A Teoria da Ecologia Organizacional foi inspirada na teoria de Charles
Darwin, em que o ambiente seleciona os seres vivos, de forma que, o mais adaptado ao ambiente sobrevive. Os autores dessa teoria dizem que assim como os organismos vivos, as organizações também são influenciadas pelo ambiente onde estão, e só as mais adaptadas têm chances de sobreviver.
Os três elementos básicos dessa teoria são os conceitos sobre
organizações, populações e comunidades. Organizações são instituições engajadas em atividades similares e om padrões similares de utilização; populações são um conjunto de organizações engajadas em atividades similares e com padrões similares de utilização de recursos; comunidades são populações relacionadas com outras populações de atividades distintas interagindo funcionalmente (CLEGG, HARDY, NORD 2006).
BAUM, Joel A. C.
De acordo com um dos principais autores da Teoria da Ecologia
Organizacional, BAUM, Joel A. C., os processos que atuam na mudança das populações são: variação (ações do indivíduo); seleção (o ambiente seleciona a empresa melhor adaptada); retenção (aquelas que sobrevivem a seleção); e competição.
Uns dos temas principais dessa teoria são: os processos demográficos,
ecológicos e ambientais.
Os processos demográficos, na visão de BAUM, tratam de duas variáveis:
idade e tamanho, sendo que, a discussão está pautada em quais condições as empresas estão mais suscetíveis ao fracasso: as mais novas por não terem tanto domínio de mercado, as mais velhas por se enrijecerem e não conseguirem se adaptar, as médias e pequenas por falta de controle, aas grandes por excesso de regras.
Os processos ecológicos tratam do tamanho das organizações por meio das
estratégias especialista e generalista, também da dinâmica da população.
Uma organização se encaixa na estratégia especialista quando usa de poucos
recursos, tem uma estreita faixa de clientes e são favorecidos em ambientes refiados. Já a estratégia generalista tem uma faixa maior de consumidores, ocupa posições maios centrais o mercado e são favorecidos em ambientes grosseiros.
Dentro dos estudos sobre as dinâmicas da população, existem dois
indicadores: fundações anteriores e fracassos anteriores. As fundações anteriores motivam o surgimento de novas fundações, o que causa competição de recursos, diminuindo as fundações. Os fracassos anteriores, resultado de mortes prematuras de organizações, liberam recursos, motivando novas fundações, mas sinalizam um ambiente hostil, as desencorajando. Os processos ambientais se dividem em dois: processos institucionais e processos tecnológicos. Os processos institucionais tratam da desordem política, regulamentações governamentais e ligações institucionais. Os processos tecnológicos alteram a natureza da competição, criando ou descontinuando oportunidades de mercado.
A Teoria da Inércia estrutural descreve organizações como entidades
relativamente inertes para as quais a resposta adaptativa não é somete difícil e pouco frequente, mas também, perigosa (CLEGG, HARDY, NORD 2006).
CARROLL, Glenn R.
A Ecologia organizacional pelos princípios da Ecologia Humana tem três
Níveis de análise da pesquisa: Demografia Organizacional (estudo de eventos demográficos e processos do clico da vida das organizações individuais), Ecologia Populacional (estuda o crescimento e a morte das populações, assim como a interação entre as populações) e Ecologia Comunitária (abordagem maro evolucionária, no qual são vistos os conjuntos de populações que habitam a mesma área e como essas comunidades surgem e desaparecem) (CARROLL).
SINGH Jitendra V. e LUMSDEN Charles J.
A Ecologia Organizacional por Singh e Lumsde tem o foco na diversidade
das organizações, na predominância da seleção em detrimento a adaptação interna das organizações e na importância à teoria da Inércia Estrutural. Estuda a fundação das organizações, a mortalidade das organizações (teoria das formas organizacionais, suscetibilidade a novidade das organizações, teoria da partilha de recursos, suscetibilidade ao tamanho das organizações, condições da fundação e dependência da densidade de dinâmica populacional), e a mudança organizacional (a organização tende a ficar inerte com o tempo, há menor propensão a mudanças, rigidez da idade). REFERÊCIAS
CLEGG, S. R.; HARDY, C.; NORD, W. R. Handbook de estudos organizacionais:
modelos de análise e novas questoes em estudos organizacionais. Atlas, 2006. CAPÍTULO 5: ECOLOGIA ORGANIZACIONAL - Joel A. C. Baum.
AMBURGEY, T. L., HAYAGREEVA R. Organizational Ecology: Past, Present, and
Future Directions. The Academy of Management Journal, vol. 39, no. 5, 1996, pp. 1265–86. JSTOR, https://doi.org/10.2307/256999. Accessed 17 Apr. 2023.
CARROLL, G. R. Organizational Ecology. Annual Review of Sociology, vol. 10,
1984, pp. 71–93. JSTOR, http://www.jstor.org/stable/2083168. Accessed 17 Apr. 2023.
SINGH, J. V.; LUMSDEN, C. J. Theory and Research in Organizational Ecology.
Annual Review of Sociology, vol. 16, 1990, pp. 161–95. JSTOR, http://www.jstor.org/stable/2083267. Accessed 17 Apr. 2023.