportado


naquela situação em específico como um investidor ansioso e sniper –
atirador de elite – a fez perder de vista a verdadeira razão do
investimento na empresa e o principal motivo de ela gerar tanto valor:
"ecossistema fantástico e uma base gigantesca de clientes fiéis".

A Apple entregou bons retornos para o fundo ao longo desses oito anos.
No entanto, a casa não capturou toda a valorização desde 2013. A gestora
teve parte do ganho por meio de três ciclos de investimento na empresa,
2013-2014, 2016-2017 e 2018-2019. Ou seja, em vez de manter a posição o
tempo todo, a gestora entrou e saiu do investimento algumas vezes,
deixando parte do retorno para trás – não deixe de ler a carta da IP pra
conferir esse e outros erros humildemente contados por eles.

Conclusão: tenha calma!

Aproveite o cenário desafiador para revisitar as suas alocações e


questionar o porquê de ter escolhido o gestor A ou B. Vestir a capa do
famoso “zé cotinha” (que olha a cota todo dia e toma decisões com base
nela) e tentar fazer “market timing” (acertar a hora de entrar e sair do
mercado), ou entrar em pânico porque seus fundos estão caindo, mesmo
quando toda a indústria está sofrendo, é definitivamente mais custoso do
que manter a sua posição ali paradinha.

Em setembro, por exemplo, boa parte dos multimercados que vinham


sofrendo desde julho por carregar posições para ganhar com a alta de
juros dos títulos do Tesouro norte-americano virou a mesa, com a tese
começando a render frutos. Quem não aguentou esperar e resgatou antes
perdeu a recuperação.

No caso dos fundos de ações recomendados, todos fecharam o mês no


negativo, na esteira do Ibovespa e das Bolsas nos EUA. Mas a maioria das
carteiras teve perda menor do que o índice, o que mostra que a seleção de
ações pelos gestores está funcionando. Confira, a seguir, um resumo do
que foi o mês passado para os ativos e nossos fundos.

Aproveitamos ainda para atualizar o cenário da Forpus, cujo fundo de


ações vai fazer uma abertura pontual no fim do mês, e trazer novidades
sobre o fundo de debêntures de infraestrutura listado do Itaú, o IFRA11.

Setembro, mais um mês de aversão a risco

Setembro foi mais um mês ruim para os ativos de risco. A cereja do bolo –
ou, melhor dizendo, a pá de cal – veio do mercado internacional, com a
piora da conjuntura.

Estados Unidos e China já tinham chamado atenção por apresentarem


dados mais fracos de atividade em agosto. Mas, no mês passado, a crise
energética ganhou contornos globais, com preços de gás natural e
petróleo para cima em meio às restrições de oferta, elevando as pressões
inflacionárias no mundo todo, de um lado, e reduzindo a expectativa de
crescimento, de outro.

Na China, destaque negativo do mês, temores relacionados à insolvência


da incorporadora chinesa Evergrande, que se somaram à escassez de
energia no país, e seu impacto potencial para economia daquele país
jogaram mais lenha na fogueira.
Como ressaltou a Ibiuna em carta de setembro, isso fez com que os preços
de várias commodities estendessem os movimentos de queda recentes, em
especial o minério de ferro.

A agenda de reformas da China, com vistas a endereçar o endividamento


excessivo e o crescimento desordenado do setor imobiliário residencial,
segundo destacou a Adam no relatório gerencial sobre o mês passado,
continua adicionando incerteza à trajetória da economia global.

Esse cenário, ruim para mercados emergentes, deixa o Brasil em uma


situação ainda mais fragilizada, diante de seus próprios desafios nas
frentes política, com eleição no radar, fiscal, com impasses sobre os
precatórios e o novo Bolsa Família, e macroeconômica, com inflação
persistente, perspectiva de uma política monetária mais contracionista,
crise hídrica e revisão para baixo da atividade.

Na Bolsa local, o Ibovespa fechou o terceiro mês consecutivo no vermelho,


com perda de 6,57% em setembro. No ano, até 7 de outubro, a queda é de
7%. O dólar, em outro sinal de aversão a risco, voltou a subir no mês
passado, marcando alta de 5,34% (olha nossa proteção funcionando aí de
novo!). No ano, a valorização da moeda norte-americana já alcança 5,8%.

No mercado de juros, o mercado já vinha incorporando altas mais fortes


da taxa Selic para o futuro, além do prêmio de risco pelas incertezas
fiscais, movimento que se estendeu por setembro, afetando mais uma vez
os títulos prefixados e indexados à inflação.

