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Justiça Federal da 1ª Região

PJe - Processo Judicial Eletrônico

19/12/2019

Número: 1044489-61.2019.4.01.3400
Classe: MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL
Órgão julgador: 21ª Vara Federal Cível da SJDF
Última distribuição : 18/12/2019
Valor da causa: R$ 100,00
Assuntos: Colação de Grau
Segredo de justiça? SIM
Justiça gratuita? NÃO
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
Partes Procurador/Terceiro vinculado
BRUNO HENRIQUE DE MOURA (IMPETRANTE) MATHEUS BARRA DE SOUZA (ADVOGADO)
PEDRO HENRIQUE VALE ABDO (IMPETRANTE) MATHEUS BARRA DE SOUZA (ADVOGADO)
DAVI ORY PINTO BANDEIRA (IMPETRANTE) MATHEUS BARRA DE SOUZA (ADVOGADO)
MATEUS FROTA CARMONA (IMPETRANTE) MATHEUS BARRA DE SOUZA (ADVOGADO)
NATALIA FERREIRA FREITAS BANDEIRA (IMPETRANTE) MATHEUS BARRA DE SOUZA (ADVOGADO)
MARIANA MONTEIRO BOECHAT (IMPETRANTE) MATHEUS BARRA DE SOUZA (ADVOGADO)
ADHRYANS WYLLY DIAS (IMPETRANTE) MATHEUS BARRA DE SOUZA (ADVOGADO)
ANA LUISA GONCALVES ROCHA (IMPETRANTE) MATHEUS BARRA DE SOUZA (ADVOGADO)
GRAUTHER JOSE NASCIMENTO SOBRINHO MATHEUS BARRA DE SOUZA (ADVOGADO)
(IMPETRANTE)
MICHELLE CARDOSO SCHONARTH (IMPETRANTE) MATHEUS BARRA DE SOUZA (ADVOGADO)
IAGO VIEIRA DO NASCIMENTO SANTOS (IMPETRANTE) MATHEUS BARRA DE SOUZA (ADVOGADO)
MARIA EDUARDA GOMES PEREIRA (IMPETRANTE) MATHEUS BARRA DE SOUZA (ADVOGADO)
ANDERSON SILVA DE OLIVEIRA (IMPETRANTE) MATHEUS BARRA DE SOUZA (ADVOGADO)
EDUARDA CANDIDO ZAPPONI (IMPETRANTE) MATHEUS BARRA DE SOUZA (ADVOGADO)
CARLOS HENRIQUE ATAIDE BORGES (IMPETRANTE) MATHEUS BARRA DE SOUZA (ADVOGADO)
ISABELA MARIA COSTA GUEDES (IMPETRANTE) MATHEUS BARRA DE SOUZA (ADVOGADO)
MATHEUS VINICIUS AGUIAR RODRIGUES (IMPETRANTE) MATHEUS BARRA DE SOUZA (ADVOGADO)
PEDRO HENRIQUE DE CASTRO MOTTA (IMPETRANTE) MATHEUS BARRA DE SOUZA (ADVOGADO)
VIVIAN VIANA DE OLIVEIRA RODRIGUES (IMPETRANTE) MATHEUS BARRA DE SOUZA (ADVOGADO)
GABRIELA VICTORIA MIRANDA NUNES (IMPETRANTE) MATHEUS BARRA DE SOUZA (ADVOGADO)
MIGUEL TEIXEIRA JACOBINA AIRES (IMPETRANTE) MATHEUS BARRA DE SOUZA (ADVOGADO)
MILENA ORLANDI LEITE DE MELO (IMPETRANTE) MATHEUS BARRA DE SOUZA (ADVOGADO)
LUISA PEDROSA DE MEDEIROS (IMPETRANTE) MATHEUS BARRA DE SOUZA (ADVOGADO)
DIRETOR DA FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE
DE BRASÍLIA (IMPETRADO)
FUNDACAO UNIVERSIDADE DE BRASILIA (IMPETRADO)
Ministério Público Federal (Procuradoria) (FISCAL DA LEI)
FUNDACAO UNIVERSIDADE DE BRASILIA (TERCEIRO
INTERESSADO)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
14514 19/12/2019 19:47 Decisão Decisão
9860
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL
Seção Judiciária do Distrito Federal
21ª Vara Federal Cível da SJDF

