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DIREITO PENAL DO INIMIGO


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É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
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Turma: Operação Penal – Parte Geral e Parte Especial

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Sumário

1. DIREITO PENAL DO INIMIGO ........................................................................................ 5

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1. DIREITO PENAL DO INIMIGO

A complexidade da nova sociedade, aliada às novas tecnologias e formas de


exposição a riscos, levaram BECK1 (2010, p. 24) a destacar que vivemos em uma
sociedade de risco. Com a integração dos povos, velocidade de comunicação e aumento
da intolerância, cada vez mais a sociedade encontra-se exposta.

Diante de comportamentos criminosos reiterados e delitos de massa,


especialmente o terrorismo, passou-se a debater, na seara criminal, qual seria a melhor
forma de combater as condutas reiteradas e os comportamentos altamente danosos à
sociedade. O debate, centrado na eficácia do Direito Penal para coibir tais condutas,
conduziu Günther Jakobs a desenvolver sua teoria do “Direito Penal do Inimigo” 2,
concebido como Direito Penal de terceira velocidade por Silva Sánchez.

A concepção primeira da teoria, apresentada por Jakobs em 1985, confrontava o


“Direito Penal do Cidadão” com o “Direito Penal do Inimigo”.

Jakobs sustentava que Direito Penal do cidadão destinava-se a garantir a eficácia


da norma em cotejo com os direitos e garantias fundamentais, ao passo que o Direito 5
Penal do inimigo tinha por escopo “combater perigos”, dentre os quais o maior deles
seria o indivíduo reincidente ou que praticava delitos com alto grau de gravidade, como
atos terroristas.

A categorização original, portanto, conduzia o Direito Penal a uma perspectiva do


cidadão, ao qual se destinava todas as garantias processuais e respeito aos direitos
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fundamentais, e a um Direito Penal de exceção, direcionado aos inimigos do Estado e da
sociedade, que deveriam ser privados do convívio social.

Posteriormente, em 1999, Jakobs apresentou seu modelo de Direito Penal do


Inimigo, que apresenta quatro características principais:

a) antecipação da punibilidade com a tipificação de atos preparatórios;

b) relativização de garantias penais e processuais;

c) desproporcionalidade das penas;

d) despersonalização do indivíduo para tratá-lo como inimigo.

A essência da teoria, portanto, reside na diferenciação comportamental entre

1
BECK, Ulrich. Sociedade de risco: rumo a uma outra modernidade. Trad. Sebastião Nascimento. São
Paulo: Ed. 34, 2010.
2
Questão cobrada no TJ/AC 2012, MP/MS 2013, MP/GO 2010, entre outros.

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“cidadãos” e “inimigos”. Segundo JAKOBS 3 (2009, P. 14), o Direito Penal conhece dois
polos ou tendências de suas regulações: “a primeira é o trato como cidadão, o qual se
espera até que este último exteriorize seu fato, para então, reagir de modo a validar a
forma normativa da sociedade; a segunda é o trato como inimigo, que é remotamente
interceptado no campo preliminar e combatido por sua periculosidade”.

Não são poucas as críticas sobre a teoria de Jakobs, sendo as principais a


elasticidade do conceito de inimigo, sua incompatibilidade com os direitos
fundamentais e a falta de identificação dos pressupostos jurídicos e procedimentais.

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3
JAKOBS, Günther. Direito Penal do Inimigo. In: MOREIRA, Luiz; OLIVEIRA, Eugênio Pacelli (orgs.). Direito
Penal do Inimigo. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009.

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