O IRF-M, índice que mede o desempenho dos títulos públicos prefixados,


como LTN e NTN-F, recuou 0,33% no mês passado, e o IMA-B, dos papéis
que pagam juro prefixado mais inflação (NTN-Bs), recuou 0,13%.

Apenas as NTN-Bs mais curtas tiveram desempenho positivo. O IMA-B 5,


dos títulos com prazo de até cinco anos, fechou o mês com ganho de 1%,
enquanto o IMA-B 5+ (vencimentos acima de cinco anos) perdeu 1,26%.

No ano, a toada é a mesma, apesar do alívio observado neste início de mês


em todos esses índices. O IMA-B 5 acumula alta de 2,88% em 2021, até 6 de
outubro, e o 5+, prejuízo de 6,35%. Já o IRF-M perde 2,56% em 2021.

A inflação segue acelerada, tendo sido superada somente pelo dólar em


setembro. O IPCA fechou o mês em 1,16%, alcançando 6,9% no ano e
10,25% em 12 meses.
No mercado norte-americano, os ativos iniciaram em setembro um
movimento de ajuste à perspectiva de que o Federal Reserve (Fed, o banco
central dos Estados Unidos) deve anunciar o início da retirada dos
estímulos da economia já no próximo mês, diante da ameaça
inflacionária. Na reunião de setembro, conforme destacou a Adam, o
próprio Fed sinalizou que a economia americana já estava forte o
suficiente para começar o “tapering” (redução do programa de compra de
títulos) e, eventualmente, aumentar os juros.

Pesou ainda a dificuldade nas negociações para ampliar o teto da dívida


norte-americana e evitar a paralisação das atividades (“shutdown”) do
governo federal e o calote da dívida de curto prazo – no último dia do mês
passado, o congresso dos EUA aprovou medida garantindo o
financiamento até, pelo menos, o início de dezembro, ganhando tempo
para costurar um acordo.

Não à toa, os rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano de 10


anos saíram de 1,30% no início do mês para mais de 1,50%. No dia 28,
atingiu 1,546%. A alta de juro nos EUA, por sua vez, afetou as
Bolsas. Investidores aproveitaram para embolsar os ganhos fortes com as
ações até aqui e recalibrar a carteira para o novo cenário. Em setembro,
os três principais índices norte-americanos fecharam no vermelho.
Outubro já começou no azul.

O S&P, que reúne as 500 maiores empresas dos EUA, teve a primeira
queda mensal desde janeiro e a maior para um mês desde março do ano
passado, ao registrar perda de 4,76% em setembro. Uma correção, neste
momento, é totalmente natural para a magnitude da alta acumulada até
aqui. No ano, até 6 de outubro, o índice sobe mais de 15% e, em 12 meses,
quase 30%.

A Nasdaq encerrou setembro com uma queda mensal maior, de 5,31%,


por concentrar as companhias do setor de tecnologia. Ao priorizarem
crescimento a lucro e serem negociadas com múltiplos de preços mais
elevados, essas empresas são mais sensíveis ao aumento de juros. No ano,
contudo, a alta chega a 12,5% e, em 12 meses, supera os 30%.

Conforme destacou a Ibiuna em carta, globalmente, “o tema está


evoluindo de uma ‘re-inflação’ benigna no primeiro semestre para uma
potencial estagflação preocupante neste fim de ano e em 2022”. Pra
resumir, o mundo, segundo a gestora, estaria saindo de um ambiente
positivo para ativos de risco, com alta de preços, aceleração de
crescimento e estímulos sem precedentes, para uma fase mais
desafiadora, em que a preocupação com uma inflação mais elevada e
persistente pode levar os bancos centrais a removerem os estímulos antes
do previsto, contribuindo para a desaceleração econômica.

A avaliação da ACE é de que, apesar dos percalços vindos de choques


sucessivos de fontes diversas, como a demanda elevada de energia,
juntamente com a menor flexibilidade da oferta, além da Covid-19, a
economia global seguirá seu curso para a normalidade, com o setor de
serviços, menos intenso em energia, na vanguarda da recuperação. O
porém, segundo a carta da gestora, são os focos de vulnerabilidade de
capacidade produtiva em diversos setores, que devem manter os preços
elevados por mais tempo e tornar o ritmo de recuperação mais volátil.

“Estamos construtivos com o cenário de recuperação da atividade global;


preocupados com a inflação nos próximos meses, apesar de uma visão
mais construtiva para 2022; e acreditando que o movimento de
normalização de juros continuará”, resumiu a gestora.

