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SUMÁRIO
4.3.2. OAB.................................................................................................................................15
4.3.3. Território.........................................................................................................................16
4.4.6. REGIME CRIADO – REGRAS GERAIS - LEI 13.303/2016 – Estatuto das Estatais...................30
5. ENTES DE COOPERAÇÃO...............................................................................................................39
5.1. Conceito.................................................................................................................................39
5.2. Espécies..................................................................................................................................39
DISPOSITIVOS PARA CICLOS DE LEGISLAÇÃO.....................................................................................48
BIBLIOGRAFIA UTILIZADA.................................................................................................................48
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ATUALIZADO EM 17/05/2018
É importante reiterar que Administração Pública é uma expressão plurissignificativa. Possui dois
aspectos:
Subjetivo: conjunto de órgãos e entidades que integram a estrutura do Estado e tem como função
satisfazer o interesse público, a vontade política governamental. Nesse sentido, deve ser grafada com
letras maiúsculas, pois refere-se aos sujeitos.
Objetivo: é o conjunto de atividades que esses órgãos e entidades desempenham. Ex.: fomentar
iniciativa privada, prestar serviço público, exercer poder de polícia.
Assim, o exercício das atividades administrativas pode se dar tanto de forma centralizada quanto de
forma descentralizada.
Centralizada - prestada pela Administração direta, composta pelos entes políticos e seus respectivos
órgãos. É o núcleo da Administração.
Descentralizada – transfere para uma nova pessoa. Diferente da desconcentração, que significa o
deslocamento dentro da mesma pessoa, criando órgãos.
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As FUCS são constantemente atualizadas e aperfeiçoadas pela nossa equipe. Por isso, mantemos um canal aberto de
diálogo (setordematerialciclos@gmail.com) com os alunos da #famíliaciclos, onde críticas, sugestões e equívocos,
porventura identificados no material, são muito bem-vindos. Obs1. Solicitamos que o e-mail enviado contenha o título do
material e o número da página para melhor identificação do assunto tratado. Obs2. O canal não se destina a tirar dúvidas
jurídicas acerca do conteúdo abordado nos materiais, mas tão somente para que o aluno reporte à equipe quaisquer dos
eventos anteriormente citados.
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b) Descentralização: ocorre quando acontece uma transferência de competências a uma pessoa jurídica distinta
daquela originalmente competente. Pode ser:
A) Política: é aquela que existe numa Federação, onde há uma repartição originária de competências.
B) Administrativa ou derivada: se divide em três espécies:
o Territorial: é a transferência de competência a um território. (Território federal tem natureza
autárquica).
o Por serviços ou outorga (ou funcional ou técnica): é a transferência da titularidade e da
execução de um serviço público que se concretiza por meio de uma lei. Maioria da doutrina
aponta que somente se dá às entidades da própria AP.
o Por colaboração ou delegação: é a transferência somente da execução de um serviço público a
uma outra pessoa que se concretiza por meio de um negócio jurídico (contrato de concessão ou
permissão) ou também por lei. Pode ser dada para AP (via lei) ou para particulares (via NJ).
Descentralização
Ex.: contrato de
À particulares (NJ) e
Por meio de lei Só a entidades da AP concessão de
a própria AP (lei).
serviços públicos
Territorial
3. ÓRGÃOS PÚBLICOS
É centro especializado de competência. Cada órgão representa uma especialidade, a partir da ideia de
que a desconcentração de competência está em consonância com o princípio da eficiência.
3.1 Características
Está presente na Adm. direta e indireta. Art. 1º, §2º, I *Lei 9.784/99 - Para os fins desta Lei, consideram-se:
I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da
Administração indireta.
Não tem personalidade jurídica. Não pode ser sujeito de direito ou de obrigação. Ex.: morte ocorrida
dentro de escola pública municipal – responsabilidade do Município. A escola e a prefeitura são órgãos
públicos e, portanto, não são sujeitos de obrigação.
Não celebra contrato. O órgão, no entanto, realiza licitação, gestão e exercício do contrato, mas quem
celebra é o ente personalizado. Obs.: o art. 37, §8º trata da possibilidade de celebração de contrato de
gestão entre órgãos públicos e administradores, o que é muito criticado pela doutrina que afirma a sua
inconstitucionalidade.
Art. 37, §8º, CF: A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da
administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus
administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão
ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) I - o prazo
de duração do contrato; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) II - os controles e critérios
de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) III - a remuneração do pessoal. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998).
Tem CNPJ- o CNPJ foi criado pela Receita Federal para aprimorar a fiscalização da circulação de valores
para fins tributários. Determinou-se a sua aplicação para os órgãos públicos que acompanham uma
unidade gestora de orçamento, isto é, que movimento recurso público. (Instrução Normativa
RFB Nº 1634, de 06 de maio de 2016).
Em regra, não vão a juízo, pela ausência de personalidade. No entanto, a jurisprudência entende que o
órgão pode ir a juízo (como sujeito ativo) em busca de prerrogativas funcionais, ou seja, aquilo que estiver
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diretamente ligado a sua competência funcional. Ex.: Câmara quando não recebe duodécimo. (Artigo -
Personalidade Judiciária –José dos Santos Carvalho Filho)
#SELIGANASÚMULA: Súmula 525-STJ: A Câmara de vereadores não possui personalidade jurídica, apenas
personalidade judiciária, somente podendo demandar em juízo para defender os seus direitos institucionais.
3.2 Classificação
b) Quanto à estrutura
Simples ou unitários: não tem outros órgãos agregados a sua estrutura. Não há ramificações,
desdobramentos. Ex.: Gabinetes.
Compostos: possuem ramificações. Ex.: delegacia e seus postos; escolas.
4. ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
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4.1 Características comuns
A partir de agora, mencionaremos as características que se aplicam comumente à todas as pessoas que
compõem a Administração Indireta:
Personalidade jurídica própria – (1) respondem pelos seus atos. (2) Têm receita própria (pode vir do
orçamento. Não importa a origem) e patrimônio próprio. (3) Autonomia técnica, administrativa e
financeira. Não tem capacidade nem autonomia política, não podendo legislar. Mesmo a agência
reguladora? SIM. Ela não legisla. Apenas define normas técnicas complementares à lei.
Não tem fins lucrativos. O lucro é possível, mas elas não são criadas com esse objetivo. As EP e SEM
podem prestar serviço público ou explorar atividade econômica. E, ainda nesse último caso, o objetivo
não é o lucro, e sim a segurança nacional ou o interesse coletivo. Se houver valores eles serão tidos
como superávit e não como lucro. Art. 173, CF Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a
exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos
imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
Finalidade específica. E essa finalidade só pode ser modificada também por lei. As pessoas estão
amarradas a sua finalidade específica. É o princípio da especialidade.
Controle ou tutela administrativa – entre a Adm. direta e indireta não há subordinação, mas há
controle. Ex.: Tribunal de Contas (controla todas as pessoas jurídicas da indireta. Até 2005 as SEM
ficavam de fora), que é longa manus do Legislativo, e CPI; Supervisão ministerial no poder Executivo,
que realiza o controle finalístico (receita, despesas) das pessoas da Adm. indireta, além de escolher os
dirigentes. Banco Central e Agência Reguladora - depende do Senado. Controle político (escolha do
dirigente); controle institucional (obedecer às finalidades da lei instituidora); controle administrativo
(fiscalização dos agentes); controle financeiro.
Criação e extinção da pessoa jurídica. Vejamos o art. 37, XIX, CF:
Art. 37, XIX - Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste
último caso, definir as áreas de sua atuação.
Obs.: Lei ordinária específica: cada pessoa jurídica terá a sua própria lei. A lei tem de tratar somente
desse assunto.
o A lei cria autarquia e autoriza a criação de SEM, EP e fundação.
o Na criação basta essa lei para a autarquia existir. Na autorização ainda será necessário o
registro doa atos constitutivos no órgão competente.
o Se tem natureza civil no cartório e se natureza comercial na junta comercial.
o Se lei cria, lei extingue. Se lei autoriza a criação, autoriza a extinção. Isso é denominado de
paralelismo de formas.
o Lei complementar definirá as áreas de atuação da fundação, não é a lei que autoriza a criação.
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o De que fundação o artigo trata? Pela leitura da observação abaixo, tem-se que o artigo se
refere, em consonância com a classificação do STF, à fundação pública de direito privado, pois a
de direito público seria subespécie de autarquia. Iniciativa da lei cabe ao Chefe do Executivo.
o Obs.: criação de subsidiárias – exigência de lei. Não precisa ser específica. A própria lei que
institui a entidade pode autorizar. Princípio da especialidade – a lei deve ser minuciosa,
trazendo todas as áreas de atuação da entidade de forma específica. Já a organização pode ser
feita através de ato administrativo.
Autarquias Fundações
Empresas públicas Sociedades de
Economia mista
4.2 Fundações
Obs.: as fundações públicas com personalidade pública e privada têm imunidade tributária. Ambas se sujeitam a
lei 8666. Nesses dois casos a lei não faz distinção, restringindo-se a falar em fundações públicas instituídas pelo
Poder Público. A responsabilidade das duas é objetiva e o ente instituidor responde subsidiariamente. Isso
porque toda fundação pública, independentemente da sua personalidade jurídica presta serviço público, em
razão da sua finalidade social.
