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Gertrudes Plantas Medicinais
Gertrudes Plantas Medicinais
Plantas Medicinais
Plantas Medicinais
Tutor: Mestre
ÍNDICE
0.INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 4
0.1.Objectivos ................................................................................................................................. 5
2.CONCLUSÃO ........................................................................................................................... 12
3.BIBLIOGRAFIA ....................................................................................................................... 13
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0.INTRODUÇÃO
O uso de plantas medicinais remonta a eras pré-históricas e a convivência do Homem com estas
é antropológica. Após a ingestão de determinada planta resultava na melhoria ou piora de algum
padecimento que o acometia (Braga,2011)
A planta em apreço, descrita visa contribuir na presente pesquisa para a cura da malaria, que é
uma das mais comuns e sérias doenças tropicais. Ela continua sendo uma das mais difundidas no
mundo. A malária é transmitida por mosquitos infectados que atacam os seres humanos. Por ano
há 3 milhões de mortes, sendo 7.000 mortes por dia ao nível da África Sub-Sahariana, onde 9 de
10 mortes são resultantes da malária. Maior parte das mortes ocorrem em crianças com idades
inferior a 5 anos. De acordo com as estatísticas, em África, a malária tira a vida de uma criança
em cada 15 segundos.
O trabalho com o tema em apreço, tem como objectivo geral: compreender as plantas medicinais
e como objectivos específicos visa; Identificar (03) plantas medicinais na sua comunidade;
Apresentar nomenclatura científico, local e vernacular (Fotografia) e Descrever a sua utilidade
medicinal..
Para a elaboração do presente trabalho para além dos conhecimentos práticos que possuímos,
recorremos a pesquisa bibliográfica que consistiu nas interpretações sólidas e fundamentadas por
diferentes autores de destaque que debruçaram-se sobre o tema em alusão e também recorremos
a pesquisa documental, para recolher informações em diversos relatórios, monografias e teses de
doutoramento.
0.1.Objectivos
0.1.1.Objectivo geral
0.1.2.Objectioos específicos
1.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Reino - Plantae
Sub.divisão - MagniliopHyta
Classe - Magnoliopsida
Ordem - Gentianales
Familía - Rubiaceae
Género - Vangueria
Espécie – infausta
O género Vangueria contém cerca de 50 espécies distribuídas pela África Austral. A Vangueria
infausta (figura 1) é uma planta de 2-7 m de altura com tronco curto, folhas verdes médias ou
grandes, variando de forma oval a arredondada. Durante a floração ela apresenta flores com
cerca de 4 mm de comprimento e 6 mm de diâmetro com pétalas verde-amarelas. As suas frutas
são verdes quando não maduras e castanho–alaranjadas quando maduras, conforme ilustrado na
figura 2. É uma fruta carnuda, macia, de polpa doce (parte comestível) e possui 3 a 5 rígidas
sementes (Watt e Breyer-Brandwijk, 1962).
Vangueria infausta é uma espécie nativa de Moçambique onde é mais conhecido no sul deste
país (em tsonga) por “Npfilua” e a sua fruta por “Mapfilua”. É conhecida em português como
“nêspera selvagem” (Watt e Breyer-Brandwijk, 1962).
Esta espécie para além de ser considerada nativa de Moçambique, é também nativa de Botswana,
Quénia, Madagáscar, Malawi, Namíbia, África do Sul, Tanzania, Uganda, Zimbabwe, conforme
ilustrado na figura 3 (Verdcourt e Bridson, 1991).
As frutas de Vangueria infausta são alimentos para as pessoas bem como para os animais
selvagens, enquanto as diferentes partes da planta são usadas na medicina. Estas frutas têm como
a época de colheita entre Janeiro e Maio podendo ser secadas e armazenadas por um ano para
uma eventual época de crise (Chhabra et al., 1984).
1.2.Cultivo e propagação
Estas plantas podem ser cultivadas a partir de estacas ou sementes, mas raramente é encontrada
em cultura. Antes de plantar as sementes são retiradas da polpa, secadas e batidas para
enfraquecer o revestimento (Orwa et al., 2009).
As frutas de Vangueria infausta são uma fonte de carbohidratos, proteínas, vitamina C (ácido
ascórbico) e de minerais, em destaque potássio (K), sódio (Na), cálcio (Ca), magnésio (Mg),
fósforo (P), ferro (Fe) e zinco (Zn).
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a) Actividade antiinflamatória
A cataplasma feita das folhas da planta Vangueria infausta é usada na medicina tradicional para
tratar inchaços nas pernas e inflamação do umbigo em crianças (Orwa et al., 2009). A actividade
antiinfamatória das folhas de Vangueria infausta resulta da presença de compostos fenólicos, tais
como taninos e flavonóides (Herrmann e Kucera, 2008).
b) Actividade antiviral
Actualmente estão sendo aprofundadas pesquisas que visam comprovar a intervenção dos vários
produtos do metabolismo secundário das plantas inibir a acção do vírus de HIV. Face a isto,
Herrmann e Kucera (2008) estudaram a influência dos extractos aquosos das folhas da planta
Vangueria infausta e descobriram que estes inibiam a infecção e a replicação do vírus HIV-1.