No Brasil, segundo destacou a Garde em carta de setembro, “o cenário


econômico está muito mais desafiador prospectivamente, com a
conjuntura de inflação e taxa de juros maiores e uma perspectiva de
crescimento mais baixo”.

Com inflação perto de 8% neste ano, a gestora espera um ciclo maior de


alta da Selic, chegando a 8,5% no começo do próximo ano. Na outra ponta,
a trajetória de juros, aliada aos efeitos das restrições de oferta de energia,
levou a gestora a revisar o crescimento de PIB para 2022 de 2% para 1,4%.

Um alento pode vir da menor pressão sobre o real. Na avaliação da Adam,


o fato de o Banco Central ter antecipado a oferta de dólares para suprir a
demanda de fim de ano pela moeda norte-americana mais a política
monetária restritiva podem acabar sendo benéficos para o real e, por
consequência, à inflação. Contudo, a casa é cética em relação ao
desempenho da economia brasileira, em que o juro em nível
contracionista pesará sobre o crescimento da atividade e, por
consequência, sobre a Bolsa.

Para a ACE, são três os problemas do Brasil no momento: inflação,


inflação e inflação. As sucessivas revisões para cima do índice de preços,
em um contexto de incertezas fiscais, tornam difícil a tarefa de projetar a
Selic terminal, prejudicando o ambiente para ativos como ações e juros
nominais.
Com inflação alta e credibilidade fiscal arranhada, na visão da Kinea, o
Brasil tem poucas proteções para enfrentar o cenário externo desafiador,
com reduções de liquidez pelo Banco Central norte-americano,
desaceleração da China e pressões de preço de energia.

Os ativos locais, segundo escreveu a gestora na carta de setembro, ficarão


bastante sensíveis aos desdobramentos internacionais. A boa notícia é que
eles já estão bastante descontados. Segundo a Kinea, há prêmio relevante
tanto na moeda como no múltiplo do mercado acionário.

A ACE também aponta em sua carta de setembro que “os níveis de


valuation estão bastante atrativos para uma série de empresas com boas
teses de investimentos, extenso histórico de gestão e geração de valor
para os acionistas”. Segundo a gestora, das 86 empresas que fazem parte
do índice Ibovespa, 66 negociam com múltiplo abaixo da média histórica
dos últimos três anos, sendo que 27 delas negociaram com métricas de
valuation tão baixas apenas em 10% do tempo nos últimos três anos.

A casa reconhece, contudo, que o ambiente macro desfavorável tem se


sobreposto ao micro e deve permanecer assim até que haja mais
visibilidade de como e quando os desafios, principalmente internos, serão
superados.

Desempenho dos nossos


recomendados
Dos 14 gestores de multimercados recomendados, oito tiveram em
setembro desempenho acima do CDI, com variação mensal de 0,44%.

O grande destaque é a Vista, com ganhos no mês de 16,6% no


Multiestratégia (fechado para captação) e 5,6% no Hedge. Em três anos, o
desempenho é extraordinário, alcançando 128,9% e 42,6%,
respectivamente, contra 13,35% do CDI.

A gestora tem uma exposição relevante em commodities, especialmente


no petróleo, que somente no mês subiu 10%. Ainda em commodities, só
que no lado dos hedges, a Vista tem posições vendidas em ações de
mineradoras, minério de ferro e cobre, em linha com a visão de que há
mudanças estruturais importantes acontecendo na China. Em setembro, o
minério recuou mais de 22%.
Gávea, Ibiuna, Kapitalo, Kinea e SPX também entregaram retornos bem
acima do referencial no mês passado. Boa parte dos ganhos veio da
exposição na moeda norte-americana e da aposta de alta de juros no
mercado dos EUA, entre outras, que vinham machucando as cotas nos
últimos meses. Valeu esperar!

O multimercado da Ibiuna, com retorno de 2,92%, segundo a carta de


setembro, teve ganho relevante com o livro de juros globais, com
destaque para as posições tomadas (que ganham com a alta) nas curvas
do Chile, México, Inglaterra, EUA, Alemanha, Itália, África do Sul e
Polônia. Em moedas, a posição vendida no real contra dólar americano
também contribuiu para o retorno positivo.

Ajustes foram feitos ao longo do mês, segundo a gestora, para navegar o


cenário mais desafiador daqui para a frente. Entre eles, a redução das
posições tomadas no México e Chile e o aumento no Leste Europeu e
África do Sul, assim como a diminuição da aposta comprada em índices
futuros de ações nos EUA e Europa. A gestora também fez uma
diminuição tática da posição comprada em dólar contra real.