4.3 Autarquias
São pessoas jurídicas de direito público que desenvolvem atividades típicas, próprias do Estado. Possui
regime muito semelhante aos dos entes da Administração Direta. Como exemplos de autarquia, podemos
enumerar: INSS, INCRA, conselhos de classe, UF, IBAMA, BANCO CENTRAL, autarquias territoriais, agências
reguladoras, associações públicas de regime público (lei 11.107/05).
(2) Os contratos são contratos administrativos, de forma que as autarquias precisam licitar e pode haver
cláusulas exorbitantes.
Art. 37, XXI, CF - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão
contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os
concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da
proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica
indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.
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Art. 1º da Lei 8666 - Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a
obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Art. 37, §6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos
responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de
regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Obs.: motorista da autarquia, dirigindo o carro da autarquia atropela uma pessoa. Quem será o responsável? Se
a autarquia não tem dinheiro? A vítima pode cobrar do Estado?
Se é serviço público há o dever do Estado. Ele continua responsável. Ele decidiu transferir a titularidade. O dever
do Estado, no entanto, é subsidiário quanto ao serviço, e objetivo quanto ao elemento culpa. Como a autarquia
goza de personalidade jurídica própria, é sujeito de direito responsável pelos seus atos, ou seja, sujeita-se à
regra geral da responsabilidade objetiva do Estado, nos termos da CF, art. 37, §6º. Apenas em caso de exaustão
de seus recursos é que será trazida a responsabilidade do Estado. Portanto, as autarquias possuem
responsabilidade direta pelo dano causado pelos seus agentes restando ao Estado uma responsabilidade
subsidiária.
(4) Procedimentos financeiros – obedecem às regras de contabilidade pública (Lei 4320/64); se submete à Lei de
Responsabilidade Fiscal. Tribunal de Cotas fiscaliza.
#SELIGNASÚMULA - Sumula 340 STF Desde a vigência do Código Civil, os bens dominicais, como os demais bens
públicos, não podem ser adquiridos por usucapião. (Obs.: em que pese a súmula se referir ao CC anterior, ainda
assim permanece válido o seu conteúdo).
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Débitos judiciais – via regime de precatório. Cada autarquia terá sua ordem cronológica de precatórios.
Art. 100 CF - Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em
virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios
e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e
nos créditos adicionais abertos para este fim.)
(6) Prazo prescricional. Hoje a posição que prevalece (STJ e STF) é que o prazo prescricional é o do Decreto
20910/32 de 5 anos (quinquenal).
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios: [...] VI - instituir impostos sobre: a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos
outros.; § 2º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais
ou às delas decorrentes.
A imunidade é apenas em relação aos impostos, pagando as demais exações tributárias. Afora isso, somente os
impostos ligados as suas finalidades essenciais ou delas decorrentes (natureza condicionada).
Obs.: STJ já decidiu pela possibilidade de imunidade na locação de imóveis a terceiros.
Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo
tribunal, a sentença:
I - Proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e
fundações de direito público;
II - Que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal.
§ 1o Nos casos previstos neste artigo, não interposta a apelação no prazo legal, o juiz ordenará a remessa dos
autos ao tribunal, e, se não o fizer, o presidente do respectivo tribunal avocá-los-á.
§ 2o Em qualquer dos casos referidos no § 1o, o tribunal julgará a remessa necessária.
§ 3o Não se aplica o disposto neste artigo quando a condenação ou o proveito econômico obtido na causa for
de valor certo e líquido inferior a:
I - 1.000 (mil) salários-mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de direito público;
II - 500 (quinhentos) salários-mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas autarquias e
fundações de direito público e os Municípios que constituam capitais dos Estados;
III - 100 (cem) salários-mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e fundações de
direito público.
§ 4o Também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença estiver fundada em:
I - Súmula de tribunal superior;
II - Acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de
recursos repetitivos;
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de
competência;
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IV - Entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio ente
público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa.
(9) Regime pessoal – há servidores públicos. Regime jurídico único – ou todos serão celetistas ou estatutários.
(10) Classificação – federais, estaduais, municipais. Obs.: não podem ser interestaduais ou intermunicipais. A
vinculação tem que ser unipessoal. Se há interesse comum entre mais de um ente que celebram convênios ou
consórcios administrativos.
Todavia, caso seja celebrado um consórcio público de natureza pública, a doutrina entende que o
mesmo possuirá natureza jurídica de associação pública, fazendo as vezes de uma “autarquia
multifederativa”.
#SELIGANASÚMULA: Súmula Vinculante 27, STF - Compete à Justiça estadual julgar causas entre consumidor e
concessionária de serviço público de telefonia, quando a ANATEL não seja litisconsorte passiva necessária,
assistente, nem opoente.
Súmula 270, STJ - O protesto pela preferência de crédito, apresentado por ente federal em execução que
tramita na Justiça Estadual, não desloca a competência para a Justiça Federal.
Súmula 97, STJ - Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar reclamação de servidor público relativamente
a vantagens trabalhistas anteriores à instituição do regime jurídico único.
(12) Autonomia.
#JURISPRUDÊNCIA: AUTARQUIAS. AUTONOMIA. É inconstitucional lei estadual que preveja que o escritório de
prática jurídica da Universidade Estadual deverá manter plantão criminal nos finais de semana e feriados para
atender pessoas hipossuficientes que sejam presas em flagrante. Esta lei viola a autonomia administrativa,
financeira, didática e científica assegurada às universidades no art. 207 da CF/88 (inconstitucionalidade
material). Além disso, contém vício de iniciativa (inconstitucionalidade formal), na medida em que foi usurpada
a iniciativa privativa do Governador. STF. Plenário. ADI 3792/RN, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 22/09/2016
(Info 840)
No que tange aos Conselhos de Classe (chamados de autarquias profissionais), é possível afirmar que
eles nasceram como autarquias. A Lei 9.649/1998 modificou a pessoa jurídica para natureza privada
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(art. 58). Na ADI 1717, o STF afirma que os Conselhos possuem poder de polícia, motivo pelo qual não
podem ter natureza privada, já que comprometeria a segurança jurídica (particular cassando carteira de
particular iria acarretar excessos e abusos). Logo, como forma de prevenção, atribuiu-se novamente a
natureza pública.
Cobra anuidade, que tem natureza tributária, o que possibilita a (1) execução fiscal. (2) Tribunal de
Contas controla, pois há arrecadação de tributo (dinheiro público). (3) Contabilidade pública
Concurso público
#SELIGANAJURISPRUDÊNCIA:
A Lei nº 12.514/2011, que trata sobre as contribuições (anuidades) devidas aos Conselhos Profissionais, é
constitucional. Sob o ponto de vista formal, esta Lei, apesar de ser fruto de uma MP que originalmente dispunha
sobre outro assunto, não pode ser declarada inconstitucional porque foi editada antes de o STF declarar
ilegítima a prática do “contrabando legislativo” (ADI 5127/DF). Ainda quanto ao aspecto formal, esta Lei não
trata sobre normas gerais de Direito Tributário, motivo pelo qual não precisava ser veiculada por lei
complementar. Sob o ponto de vista material, a Lei respeitou os princípios da capacidade contributiva, da
vedação ao confisco e da legalidade. STF. Plenário. ADI 4697/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 06/10/2016
(Info 842).
Inscrição de profissionais no Conselho Regional de Educação Física. Não é obrigatória a inscrição, nos Conselhos
de Educação Física, dos professores e mestres de dança, ioga e artes marciais (karatê, judô, tae-kwon-do,
kickboxing, jiu-jitsu, capoeira e outros) para o exercício de suas atividades profissionais. STJ. 2ª Turma. REsp
1.450.564-SE, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 16/12/2014 (Info 554).
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#IMPORTANTE: Os pagamentos devidos, em razão de pronunciamento judicial, pelos Conselhos de Fiscalização
(exs: CREA, CRM, COREN, CRO) não se submetem ao regime de precatórios. STF. Plenário. RE 938837/SP, rel.
orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Marco Aurélio, julgado em 19/4/2017 (repercussão geral) (Info 861).
Apesar de os Conselhos de Fiscalização Profissional serem considerados autarquias especiais, eles não
participam do orçamento público, não recebem aporte do Poder Central nem se confundem com a Fazenda
Pública. Por essa razão, não se submetem ao regime de precatórios. Os conselhos de fiscalização profissional
têm autonomia financeira e orçamentária. Portanto, sua dívida é autônoma em relação ao Poder Público. Desse
modo, inserir esse pagamento no sistema de precatório transferiria para a União a condição de devedora do
Conselho de Fiscalização. *#LEMBRAR: Quem tem o privilégio de pagar por meio de precatório? A quem se
aplica o regime dos precatórios? As Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais. Essa expressão
abrange: União, Estados, DF e Municípios (administração direta); autarquias (com exceção dos Conselhos
Profissionais); fundações; empresas públicas prestadoras de serviço público (ex: Correios); sociedades de
economia mista prestadoras de serviço público de atuação própria do Estado e de natureza não concorrencial.
Não estão sujeitas a registro perante o respectivo Conselho Regional de Medicina Veterinária, nem à
contratação de profissionais nele inscritos como responsáveis técnicos, as pessoas jurídicas que explorem as
atividades de comercialização de animais vivos e a venda de medicamentos veterinários, pois não são atividades
reservadas à atuação privativa do médico veterinário. STJ. 1ª Seção. REsp 1.338.942-SP, Rel. Min. Og Fernandes,
julgado em 26/4/2017 (recurso repetitivo) (Info 602).