PROCESSO: 1044489-61.2019.4.01.3400
CLASSE: MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120)
IMPETRANTES: BRUNO HENRIQUE DE MOURA, PEDRO HENRIQUE VALE ABDO, DAVI ORY PINTO BANDEIRA,
MATEUS FROTA CARMONA, NATALIA FERREIRA FREITAS BANDEIRA, MARIANA MONTEIRO BOECHAT,
ADHRYANS WYLLY DIAS, ANA LUISA GONCALVES ROCHA, GRAUTHER JOSE NASCIMENTO SOBRINHO,
MICHELLE CARDOSO SCHONARTH, IAGO VIEIRA DO NASCIMENTO SANTOS, MARIA EDUARDA GOMES
PEREIRA, ANDERSON SILVA DE OLIVEIRA, EDUARDA CANDIDO ZAPPONI, CARLOS HENRIQUE ATAIDE
BORGES, ISABELA MARIA COSTA GUEDES, MATHEUS VINICIUS AGUIAR RODRIGUES, PEDRO HENRIQUE DE
CASTRO MOTTA, VIVIAN VIANA DE OLIVEIRA RODRIGUES, GABRIELA VICTORIA MIRANDA NUNES, MIGUEL
TEIXEIRA JACOBINA AIRES, MILENA ORLANDI LEITE DE MELO, LUISA PEDROSA DE MEDEIROS

IMPETRADO: DIRETOR DA FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, FUNDACAO


UNIVERSIDADE DE BRASILIA

DECISÃO

Trata-se de mandado de segurança impetrado por BRUNO HENRIQUE DE MOURA, PEDRO


HENRIQUE VALE ABDO, DAVI ORY PINTO BANDEIRA, MATEUS FROTA CARMONA, NATALIA
FERREIRA FREITAS BANDEIRA, MARIANA MONTEIRO BOECHAT, ADHRYANS WYLLY DIAS, ANA
LUISA GONCALVES ROCHA, GRAUTHER JOSE NASCIMENTO SOBRINHO, MICHELLE CARDOSO
SCHONARTH, IAGO VIEIRA DO NASCIMENTO SANTOS, MARIA EDUARDA GOMES PEREIRA,
ANDERSON SILVA DE OLIVEIRA, EDUARDA CANDIDO ZAPPONI, CARLOS HENRIQUE ATAIDE
BORGES, ISABELA MARIA COSTA GUEDES, MATHEUS VINICIUS AGUIAR RODRIGUES, PEDRO
HENRIQUE DE CASTRO MOTTA, VIVIAN VIANA DE OLIVEIRA RODRIGUES, GABRIELA VICTORIA
MIRANDA NUNES, MIGUEL TEIXEIRA JACOBINA AIRES, MILENA ORLANDI LEITE DE MELO, LUISA

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PEDROSA DE MEDEIROS contra ato atribuído ilegal do DIRETOR DA FACULDADE DE DIREITO DA
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, objetivando, em sede de liminar, a sua inclusão na cerimônia de outorga
antecipada agendada para o dia 20 de dezembro de 2019, desde que, por outro motivo, não seja inviável a
colação de grau.

Subsidiariamente, caso não seja possível a apreciação da liminar com antecedência suficiente
para a inclusão na cerimônia do dia 20/12/2019, requer seja determinado à autoridade impetrada que realize
cerimônia de outorga especial (antecipada) de grau aos impetrantes no prazo máximo de 10 (dez) dias, a
contar do deferimento da medida.