No Brasil, a Ibiuna manteve a exposição a ações brasileiras, a fim de


buscar ganho acima do mercado com posições “long and short”
(compradas e vendidas) não direcionais. Na renda fixa, a gestora
concentrou o risco na compra de inflação, posições aplicadas em juros
reais e operações de valor relativo nas curvas de juros real e de implícitas.

Na Kapitalo, tanto o Zeta quanto o Kappa entregaram bons resultados,


3,04% e 2,01%, respectivamente. O desempenho positivo dos fundos se
deu principalmente pelas posições de juros, mas também de moedas,
commodities e, inclusive, ações.

Conforme a carta de setembro, na Bolsa brasileira, a gestora teve ganho


com os setores de consumo e educação. Na outra ponta, perdeu com as
posições em mineração e siderurgia, papel e celulose e saúde.

Diante da piora do cenário local, com alta de preços e risco de aumento


maior de juros, a Kapitalo abriu posições tomadas (em que aposta na alta)
e compradas em inflação. No mercado internacional, exterior, a gestora
passou a ficar vendida em inflação nos EUA e aumentou as apostas na alta
dos juros nominais nos EUA e Reino Unido.

Na Bolsa, a gestora reduziu posições compradas e de valor relativo em


ações brasileiras e ações globais. Em moedas, manteve posições vendidas
no euro, franco suíço e no yuan chinês, e aumentou posições compradas
no dólar australiano, rublo russo e no dólar canadense.

Já ACE, Adam, Garde e Verde fecharam setembro no negativo. O que eles


têm em comum é uma posição relevante em Bolsa, o mercado de pior
desempenho em setembro.

O multimercado da ACE teve perda de 0,89% em setembro – no


acumulado do ano, o ganho chega a 5,11%, o equivalente a mais de 200%
do referencial e, em dois anos, completados no fim de setembro, a 17,35%,
ou 261% do CDI.

Na carta de setembro, a gestora atribuiu as perdas do mês passado às


posições compradas em ações, tanto no mercado local quanto no externo,
e vendidas em dólar, sobretudo contra o real. Do lado positivo, os ganhos
vieram de posições tomadas em juros, apostando na alta, nos Estados
Unidos e em países emergentes e, em menor medida, no mercado local.

Ao longo do mês, a gestora optou por alocar mais risco nos mercados
internacionais e zerar a posição tomada em juros locais. As apostas na
alta de juros nos Estados Unidos e emergentes foram mantidas, assim
como as posições otimistas com o real, dado o nível elevado da taxa Selic,
o fluxo cambial e as intervenções do Banco Central.

No mercado de ações, a ACE manteve exposição direcional comprada em


Bolsa local, devido à percepção de que as empresas continuam sólidas e
em trajetória de recuperação, mas em nível abaixo do histórico, por conta
justamente do ambiente macroeconômico e político conturbados. No
lugar, a gestora aumentou a exposição a ações fora, em Nasdaq, S&P, bem
como em alguns índices setoriais e ações nos Estados Unidos.

A carteira local continua concentrada em ações ligadas ao ciclo


econômico, de setores como varejo, distribuição de combustíveis,
incorporadoras e educação, e, em menor tamanho, em ações defensivas
(saúde e supermercados), além de energia e infraestrutura.

Nos multimercados da Adam, com perdas entre 1,7% e 4,4%, a depender


da estratégia, as posições em ações, fora e aqui, contribuíram com dois
terços do resultado negativo em setembro. Contudo, a gestora ressalta
que, no nível de preço atual, o mercado está bastante descontado, o que
antecipa boas oportunidades para futuro.
A gestora continua privilegiando a exposição internacional, com mais de
80% alocados em posições offshore. Mesmo no mercado local, as apostas
concentram-se mais na recuperação externa do que doméstica. “Seguimos
confiantes com nossas posições: em muitas das nossas teses, a evolução do
lucro foi ainda mais substancial do que a evolução nos preços”, destacou a
gestora no relatório gerencial de setembro.

Ainda segundo a casa, a pandemia vem dando oportunidade de elevar a


exposição a empresas consolidadas, líderes em mercados de alto
crescimento, como os de e-commerce, nuvem e mídias sociais, a preços
interessantes. No mercado local, os fundos seguem posicionados em
Petrobras e Vale, com posição direcional neutra, e aplicados, apostando
na queda, em juros reais via NTN-B.

