Você está na página 1de 40

United Chaplains International

Treinamento de Capelães Voluntários

José Figueroa
Presidente

Marcos Aurélio Nogueira


Vice-Presidente e Diretor em Massachusetts

Office
628 Somerville Ave
Somerville, MA 02143
617 633 9063/ 617 625 1430
www.justchaplains.com
capelania@hotmail.com
• O que é a “United Chaplains International”?

United Chaplains Internacional (UCI), é um ministério/organização que foi


fundada em 1992, e como o nome sugere, cobrimos vários países em
diferentes continentes em todo o mundo. Estamos registrados no
Departamento de Estado do Estado de Nova York e nossa base de
operações está em Davenport EUA.

A União de Capelães Internacional (UCI), é dedicada a treinar os membros


ativos de uma igreja interdenominacional, para oferecer apoio e assistência
espiritual, centrados nas verdades bíblicas, comprometidos com a formação
integral do ser humano.

• Visão

A U.C.I. tem um grupo de capelães treinados para compartilhar e oferecer o


amor de Deus a todos aqueles que estão em necessidade. Os capelães são
homens e mulheres que aceitam o compromisso de serem instrumentos de
Deus no processo de restauração do desenvolvimento mental, físico, social
e espiritual da humanidade, especialmente dos mais necessitados.


E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua
alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o
segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” Mateus
22: 37-39

• Missão

Se você tem "O Chamado do Senhor" para ajudar o seu próximo. Então, aqui
você pode obter o treinamento necessário para comandar como um
"capelão" e, assim, fazer um impacto sobre a sua família, comunidade,
cidade, nação e mundo, cumprindo a grande comissão:
2
“E disse-lhes: Ide por todo omundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e
for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.” Marcos 16:15-16

• Conceito de Capelão

O capelão é um ministro ordenado, mas exerce como um conselheiro


profissional, terapeuta espiritual e teólogo orientador.

O mesmo exerce diferentes atribuições em um contexto social, sendo elas: a de


pastor, conselheiro, orientador, reconciliador, regente de um funeral entre outras.
Assim como suas atribuições seus locais de atuação também são muito
diversificados tais como: igrejas, hospitais, prisões, escolas, forças armadas,
paradas de caminhão, corridas de automóveis, departamentos de serviços
públicos (corpo de bombeiros, delegacias etc).

O capelão provavelmente atende mais pessoas de diferentes origens e crenças


diariamente do que um pastor local faria em seu ministério. Sendo assim o
capelão enfrenta um desafio ainda maior, o de se relacionar com diferentes
pessoas e ser luz para a vida delas.

• Capelães voluntários

Capelães voluntários, são de denominações ou afiliações variadas, que foram


selecionados pela liderança da sua comunidade religiosa e treinados por
especialistas para dar assistência espiritual em suas comunidades e onde for
necessário. Eles são indicados por seus líderes religiosos para servir em
ambientes institucionais onde a necessidade de compaixão, o cuidado pastoral
qualificado ultrapassa a disponibilidade de recursos.

• Entenda o que o chamado envolve

3
Visitar pessoas ligadas à sua congregação ou não, podendo ser em casa, no
hospital ou ambiente de trabalho. Definir um expediente durante o qual as
pessoas podem procurá-lo(la). O chamado também envolve:

⇒ Ouvir as pessoas que precisam de apoio espiritual e orar por elas.


⇒ Ministrar serviços religiosos ou liderar grupos de orações.
⇒ Oferecer aconselhamento para superação de sofrimento.
⇒ Conduzir serviços funerais.

• Características de um Capelão:

1. Mente aberta e empatia.

Um capelão deve ser capaz de profunda empatia e abertura para formar


relacionamentos com várias pessoas de diferentes valores, crenças e etnias.
Como capelão, você está em posição de ajudar pessoas que se encontram muito
vulneráveis, seja por enfrentarem uma doença terminal ou por estarem muito
longe de casa e da família. Possuir a capacidade de se conectar a pessoas de
todas as origens é um pré-requisito muito importante para ser um capelão.