Informam os impetrantes que: 1) são alunos do curso de Direito da Universidade de Brasília,


bem como concluíram regularmente os requisitos do curso de graduação, entre créditos de disciplinas e
atividades extraclasse, e, portanto, estão aptos a colarem grau e receberem os respectivos diplomas; 2) nos
termos da Instrução da Reitoria nº 01/2019, compete à Unidade Acadêmica realizar cerimônia unificada de
colação de grau para todos os concluintes do curso de graduação, contudo, para os alunos concluintes do
curso no 2º semestre de 2019, caso dos impetrantes, a cerimônia de colação de grau foi agendada somente
para o dia 20 de março de 2020, ou seja, três meses após a conclusão do semestre letivo.

Alegam, em síntese, que necessitam da realização da cerimônia de colação de grau para que
possam pleitear inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil e iniciar o exercício da atividade profissional.

Nesse sentido, argumentam que, após o pedido de inscrição, a OAB/DF demora, em média, de
dois a três meses para entregar as carteirinhas aos novos advogados, de modo que os alunos que colarem
grau no dia 20 de março de 2020 somente poderão iniciar o exercício profissional por volta de junho de 2020,
cerca de 6 (seis) meses após a conclusão da graduação.

Acrescentam que não poderão continuar a atividade profissional como estagiários, visto que,
nos termos do caput do art. 1º da Lei n. 11.788/2008, é necessário que o aluno esteja “frequentando o ensino
regular em instituições de ensino superior” para realizar estágio profissional.

Fundamentam a sua pretensão nos termos do art. 8º da Instrução da Reitoria, que possibilita a
realização de cerimônia antecipada para situações em que o aluno necessite do diploma para tomar posse em
cargo ou emprego público (inciso II) ou precise realizar registro em Conselho de Classe para exercício
profissional (inciso III), dentre outras hipóteses. Por outro lado, afirma que a Constituição Federal assegura a
todos o direito ao trabalho, nos termos do caput de seus arts. 6º e 7º.

É breve relatório.

Decido.

Inicialmente, fica registrado que, em decorrência da proximidade com o início do recesso, esta
Vara do foro nacional de Brasília recebeu uma alta carga de demandas por liminares oriundas de todas as
partes do País e envolvendo temas variados e complexos, o que, pela via reflexa (até mesmo pelo adiantado
da hora), impede o enfrentamento mais aprofundado das nuances jurídicas que circundam a pretensão
deduzidas neste caderno eletrônico.

Assim, de pronto, passo a enfrentar o pedido liminar de forma objetiva.

Com efeito, não se desconhece o fato de que as instituições de ensino superior gozam de
autonomia didático-administrativa, nos termos do art. 207 da Constituição Federal.

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Ou seja, via regra, compete a elas definir cronogramas de suas atividades etc.

Contudo, não é razoável ou proporcional, bem como atenta contra a lógica, o ato que mantém o
formando aguardando por tempo excessivo a cerimônia unificada organizada pela unidade acadêmica,
impedindo o início de suas atividades profissionais, o que, provavelmente, ocorreria somente dentro de um
semestre.

Inclusive, nesse sentido, não é supérfluo deixar consignado a recente decisão do nosso próprio
Tribunal Regional Federal da 1ª Região, cuja ementa ficou assim redigida:

PJe - ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. MANDADO DE SEGURANÇA.


ENSINO SUPERIOR. COLAÇÃO DE GRAU ANTECIPADA. POSSIBILIDADE, NA
HIPÓTESE. PROPOSTA DE TRABALHO. ESTUDANTE QUE JÁ CUMPRIU A CARGA
CURRICULAR DO CURSO. PARTICIPAÇÃO. SITUAÇÃO DE FATO CONSOLIDADA.

1. A questão da antecipação da colação de grau, para fins de assumir emprego ou


cargo público, encontra respaldo na jurisprudência deste Tribunal, conforme
precedente citado na sentença, e desde que atendidos os requisitos mínimos, como no
caso.