Na janela de três anos, as estratégias Macro II e Macro Strategy II


voltaram a ficar pouco abaixo do CDI, por conta do desempenho mais
fraco neste ano, mas mantemos a recomendação diante do histórico e
experiência do time. Vale lembrar que a Adam, apesar de multimercado,
tem uma posição relevante em Bolsa, o que leva a descolamentos em
relação ao referencial em momentos ruins para ações.

O Verde 60 fechou setembro com resultado negativo de 0,17%. As perdas


no fundo foram puxadas pelas posições em ações no Brasil, segundo
a gestora, na contram˜ão de ganhos com a alta de juros nos mercados
desenvolvidos e com a exposição em juro real no mercado local. No
acumulado do ano, o retorno é de 1,16%, abaixo dos 2,52% do CDI. Na
janela de três anos, recomendada para avaliar um multimercado, a
rentabilidade é de 21,54%, ou 161,4% do CDI.

A casa tem uma visão cautelosa sobre o que está acontecendo no mundo,
diante dos desequilíbrios
múltiplos causados pela reação à pandemia, somados aos efeitos
climáticos e oligopólios no mercado de energia. "A economia global está
vivendo um enorme ciclo de reestocagem, e provavelmente o crescimento
em várias indústrias parece maior do que de fato é, exacerbando os
efeitos no preço de muitos bens (e ativos) e dificultando a projeção para a
frente", descreve a Verde no relatório de gestão de setembro.

No entanto, a gestora vem aproveitando as oportunidades quando os


preços exageram para um lado ou para o outro. Ela segue com a tese de
alta de juros nos EUA e Europa, mas optou por reduzir um pouco a
exposição.
No Brasil, a Verde vem aumentando gradativamente as alocações em juro
real, sob o argumento de que o mercado e o Banco Central estão muito
focados na inflação corrente, ignorando uma provável desaceleração
econômica à frente. E, na Bolsa, apesar de reconhecer o ambiente
inóspito, tem buscado ampliar a exposição em "boas empresas"
negociando a "valores bastante interessantes".

Os fundos de ações sofreram, ainda que a maior parte deles menos do que
o Ibovespa, que caiu 6,57% no mês. Apenas Bogari, Forpus, Perfin e Velt
tiveram desempenho pior do que o índice. Mas, com exceção de Perfin,
cuja atualização trouxemos no relatório do dia 13 de setembro, todas as
demais carteiras têm uma larga vantagem em relação ao principal
referencial da Bolsa.

No horizonte de cinco anos, as carteiras da Bogari sobem mais de 150%; o


fundo de ações da Forpus oferece ganho de quase 220% e a estratégia da
Velt ganha 110%. Já o Ibovespa tem ganho de 90% no mesmo período.

No segmento de long biased, as perdas no mês dos recomendados foram


bem menores que a do índice, variando de queda de 1,38% no SPX Falcon
a 4,24% no Miles Acer (contra prejuízo de 6,57% no Ibovespa), o que
sugere que as proteções usadas nesse tipo estratégia funcionaram bem.

Nunca é demais repetir: seguimos confiantes com nossa recomendação de


diversificação em fundos, incluindo proteções em ouro e dólar. A palavra
de ordem é paciência. Assim como o cuidado com as proteções e a carteira
de multimercados mostraram a que vieram em setembro, acreditamos
que, como ocorreu no passado, manter a tranquilidade com a fatia de
Bolsa vai se pagar no futuro.

Forpus: abertura relâmpago

Como contamos no nosso canal no Telegram, a Forpus, gestora de um dos


nossos fundos de ações recomendados mais apimentados, vai fazer uma
reabertura rápida da carteira na última semana de outubro, entre os dias
25 e 29. O objetivo é levantar R$ 300 milhões.

Se esse volume for atingido antes do prazo, o prazo de captação é


interrompido. Algumas corretoras, como a XP, já começaram a aceitar
pedidos de reserva, mas, conforme nos contou o sócio e CEO da gestora,
Luiz Nunes, há um limite por distribuidor, a fim de que todos participem
da rodada.

O Forpus FIA é um dos fundos mais rentáveis da nossa lista na janela de


cinco anos, com um retorno acumulado nesse período de 220% contra
90% do Ibovespa. É, por outro lado, também uma das carteiras que
carregam mais risco, com volatilidade anualizada de 27,7% em cinco
anos, acima do índice, com 26,7%.