Para ser um bom capelão, é importante estar aberto e aceitar todos os tipos de
crenças religiosas, mesmo que seja membro de uma congregação religiosa em
particular, você precisa ser capaz de trabalhar com pessoas de origens
diferentes. Por exemplo, talvez você precise aconselhar alguém que fez
escolhas que vão contra os seus princípios religiosos. A capacidade de deixar
de lado opiniões pessoais para ser útil e demonstrar empatia é importante
independentemente de com ou quem você esteja trabalhando.

2. Capacidade de Interação

4
Não importa onde você trabalhe como capelão, você vai encontrar pessoas
novas com regularidade. Existe a possibilidade de encontrar uma pessoa apenas
uma ou duas vezes, portanto você deve ser capaz de ajudar, inspirar e motivar
quem acabou de conhecer. O objetivo é sempre forjar laços profundos e
significativos que sustentem as pessoas nas circunstâncias mais difíceis. É
necessário ser uma pessoa com capacidade de interação para estabelecer um
relacionamento com rapidez.
3. Confiabilidade

Um dos seus principais deveres como capelão é aconselhar aqueles que se


encontram em aflição espiritual. Quando as pessoas o procuram para pedir
ajuda, elas compartilham informações sigilosas na expectativa de que estas não
sejam divulgadas. Assim como um advogado ou um psiquiatra que deve manter
a confidencialidade, espera-se que você faça o mesmo. Um capelão que não
consegue ser confiável perde logo a autoridade e a eficiência.

4. Disponibilidade

As pessoas enfrentam crises espirituais em qualquer momento, até mesmo no


meio da noite. Dependendo de onde você trabalha, como um médico de plantão,
talvez você precise largar o que está fazendo ou acordar a qualquer hora para
ajudar aqueles que estão com problemas. Ser abnegado(a) não é da natureza
da maioria das pessoas; pode ser exaustivo e obrigá-lo(la) a pagar um preço
pessoal. É essa generosidade de espírito particular que torna os capelães
especiais.
No entanto, é importante estabelecer limites para proteger a sua vida pessoal.
Tenha o discernimento para saber para quem e quando dar seu telefone pessoal.

5. Espiritualidade

5
Ao precisar orientar pessoas ao longo do dia, você pode sentir sua energia se
esvair. Como capelão, é preciso se ajudar e não se deixar abater
espiritualmente. Manter firme a própria espiritualidade e ser capaz de lidar com
a tensão de ajudar os outros é essencial para se tornar um capelão que consiga
fazer a diferença. Mantenha disciplina de oração e jejum para sempre estar
“alimentado(a)” espiritualmente.

• Ajudando através da arte de escutar

Escutar é uma arte que pode ser desenvolvida. Os princípios abaixo


relacionados, se postos em prática, ajudarão você a crescer na arte de escutar
e, consequentemente, na habilidade de ajudar outras pessoas.

1. Analise sua atitude íntima

Quais são os seus sentimentos em relação à pessoa com quem você está
conversando? Você tem algum preconceito em relação a ela? Ela lhe é
repugnante? Há hospitalidade entre vocês? Tudo isto poderá afetar o significado
do que você ouvirá dela.

As palavras perdem seu sentido quando nossas emoções não nos permitem
escutar com objetividade. Precisamos desenvolver uma atitude de aceitação da
pessoa, do que ela diz, sem julgá-la ou condená-la. Não estamos defendendo
qualquer posição, mas tentando ouvir os verdadeiros sentimentos de quem fala.

Por outro lado, não devemos insistir para que o entrevistado(a) defenda seu
ponto de vista, ou utilize determinado vocabulário ou estilo de linguagem. Não
devemos expressar julgamento para não tolher a fluência de seus sentimentos.

2. Seja atento(a)

6
Repare o tom de voz. Que estado emocional ele revela? Uma voz baixa, uma
fala monótona, pode indicar depressão emocional. Falar rapidamente, de forma
agitada, pode ser uma depressão extrema. Falar depressa e em voz alta, pode
indicar o efeito de drogas. Você poderá dizer: - "Pela sua voz, tenho a impressão
de que você está muito..." Se a pessoa chora enquanto fala, permita-lhe este
privilégio.