Segundo o art. 8º da Lei nº 12.514/2011, para que os Conselhos Profissionais ajuízem execução fiscal cobrando
anuidades em atraso, é necessário que o total da quantia executada seja de, no mínimo, quatro vezes o valor da
anuidade. Mesmo sem poder executar a dívida, o Conselho Profissional poderá adotar uma outra sanção contra
o inadimplente: poderá suspender ou cancelar seu registro profissional. Assim, o fato de os conselhos não
poderem executar dívidas inferiores a quatro vezes o valor cobrado anualmente da pessoa física ou jurídica
inadimplente, não impede que seja feita a suspensão ou o cancelamento do registro do profissional que deixar
de efetuar o pagamento das anuidades. Isso está previsto no art. 8º, parágrafo único, da Lei nº 12.514/2011. No
caso específico dos Engenheiros e Arquitetos, o cancelamento do registro somente pode acontecer desde que o
atraso seja de, no mínimo, duas anuidades consecutivas (art. 64 da Lei nº 5.194/66). STJ. 2ª Turma. REsp
1.659.989-MG, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 25/4/2017 (Info 603)
O exercício da profissão de técnico ou treinador profissional de futebol não se restringe aos profissionais
graduados em Educação Física, não havendo obrigatoriedade legal de registro junto ao respectivo Conselho
Regional. STJ. 2ª Turma. REsp 1.650.759-SP, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 6/4/2017 (Info 607).
* O ato do Conselho de Contabilidade que requisita dos contadores e dos técnicos os livros e fichas contábeis de
seus clientes, a fim de promover a fiscalização da atividade contábil dos profissionais nele inscritos, não importa
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em ofensa aos princípios da privacidade e do sigilo profissional. STJ. 1ª Turma. REsp 1.420.396-PR, Rel. Min.
Sérgio Kukina, julgado em 19/09/2017 (Info 612).
* Os conselhos de fiscalização profissional não possuem autorização para registrar os veículos de sua
propriedade como oficiais. STJ. 1ª Turma. AREsp 1.029.385-SP, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 05/12/2017
(Info 619).
*#OUSESABER: As empresas públicas e sociedades de economia mista não tem direito à prerrogativa de
execução via precatório. Certo ou Errado?
✖ERRADO! Em regra, as empresas estatais estão submetidas ao regime das pessoas jurídicas de direito privado
(execução comum). No entanto, é possível sim aplicar o regime de precatórios para empresas públicas e
sociedades de economia mista que prestem serviços públicos e que não concorram com a iniciativa privada.
Assim, é aplicável o regime dos precatórios às empresas públicas e sociedades de economia mista prestadoras
de serviço público próprio do Estado e de natureza não concorrencial. STF. 1ª Turma. RE 627242 AgR, Rel. Min.
Marco Aurélio, Rel. p/ Acórdão Min. Roberto Barroso, julgado em 02/05/2017.
#CUIDADO: No RE 851711 no AgR/DF, de Relatoria do Min. Marco Aurélio, o STF decidiu que as empresas
públicas e sociedades de economia mista não têm direito à prerrogativa de execução via precatório. No entanto,
não houve mudança de entendimento do STF. Isso porque o caso enfrentado pela 1ª Turma do STF no RE
851711 AgR/DF tratava a respeito de uma execução envolvendo a “Administração dos Portos de Paranaguá e
Antonina” (APPA), uma empresa pública pertencente ao Estado do Paraná. Apesar de a empresa alegar que
desenvolve serviço público, o TST e o STF entendem que ela explora atividade econômica. Por isso, negam a
incidência do regime de precatórios, aplicando a regra do art. 173, § 1º, II, da CF/88. Ocorre que a opinião
pessoal do Min. Marco Aurélio é no sentido de que o regime de precatórios nunca se aplica para empresas
públicas e sociedades de economia mista. Assim, em seus votos, ele faz consignar a seguinte afirmação, sem
qualquer exceção: “as empresas públicas e sociedades de economia mista não têm direito à prerrogativa de
execução via precatório.” Cuidado nas provas! A informação é que é aplicável o regime dos precatórios às
sociedades de economia mista prestadoras de serviço público próprio do Estado e de natureza não
concorrencial.
4.3.2. OAB
#SELIGANAJURISPRUDÊNCIA. A inscrição como advogado, nos quadros da OAB, de quem apresente diploma ou
certidão de graduação em Direito "obtido em instituição de ensino oficialmente autorizada e credenciada" (art.
8º, II, do Estatuto da Advocacia) não pode ser impedida pelo fato de o curso de Direito não ter sido reconhecido
pelo MEC. STJ. 1ª Turma. REsp 1.288.991-PR, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em 14/6/2016 (Info
586).
4.3.3. Território.
São autarquias em regime especial (possuem regime jurídico distinto daquele dispensado às demais
autarquias).
A expressão “autarquia de regime especial” surgem com as universidades federais;
No Brasil, as Agências Reguladoras surgem num contexto de transformar o Estado de patrimonialista
para gerencial.
A função regulatória não surge com as agências reguladoras e nem é exclusiva delas.
Não se confundem com agências executivas, pois estas são autarquias ou fundações que se qualificam
como agência executiva por ter celebrado um contrato de gestão com a Administração e por ter um
plano de reestruturação, de acordo com ato discricionário privativo do Presidente da República (art. 51,
Lei 9.649/98).
a) Função de regulamentação, normatização, fiscalização, controle – essa função é antiga, que o Estado já
desenvolvia. A novidade é a criação de uma pessoa jurídica com essa finalidade. O nome agência foi copiado do
governo norte-americano para dar mais credibilidade. Tem mais autonomia e liberdade que às demais pessoas
jurídicas. Poder normativo técnico – normas técnicas de caráter geral, com fundamente em delegação prevista
na própria lei. Deslegalização.
* #OLHAOGANCHO: É constitucional o art. 7º, III e XV, da Lei nº 9.782/99, que preveem que compete à ANVISA:
III - estabelecer normas, propor, acompanhar e executar as políticas, as diretrizes e as ações de vigilância
sanitária; XV - proibir a fabricação, a importação, o armazenamento, a distribuição e a comercialização de
produtos e insumos, em caso de violação da legislação pertinente ou de risco iminente à saúde; Entendeu-se
que tais normas consagram o poder normativo desta agência reguladora, sendo importante instrumento para a
implementação das diretrizes, finalidades, objetivos e princípios expressos na Constituição e na legislação
setorial. Além disso, o STF, após empate na votação, manteve a validade da Resolução RDC 14/2012- ANVISA,
que proíbe a comercialização no Brasil de cigarros com sabor e aroma. Esta parte do dispositivo não possui
eficácia erga omnes e efeito vinculante. Significa dizer que, provavelmente, as empresas continuarão
ingressando com ações judiciais, em 1ª instância, alegando que a Resolução é inconstitucional e pedindo a
liberação da comercialização dos cigarros com aroma. Os juízes e Tribunais estarão livres para, se assim
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entenderem, declararem inconstitucional a Resolução e autorizar a venda. Existem, inclusive, algumas decisões
nesse sentido e que continuam valendo. STF. Plenário. ADI 4874/DF, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em
1º/2/2018 (Info 889). #NÃOESQUECER: Vale ressaltar, no entanto, que a função normativa das agências
reguladoras, especialmente quando atinge direitos e deveres dos administrados, subordina-se obrigatoriamente
à lei. Assim, embora dotadas de considerável autonomia, as agências reguladoras somente podem exercer sua
competência normativa segundo os limites impostos pelas leis que as criaram. No caso da ANVISA, a Lei nº
9.782/99. A regulação setorial feita pelas agências reguladoras, apesar de estar subordinada à lei, não significa
simplesmente reproduzir mecanicamente a lei ou simplesmente preencher lacunas. A função regulatória das
agências reguladoras, como envolve um viés técnico, é qualitativamente diferente da mera edição de uma
portaria ou de qualquer outro ato regulamentar tradicional, possuindo um espaço maior para as agências
atuarem. Assim, a função regulatória das agências não é inferior ou superior à legislação, mas diferente, pelo
seu viés técnico. O poder normativo atribuído às agências reguladoras consiste em instrumento para a
implementação das diretrizes, finalidades, objetivos e princípios expresso na Constituição e na legislação
setorial.
c) Mandato (investidura a termo. Não é inteiramente adequado mencionar mandato pois pressupõe processo
eletivo) de prazo determinado – o prazo depende de cada lei da agência. Há projeto de lei que fala em 4 anos
não coincidente com o mandato do Presidente. Presidente não pode exonerar na hora que quiser. Ele pode sair
antes do prazo em razão de renúncia ou condenação judicial ou administrativa. Encerrado o mandato tem que
se esperar o período de quarentena remunerada de 4 meses, salvo algumas agências que tem o prazo de 12
meses – Art. 8º da Lei 9986/00 - O que ele não pode é ir para a iniciativa privada naquele ramo, pois já tem
informações privilegiadas. Pode mudar de ramo ou continuar no ramo na iniciativa pública. Independência
administrativa.
3
https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/82953/em-que-consiste-o-risco-de-captura-ariane-fucci-wady, por Ariane Fucci Wady.
Consulta em 24/04/17.