Ou seja, é um fundo que recompensa estômagos fortes. Dê uma olhada no


retorno mês a mês antes de tomar sua decisão, para ter certeza de que o
fundo está alinhado com seu perfil de risco. Só em agosto o fundo caiu
14,75%.

A queda acentuada nos últimos meses em magnitude maior do que a do


Ibovespa explica a reabertura. Segundo contou Luiz, o Forpão, como o
Forpus Fundo de Ações é conhecido no mercado, tem capacidade de
dobrar de tamanho sem prejudicar a gestão, mas a estratégia sempre vai
ser reabri-lo quando houver um “drawdown”, conceito usado para queda
em relação à cotação máxima, de pelo menos 15%, para que investidores
entrem sempre com a cota mais baixa e evitem o erro de investir nas
máximas.

“São 15 anos de cota batendo o Ibovespa, mas não tem um ano em que o
fundo não teve pelo menos um drawdown de 15%. E se a cota está em
baixa é porque as ações estão em baixa”, disse, reforçando a iniciativa de
reabrir o fundo para aproveitar as boas oportunidades na Bolsa.

Isso faz todo sentido para nós. Como gostamos de dizer, volatilidade é
ingrediente para quem investe bem, não veneno. Quem não gosta de
comprar coisa boa com desconto?

Pra que você tenha mais conforto em tomar essa decisão, aproveitamos a
conversa para atualizar o cenário da casa e as principais posições do
fundo. Antes de entrar no assunto, vale lembrar que a Forpus adota uma
abordagem diferente de boa parte das gestoras de ações, conhecida como
“top down”.

Como o próprio nome sugere, a análise é feita “de cima para baixo”, ou
seja, parte do cenário macroeconômico para só então chegar ao micro,
com a seleção dos setores e, consequentemente, das empresas que vão se
beneficiar naquele ambiente.
Apesar de a casa não gostar desse rótulo cada vez mais usado por gestores
de ações brasileiros, o fundo se assemelha em estratégia aos "long biased",
ao operar sempre predominantemente comprado, mas também montar
posições vendidas.

Segundo o sócio responsável pela gestão, Francisco Giffoni, o fundo


costuma rodar com exposição bruta de 160%, resultado da soma de 130%
de posições compradas e 30% de vendidas. Com a queda recente do
mercado, a exposição bruta caiu para 140%, com um direcional comprado
líquido de 90%. Nesse fundo, o objetivo é buscar “duplo alfa”, ou seja,
ganhar nas duas pontas.

“Compramos tudo o que achamos que vai subir e vendemos tudo o que
achamos que vai cair”, resumiu Francisco. Isso explica, segundo ele, por
que o fundo é um dos primeiros a sentir quando há uma mudança
macroeconômica relevante e tende a sofrer mais, já que a perda é
amplificada pelas duas pontas. “Mas também ajustamos a carteira antes
do resto”, continuou.

Francisco pontua que essas mudanças ficaram mais comuns depois da


pandemia. Antes disso, a última grande guinada, segundo ele, havia
ocorrido a partir do impeachment da presidente Dilma, com a queda
expressiva dos juros e inflação, levando à migração dos investimentos da
renda fixa para a Bolsa, que passou a contar muito mais com o suporte da
pessoa física do que com o do estrangeiro – "movimento que durou anos".

Esse cenário só começou a mudar recentemente. Com a inflação


pressionada, os juros começaram a subir e a Bolsa perdeu
fôlego. Conforme descreve Francisco, o investidor de varejo, que tende a
comprar mais ações do tipo “small caps”, passou a dar lugar, ainda que de
forma tímida, ao estrangeiro, que busca papéis diferentes, de empresas
que têm recibos de ações negociados no mercado norte-americano,
conhecidos com ADRs, ou fazem parte dos fundos de índices de ações
(ETFs). Ou seja, companhias grandes e, na maioria das vezes, do setor de
commodities.

Essa troca de perfil de investidor, ainda segundo Francisco, explica por


que as ações de menor liquidez, em geral, ligadas à economia local, como
dos setores de construção, varejo, tecnologia, acabaram sofrendo mais, na
contramão de empresas como Petrobras, Ambev, frigoríficos e até os
grandes bancos.
Esse processo já estava no radar da Forpus, até pela preferência que a
casa tem por papéis de tecnologia, que têm menos liquidez, e só foi
acelerado pelo ambiente político, provocando essa onda de venda na
Bolsa nos últimos dois a três meses, destacou o gestor. “Os juros subiram
antes e mais do que o previsto, mas o pano de fundo para a alta dos juros
é a aceleração da inflação.”

