Você está na página 1de 9

1

Universidade Aberta ISCED

Departamento de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino da Língua Portuguesa

Estrutura da Sílaba

Janete Arlindo Cossa: Código: 31230364

Xai-Xai, Março, 2024


2

Universidade Aberta ISCED

Departamento de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino da Língua Portuguesa

Estrutura da Sílaba

Janete Arlindo Cossa: Código: 31230364

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura em Ensino
da Língua Portuguesa do ISCED.

Tutor: Mestre.
3

Xai-Xai, Marco, 2024.

ÍNDICE

0.INTRODUÇÃO............................................................................................................................4

1.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................................................5

1. 2. A estrutura da sílaba...............................................................................................................5

1.3.Os constituintes da sílaba (Ataque, Rima, Núcleo e Coda).......................................................6

1.4. Propostas para o ensino da sílaba.............................................................................................7

2.CONCLUSÃO..............................................................................................................................8

3.BIBLIOGRAFIA..........................................................................................................................9
4

0.INTRODUÇÃO

O trabalho que nos propusemos apresentar é relativo a Estrutura da Silaba, e tem como
objectivos micro: explicar a estrutura da sílaba; Identificar os constituintes da sílaba (Ataque,
Rima, Núcleo e Coda); Discutir cada um dos elementos da sílaba e apresente exemplos
relevantes e Apresentar as propostas para o ensino da sílaba.
5

1.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1. 2. A estrutura da sílaba.

Sílaba

Numa palavra como calo não encontramos apenas os fonemas que a constituem e que podemos
identificar por oposição a outras palavras (cabo, talo, colo, etc.). Um falante do Português sabe que
pode dividir essa palavra em duas partes (ca-lo), as suas duas sílabas.

Estrutura silábica diz respeito à organização das vogais (V) e das consoantes (C) na formação de
sílabas das palavras. As línguas apresentam diferentes estruturas silábicas. No caso do português,
há sílabas que são constituídas pela estrutura Consoante-Vogal, a sílaba CV, como as sílabas da
palavra sala (sa-la, que apresenta duas sílabas CV). Há outras estruturas silábicas possíveis na
nossa língua: V (u-va), VC (es-co-la), CVC (car-ta), CCV (pra-to), CCVC (cris-tal), CVCC
(pers-pec-ti-va).

Nessas diferentes estruturas, uma sílaba terminada por vogal é chamada de aberta, enquanto uma
sílaba terminada por consoante é chamada de travada. A presença da vogal é obrigatória nas
diferentes estruturas silábicas. Já a da consoante é opcional. Isso quer dizer que todas as
estruturas silábicas têm de apresentar vogal, de modo que há sílaba constituída somente por
vogal (sílaba V), mas não por apenas consoante.

Do ponto de vista da aprendizagem, as variadas estruturas apresentam diferentes graus de


complexidade. Estudos apontam a sílaba CV, chamada de sílaba canônica, como sendo a mais
frequente na língua portuguesa. Por esse motivo, os alfabetizandos tenderiam a aprender
primeiro essa estrutura silábica. É comum, inclusive, que o aprendiz generalize o uso de tal
sílaba na escrita de outras estruturas silábicas que não domina. Isso poderia ocorrer, por
exemplo, na escrita de palavras como pedra (peda), porta (pota) e escola (secola), em que as
sílabas CCV (dra), CVC (por) e VC (es) são grafadas, respectivamente, como sílabas CV (da, po
e se).
6

Considerar as diferentes estruturas silábicas da língua é importante para o professor


alfabetizador, tendo em vista que os aprendizes da escrita precisam conhecer todas elas, a fim de
consolidarem seu processo de alfabetização. Um outro ponto importante é não confundir a noção
de sílaba na fala e na escrita. Se, do ponto de vista da escrita, a palavra cha-ve apresenta uma
sílaba CCV e outra CV, do ponto de vista da fala, apresenta duas sílabas CV, tendo em vista que
é pronunciada como “xa-vi” na maior parte do país. Desse fato é que pode ocorrer uma
interferência da fala sobre a escrita do aprendiz, de modo que ele grafe duas sílabas CV (“xavi”)
e não uma CCV e outra CV para chave.

