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Unisced
Maxixe
2024
Manuel Bernardo
Unisced
Maxixe
2024
Índice
1.1. Objectivos......................................................................................................................... 3
2.4. A Coda.................................................................................................................................. 6
Conclusão........................................................................................................................................ 7
Bibliografia ..................................................................................................................................... 8
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1.0. Introdução
Mais recentemente, é no quadro de modelos fonológicos que tem sido feita a descrição da
estrutura silábica de várias línguas do mundo.
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
Descrever fonologicamente a sílaba em Português.
1.1.2. Específicos
Analisar a estrutura interna da sílaba em Português;
Exemplificar os constituintes da Sílaba em Português.
De acordo com MATEUS et al, sílaba é uma construção perceptual, isto é, criada no espírito do
ouvinte, com propriedades particulares que não decorrem da simples segmentação fonética das
sequências de segmentos.
Desta feita, do nosso entender, todas as palavras são constituídas por sílabas. Isto faz-nos pensar
que sílaba é um som ou associação de sons pronunciados na mesma emissão de voz. Como se
pode ver nas palavras “livraria e atitude”, quando estas forem pronunciadas vagarosamente,
teremos as sílabas “li-vra-ri-a e a-ti-tu-de”.
Em português, a sílaba (representada por ) pode ser entendida como sendo composta por
constituintes silábicos hierarquicamente organizados:
A R
Nu Cd
L a r
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De acordo com o que se verifica no diagrama acima, a seguir far-se-á a descrição dos tipos de
Ataque, de Rima, de Núcleo e de Coda que o Português apresenta. Em Português, as posições
Ataque e Coda são preenchidas por consoantes e a posição do núcleo é preenchida por uma vogal
ou por sequência que contenha uma vogal e uma semivogal um ditongo, DUARTE, 2000.
2.2.1. O Ataque
Ataque refere-se às consoantes representadas de forma isolada ou sequenciada no início ou no
meio da palavra. Por exemplo pa-pa [p-p], branco [br]. Para elucidar ainda mais o conceito do
Ataque, MATEUS et al (2005:248) afirmam que “ o constituinte Ataque pode não estar
segmentalmente preenchido”. Existem dois tipos de Ataques: Ataque ramificado e Ataque não
ramificado, este último que se divide em simples e vazio, DUARTE (2000). Desta feita,
podemos concluir que o Ataque pode ser de três tipos fundamentais:
2.2.2 A Rima
Nesta senda, percebemos que a rima integra obrigatoriamente um núcleo e, opcionalmente, uma
coda. Neste caso, podemos discutir os tipos de rima da seguinte maneira:
ramificada só apresenta um Núcleo; (ii) uma Rima ramificada apresenta em Núcleo e uma Coda,
primeiro e segundo exemplos respectivamente.
2.2.3. O Núcleo
Núcleo simples ou não ramificado – é preenchido por uma vogal: [pa.tæ] <pata>;
Núcleo complexo ou ramificado – é preenchido por uma vogal e uma semivogal:
[„paw.tæ] <pauta>.
Uma nota importante a se observar, é aquela que dá conta que todas as vogais orais e nasais
podem ser núcleo de sílaba em Português, como se pode ver nos exemplos a seguir: vi, lê, fim,
avó, irmã, fundo, etc.
2.4. A Coda
A coda domina as consoantes que ocorrem à direita do Núcleo. Há línguas, como as do grupo
Bantu, que não apresentam constituintes silábicos ramificados, logo, não apresentam consoantes
em Coda, ou seja, a Rima não ramifica. No português, como em muitas línguas, a Coda tem uma
estrutura simplificada e impõe fortes restrições ao inventário gramatical que lhe está associado,
DUARTE (2000).
Deste modo, concluímos que a Coda é a consoante ou consoantes em posição pós-nuclear dentro
de uma sílaba, ou seja, após a vogal nuclear. Em Português, as consoantes em Coda são apenas
três, as fonológicas /l/, /r/ e /s/ com diferentes realizações fonéticas.
Exemplo:
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Mal/mal/ - [mál]
Mas/mas/ - [máS]
Parte/parte/ - [pár-ti]
Conclusão
Desta pesquisa notámos que, em linguagem simples, a sílaba é uma unidade de pronúncia maior
do que um som e menor do que uma palavra, isto é, a emissão única de um conjunto de sons. Na
perspectiva fonológica, a sílaba é entendida como uma construção criada no espírito do ouvinte,
com propriedades específicas que não decorrem da simples segmentação fonética das sequências
de segmentos.
Desta forma, em fonologia, as sílabas são constituídas por: Ataque, Rimas, Núcleos e Coda. A
rima integra obrigatoriamente um núcleo e, opcionalmente uma coda, isto significa que na rima
podemos encontrar um núcleo e existir excepção de uma coda.
Bibliografia
MATEUS, Maria Helena Mira et al. (2003). Gramática da Língua Portuguesa. 7ª ed., Lisboa:
Caminho.