Nesse ambiente, empresas com múltiplos de preços muito altos e


dificuldades de gerar caixa, especialmente de e-commerce, como Via
Varejo, Lojas Americanas e Magazine Luiza, ficam vulneráveis, tornando-
se candidatas potenciais a fazer parte da parcela vendida do fundo, mas
por meio de “puts”, que são opções de venda de ações por um preço
predeterminado e têm mais liquidez. Francisco ressalta, ainda,
fragilidades como o aumento da concorrência e os altos custos hoje com
logística, combustíveis.

Mas há nomes no setor de tecnologia de que a gestora gosta, apesar de ter


reduzido a exposição recentemente (depois de chegar a 50%, em termos
líquidos, hoje está em torno de 16%). Mercado Livre é um deles, ao surgir
como o grande vencedor nesse ambiente competitivo. Além disso, é um
papel ligado à economia local, mas negociado no mercado externo, com
potencial de ser comprado pelo investidor estrangeiro. Méliuz e Locaweb
também estão na lista de preferências da Forpus.

As maiores apostas hoje, entretanto, estão concentradas nas ações que


mais sofreram na pandemia, de setores como shoppings, turismo e
viagens. CVC e Embraer, posições que não faziam parte da carteira três
meses atrás, hoje representam as maiores posições do fundo. Ambev é
outra posição para ganhar com a tese da reabertura da economia. “Nomes
que vinham muito mal nos últimos anos, agora é a vez deles, o tema da
abertura veio para ficar.”

Também nessa parcela entram empresas de commodities. “A inflação em


alta é ruim para o mundo e para as ações, de forma geral. Mas para os
mercados emergentes que exportam commodities, isso pode ser positivo”,
explicou. É o caso do nosso mercado: “é só olhar tudo o que está subindo
no mundo, parece que pegaram a pauta de exportação do Brasil”.

Mas não vale qualquer setor, segundo Francisco. Entre as principais


apostas, destaque para o petróleo. Diante da alta de preços no mundo, a
gestora está ampliando a cesta de produtoras de petróleo no Brasil, fora
de Petrobras, por conta do risco de controle de preço. PetroRio é uma das
posições mais antigas nesse segmento e que tendem a capturar melhor
esse movimento.

Alimentos é outro setor no radar que se beneficia da alta de preços. A


China pode cortar a construção de ponte, mas a demanda por alimentos
vai continuar bastante forte. Nesse contexto, a Forpus aposta numa
carteira do setor agrícola, com ações de frigoríficos, como Marfrig e JBS,
SLC e São Martinho.

“Fizemos uma ginástica grande para mudar a carteira, mas boa parte do
movimento já foi feito. A carteira comprada hoje está baseada nos temas
da reabertura e da inflação, em setores que já começam a mostrar força”,
resumiu Francisco.

Na parcela de proteção do fundo, entram papéis de inflação norte-


americana, conhecidos como Tips, e “puts” de Nasdaq.

IFRA11: em breve disponível para o varejo

Nós já comentamos aqui sobre a virada no fundo de debêntures de


infraestrutura listado Kinea Infra, mais conhecido como KDIF11. Agora
chegou a vez de falar das novidades envolvendo outro de nossos
recomendados no segmento, o IFRA11, sob gestão do Itaú.

Com a regulamentação dos Fundos Incentivados de Investimento em


Infraestrutura, conhecidos como FI-Infra, e a recente liberação dessa
categoria para negociação em Bolsa, assim como o KDIF11, o IFRA11
também está em vias de se transformar em um FI-Infra, categoria
acessível para o público geral.

Antes das novas regras, fundos de crédito não podiam ser listados em
Bolsa. Para mantê-lo fechado e permitir o alinhamento ativo/passivo que
tanto admiramos no produto, fundos como o KDIF11 e o IFRA11 tiveram
de ser estruturados como um FIDC (Fundo de Investimento em Direitos
Creditórios), que é obrigatoriamente restrito a qualificados.

No relatório do dia 23 de agosto, no qual fizemos a recomendação do


fundo e que você pode encontrar aqui, havíamos comentado que, nos
bastidores, o Itaú já trabalhava para tornar o produto acessível ao varejo.
Bom, o dia finalmente chegou.
No fim do mês passado, a gestora realizou assembleia para votar o tema.
A decisão: transformação aprovada. A mudança no IFRA11 passa a valer a
partir do dia 17 de novembro.