Seguindo esse raciocínio, a escrita da palavra xale – que tanto na fala como na escrita apresenta a
mesma estrutura silábica (duas sílabas CV) – tenderia a ser mais fácil do que a escrita de chave.
Acrescenta-se, ainda, a necessidade de reflexão sobre a divisão silábica indicando os diferentes
critérios que são aplicados na escrita e na fala. Um caso típico é o da regra que indica que, na
escrita, ao final de uma linha, quando dividimos uma palavra, os dígrafos ‘rr’ e ‘ss’ não ficam na
mesma sílaba. Assim a palavra ‘carro’, por exemplo, seria dividida como ‘car-ro’. Essa divisão,
no entanto, não implica que, na fala, a primeira sílaba seja CVC. Aqui, como em vários casos de
convenções, tem-se um procedimento ortográfico e não fonológico

1.3.Os constituintes da sílaba (Ataque, Rima, Núcleo e Coda).

A sílaba situa-se num nível diferente do segmento. Os constituintes da sílaba são:

 Ataque; consoante que antecede a rima.


 Rima; sequência do núcleo e da consoante que se lhe segue.
 Núcleo; qualquer vogal.
 Coda; consoante final da rima.

Estes constituintes estão hierarquicamente organizados no interior da sílaba, sendo a rima o


único constituinte obrigatoriamente preenchido. Assim, da unidade ‘sílaba’ dependem o ataque e
a rima, e desta última dependem o núcleo e a coda.

No nível (ou fiada) da sílaba o nó (σ) domina os constituintes Ataque (A) e Rima (R);
7

No nível (ou fiada) da Rima, o Ataque e a Rima são nós irmãos, sendo que a Rima é constituída
por um Núcleo (Nu) e por uma Coda (Cd);

Os constituintes terminais (Ataque, Núcleo e Coda) estão associados a posições rítmicas, isto é, a
posições de esqueleto, no nível (ou fiada) do esqueleto;

Os constituintes podem ramificar em duas posições; no caso de um constituinte terminal , a não


ramificação corresponde a uma posição no nível do esqueleto e a ramificação corresponde a duas
posições no nível do esqueleto;

Cada posição rítmica ou de esqueleto pode ou não estar associada a um nó Raíz no nível
segmental. A seguir, representa – se a única sílaba da palavra “mel”.

1.4. Propostas para o ensino da sílaba

Na operacionalização do ensino de silaba, o professor deve ter em conta os seguintes aspectos:

• Ler com clareza;

• Ler com boa dicção;

• Ler pausadamente;

• Ler com flexibilidade na expressão da voz e da face;

• Ler em voz alta, para todos ouvirem.


8

2.CONCLUSÃO

Do ponto de vista da aprendizagem, as variadas estruturas apresentam diferentes graus de


complexidade. Estudos apontam a sílaba CV, chamada de sílaba canônica, como sendo a mais
frequente na língua portuguesa. Por esse motivo, os alfabetizandos tenderiam a aprender
primeiro essa estrutura silábica.

É comum, inclusive, que o aprendiz generalize o uso de tal sílaba na escrita de outras estruturas
silábicas que não domina. Isso poderia ocorrer, por exemplo, na escrita de palavras como pedra
(peda), porta (pota) e escola (secola), em que as sílabas CCV (dra), CVC (por) e VC (es) são
grafadas, respectivamente, como sílabas CV (da, po e se).
9

3.BIBLIOGRAFIA

 Barbosa, J. M. (1998). Gramática e Ensino das Línguas. (Actas do I Colóquio Sobre


gramática). Lisboa: Livraria Almedina.
 Oliveira, M. A. (2010) Trabalhando com a sílaba no ensino da escrita. Revista

Educação (Especial Guia da Alfabetização). São Paulo: Segmento

Você também pode gostar