20
pode ser ainda utilizada em sentido mais amplo, abrangendo as principais situações em que se verifica, seja a
ineficácia do órgão regulador, seja a contaminação de sua atuação pelos interesses de alguma das partes
interessadas nas relações concernentes à atividade regulada (Estado, usuários e consumidores ou as empresas).
Nessa acepção ampla, a "captura" descreve a situação em que o ente regulador passa a atuar sem
imparcialidade, favorecendo sistematicamente uma das partes envolvidas com a atividade regulada ou passa a
ser uma estrutura inoperante, meramente figurativa. Pode significar o risco de concussão (corrupção dos
dirigentes), como também, a captura por contaminação de interesses, em que o órgão regulador assume os
valores e interesses do regulado, como se fossem interesses da coletividade, a captura por insuficiência de
meios, que ocorre quando a atuação do agente regulador é inviabilizada pela ausência ou má qualidade de seus
recursos e a captura pelo poder político, situação que ocorre quando não existem os instrumentos legais
capazes de assegurar a efetiva autonomia da agência reguladora e ela passa a ser um mero agente dos
interesses políticos-partidários dos governantes.4
d) Licitação. A lei 9472/97 afirmou que as agências reguladoras não se submeteriam à lei 8666, seguiriam
procedimento próprio definido pela própria agência e que seguiriam as modalidades de pregão e a consulta. A
lei foi objeto da ADI 1668 e o STF disse que as agências reguladoras se submetem sim a 8666, seguindo o seu
procedimento, mas deixou passar o pregão e a consulta. Pregão foi estendido para os demais entes, de forma
que o procedimento próprio das agências é a consulta, que ainda não foi regulamentada.
e) Regime de pessoa: atualmente, os servidores do quadro efetivo das agências reguladoras são ocupantes de
cargos públicos e estão submetidos ao regime estatutário. Contudo, nem sempre foi assim. Antigamente, a Lei
9986/00 previa a existência de emprego público (CLT) + cargos em comissão (estatutário). A ADI 2.310-1/DF
4
Artigos importantes da Lei nº 9.986: Art. 5º O Presidente ou o Diretor-Geral ou o Diretor-Presidente (CD I) e os demais
membros do Conselho Diretor ou da Diretoria (CD II) serão brasileiros, de reputação ilibada, formação universitária e
elevado conceito no campo de especialidade dos cargos para os quais serão nomeados, devendo ser escolhidos pelo
Presidente da República e por ele nomeados, após aprovação pelo Senado Federal, nos termos da alínea f do inciso III do
art. 52 da Constituição Federal. Parágrafo único. O Presidente ou o Diretor-Geral ou o Diretor-Presidente será nomeado
pelo Presidente da República dentre os integrantes do Conselho Diretor ou da Diretoria, respectivamente, e investido na
função pelo prazo fixado no ato de nomeação.
Art. 6º O mandato dos Conselheiros e dos Diretores terá o prazo fixado na lei de criação de cada Agência. Parágrafo único.
Em caso de vacância no curso do mandato, este será completado por sucessor investido na forma prevista no art. 5o.
Art. 8º O ex-dirigente fica impedido para o exercício de atividades ou de prestar qualquer serviço no setor regulado pela
respectiva agência, por um período de quatro meses, contados da exoneração ou do término do seu mandato. § 1o Inclui-
se no período a que se refere o caput eventuais períodos de férias não gozadas. §2o Durante o impedimento, o ex-dirigente
ficará vinculado à agência, fazendo jus a remuneração compensatória equivalente à do cargo de direção que exerceu e aos
benefícios a ele inerentes. § 3o Aplica-se o disposto neste artigo ao ex-dirigente exonerado a pedido, se este já tiver
cumprido pelo menos seis meses do seu mandato.§ 4o Incorre na prática de crime de advocacia administrativa, sujeitando-
se às penas da lei, o ex-dirigente que violar o impedimento previsto neste artigo, sem prejuízo das demais sanções cabíveis,
administrativas e civis§ 5o Na hipótese de o ex-dirigente ser servidor público, poderá ele optar pela aplicação do disposto
no § 2o, ou pelo retorno ao desempenho das funções de seu cargo efetivo ou emprego público, desde que não haja conflito
de interesse.
Art. 9º Os Conselheiros e os Diretores somente perderão o mandato em caso de renúncia, de condenação judicial
transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar. Parágrafo único. A lei de criação da Agência poderá prever
outras condições para a perda do mandato.
21
suspendeu a eficácia de tal dispositivo legal por meio de decisão cautelar, argumentando que as agências
reguladoras, por desempenharem função exclusiva de Estado, não poderiam prescindir da ocupação de cargos
públicos, com direitos e garantias a eles inerentes. Em razão disso, foi editada a MP 155/2003, que revogou
expressamente o dispositivo legal, passando a adotar o regime estatutário, próprio dos cargos públicos. Essa
MP foi convertida na Lei 10.871/2004 e, com isso, a ADI 2310 foi extinta.
*f) autonomia decisória: “além da questão já abordada quanto aos dirigentes das Agências Reguladoras, há
também outra característica destas que lhe dão a denominação de Autarquias em regime especial, como a
possibilidade de mediarem conflitos entre os regulados. Explica-se. Fato é que a função de resolver conflitos, em
que pese típica, não é exclusiva do Poder Judiciário, sendo tal função exercida atipicamente pelos demais
poderes da Federação. As Agências Reguladoras, Autarquias Especiais, também têm como peculiaridade a
possibilidade de solver conflitos dos particulares exercentes da atividade regulada, bem como entre estes e o
próprio Poder Público. Como Autarquias, as Agências Reguladoras não se subordinam hierarquicamente à
Administração Direta, mas, de outra banda, são submetidas ao denominado controle finalístico pela vinculação.
Nesse passo, há entendimento de que cabe recurso administrativo impróprio para o Ministério à qual se vincula
a Agência, desde que haja previsão legal autorizativa.”5
*g) autonomia econômico financeira: "o modelo de agências reguladoras comporta a atribuição de autonomia
financeira, por meio de garantia de receitas vinculadas. Isso significaria a possibilidade de manutenção de sua
estrutura e de seu funcionamento sem dependência de disputas políticas sobre a distribuição de verbas
orçamentárias.”6
Agência executiva é uma autarquia ou fundação que recebeu esta qualificação por ter celebrado um
contrato de gestão com a Administração Pública e por possuir um plano de reestruturação (art. 51 da Lei nº
9.649/98). São exemplos de agências executivas: INMETRO e SUDENE. As suas características são elencadas
abaixo:
a) Pode ter natureza de autarquia ou de fundação pública.
5
Retirado do site: https://jus.com.br/artigos/46453/o-poder-normativo-das-agencias-reguladoras-no-brasil
6
JUSTEN FILHO, Marçal- Curso de Direito Administrativo. São Paulo: Editora Fórum, 14ª ed.2009
22
d) É uma autarquia ou fundação que temporariamente será agência executiva, enquanto durar o contrato
de gestão. É apenas um status temporário. Não se pode falar em conversão, mas mera qualificação
(José dos Santos).
f) Criação. Requisitos:
Plano estratégico de reestruturação
Celebra com a Administração Direta –Ministério- um contrato de gestão. Surgiu para definir
aqueles contratos entre dois entes da Administração. A partir de 1998 a EC 19/98 alterou o art. 37,
§8º da CF, trazendo outras hipóteses do contrato de gestão. A doutrina critica muito. A conotação
foi alterada. Fala da hipótese de contrato entre administradores e órgãos. A crítica não é para a
possibilidade de realização do contrato de gestão pela autarquia, e sim por órgãos e
administradores.
Art. 37, § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e
indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores (isso não poderia ser
contrato administrativo. Seria inconstitucional) e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de
desempenho para o órgão (não tem personalidade jurídica. Não poderia celebrar contrato. Também seria
inconstitucional) ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) I
- o prazo de duração do contrato; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) II - os controles e
critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) III - a remuneração do pessoal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
19, de 1998)
Decreto do Presidente da República.
g) Objetivos:
Reestruturação da gestão (mais eficiência). Melhoria dos serviços, redução dos custos e otimização
dos recursos.
Conferir maior autonomia de gestão, através de prerrogativas e privilégios. Ex.: art. 14 da Lei 8666.
Ela pode ter uma dispensa de licitação com tratamento diferenciado. O art. 24 fala de dispensa de
licitação. Ela tem uma dispensa com valor maior. Art. 24 I E II (regra geral) - engenharia 15.000 e
outros 8.000. Ela tem o limite dobrado – Art. 24 §1º - Engenharia 30.000 e outros 16.000.
Art. 24. É dispensável a licitação: I - para obras e serviços de engenharia de valor até 10% (dez por cento) do
limite previsto na alínea "a", do inciso I do artigo anterior -convite-, desde que não se refiram a parcelas de uma
mesma obra ou serviço ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser
23
realizadas conjunta e concomitantemente; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998); II - para outros serviços e
compras de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso II - convite- do artigo
anterior e para alienações, nos casos previstos nesta Lei, desde que não se refiram a parcelas de um mesmo
serviço, compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizada de uma só vez; (Redação dada pela Lei nº
9.648, de 1998). §1o Os percentuais referidos nos incisos I e II do caput deste artigo serão 20% (vinte por cento)
para compras, obras e serviços contratados por consórcios públicos, sociedade de economia mista, empresa
pública e por autarquia ou fundação qualificadas, na forma da lei, como Agências Executivas. (Incluído pela Lei
nº 12.715, de 2012)
h) Críticas:
A doutrina diz que agencia executiva é um prêmio para a incompetência, ineficiência das autarquias
e fundações.