A assembleia ainda votou a alteração da política de distribuição de


rendimentos do fundo. O pagamento, que até então era feito
semestralmente, nos meses de maio e novembro, passará a ser mensal.
Segundo fato relevante, a distribuição mensal será implementada já para
o mês de dezembro, com o primeiro pagamento ocorrendo até o 5° dia útil
do mês.

O fundo é uma ótima forma de se expor às debêntures de infraestrutura


de maneira diversificada, receber rendimentos mensais e ter a
flexibilidade de sair da aplicação caso seja necessário, simplesmente
vendendo as cotas na Bolsa e sem prejudicar a gestão. Por se tratar de um
investimento em infraestrutura, ou seja, projetos de longuíssimo prazo,
nossa recomendação é ter em mente um horizonte de pelo menos três
anos.

No momento da compra, verifique se o preço de mercado está abaixo da


cota patrimonial – em outras palavras, se está mais barato que os ativos
em carteira. O fundo está sendo negociado abaixo do seu valor
patrimonial desde 17 de dezembro do ano passado.

Para você que já tem cotas do IFRA11, nada muda. A expectativa é de que,
com a abertura do fundo para investidores do varejo, a demanda pelo
ativo cresça, puxando a valorização da cota. A liquidez também tende a
aumentar, o que pode contribuir para aproximar o valor de mercado da
cota patrimonial. Pelo último dado disponível, do dia 6 de outubro, o
fundo era negociado em Bolsa com deságio de 5,09%, a R$ 104,79.

Desde a comunicação das mudanças do KDIF11, há cerca de duas


semanas, a cota de mercado do fundo praticamente empatou com a
patrimonial. E isso sem a mudança ocorrer de fato. No fechamento do
pregão da última quinta, dia 7, o valor de mercado estava em R$ 136,50,
um desconto de pouco mais de 1% em relação aos R$ 138 da cota
patrimonial – e, bom dizer, ainda vale a compra.

Só recapitulando, os nossos dois fundos de debêntures de infraestrutura


listados, IFRA11 e KDIF11, vão estar acessíveis a todos investidores, e não
mais somente a investidores qualificados (aqueles que declaram ter mais
de R$ 1 milhão investidos). Por coincidência, as mudanças passarão a
valer para os dois fundos no mesmo dia, ou seja, a partir do dia 17 de
novembro tanto o IFRA11 quanto o KDIF11 estarão acessíveis a
investidores do varejo.

Abraços,

Luciana Seabra, Alessandra Bellotto e Vinícius Kenjiro

Nossa equipe

Luciana Seabra

É CEO da Spiti, CFP® (planejadora financeira certificada), analista CNPI, jornalista e


mestre em Economia. Escreveu para o Valor Econômico e foi sócia da Empiricus.
Especialista em fundos de investimento, publicou o livro Conversas com gestores de
ações brasileiros, editado pela Companhia das Letras. Foi premiada pela Comissão de
Valores Mobiliários (CVM) pelo seu trabalho de educação ao investidor.

Alessandra Bellotto

É gerente executiva de análise de fundos de investimentos na Spiti. Jornalista com pós-


graduação em informações econômicas e mercados de capitais, traz na bagagem a
experiência e o relacionamento de mercado de quem passou mais de duas décadas nas
redações da Gazeta Mercantil e do Valor Econômico, de onde saiu após 13 anos para se
juntar ao time da Spiti. Sempre atuou com foco na cobertura e edição de finanças e
investimentos para pessoas físicas, em especial fundos. Foi premiada por duas vezes
pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), por seu trabalho de educação ao
investidor, e uma vez pela BM&FBolvespa, atual B3.

Rodrigo Xavier
É gerente de fundos de investimentos na Spiti. Formado em Economia com pós-
graduação em mercados financeiros, Rodrigo passou os últimos 13 anos na Anbima, a
entidade que reúne os principais bancos e gestoras de recursos. Com experiência na área
de estatísticas de fundos, com elaboração de relatórios, tratamento e construção de base
de dados, na Spiti, terá como foco a análise quantitativa, monitorando de perto os
nossos fundos recomendados e potenciais futuras indicações.

Vinicius Kenjiro

É especialista de fundos da Spiti. Bacharel em Administração pela USP, com passagem


pela Erasmus University Rotterdam, Vinícius atuou na análise financeira e social de um
fundo de impacto social, nas áreas de agricultura e inclusão financeira. Fascinado pelo
mercado financeiro, traz na bagagem a experiência de ter estado do outro lado da
indústria e a vontade de impactar a vida das pessoas por meio da educação financeira e
dos investimentos.

Você também pode gostar