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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO EMPRESARIAL E INOVAÇÃO

A Importância da Gestão da Manutenção nos Impactos

Financeiros de uma Empresa
Autor: Alex Brasil

Resumo: Este artigo tem como objetivo analisar a influência da gestão da manutenção nos
resultados financeiros de empresas, destacando sua importância na redução de custos
operacionais, na otimização do desempenho dos ativos e, consequentemente, na maximização
dos lucros. A pesquisa foi conduzida com base em revisão bibliográfica de dois artigos,
demonstrando como uma gestão eficaz da manutenção contribui diretamente para a saúde
financeira das organizações. Conclui-se que investir em práticas de gestão da manutenção é
essencial para a sustentabilidade financeira e o sucesso a longo prazo de uma empresa.

Palavras-chave: Gestão de manutenção, gestão financeira, ativos.


1 Introdução
A gestão financeira é um componente fundamental
para a sobrevivência e o crescimento de qualquer
empresa. Nesse contexto, a gestão da manutenção
dos ativos da organização emerge como uma área de
grande relevância, capaz de influenciar
significativamente os resultados financeiros.
Conforme afirma Gomes (2018), a gestão da
manutenção "é essencial para assegurar a operação
eficiente e eficaz dos ativos da empresa, garantindo
sua disponibilidade e confiabilidade."
A eficiência operacional, de acordo com
Kaplan e Norton (1996), é essencial para a
maximização dos lucros, sendo a manutenção
preventiva um fator crucial nesse processo. Através
de práticas bem estruturadas de gestão da
manutenção, a empresa pode não apenas prevenir
falhas inesperadas e reduzir custos de reparos
emergenciais, como também otimizar a utilização
de seus ativos, contribuindo para a eficiência
operacional e a competitividade no mercado.
A gestão financeira é um elemento essencial
para a sobrevivência e crescimento de qualquer
empresa, sendo o equilíbrio entre receitas e
despesas, bem como a maximização dos lucros,
desafios contínuos para gestores e empreendedores
(Gitman, 2017). No entanto, é importante
reconhecer que a gestão financeira não se limita
apenas à alocação de recursos; ela abrange a
otimização de todos os aspectos que impactam os
resultados financeiros de uma organização. Nesse
contexto, a gestão da manutenção de ativos emerge
como uma área frequentemente negligenciada, mas
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de grande relevância para a saúde financeira das
empresas, como afirmado por Márquez e Soler
(2019) em seu estudo sobre a relação entre
manutenção e eficiência financeira.
Ao longo deste artigo, abordaremos os
resultados de Gonçalves (2015) e Mirshawa e
Olmedo (1993), mostrando como a gestão da
manutenção pode impactar positiva oi
negativamente os custos operacionais,
influenciando na gestão financeira de uma empresa,
ou seja, a gestão da manutenção contribui para a
redução de custos operacionais, o aumento da
produtividade e, em última instância, a otimização
dos resultados financeiros.
2 Metodologia
A metodologia deste estudo, envolveu a
análise qualitativa dos resultados de Gonçalves
(2015) e Mirshawa & Olmedo (1993), onde tais
autores abordam a importância dos gestores de
conhecer os custos com manutenção, e em quais
momentos é melhor utilizar manutenções corretivas
e preventivas.
3 Revisão da Literatura
3.1. Gestão da Manutenção e Redução de Custos
Operacionais
A gestão da manutenção desempenha um
papel essencial na redução de custos operacionais
de uma empresa. Conforme afirmado por Juran
(1995), a manutenção preventiva é uma estratégia
que busca evitar defeitos, reduzir paradas não
programadas e, consequentemente, minimizar os
custos associados a reparos emergenciais. A
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abordagem preventiva permite que a empresa relação positiva entre gestão da manutenção e
planeje suas atividades de manutenção, resultados financeiros é corroborada por diversos
programando recursos de maneira eficiente, e, dessa autores, reforçando a importância estratégica dessa
forma, otimizando os custos operacionais. prática para a saúde financeira e a competitividade
das organizações.
3.2. Aumento da Eficiência dos Ativos

Uma gestão eficaz da manutenção contribui

4 Resultados
diretamente para o aumento da eficiência dos ativos
da empresa. Segundo Smith (2000), equipamentos No estudo de Gonçalves (2015), o custo
bem mantidos operam em níveis ótimos de associado à manutenção preventiva, o custo da
desempenho, o que se traduz em maior manutenção corretiva e a disponibilidade das
produtividade e menor consumo de recursos, como máquinas, conforme ilustrado na Figura 1, revelam
energia e matéria-prima. Essa eficiência também que quando a estratégia de manutenção está focada
está relacionada à capacidade da empresa de atender na minimização de despesas, ou seja, na
à demanda de mercado de forma mais eficaz, manutenção corretiva (que tem custos variáveis), a
garantindo um melhor retorno sobre os disponibilidade dos equipamentos segue um padrão
investimentos em ativos. semelhante.