Se o texto cria a autarquia e fundação com uma liberdade x, não poderia um contrato ampliar essa
liberdade. Haveria a exigência de lei.
#ADENDO: Consórcios públicos. A lei 11.107/05 cria uma nova pessoa jurídica da administração indireta, são os
chamados consórcios públicos. Os entes políticos (U/E/M/DF) em razão de interesse comum (competência
também comum) celebram um contrato de consórcio. Na ideia de gestão associada. Desse contrato nasce uma
nova pessoa jurídica, que compõe a adm. indireta. Essa associação pode ser pública de regime público ou
pública de regime privado. Quando seguir o regime público ela será uma espécie de autarquia. Quando tiver o
regime privado, irá se aproximar do regime misto, híbrido ao das EP e SEM. Esse regime está previsto na própria
lei 11.107/05.
*#NÃOCONFUNDA: Conforme leciona Ricardo Alexandre, antes da vigência da Lei 11.107/2005, a doutrina, de
modo geral, considerava os consórcios e os convênios como acordo de vontades. Até então, a diferença exis-
tente entre os consórcios e os convênios se dava apenas em razão do nível federativo dos consorciados ou
convenentes.
Assim, se o acordo de vontades fosse celebrado entre entes que se encontrassem no mesmo nível federativo,
teríamos a figura dos consórcios públicos (podendo haver consórcios entre Municípios, bem como entre
Estados ou entre estes e o Distrito Federal). Todavia, se os entes acordantes fossem de níveis diferentes,
estaríamos diante de convênios (podendo haver convênios da União com os Estados, da União com os
Municípios, da União com os Estados e Municípios, dos Estados com os Municípios ou de qualquer deles com o
Distrito Federal).
24
A Lei 11.107/2005 alterou a natureza dos consórcios públicos ao prever que estes adquirirão personalidade jurí-
dica. Portanto, após a referida lei, os consórcios deixaram de ser meros acordos de vontade para se constituí-
rem em verdadeiras pessoas jurídicas criadas pelos entes consorciados, responsáveis por exercer de forma des-
centralizada objetivos comuns das pessoas federativas consorciadas.
*#OUSESABER: No direito brasileiro, admite-se a ação conhecida por "golden share"? Sim!
Golden shares são ações de classe especial presentes em empresas estatais ou de capital misto, as quais
garantem ao Estado direitos especiais de caráter estratégico, como o poder de veto de algumas decisões. O
instrumento teve origem no Reno Unido, no contexto do processo de privatização das empresas estatais.
No ordenamento pátrio, as golden shares estão previstas no § 7º, do art. 17, da Lei n. 6.404/1976, segundo o
qual: “Nas companhias objeto de desestatização poderá ser criada ação preferencial de classe especial, de
propriedade exclusiva do ente desestatizante, à qual o estatuto social poderá conferir os poderes que
especificar, inclusive o poder de veto às deliberações da assembleia-geral nas matérias que especificar”.
Saliente-se que a União detém golden shares da Vale, da Embraer e do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB).
As Empresas Públicas (EP) e Sociedades de Economia Mista (SEM) são pessoas jurídicas de direito
privado integrantes da Administração Pública Indireta.
São regidas por um regime predominantemente privado, chamado por alguns de regime híbrido, sui
generis. Isso porque, por mais que sejam influenciadas pelo regime privado, possuem características do
regime de direito público.
*#OUSESABER: Empresas semiestatais são aquelas cuja MINORIA do capital votante pertence ao Poder
Público. Não chegam a ser empresas públicas (o capital pertence totalmente ao Poder Público) nem sociedades
de economia mista (a maioria do capital votante pertence ao Poder Público), nos termos da Lei 13.303/16.
Nesse sentido, não integram a Administração Pública, mas o seu controle (necessidade ou não de licitação,
fiscalização pelos Tribunais de Contas etc.) é discutido na doutrina.
a) Pessoa Jurídica de Direito Privado. O nome empresa pública está ligado ao capital público e não a sua
natureza jurídica.
d) Capital exclusivamente público. Esse capital pode ser de mais de um ente. Qualquer pessoa administrativa
pública ou privada. Tem que fazer parte da administração.
e) A sua constituição pode ocorrer através de qualquer modalidade empresarial. Só as federais podem mudar a
natureza. As do plano inferior devem obedecer à lei federal, pois compete privativamente a União legislar sobre
direito civil e comercial.
*#OUSESABER: Embora as empresas públicas possam assumir qualquer forma jurídica (sociedade limitada,
sociedade em comandita etc.), devem submeter-se obrigatoriamente às normas da Lei 6.404/76, a Lei das
Sociedades Anônimas. Trata-se de inovadora previsão do art. 7º da Lei 13.303/16, a chamada Lei das Estatais.
Vale lembrar que as sociedades de economia mista continuam devendo adotar a forma de sociedades
anônimas, conforme art. 5º daquela Lei.
d) Capital misto. O capital é apenas parcialmente público. O comando da SEM tem que está nas mãos do poder
público, apesar do capital privado. A maioria do capital que dá direito a voto precisa estar nas mãos do poder
público. obs.: sociedades de mera participação do Estado – Estado detém capital minoritário. Não integra a
Administração Indireta.
a) Capital
EP: público
SEM: misto
b) Constituição
EP: qualquer modalidade
SEM: sociedade anônima
c) Competência para julgamento das ações. Decorre da análise do art. 109 da CF.
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: I - as causas em que a União, entidade autárquica ou
empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de
falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho.
#SELIGANASÚMULA:
Súmula 517, STF: As sociedades de economia mista só têm foro na justiça federal, quando a união intervém
como assistente ou opoente.
Súmula 556, STF: É competente a justiça comum para julgar as causas em que é parte sociedade de economia
mista.
Súmula 270 STJ O protesto pela preferência de crédito, apresentado por ente federal em execução que tramita
na Justiça Estadual, não desloca a competência para a Justiça Federal.
Súmula 365, STF A intervenção da União como sucessora da Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA) desloca a
competência para a Justiça Federal ainda que a sentença tenha sido proferida por Juízo estadual.
Obs.: Finalidade das SEM e EP: O regime varia e acordo com a finalidade da empresa estatal. Se for prestador
de serviço público, o regime se aproxima mais daqueles das pessoas jurídicas de direito público. Se for
exploradora de atividade econômica se aproxima das empresas privadas que estão fora da Administração.
Art. 173 CF - Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo
Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse
27
coletivo, conforme definidos em lei.§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade
de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização
de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre. I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e
pela sociedade; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) II - a sujeição ao regime jurídico próprio
das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários III -
licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da administração
pública; IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a participação de
acionistas minoritários; V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores.
a) Contratos
Após a Lei das Estatais (art. 68) os contratos firmados pelas estatais com seus fornecedores e
prestadores de obras e serviços são contratos de direito privado. Regem-se, portanto, pelos preceitos
do direito privado, ao contrário dos contratos administrativos, regidos pelos preceitos de direito
público.
Licitação:
o (1) Se prestadoras de serviço público, estão submetidas às regras gerais de licitação.
Art. 37, XXI, CF - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão
contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os
concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da
proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica
indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. Art. 1º Lei 8666/93. Esta Lei estabelece normas gerais
sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras,
alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
o (2) Se exploradoras de atividade econômica, poderão ter estatuto próprio, criado por lei
específica.
Art. 173, §1º, III. A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de
suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação
de serviços, dispondo sobre. III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os
princípios da administração pública.
Até pouco tempo atrás o regime não tinha sido criado, devendo seguir a regra geral (Lei 8666). Até
porque a lei 8666 não fazia distinção entre empresas estatais prestadoras de serviço ou exploradoras da
atividade econômica. Na prática, no entanto, elas acabavam escapando da licitação, pelas hipóteses de dispensa
e inexigibilidade. No entanto essa situação mudou em face do advento da LEI 13.303/2016, denominado
28
ESTATUTO DAS ESTATAIS. Ao final do tópico sobre empresas estatais, você poderá conferir apontamentos
sobre o Estatuto das Estatais.
b) Bens.
Em regra, são privados e, por isso, penhoráveis e alienáveis. Seguem, no entanto, o regime de bens
públicos, quando os bens estiverem diretamente ligados à prestação do serviço, em razão do princípio da
continuidade dos serviços públicos.
#CUIDADO! Os bens das empresas estatais prestadoras de serviço público são penhoráveis? Sim! Só não
penhora se estiver ligação direta com a prestação do serviço público. JOSÉ DOS SANTOS discorda e diz que são
todos privados. Obs.: ECT tem um tratamento diferenciado. Apesar de ser empresa pública, o STF reconheceu a
sua exclusividade na prestação do serviço, o que lhe conferiu o tratamento de Fazenda Pública, sendo, portanto,
os seus bens, impenhoráveis, ligados ou não ao serviço público.
c) Responsabilidade civil.