2. Ademais, assegurado à parte autora, por força de liminar deferida, confirmada por
sentença, o direito de colar grau antecipadamente em virtude de proposta de trabalho,
impõe-se a aplicação da teoria do fato consumado, haja vista que o decurso do tempo
consolidou uma situação fática amparada por decisão judicial, cuja desconstituição não
se mostra viável.

3. Sentença confirmada.

4. Apelação e remessa oficial, desprovidas.

(AMS 1000278-58.2016.4.01.4300, DESEMBARGADOR FEDERAL DANIEL PAES


RIBEIRO, TRF1 - SEXTA TURMA, PJe 02/10/2019 PAG.)

No caso em exame, constato que, de acordo com os documentos que instruem a Inicial, em
tese, os impetrantes estão aptos para serem submetidos à colação de grau pretendida, isto é, cumpriram todos
os requisitos acadêmicos para obter o grau de Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais (Direito) junto à
Universidade Federal de Brasília (UNB).

Por isso, entendo ser possível aplicar à situação fática narrada nos autos a exceção prevista no
art. 7° da Instrução Normativa n. 0001/2019, in verbis:

“Art. 7º Caso o formando não possa comparecer à cerimônia de colação de grau unificada
organizada pela unidade acadêmica ou centro, ele poderá, mediante justificativa, solicitar junto à
coordenação do seu curso uma colação de grau em data distinta.”

Em outras palavras, de um lado, há o preenchimento dos requisitos exigidos dos impetrantes


para o reconhecimento do grau de Bacharel e, de outro, há normativo da própria instituição excepcionando a
obrigatoriedade dos formandos comparecerem ao ato solene de colação de grau em data única.

Não bastasse isso, é cativador o argumento (difundido na peça vestibular) de que atenta contra
a a proporcionalidade e a razoabilidade impor aos impetrantes uma longa espera de 1/4 de ano para terem

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acesso ao documento burocrático que atesta formalmente a obtenção do grau de Bacharel e que, pela via
reflexa, constitui conditio sine qua non para o pronto início do exercício profissional e também da contagem do
prazo de 3 anos exigido até mesmo para prestar concursos públicos da área jurídica (magistratura etc.).

De fato, não há razão lógica impor aos impetrantes o ônus de arcar com a demora na realização
de uma burocracia solene que, nos dias atuais, interessa muito mais à instituição (divulgação, publicidade,
marketing, consolidação de imagem junto a futuros alunos, reacender o espirito de cooperação e engajamento
dentre ex-alunos etc.) que aos próprios formandos.

Vivemos outros tempos!

O culto ao formalismo exacerbado ficou para trás.

Estamos na era do "tempo real".

A dinâmica da vida atual exige prontas respostas daqueles que pretendem conquistar objetivos
materiais e profissionais.

Por isso, cativa o argumento apresentado pelos futuros operadores do Direito de que o
formalismo burocrático de uma solenidade não pode estar acima do direito constitucional deles ingressarem
imediatamente no mercado de trabalho.

Mercado de trabalho que, especialmente na área jurídica, vem marcado por uma
forte concorrência, tornando, assim, plausível e merecedora de credibilidade a preocupação quanto aos
possíveis riscos que a demasiada (e injustificada) demora na outorga do título de Bacharel em Direito pode lhes
acarretar.

Vale registrar que todos os impetrantes demonstraram louvor em obter a aprovação no Exame
da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) mesmo antes de concluírem as cadeiras regulares do Curso
ministrado pela UNB.

Ou seja, trazem consigo a certeza de que estão aptos a ingressar imediatamente no pleno
exercício da profissão que escolheram e para a qual labutaram por longos anos.

Longos anos que, por certo, foram marcados por muitos sacrifícios e privações de toda ordem.

Vai daí, nesse contexto fático-jurídico, deve ficar reconhecido o caráter ilegal da decisão
administrativa que está condicionando a entrega do grau de Bacharel à participação ao ato solene de formatura
marcada para ocorrer apenas no final de março do próximo ano.

