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13/02/2023

Estabelecer Relação de Confiança

Sousa, L; Rodrigues, S (2012). The collaborative professional: towards empowering vulnerable families. Journal of Social Work Practice, 26(4): 411-425. DOI:
10.1080/02650533.2012.668878

Modelo 4 fatores Estratégias mais usadas

Cliente: 40% Envolvimento da família: 17%

Relação: 30% Atitudes dos profissionais: 11%

Esperança: 15% Ativação das competências das famílias:


4,5%

Técnicas: 15% Ativação de estratégias e/ou recursos


comunitários: 67,4%

Os profissionais focam estratégias com menos potencial de mudança!

Obstáculos à perspetiva centrada nas competências

• A perspetiva tradicional está enraizada nos hábitos de profissionais


e clientes.

• As instituições, os clientes e a comunidade espera que os


profissionais atuem numa perspetiva compensatória.

• A formação dos profissionais, ainda, é muito na vertente


tradicional.

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Alguns aspetos práticos


• Não ser prescritivo (não resulta!)
• Não ser substitutivo (leva à passividade do recetor da intervenção!)
• Solução e problemas não têm uma relação linear!

Perceber
O que funciona? O que não funciona? O que ainda não se sabe se funciona ou não?
Evitar o que sabemos ser ineficaz
Seguir os objetivos do interventor; definir objetivos vagos; fixar a patologia; intervir de forma
fragmentada; tentar resolver o impossível.
Evitar o ponto morto
Repetir o que antes não funcionou; repetir o que outros fizeram; repetir o que o cliente já fez
e não funcionou; …

Incorporar a perspetiva baseada nas competências

• Usar as duas perspetivas (compensatória e centrada nas


competências) como complementares

• Não se ignoram os problemas: o objetivo é resolvê-los a partir das


competências, do que funciona e não do que não funciona mas seria
bom que funcionasse.

• Despender o mesmo tempo a saber o que funciona e não funciona.

• Priorizar objetivos.

TEMPO

Profissional

RELAÇÃO
FLEXIBILIDADE DE INFORMALIDADE
CONFIANÇA

Família Outros
profissionais

AJUDAS
MATERIAIS

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Tempo
A intervenção é mais eficaz se prolongada no tempo

 Muitos problemas não se resolvem no imediato!


 Necessário tempo: um plano de intervenção!

É normal existirem ciclos de progresso e recuo!

Tempo
Coordenação entre serviços
É necessário uma variedade de intervenções, orquestrada para
convergir e suportar mudanças significativas.

Timing: intervenções atempadas para convergir e suportar


necessidades múltiplas.

Tempo
Dos profissionais
Número de casos exequível: em geral, 20 a 25

Número superior de casos: o profissional fica esgotado e frustrado,


despende muito esforço e os resultados são reduzidos.

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Tempo
Dos clientes/pacientes
Se a intervenção não responde a necessidades básicas no imediato, as
pessoas terão dificuldade em introduzir a rotina da intervenção nas
suas vidas.

Só depois de alguns problemas imediatos e práticos estarem


resolvidos é que existe tempo físico e emocional para o
envolvimento em processos de mudança.

Flexibilidade
Dos profissionais
O profissional deve ir além das fronteiras tradicionais formais (ex:
horário flexível; reuniões sem marcação prévia)!

Estar disponível, evitando ser “apaga-fogos”!


Conciliar as necessidades da família com o plano de intervenção!

Ir ao território do cliente: visitas domiciliárias ou equipas de outreach

Flexibilidade
Dos programas de intervenção
Tornar os serviços atrativos!

Evitar o estigma:
Na designação dos programas e instituições!
Por exemplo, substituir “intervir” por “ajuda”/”suporte”!

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Informalidade
O profissional usa uma linguagem e postura informal.

Fazer coisas com o cliente que sejam úteis!

Usar a autorrevelação (exemplificar como os profissionais resolvem


os seus problemas)!

 Diminui a dependência em relação aos sistemas de apoio!

Ajudas materiais e práticas: não subestimar

Ajuda material (bens) e prática (reforço ou desenvolvimento de


competências e suporte emocional):
Aumenta a probabilidade de construir e manter uma relação de
confiança com os profissionais e investir na intervenção!

Relação de confiança

Condição determinante para a mudança!

Envolve: confiança, simpatia/calor, parceria (igualdade), capacidade


de escuta e de um sentimento de calma, suporte, amizade e
dedicação!

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Porque são estas estratégias mais eficazes?

Aproximam o apoio formal do contexto de apoio informal.

E, aumenta a probabilidade de generalização!

Dificuldades/obstáculos!

Um profissional: demasiados casos!!!????


Coordenador/gestor de caso: ainda pouco implementado!!
Questões éticas: será “profissional” agir desta forma mais “próxima”?
Expectativas sociais e institucionais: o profissional deve solucionar
rapidamente as situações!!
Ausência de recursos: ser criativo
[…………]

Relação de confiança

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