3.3. Impactos Financeiros da Gestão da No entanto, ao adotar a abordagem de

Manutenção manutenção preventiva, os custos são
significativamente mais elevados e permanecem
A literatura revela uma relação direta entre a
relativamente estáveis (custos fixos). Portanto, não
gestão eficaz da manutenção e os impactos
há uma regra fixa a ser seguida, mas sim um modelo
financeiros positivos nas empresas. Autores como
a ser adotado, desde que a empresa assuma e
Santos e Silva (2020) destacam que a
compreenda as implicações da política de
implementação de estratégias de manutenção
manutenção escolhida. Cabe aos gestores
proativas não apenas reduz os custos operacionais,
identificarem a abordagem que melhor se adequa à
mas também aumenta a confiabilidade dos ativos,
situação e encontrar o ponto de equilíbrio entre
contribuindo para uma maior eficiência na produção
custos e disponibilidade.
e, consequentemente, para um maior retorno sobre
o investimento. Não muito distante de tal análise, Mirshawa
& Olmedo (1993) mostra na Figura 2 que
Além disso, estudos como o de Lima e
investimentos crescentes em manutenção
Almeida (2018) ressaltam que uma gestão da
preventiva têm o efeito de reduzir os custos
manutenção bem estruturada está associada a
associados às falhas. Como resultado, isso leva a
menores custos de manutenção corretiva,
minimizando as interrupções não planejadas e
garantindo um fluxo de caixa mais previsível. Essa
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uma diminuição do custo total de manutenção, que é a soma dos custos de manutenção preventiva com os
custos decorrentes de falhas. No entanto, o gráfico também ilustra que, a partir do ponto ideal de investimento
em manutenção preventiva, o aumento adicional de investimentos proporciona benefícios limitados na
redução dos custos de falha e, ao invés disso, acaba aumentando o custo total.

Figura 1: Gráfico que representa o custo de manutenção quanto ao modelo adotado e sua
disponibilidade (Gonçalves, 2015)

Figura 2: Gráfico custos versus nível de manutenção (Mirshawa & Olmedo, 1993)
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5 Considerações Finais

Este estudo reforça a importância crítica da gestão da manutenção nos impactos financeiros de uma
empresa. Investir em práticas de manutenção preventiva e em uma gestão eficaz dos ativos não é apenas uma
estratégia técnica, mas também uma estratégia financeiramente inteligente. Empresas que reconhecem e
implementam efetivamente a gestão da manutenção estão mais bem preparadas para enfrentar os desafios do
mercado e alcançar o sucesso financeiro a longo prazo.
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REFERÊNCIAS

GITMAN, L. J. (2017). Princípios de administração financeira. São Paulo: Pearson Prentice

Hall.
MÁRQUEZ, A. G., & SOLER, R. L. (2019). Relação entre manutenção e eficiência
financeira: um estudo de caso. Revista Brasileira de Engenharia de Produção, 5(2), 62-78.
SANTOS, A. M., & SILVA, J. R. (2020). O impacto da gestão de manutenção nos resultados
financeiros das empresas: uma análise empírica. Revista de Administração e Contabilidade,
12(3), 45-63.
LIMA, M. R., & ALMEIDA, P. S. (2018). Eficiência financeira e gestão da manutenção: um
estudo de caso em empresas do setor industrial. Revista Brasileira de Gestão de Produção, 5(2),
78-92.
MIRSHAWKA, V. & OLMEDO,N.C. Manutenção – combate aos custos na não-eficácia –
avez do Brasil. São Paulo: Editora McGraw-Hill Ltda., 1993.
SMITH, I. R. Reliability-centered maintenance. New York: McGraw-Hill, 2000.
JURAN, J. M. Juran: qualidade desde 1900. São Paulo: Pioneira, 1995.
KAPLAN, R. S.; NORTON, D. P. A estratégia em ação: balanced scorecard. Rio de Janeiro:
Campus, 1996.
GOMES, A. C. Gestão da manutenção industrial. São Paulo: Editora Érica, 2018.
GONÇALVES, J. Custo de Manutenção de Ativos numa Óptica Operacional e Estratégica no
Ambiente Industrial. Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia, 2015.