Como dito, por mais que se respeite o direito constitucional da autonomia didático-administrativa
da UNB (CF/88, art. 207), é evidente que ele não pode conduzir ao desarrazoado e muito menos configura
regra absoluta, impassível de cotejo judicial (CF/88, art. 5º, XXXV).

Definitivamente, três meses é um tempo demasiadamente longo para se esperar no caso em


tela.

Todavia, em lado oposto, também não se pode deixar de reconhecer que seria temerário impor
à autoridade coatora a obrigação de incluir os 23 impetrantes no ato de colação agendado para o dia de
amanhã.

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Não podemos esquecer que a entrega do grau de Bacharel demanda certas providências
burocráticas prévias (conferência de documentação pessoal, histórico de desempenho curricular etc.).

Com isso, não há como acolher o pedido principal de liminar apresentado.

A hipótese dos autos fica melhor ajustada ao pedido subsidiário apresentado, isto é, garantir aos
impetrantes do direito de realizar cerimônia de outorga especial (antecipada) de grau, a ser realizada no prazo
máximo de até 15 (dez) dias corridos (contados do recebimento do mandado de cientificação), diante da
especial época do ano em que nos encontramos.

Tempo esse que será suficiente para a instituição adotar as providências pertinentes (análise da
regularidade da situação de cada aluno/impetrante relativamente ao cumprimento dos requisitos acadêmicos
etc.) para realizar a popularmente conhecida "formatura de gabinete" dos ora impetrantes, segundo os moldes
adotados nos seus normativos de regência.

Contudo, ficam os impetrantes cientes de que a opção por tal modalidade alternativa implicará
renúncia ao direito de participar do ato solene organizado pela UNB para os demais formandos.

Isso posto, DEFIRO PARCIALMENTE o provimento liminar para determinar à Autoridade


impetrada que adote os procedimentos necessários à realização da cerimônia de entrega de grau ("formatura
de gabinete") aos impetrantes (que atenderem aos requisitos acadêmicos) em data distinta daquela
previamente agendada, a ser realizada no prazo máximo de até 15 (quinze) dias corridos (não úteis),
contados do recebimento do mandado de cientificação, sem a influência da suspensão de prazos decorrente do
recesso forense, dada a situação peculiar dos autos.

Intime-se e notifique-se a autoridade coatora via mandado, por meio do regime de plantão.

Também expeça-se mandado de cientificação à UNB para que garanta o integral cumprimento
da decisão liminar ora deferida (art. 7º, inciso II, da Lei nº 12.016/2009).

Outrossim, a matéria tratada nos autos não está acobertada pelo sigilo a que se refere o art. 5º,
incisos X e XII, da Constituição Federal, nem se enquadra em quaisquer das hipóteses previstas no art. 189 do
CPC, razão pela qual indefiro e pedido de segredo de justiça e determino que a Secretaria da Vara
adote as providências necessárias para, retirando o sigilo, tornar o processo público.

Por fim, intime-se a parte impetrante da presente decisão, bem como para que, no prazo de 15
(quinze) dias, regularize a representação processual dos impetrantes ADHRYANS WYLLY DIAS e IAGO
VIEIRA DO NASCIMENTO SANTOS, tendo em vista que as procurações são apócrifas, sob pena de extinção
do processo sem resolução do mérito em relação a eles.

Com as informações, ouça-se o MPF.

Por fim, venham os autos conclusos para sentença.

Brasília, 19 de dezembro de 2019.

(assinado digitalmente)

ROLANDO VALCIR SPANHOLO

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Número do documento: 19121919475696700000142900964
Juiz Federal Substituto da 21ª Vara da SJDF

Assinado eletronicamente por: ROLANDO VALCIR SPANHOLO - 19/12/2019 19:47:57 Num. 145149860 - Pág. 6
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