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MEMÓRIA OPERACIONAL

Sabe aquele momento em que você passa por uma placa com um número de telefone
e precisa anotá-lo rapidamente, para ligar mais tarde? Em situações como essas, você
está usando a sua memória operacional.
Também conhecida como memória de trabalho, a memória operacional é uma
habilidade cognitiva que nos permite manter e processar uma informação por um
breve período, enquanto realizamos outras atividades. Trata-se de uma memória de
curto prazo que usamos memorizar números de telefone, lembrar do que precisa
comprar no supermercado ou para seguir uma receita culinária, entre tantas outras
atividades necessárias no dia a dia.
Uma boa memória operacional permite processar uma quantidade maior de
informações e quando essas informações não são mais necessárias, são eliminadas
abrindo espaço para outras informações. Dificuldades em relação a memória
operacional podem transformar simples atividades diárias em verdadeiros desafios.
Achados de pesquisas com exames de neuroimagem encontraram evidências de
ativações em locais distintos do cérebro durante as atividades de memória
operacional.
Quando a informação é importante, relevante ou mexeu com suas emoções o cérebro
transforma a memória de curto prazo em uma memória de longo prazo. Por isso,
sempre que algo deve ser aprendido, a memória operacional é ativada. A
aprendizagem requer manipulação da informação, interação com a memória de longo
prazo, e simultaneamente, armazenamento e processamento da informação.
As evidências científicas mostram que quanto melhor a capacidade de memória
operacional, melhor é o aprendizado das crianças, sugerindo assim que crianças com
dificuldade na memória operacional têm mais dificuldade para seguir instruções em
sala de aula, executar tarefas mais complexas e acabam apresentado aprendizado ais
lento.
No caso dos idosos, há uma diminuição da velocidade de processamento e
consequentemente um prejuízo para a memória operacional com maior dificuldade no
processamento da memória operacional. Se os esquecimentos são constantes e
começam a se relacionar à função dos objetos, como por exemplo não lembrar para
que serve uma escova de dentes, é importante buscar a avaliação de um especialista.
A boa notícia é que é possível melhorar a memória com treino, pois quanto mais
estímulos você oferecer ao cérebro mais fácil será manter as habilidades. Se você
estiver com um idoso que tem se mostrado mais esquecido, instigue a memória dele
dando dicas para que possa se lembrar do que quer falar, em vez de oferecer a
resposta pronta. Desse modo, você irá ajuda-lo a turbinar a memória. Esse é um
processo que demanda energia do cérebro, pois diversos processos são acionados.
Como a memória é uma habilidade que pode ser treinada, nós temos a capacidade de
informar o cérebro se é uma memória de curto ou longo prazo, dando o comando ao
cérebro, para que ele possa desempenhar essa função cognitiva. No caso das crianças,
é importante ensiná-las desde cedo a usar a memória, com brincadeiras e jogos. E
quanto mais as atividades forem feitas melhor, pois a repetição ajuda no treino da
memória.

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