Eles concluíram que este efeito resulta das actividades antivirais dos compostos polifenólicos
presentes nestes extractos.
c) Actividade antimicrobiana
d) Actividade antioxidante
Como era esperado pela ocorrência de flavonóides, esteróides, vitamina C, taninos e saponinas,
os extractos foliares da planta Vangueria infausta exibiram a actividade antioxidante
(Nundkumar e Ojewole, 2002).
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e) Actividade antiplasmodial
Os médicos tradicionais usam as raízes para várias doenças como malária por possuírem na sua
composição a cloroquina. Os alcalóides apresentam actividade contra certos hematozoários, tais
como vivae, vivax, ovale, malarie e falciparum (Nundkumar e Ojewole, 2002).
f) Outras actividades
A infusão de raízes é usada para tratar tosses e outras dificuldades de tórax e pneumonia (Orwa
et al., 2009).
A infusão das folhas é usada no tratamento de dores no abdómen e para o alívio de dor de dentes
(Orwa et al., 2009).
Na África Austral, a decocção é usada como um remédio para problemas menstruais e uterinos
(Orwa et al., 2009).
Reiners (2010), no seu estudo sobre “ uso de plantas medicinais para tratamento de malaria”
concluiu que “é comum que populações, principalmente em regiões onde os serviços de saúde
são deficitários, utilizem plantas medicinais para tratar da saúde por estarem disponíveis a elas
em suas casas ou na comunidade, sendo muitas vezes a única alternativa que elas possuem. no
caso da malária, estudos referem o uso de plantas medicinais por comunidades em que a doença
é endémica”
No presente estudo, diversas plantas foram mencionadas pelos usuários como coadjuvantes no
tratamento da malária, sendo o boldo (Coleus barbatus Benth), o figatil (Vernonia condensata
Backer), a quina (Chinchona calisaya) e o picão (Bidens pilosa L.) as mais citadas. Exceto a
quina – que possui um principio ativo que comprovadamente combate a malária, que é a quinina
– e também o picão, que tem o princípio ativo fenilacetileno que reduz a parasitemia da
malária(16,17), não foram encontrados trabalhos científicos que citassem o boldo e o figatil como
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plantas propícias ao combate dos efeitos da malária. Em um estudo de revisão das pesquisas
desenvolvidas sobre as plantas medicinais usadas para debelar a malária, os autores citaram,
entre as várias espécies de plantas estudadas, a quina e a artemísia, mas nenhuma menção foi
feita às outras espécies relatadas pelos usuários desta pesquisa (Reiners, 2010, p.254).
Entretanto, essas plantas têm propriedades que podem ajudar a amenizar a anorexia, a diarreia, as
náuseas e os vômitos que a pessoa acometida por malária pode apresentar, contribuindo, de fato,
para a melhora do seu estado de saúde.
O boldo estimula o sistema nervoso central e aumenta os movimentos intestinais, sendo que o
extrato aquoso da planta tem atividade antidispéptica que reduz a secreção gástrica e protege
contra a úlcera gástrica produzida pelo estresse). Já o figatil tem ação citoprotetora da mucosa
gástrica e as infusões preparadas com as folhas são usadas para o tratamento de cefaleias de
origem digestiva (Reiners, 2010, p.254).
Na medida em que as plantas medicinais são utilizadas pelos usuários, seus efeitos são sentidos
gerando percepções de que tais plantas são boas e eficazes para o combate dos sinais e sintomas
que eles apresentam.
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2.CONCLUSÃO
Com o tempo pela observação pode chegar à alguns grupos de plantas que traziam alívio dos
sintomas em detrimento de outras que os agravavam. E algumas delas, provavelmente, levando
até mesmo à morte devido a uma maior toxicidade. Esse conhecimento foi passado para as
próximas gerações, nascendo assim a fitoterapia enquanto prática terapêutica tradicional.
Por sua vez planta medicinal foi definida em 1978 pela OMS como qualquer planta que contenha
em um ou mais de seus órgãos substâncias que possam ser utilizadas com finalidade terapêutica,
ou que seus precursores sejam utilizados para semissíntese químico-farmacêutico.
Devido ao maior número da população na zona rural em utilização das plantas medicinais, há
necessidade de conhecer as plantas e seus efeitos, levando em consideração o saber local de cada
comunidade e o contexto no qual a planta é utilizada, deste modo para efeito desejado da planta
deve se conhecer para além dos benefícios mas também a suas contra indicações.
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3.BIBLIOGRAFIA