3. Capacidade de avaliar as emoções

Na linguagem comum, há palavras que expressam emoções diversas:


convicção, perturbação, irritação, alegria, felicidade. O tom de voz em que elas
são proferidas, podem lhes dar um significado maior que o dicionário não pode
definir. Cabe a nós avaliar este conteúdo emocional da comunicação.

É preciso fornecer ao entrevistado(a) uma "retrovisão " (feedback) das emoções


que ele(a) está transmitindo. A pessoa ficará satisfeita se você revelar que
entendeu qual o problema dela. Isto não é apenas repetir o que a pessoa já
disse, literalmente, mas refletir seus sentimentos com nossas próprias palavras.

4. Domínio Próprio

Seguem alguns passos para evitar entrar em conflito com o interlocutor:

⇒ Não domine a conversa (ouvir mais, falar menos);


⇒ Não discuta nem revele hostilidade ou ressentimento pelo o que a pessoa
estiver falando (mesmo que seja algo difícil de se ouvir);
⇒ Não manipule as opiniões da pessoa, deixe ela livre para se expressar.

5. Evite a passividade

7
Não há necessidade de concordar com tudo o que a pessoa diz. Não é
necessário que a pessoa fique totalmente despreocupada, pois a solução dos
problemas vem por meio das tensões. Não seja passivo(a) como uma esponja,
demonstre interesse na participação do diálogo e esteja preparado(a) para
responder. Não se prenda aos detalhes da conversa, mas identifique as
informações básicas para compreender o interlocutor.

• Importante ressaltar

⇒ Escutar é um processo, não é discursar. Você precisa identificar-se com


a pessoa que fala;
⇒ Demonstre compaixão e aceitação, ainda que suas convicções pessoais
sejam diferentes;
⇒ A pessoa está apresentando um problema que lhe parece insolúvel.
Aceite seu estado de confusão e ajude-á observar os diferentes aspectos
do problema: sua origem, quem está envolvido nele, possíveis soluções
etc;
⇒ O(A) entrevistado(a) precisa ser ajudado(a) a assumir a responsabilidade
por suas decisões;
⇒ Demonstre amizade e interesse, se o problema é grande, leve a carga
com a pessoa até que ela possa levá-la sozinha;
⇒ A pessoa pode tentar diminuir o problema. Isto pode revelar falta de
confiança em sua ajuda ou ausência de auto-estima. Mesmo que o
problema não nos parece sério, devemos reconhecer que ele é sério
para a pessoa que está sofrendo com ele;
⇒ Procure dividir o problema em várias partes para solucioná-los
separadamente;
⇒ Dê oportunidade para a pessoa esclarecer sua posição, isto facilitará a
compreensão dos problemas e como solucioná-los;
8
⇒ Se descobrir contradições na conversa, revele-as à pessoa, isto a ajudará
a se sentir menos confusa e ansiosa;
⇒ Pergunte se ela já enfrentou um problema semelhante no passado. Ela
vai recordar que tem habilidade para superar uma situação que já
aconteceu;
⇒ Discuta as várias alternativas para resolver o problema, evite conselhos
estereotipados. Anime a pessoa a restabelecer relações com pessoas de
importância em sua vida (parente, amigos, pastores etc);
⇒ Evite fazer perguntas com respostas pré-determinadas. São mais válidas
as perguntas que fazem a pessoa refletir;
⇒ Dê ênfase ao tempo presente e objetivo da entrevista. Veja se tem
possibilidade de ajudar essa pessoa nessa circunstância, ou encaminhe-
a a outra pessoa (ajuda profissional se necessário);
⇒ Não se deve alimentar esperanças infundadas. Evite dizer: "Não se
preocupe, está tudo bem";
⇒ Termine a conversa apresentando objetivamente o que deverá ser feito a
partir da reflexão antes feita. Deixe a pessoa tomar a decisão adequada
e assumir a responsabilidade;
⇒ Admita suas capacidades e limitações, você é humano e finito. Deixe
Deus agir onde você é insuficiente.
Confortar é:

♥ Empatizar com os que sofrem;


♥ Levar uma palavra de esperança aos desesperados;
♥ Dizer que vale a pena viver apesar das dificuldades existentes na vida;
♥ Amar a Deus e ao próximo;
♥ Levar alguém a ter alegria de aceitar o que é e se conformar com o que
tem;
♥ Fazer uma vida feliz e ser feliz também;

9
♥ Compartilhar o amor, a paz e realização que Deus nos dá;
♥ Excluir da nossa vida as palavras: derrota e desesperança;
♥ Levar aos pés de Cristo, toda causa dos oprimidos, amargurados,
desesperançosos;
♥ Compartilhar com alguém que o sofrimento e as dificuldades da vida
são um meio pelo qual crescemos em direção a Deus, do próximo, e de
nós mesmos.

Referências bíblicas para conforto:

1. Deuteronômio 3:18
2. Salmos 28:11 37:7 41:5 55:22 56:3 57:2 62:1-8 69:33 73:26 91:1-6 94:19
120:5-8 121:5-8
3. Isaías 26:3-4 41:10 41:13 43:1
4. Lamentações 3:23
5. Habacuque 3:18
6. II Coríntios 4:8-9 4:16-18
7. Romanos 8:26-39

CAPELANIA COM ENLUTADOS

“As cordas da morte me envolveram, as angústias do Sheol vieram sobre


mim; aflição e tristeza me dominaram. Então clamei pelo nome do Senhor:
"Livra-me, Senhor! " O Senhor é misericordioso e justo; o nosso Deus é
compassivo. O Senhor protege os simples; quando eu já estava sem forças, ele
me salvou. Retorne ao seu descanso, ó minha alma, porque o Senhor tem sido
bom para você!” Salmos 116:3-7

10
• O que é o LUTO?

O luto (do latim luctu) é um conjunto de reações a uma perda significativa,


geralmente pela morte de outro ser. Segundo John Bowlby, quanto maior
o apego ao objeto perdido (que pode ser uma pessoa, animal, fase da
vida, status social etc.), maior o sofrimento do luto. O luto têm diferentes formas
de expressão em culturas distintas.

As necessidades principais depois de uma perda são:

♥ Lugares seguros;
♥ Pessoas confiáveis;
♥ Situações confortáveis.

Todos passam pelo processo de luto quando sofrem uma perda. A duração e
intensidade deste processo depende do tipo de perda sofrida. As reações variam
de acordo com o temperamento da pessoa, suas experiências, apoio recebido,
suas crenças, circunstâncais da morte e o relacionamento com o objeto perdido
(pessoa, animal, fase da vida etc).

• Os efeitos do luto

⇒ Efeitos físicos: O luto interfere diretamente no sistema imunológico que é


responsável por combater doenças e infecções normais. Aumentam-se as
chances de problemas cardíacos, pressão alta, câncer, derrames etc. O
“stress” causado pela perda também causa cansaço, fraqueza, dores de
cabeça, falta de ar, falta de apetite, insônia e problemas de digestão.

11
⇒ Efeitos emocionais: Os sentimentos mais comuns após a perda são:
Depressão, ansiedade, medo, culpa, desilusão, irritabilidade, isolamento,
raiva, esquecimento, falta de concentração e interesse nas atividades
normais.

⇒ Efeitos sociais: O enlutado tem que assumir uma nova identidade dentro do
seu grupo social. Exemplo disso: pessoas que perdem seus cônjuges e
precisam se ver novamente como solteiros ou casais que perdem seus filhos
e perdem suas identidades de pais etc.
Nesses casos pessoas passando pelo luto tem a tendência a se isolarem e
evitarem contatos com outras pessoas.

• As fases do processo do luto

Você provavelmente já deve ter ouvido falar que existem cinco estágios para a
experiência do luto. São elas: Negação, raiva, barganha, depressão e
aceitação.
Vale lembrar que o luto é um processo necessário e fundamental para preencher
o vazio deixado por qualquer perda significativa não apenas de alguém, mas
também de algo importante, tais como: objeto, viagem, emprego, ideia, etc.