Prestadoras de serviço púbico. Art. 37, §6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito
privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa
- fala em pessoa de direito privado prestadora de serviço público. Se, portanto, a empresa estatal é
prestadora de serviço público, a responsabilidade é objetiva. O ente instituidor (Estado) responde
subsidiariamente pelos danos causados pela SEM e EP prestadoras de serviço público, pois o serviço é
um dever do Estado. A responsabilidade é objetiva e subsidiária. A responsabilidade do Estado por ato
de empresa pública prestadora de serviço público é objetiva? Verdadeiro. São dois parâmetros
diferentes, elemento culpa – objetiva – e elemento ordem – subsidiária.
#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA: Obs.: o STF chegou a dizer que quanto ao não usuário do serviço a
responsabilidade seria subjetiva. Esse entendimento não prevaleceu. Hoje se entende que a responsabilidade é
objetiva em ambos os casos. STF RE 591874. EMENTA: CONSTITUCIONAL. RESPONSABILIDADE DO ESTADO. ART.
37, § 6º, DA CONSTITUIÇÃO. PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO PRESTADORAS DE SERVIÇO PÚBLICO.
CONCESSIONÁRIO OU PERMISSIONÁRIO DO SERVIÇO DE TRANSPORTE COLETIVO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA
EM RELAÇÃO A TERCEIROS NÃO-USUÁRIOS DO SERVIÇO. RECURSO DESPROVIDO.
Exploradoras de atividade econômica. Não estão no art. 37, §6º, devendo aplicar as regras do Direito
Civil. Dessa forma, em regra, é subjetiva. A posição doutrinária que prevalece é que sendo atividade
econômica o Estado não responde. José dos Santos discorda, afirmando que o Estado sempre tem
responsabilidade subsidiária.
d) Regime falimentar.
Alguns doutrinadores dizem que deve se observar a finalidade das empresas.
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Lei 11.101/05 art. 2º, I - Esta Lei não se aplica a: I – empresa pública e sociedade de economia mista; II –
instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, consórcio, entidade de previdência
complementar, sociedade operadora de plano de assistência à saúde, sociedade seguradora, sociedade de
capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às anteriores;
De acordo com a redação do art. acima, a Lei de Falências não faz diferença com relação à finalidade das
empresas, aduzindo que as EP e SEM não estão sujeitas à falência. A exemplo Celso Antônio, que diz que só não
se submetem se forem prestadoras de serviço público. O que prevalece é a regra legal, isto é, que
independentemente da finalidade, elas não se submetem à falência. Princípio da continuidade dos serviços
justificaria no caso das prestadoras de serviço público. Penhora e execução normais.
e) Regime Tributário.
Serviços públicos. Segundo jurisprudência do STF se for prestadora de serviço com exclusividade, terá
imunidade recíproca para impostos (somente). RE 580.264. Se o encargo tributário for repassado ao
usuário, as sociedades não terão privilégios.
Exploradora da atividade econômica. Vejamos o art. 173, §2º e o art. 150, §3, todos da CF.
Art. 173 §3º - § 2º - As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios
fiscais não extensivos às do setor privado – só podem ter privilégios que a iniciativa privada também tenha.
Art. 150, §3º - As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos
serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a
empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário,
nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel.
*#OUSESABER: O art. 173 da CF, § 2º, assim dispõe: § 2º As empresas públicas e as sociedades de economia
mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado. Entretanto, segundo a
doutrina majoritária, no que pese não haver menção expressa ou distinção entre as empresas públicas e
sociedades de economia mista exploradoras de atividades econômicas e prestadoras de serviços públicos, tal
vedação se aplica somente às empresas públicas e sociedades de economia mista exploradoras de atividades
econômicas. Vejamos o que diz Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo sobre o tema: “(...) é amplamente
majoritário o entendimento de que a vedação alcança somente as empresas públicas e sociedades de economia
mista exploradoras de atividades econômicas – e não as prestadoras de serviço públicos.” (Direito
Administrativo Descomplicado. 24ª Edição. Pág. 87). Ressalta-se, por fim, que essa concessão de benefício fiscal
exclusivo deve obedecer a natural observância dos princípios constitucionais pertinentes.
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*DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA #IMPORTANTE #PROCURADORIAS #VAICAIR:
É aplicável o regime dos precatórios às sociedades de economia mista prestadoras de serviço público próprio
do Estado e de natureza não concorrencial. STF. Plenário. ADPF 387/PI, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em
23/3/2017 (Info 858).
* As empresas públicas e sociedades de economia mista não têm direito à prerrogativa de execução via
precatório. STF. 1ª Turma. RE 851711 AgR/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 12/12/2017 (Info 888). Em
regra, as empresas estatais estão submetidas ao regime das pessoas jurídicas de direito privado (execução
comum). No entanto, é possível sim aplicar o regime de precatórios para empresas públicas e sociedades de
economia mista que prestem serviços públicos e que não concorram com a iniciativa privada. Assim, é aplicável
o regime dos precatórios às empresas públicas e sociedades de economia mista prestadoras de serviço público
próprio do Estado e de natureza não concorrencial. STF. 1ª Turma. RE 627242 AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, Rel.
p/ Acórdão Min. Roberto Barroso, julgado em 02/05/2017. STF. Plenário. ADPF 387/PI, Rel. Min. Gilmar Mendes,
julgado em 23/3/2017 (Info 858).
f) Regime de pessoal.
Obrigatoriamente celetista. Regime trabalhista. Há empregado (não falar em empregado público). São
chamados de servidores de entes governamentais de direito privado. Não estão incluídos como servidores
públicos. No entanto, em algumas situações eles são equiparados aos servidores públicos: (1) exigência de
concurso público (2) regime de não acumulação de cargos (3) sujeição ao teto quando receber repasse da Adm.
Direta para o seu custeio (despesas correntes) (4) sujeitos à lei 8429/92 - improbidade administrativa (5) para a
lei penal. Entram no conceito de funcionário público (art. 327 CP) (6) Remédios constitucionais. Estão sujeitos ao
MS, Ação Popular, etc. Obs.: Segundo a lei 12016, há a necessidade de prestação do serviço público. Dessa
forma, se o dirigente trabalha numa empresa estatal que seja exploradora de atividade econômica, não cabe
MS.
Diferenças: (1) Dispensa. Aplica-se aos empregados a súmula 390 do TST -
#SELIGANASÚMULA: Súmula 390. Estabilidade. Art. 41 da CF/1988. Celetista. Administração direta, autárquica
ou fundacional. Aplicabilidade. Empregado de empresa pública e sociedade de economia mista. Inaplicável.
(Conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 229 e 265 da SDI-1 e da Orientação Jurisprudencial nº 22 da
SDI-2 - Res. 129/2005, DJ 20.04.2005) I - O servidor público celetista da administração direta, autárquica ou
fundacional é beneficiário da estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988. (ex-OJ nº 265 da SDI-1 - Inserida em
27.09.2002 e ex-OJ nº 22 da SDI-2 - Inserida em 20.09.00) II - Ao empregado de empresa pública ou de
sociedade de economia mista, ainda que admitido mediante aprovação em concurso público, não é garantida a
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estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988. (ex-Oj nº 229 - Inserida em 20.06.2001), pois o empregado não goza
de estabilidade.
O TST conjuga essa súmula com a OJ 247- a despedida de empregados de empresa pública e da sociedade de
economia mista, mesmo admitidos por concurso público, independe de ato motivado para a sua validade - que
afasta a exigência de dispensa motivada. O TST ressalvou a situação dos empregados da ECT. No RE 589998 o
STF reafirmou que os empregados da ECT não têm estabilidade do art. 41, mas confirma que a dispensa tem que
ser motivada. http://www.direitodoempregado.com/stf-decide-contra-oj-247-do-tst/
a) ECT - Correios
Tem natureza de empresa pública.
Na ADPF 46, teve reconhecida no STF a exclusividade do serviço postal. É diferente de monopólio, que é
ligado à atividade econômica. Exclusividade deve ser utilizado para serviço público.
Tratamento de fazenda pública. (1) bens impenhoráveis, independentemente de sua finalidade. (2)
regime de precatório (3) imunidade tributária recíproca, somente para impostos (4) dispensa motivada.
b) Petrobrás
A lei 9478/97 criou a ANP e no seu artigo 67 - Os contratos celebrados pela PETROBRÁS, para aquisição
de bens e serviços, serão precedidos de procedimento licitatório simplificado, a ser definido em decreto do
Presidente da República- trouxe um procedimento simplificado de licitação para a Petrobrás, definido pelo
Presidente através de decreto. Hoje esse procedimento está no Decreto 2745/98. O TCU diz que isso não é
possível, pela sua natureza de empresa estatal. Diz que até seria possível se fosse realizado por lei específica que
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atingisse todas as empresas privadas. Decidiu, portanto, no Acórdão 39 que seria inconstitucional, suspendendo
o procedimento. A Petrobrás, por sua vez, levou a discussão ao STF e no MS 25888 (liminar – até agora não
julgou o mérito) o Tribunal decidiu que, segundo a súmula 347, o TCU pode até dizer que uma norma é
inconstitucional, mas não pode substituir o STF realizando controle concentrado de constitucionalidade, fazendo
com que a Petrobrás continue realizando o procedimento simplificado.
*#ATENÇÃO #MUDANÇA: No caso específico da Petrobras, o Decreto 2.745/1998, que estabelecia o regime
simplificado de licitação, não poderá mais ser utilizado após a revogação da norma legal que lhe dava
fundamento. Com efeito, o art. 67 da Lei 9.478/1997, que remetia ao decreto presidencial a definição do
procedimento licitatório simplificado na Petrobras, foi revogado pelo art. 96, II, da Lei 13.303/2016.
