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sobre liderança
Cardoso, Jordana
SST Teorias iniciais sobre liderança / Jordana Cardoso
Ano: 2020
nº de p.: 14
Apresentação
Muitas teorias foram lançadas com o objetivo de explicar como o líder e seus
liderados podem interagir e se relacionar de maneira produtiva e positiva. Jesus
Cristo foi um grande líder, mas o que ele fez para se destacar dos demais homens na
sua época?
Teoria Comportamental
As teorias iniciais sobre liderança buscaram responder algumas perguntas sobre
eficácia de produtividade e relacionamento com liderados, no entanto, não
conseguiram sustentação porque, para serem validadas, precisavam encontrar
características específicas que fossem comuns a todos os indivíduos e, em
decorrência disso e de várias outras razões, caíram em descrédito e, hoje, estão
ressurgindo com uma nova roupagem, combinando a ideia dos traços com as
competências do líder (ROBBINS, 2011).
Robbins (2011), aponta que ocorreu certo avanço nos estudos da teoria dos
traços quando se começou a organizar os traços com base no modelo Big Five de
personalidade, identificando-se que a extroversão é o traço mais importante do líder
eficaz. Todavia, a teoria dos traços de personalidade não teve tanto êxito porque,
primeiro, ela considera as necessidades dos seguidores; segundo, porque erra em
aclarar a importância relativa de vários traços; terceiro, porque não divide a causa
do efeito; e, por último, porque rejeita os aspectos situacionais (ROBBINS, 2011).
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desempenho e a manutenção dos recursos humanos nas empresas. Contudo,
nesse caso, em vez de lidarmos com traços implícitos, ponderamos as ações ou os
comportamentos das pessoas.
Com base nestas dimensões, Robbins (2011, p. 156), acentua que um líder é “alto-
alto” quando possui alto grau de estrutura de iniciação e de consideração, consegue
alcançar índices elevados de desempenho e satisfação com mais frequência do
que aqueles com baixa pontuação em uma das duas ou em ambas as dimensões.
Na Universidade Estadual de Ohio, pesquisadores da Universidade de Michigan
focavam na busca de características comportamentais dos líderes ligadas ao
desempenho eficaz, alcançando duas categorias do comportamento de liderança,
conforme quadro 1.
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Quadro 1 - Categorias do comportamento de liderança
Esse conceito, de acordo com Hersey e Blanchard (2011), surgiu para auxiliar os
indivíduos a serem mais eficazes em suas interações cotidianas com os outros,
proporcionando capacidade e disposição para assumirem responsabilidades e
dirigirem seu próprio comportamento.
Por exemplo: um vendedor pode ser muito bom em conquistar novos clientes, mas
muito ruim em preencher os formulários para fechar o negócio. Diante disso, seu
gerente deverá acompanhá-lo até estar apto a realizar essa tarefa.
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Mas como os líderes podem medir o nível de maturidade de seus liderados? Hersey
e Blanchard (2011), propõem dois instrumentos: o formulário de avalia- ção do
gerente e o formulário de autoavaliação. Estes dois instrumentos de maturidade,
conforme Hersey e Blanchard (2011, p. 196), “[...] medem a capacidade (maturidade
de trabalho) e a disposição (maturidade psicológica) usando cinco escalas de
avaliação”.
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Já com a disposição da Tabela 2, Hersey e Blanchard (2011), ressaltam que não
acontece a mesma coisa, pois este quesito trata da confiança em si mesmo e da
motivação, e ambas podem flutuar frequentemente.
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carismática, transformacional e transacional, além de constructos sobre liderança
ética e multicultural.
[...] “têm uma visão; estão dispostos a correr riscos por esta visão; são
sensíveis tanto a limitações ambientais como às necessidades de seus
liderados; exibem comportamentos diferentes dos comuns”. (ROBBINS,
2011, p. 164)
Bergamini (2011, p. 134), concorda com o exposto e diz que a liderança carismáica
abriu novos caminhos quando sugeriu “[...] três tipos de diferentes estilos
comportamentais de líderes [...]”, são eles:
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Transacional:
Transformacional:
Laissez-faire:
Robbins (2011), corrobora Bergamini (2011), mas complementa que a ética também
deve ser considerada na liderança. Assim, antes de julgar a eficácia de um líder, é
fundamental averiguar o conteúdo moral de suas metas, bem como os instrumentos
que ele usa para atingi-las. Robbins (2011), denomina esta ação de liderança ética.
Outrossim, está vinculado à liderança multicultural que Robbins (2011), define como
a adaptabilidade dos líderes às diferentes culturas e peculiaridades de cada país,
citando que o que funciona na China, pode não funcionar no Canadá ou na França.
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oferecer melhoria contínua por meio de treinamentos, aconselhamentos e
orientações que os conduzam ao sucesso.
Para Araújo (1999 apud SILVA, 2010, p. 303), o coaching “[...] tem sua origem no
mundo dos esportes e designa o papel de professor, treinador, preparador, técnico”.
Ou seja, é o compromisso que alguém assume quando resolve ajudar uma pessoa a
alcançar determinado resultado.
Todavia, Silva (2010) afirma que o coach não é meramente um treinador, ele
deve ser capaz de instigar a pessoa para que expresse o seu potencial, de modo
espontâneo e natural.
Observamos, então, que o mentoring é mais uma preparação profissional para que o
cidadão cresça em sua carreira.
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Silva (2010), descreve um mentor como alguém que proporciona conhecimento
especializado em determinada área de atuação e compartilha as suas experiências,
visando contribuir com o mentorado.
Kram (1983 apud SILVA, 2010, p. 302) indica quatro fases distintas de mentoring :
(1) iniciação, (2) cultivo, (3) separação e (4) redefinição – as quais caracterizam a
evolução da relação entre mentor e mentorado.
nesta fase, mentor e mentorado passam a ter uma relação mais igualitária em
que se fortalecem os laços de amizade e há o reconhecimento das mútuas
capacidades e do que um tem a oferecer ao outro.
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Atenção
Salgues (2004 apud SILVA, 2010) ressalta a importância em
distinguir o coach e o mentor inferindo que:
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Fechamento
Nesta unidade aprendemos que a liderança é a habilidade que uma pessoa tem
de conquistar o outro de maneira que ele faça o que se quer ou se precisa, sem
a necessidade de utilizar de força ou autoridade formal. Vimos também que
as relações entre líderes e liderados, por mais democráticas e sutis que sejam,
são de dominação e, em decorrência disso, implicam algumas consequências:
identificação, internalização e socialização, e que o líder eficaz combina quatro
talentos: cognitivo; social e político; intrapsíquico e ético.
É importante que o líder reconheça seu estilo de liderar e saiba identificar o nível de
maturidade para a tarefa que detalhamos durante este conteúdo. Compreender esta
relação faz toda diferença nos times de sucesso.
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Referências
BERGAMINI, C. W. Psicologia aplicada à administração de empresas: psicologia do
comportamento organizacional. São Paulo: Atlas, 2011.
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