4.4.6. REGIME CRIADO – REGRAS GERAIS - LEI 13.303/2016 – Estatuto das Estatais #NOVIDADE
a) Conceitos Básicos.
Empresas estatais: criadas com capital 100% do Estado, admitindo-se a participação societária de
qualquer entidade da Administração Pública direta ou indireta, mas VEDANDO a participação de
particulares.
Sociedades de economia mista: permite-se a participação societária de particulares desde que o
controle acionário se mantenha nas mãos das entidades integrantes do Estado.
b) Requisitos de transparência:
a) Carta anual subscrita pelo Conselho de Administração;
b) Adequação de seu estatuto à autorização legislativa;
c) Divulgação tempestiva e atualizada de suas informações (estrutura de controle/fatores de risco/dados
econômico-financeiros/etc)
d) Elaboração de política de distribuição de dividendos, respeitado o interesse público;
e) Divulgação, em nota explicativa, de dados operacionais e financeiros das atividades;
f) Elaboração e divulgação da política de transações com partes relacionadas a partir de critérios de
requisitos de competitividade/conformidade/transparência/equidade/comutatividade;
g) Divulgação anual de relatório integrado ou de sustentabilidade.
d) Arbitragem
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De acordo com o art. 12 da Lei 13.303/16 – Existindo controvérsias entre acionistas, é possível
solucionar a questão por meio da arbitragem.
e) Conselho de Administração
Tem no mínimo 7 e no máximo 11 pessoas, sendo que 3 serão designados como Diretores da estatal. Os
conselheiros deverão ter experiência profissional, formação acadêmica compatível e não se enquadrar nas
hipóteses de inelegibilidade.
f) Conselho Fiscal
Composto por pessoas naturais, residentes no país, com formação acadêmica compatível, e que tenham
exercido, por prazo mínimo de 3 anos, cargo de direção ou assessoramento na Administração Pública ou cargo
de conselheiro fiscal ou administrador da empresa.
g) Licitações
- O processo de inexigibilidade será instruído com a caracterização da situação emergencial ou calamitosa que
justifique a dispensa. Não obstante a desnecessidade do processo de licitação será instaurado um processo
simplificado justificador da situação excepcional.
MODALIDADES:
Regra geral: Pregão (bens e serviços comuns) – art. 32, IV, da Lei – ele é preferencial e NÃO EXCLUSIVO.
Ex.: não se pode utilizar o pregão para a execução ou alienação de bens pelas empresas estatais.
Atentar-se para a sustentabilidade e acessibilidade para pessoas com deficiência.
Melhor técnica ou a melhor combinação de técnica e preço e CONTRATAÇÃO SEMI-INTEGRADA: mín. 45 dias
úteis.
6. Negociação
- Sempre que a proposta vencedora for desclassificada, serão negociados licitantes que ofertaram as propostas
subsequentes.
7. Habilitação
- Habilitação jurídica
- Qualificação técnica
- Capacidade econômica e financeira
- Recolhimento de quantia a título de adiantamento
OBS: Se for licitação do tipo MAIOR OFERTA DE PREÇO, os requisitos de qualificação técnica e de capacidade
econômica e financeira poderão ser DISPENSADOS.
8. Recurso
- O prazo é único.
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- 5 dias úteis a contar da habilitação
9. Adjudicação do objeto
REGISTRO DE PREÇOS
- É necessária a observância de algumas condições:
a) pesquisa de mercado
b) seleção de acordo com os procedimentos previstos
c) rotina de controle e atualização periódica dos preços
d) validade do registro
e) inclusão do registro dos licitantes que aceitaram cotar os bens ou serviços com preços iguais ao do licitante
vencedor
GARANTIA
- Até 5% (= 8666) do valor do contrato (pode chegar até 10% para as contratações de grande vulto – alta
complexidade técnica e riscos financeiros).
- O particular definirá a forma de prestação da garantia (em dinheiro, seguro garantia ou fiança bancária).
DURAÇÃO DOS CONTRATOS: prazo de 5 anos, pois não se admite contratos por prazo indeterminado.
Exceção: poderá exceder em 2 situações
a) Plano de negócios e investimentos
b) Prática rotineira de mercado
OBS: Não se admite a alteração unilateral. Deve se proceder mediante acordo entre as partes.
É possível a alteração bilateral nos seguintes casos de modificação:
a) do projeto;
b) do valor contratual;
c) substituição da garantia de execução;
d) do regime de execução da obra ou serviço;
e) da forma de pagamento, VEDADA A ANTECIPAÇÃO DO PAGAMENTO sem a correspondente contraprestação
de fornecimento;
f) reestabelecer a relação contratual para a manutenção do equilíbrio econômico financeiro, em caso de força
maior, caso fortuito ou fato do príncipe.
Obs.: - art. 81, §2º, da Lei – O contratado poderá aceitar os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras,
serviços ou compras até 25%. Nos contratos de reforma, até 50% - essas alterações dependem sempre do
consentimento do particular contratado.
- É possível a revisão contratual nos casos de fato do príncipe – art. 81, §5º da Lei. O §6º contempla as hipóteses
de fato da Administração, quando o desiquilíbrio do contrato decorrer de atuação do ente estatal dentro da
relação contratual.
SANÇÕES
I – Advertência por escrito
II – Multa se houver previsão no instrumento convocatório ou no contrato. Não se confunde com o dever de
ressarcir e pode ser aplicada isolada ou cumulativamente.
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- A multa será descontada da garantia do respectivo contratado. Sendo o valor superior ao valor da
garantia prestada, responderá o contratado pela diferença, que será descontada dos pagamentos
eventualmente devidos pela Adm. pode também ser cobrada judicialmente.
III – Suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a Adm. – prazo
máximo de 2 anos.
- Aqui é preciso a instauração de processo administrativo regular, facultada a defesa prévia do
interessado, no prazo de 10 dias úteis.
- A suspensão também poderá ser aplicada nos casos em que as empresas ou profissionais:
a) tenham sofrido condenação definitiva por terem praticado fraude fiscal no recolhimento de
quaisquer tributos;
b) tenham praticado atos ilícitos visando a frustrar os objetivos da licitação
c) demonstrem não possuir idoneidade
SUBCONTRATAÇÃO
Art. 78 da Lei - O contratado poderá subcontratar partes da obra, serviço ou fornecimento, até o limite
admitido, em cada caso, pela empresa pública ou pela sociedade de economia mista, conforme previsto no
edital do certame.
- Desde que seja parcial e mediante autorização da empresa estatal.
- Tem que atender a todas as exigências de qualificação
5. ENTES DE COOPERAÇÃO
5.1. Conceito
São também chamados de terceiro setor, entes paraestatais ou organizações não governamentais. São
pessoas privadas que estão fora da Administração (TCU acaba considerando em alguns momentos como adm.
indireta ao limitar a remuneração de seus dirigentes, na forma do art. 37, XI), mas que cooperam, auxiliam o
Estado. Por que terceiro setor? O primeiro setor é o Estado, o segundo é o mercado, o terceiro setor são as
pessoas privadas que auxiliam o Estado e o quarto setor representa a economia informal e a pirataria. Prestam
atividade e interesse coletivo, mas não prestam serviços públicos propriamente ditos. Prestam, na verdade,
serviços sociais. Elas não têm fins lucrativos. Ex.: serviços sociais autônomos, entidades de apoio, organizações
sociais e organizações da sociedade civil de interesse público.
5.2. Espécies
5.2.1 Serviços sociais autônomos – sistema S (SESI, SESC, SEBRAE, SENAC, SEST, SENAI, SENAR, SENAT)
a) É pessoa jurídica de direito privado, que está fora da Administração, integrando a iniciativa privada. O
objetivo é fomentar as diversas categorias profissionais. Assistência ou ensino qualificado (de formação
profissional) a determinadas categorias profissionais. Qualquer forma de personalidade jurídica privada. Os
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estatutos são delineados geralmente por regimentos internos aprovados por decreto do chefe do executivo.
Sem fins lucrativos. Pode haver superávit, que deverá ser aplicado na própria instituição.
b) Não é caso de delegação de serviços. Não prestam serviços públicos propriamente ditos. Segundo observa
Maria Sylvia Zanella Di Pietro, “essas entidades não prestam serviço público delegado pelo Estado, mas
atividade privada de interesse público (serviços não exclusivos do Estado)”.
c) Dependem de autorização legislativa, mas a criação efetiva é feita pela confederação nacional respectiva.
Registro no cartório de registro civil de pessoas jurídicas.
d) Pode receber:
Repasse, através de dotação orçamentária específica.
Parafiscalidade (art. 149 CF) é a delegação da capacidade tributária. Competência tributária é a aptidão
para instituir tributo e é indelegável. A capacidade tributária é a aptidão de arrecadas tributos, que é
delegável. A Parafiscalidade não pode beneficiar qualquer pessoa. Tem que ser uma pessoa jurídica que
cumpra finalidade pública, como é o caso do serviço social. Não pode ser qualquer particular. É
considerado dinheiro público, por ser compulsório e por ter finalidade específica.
f) Não gozam de privilégios administrativos, processuais ou fiscais, salvo lei especial. Privilégio tributário – art.
150, VI, c patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais
dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os
requisitos da lei.
#JURISPRUDÊNCIA: Serviços sociais autônomos não precisam realizar concurso público. Os serviços sociais
autônomos, por possuírem natureza jurídica de direito privado e não integrarem a Administração Pública,
mesmo que desempenhem atividade de interesse público em cooperação com o ente estatal, NÃO estão
sujeitos à observância da regra de concurso público (art. 37, II, da CF/88) para contratação de seu pessoal. STF.
Plenário. RE 789874/DF, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 17/9/2014 (repercussão geral) (Info 759)
g) Regime de pessoal.
Celetista (emprego privado).
Processo seletivo. – * José dos Santos Carvalho Filho entende que não pode, pois não fazem parte da
Administração, obedecendo aquilo que está previsto na lei que institui.
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Em 2015, o CESPE considerou correta a seguinte assertiva (AGU): Em consonância com o entendimento do STF, os serviços
sociais autônomos estão sujeitos ao controle finalístico do TCU no que se refere à aplicação de recursos públicos recebidos.
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São passíveis de MS/AP. Se for ato administrativo, por ter havido delegação.
Respondem por improbidade administrativa, pois há dinheiro público. Art. 1º, parágrafo único, Lei
8429/92. Vantagens fiscais.
Para a lei penal se equiparam aos servidores públicos.
5.2.2. Entidades de apoio (FABEX – UFBA; FCDC-UFC; FINATEC – UNB; FUNDEP-UFMG)- CONVÊNIO
a) Pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos. Os próprios servidores da Universidade constituem essa
entidade de apoio. Ex.: pós-graduação paga, por ser pessoa privada. O ideal seria que o Estado custeasse.
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Ocorre também em hospitais públicos para financiar a pesquisa. Não se mistura com a personalidade da
Universidade. As entidades de apoio das Universidade Públicas estão regulamentadas pela Lei 9858/94.
e) Finalidades. Atividade ou serviço social, que não são serviços públicos propriamente ditos. Relaciona-se com
os serviços de ciência, pesquisa, apoio à saúde e apoio à educação. Normalmente são conveniadas a
Universidades Públicas e Hospitais.
g) Privilégios.
Pode receber dotação orçamentária específica.
Cessão de servidores públicos
Utilização especial dos bens, através de permissão de uso de bem público.
h) Criticas. Nos convênios as pessoas acabam se confundindo e a entidade de apoio assume a gestão de bens
públicos. Há uma grande preocupação em relação a isso. Recebem dotação e:
Não seguem regime público
Não fazem licitação
Não fazem concurso
5.2.3. Organizações sociais – OS´s (Instituto de Desenvolvimento Sustentável, Centro de Gestão e Estudos
Estratégicos, Instituto de Matemática Pura e Aplicada). – CONTRATO DE GESTÃO.
a) Prevista na lei 9637/98. São de âmbito nacional. Mas os estados e municípios podem criar, desde que por leis
próprias. Pessoa jurídica de direito privado criada por particulares. Sem fins lucrativos. Prestam serviços públicos
não exclusivos do Estado.
b) Criação. Surge da extinção de estruturas da Administração Pública. Vou lhe conferir o que o órgão fazia, os
seus bens, através de um (1) contrato de gestão. Como a OS celebra contrato de gestão sem ter nascido. Ela
nasce no contrato que ela mesma celebra. Por isso alguns doutrinadores chamam de entidade fantasma. O
contrato de gestão é entre a OS e o órgão. (2) registro dos atos constitutivos no órgão competente:
cumprimento dos requisitos + aprovação do Ministro (análise discricionária. Alguns chamam de
discricionariedade escandalosa). Não precisa existir anteriormente, nem ter experiência no ramo.
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e) Finalidades. Ensino. Pesquisa científica. Desenvolvimento tecnológico. Meio ambiente. Cultura. Saúde.
f) Privilégios:
Dotação orçamentária específica – controle do TCU
Bens públicos – permissão de uso
Cessão de servidores a expensas do erário
Dispensa de licitação nos contratos decorrentes do contrato de gestão. Art. 24, XXIV da Lei 8666 - para a
celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações sociais, qualificadas no âmbito
das respectivas esferas de governo, para atividades contempladas no contrato de gestão.
a) Lei 9.790/99. Pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos. Prestam serviços sociais não exclusivos do
Estado. Objetiva viabilizar um projeto específico, determinado de modernização de um órgão. Acaba burlando o
sistema. O Ministério do Trabalho vem querendo acabar com isso. Há a contratação dos parentes via OSCIP. O
Estado supre mão de obra e contrata pessoas que não podem contratar.
b) Vínculo jurídico – termo de parceria. Não há cessão de servidores, de bens. Apenas dotação orçamentária.
Tem a ideia de execução de um projeto específico de restruturação/modernização.
c) pode desenvolver trabalho em assistência social. Cultura. Patrimônio histórico e artístico. Meio ambiente.
Desenvolvimento econômico e social. Eliminação da pobreza.
d) requisito:
Necessidade de preexistência. Não poder ser pessoa nova como na OS.
Art. 2o Não são passíveis de qualificação como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP),
ainda que se dediquem de qualquer forma às atividades descritas no art. 3 o desta Lei: I - as sociedades
comerciais; II - os sindicatos, as associações de classe ou de representação de categoria profissional; III - as
instituições religiosas ou voltadas para a disseminação de credos, cultos, práticas e visões devocionais e
confessionais; IV - as organizações partidárias e assemelhadas, inclusive suas fundações; V - as entidades de
benefício mútuo destinadas a proporcionar bens ou serviços a um círculo restrito de associados ou sócios; VI -
as entidades e empresas que comercializam planos de saúde e assemelhados; VII - as instituições hospitalares
privadas não gratuitas e suas mantenedoras; VIII - as escolas privadas dedicadas ao ensino formal não gratuito
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e suas mantenedoras; IX - as organizações sociais (OS); X - as cooperativas; XI - as fundações públicas; XII - as
fundações, sociedades civis ou associações de direito privado criadas por órgão público ou por fundações
públicas; XIII - as organizações creditícias que tenham quaisquer tipo de vinculação com o sistema financeiro
nacional a que se refere o art. 192 da Constituição Federal.
#ATENÇÃO #ESQUEMA8:
OS OSCIP
Foram criadas pela L. 13.019/14. A lei foi chamada de marco regulatório das organizações
governamentais. *O prazo de vacância da Lei 13.019/14 se prorrogou várias vezes, já estando em vigor desde
janeiro de 2016, com alterações feitas pela lei 13.204/15. Recomenda-se ler a lei para os concursos em que a
matéria de Direito Administrativo é cobrado de forma mais intensa, em especial procuradorias.
#ATENÇÃO: Nesse contexto, você sabe as semelhanças e as diferenças entre termo de colaboração e termo de
fomento? Os instrumentos legais que formalizam as parcerias com o Poder Público são o termo de colaboração
e o termo de fomento. Só produzem efeitos jurídicos após a publicação de seus extratos no meio oficial de
publicidade da Administração.
#SEMELHANÇAS: Em comum, ambos: (1) retratam cooperação mútua entre os parceiros, (2) alvitram a
consecução de finalidades de interesse público e (3) são firmados sem prejuízo dos contratos de gestão e dos
termos de parceria.
#DIFERENÇAS: A diferença entre eles reside apenas na iniciativa da proposta de parceria: enquanto o termo de
colaboração formaliza a parceria proposta pela Administração Pública, o termo de fomento decorre de proposta
da organização da sociedade civil.
#ATUALIZAÇÃOLEGISLATIVA:
Lei 13.204/2015: altera a Lei nº 13.019/2014, que estabelece o regime jurídico das parcerias voluntárias.
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Agradecimentos à Aluna Lara Medeiros pela atualização.
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Art. 1º Esta Lei institui normas gerais para as parcerias entre a administração pública e organizações da
sociedade civil, em regime de mútua cooperação, para a consecução de finalidades de interesse público e
recíproco, mediante a execução de atividades ou de projetos previamente estabelecidos em planos de trabalho
inseridos em termos de colaboração, em termos de fomento ou em acordos de cooperação.
"Art. 83. ..................................................................................
§ 1o As parcerias de que trata o caput poderão ser prorrogadas de ofício, no caso de atraso na liberação de
recursos por parte da administração pública, por período equivalente ao atraso. (Redação dada pela Lei nº
13.204, de 2015)
Art. 88. Esta Lei entra em vigor após decorridos quinhentos e quarenta dias de sua publicação oficial, observado
o disposto nos §§ 1o e 2o deste artigo.
#ATENÇÃO #ATUALIZAÇÃOLEGISLATIVA
Lei 13.204/2015: altera a Lei 13.019/2014, que estabelece o regime jurídico das parcerias voluntárias.
DIPLOMA DISPOSITIVOS
CF Art. 37
*Dec. Lei nº 200/67 Todos os dispositivos (cuidado com os que
eventualmente não foram recepcionados).
Lei nº 13.303/16 Integralmente
Lei nº 9.637/99 (OS) Integralmente
Lei nº 9.790/99 (OSCIP) Integralmente
Lei nº 13.019/14 Integralmente
BIBLIOGRAFIA UTILIZADA
FILHO, José dos Santos Carvalho. Manual de Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 2015.
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. São Paulo: Malheiros, 2014.
Anotações Pessoais.