1. Negação: Seria uma defesa psíquica que faz com que o indivíduo acaba
negando o problema, tenta encontrar algum jeito de não entrar em contato
com a realidade seja da morte de um ente querido ou da perda de
emprego. É comum a pessoa também não querer falar sobre o assunto.

2. Raiva: Nessa fase o indivíduo se revolta com o mundo, se sente


injustiçado e não se conforma por estar passando por isso.

12
3. Barganha: Essa é fase que o indivíduo começa a negociar, começando
consigo mesmo, acaba querendo dizer que será uma pessoa melhor se
sair daquela situação, faz promessas a Deus. É como o discurso “Vou ser
uma pessoa melhor, serei mais gentil e simpático com as pessoas, irei ter
uma vida saudável. ”

4. Depressão: Já nessa fase a pessoa se retira para seu mundo interno, se


isolando, melancólica e se sentindo impotente diante da situação.

5. Aceitação: É o estágio em que o indivíduo não tem desespero e


consegue enxergar a realidade como realmente é, ficando pronto para
enfrentar a perda ou a morte.

É importante esclarecer que não existe uma sequência dos estágios de luto, mas
é comum que as pessoas que passam por esse processo apresentem pelo
menos dois desses estágios. E não necessariamente as pessoas conseguem
passar por esse processo completo, algumas ficam estagnadas em uma das
fases.

• Como posso ajudar?

Admitir que esta experiência é dolorosa, difícil e demorada é o primeiro passo


para ajudar uma pessoa enlutada. Palavras lisonjeiras ou frases “chavões” tem
pouco valor no momento de luto. Então permita que a pessoa enfrente a
realidade da perda encorajando-a falar de seu sofrimento e não tentando mudar
de assunto. Nossa função como conselheiros é de ficarmos perto e apoiarmos
emocionalmente a pessoa enquanto ela passa pela experiência da perda.

13
Devemos ser empáticos! As vezes enfatizamos tanto a nossa esperança em
Deus, que fazemos com que a pessoa se sinta culpada pela dor e sofrimento
que está sentindo, que a mesma começa a duvidar de sua própria salvação.

• Sugestão para organizar um Grupo de Apoio

Grupo de no máximo 12 pessoas. É importante que a supervisão deste projeto


seja feita por uma pessoa que tenha experiência com luto, que seja apta para
gerir as reuniões de equipe sobre o assunto. Pessoas que passam pela mesma
experiência tendem ser mais empáticas e misericordiosas.

A função desse(a) supervisor(a) será o de avisar os componentes do grupo


sobre as reuniões, datas importantes ou outros eventos. Entre as funções dos
supervisores estão os de fazer a abertura das reuniões com uma oração
inspiradora, apresentar novos membros ao grupo, observar se alguém está com
mais dificuldade que outros, analisar cada caso com os capelães voluntários,
estar disponível a ajudar em casos mais complicados, sempre estar atento(a)
aos horários de início/término das reuniões e encerramento das mesmas.

Os grupos de apoio poderão ser compostos por pessoas sofrendo com o luto,
tendo um capelão gestor responsável ou somente compostos por capelães que
estão trabalhando com pessoas enlutadas.

Esses grupos servem para fortalecer seus membros a fim de trazer esperança
para suportarem o “dia mau”.

• Orientações para Grupos de Apoio:

14
⇒ Usar a Bíblia como principal referência bibliográfica (outros textos ou
artigos são muito bem-vindos para ajudarem na compreensão e reflexão
sobre o tema;
⇒ Caberá ao grupo decidir onde acontecerá as reuniões e quantas reuniões
serão necessárias;
⇒ Ambiente encorajador, seguro e propício para compartilhamento de
emoções;
⇒ A espontaneidade deve ser respeitada no grupo, os membros não
poderão se sentir intimidados;
⇒ Um lanche simples é sempre muito agradável para gerar um ambiente de
socialização.

REFLEXÃO
A perda é uma saudade longa, uma dor intensa. Deus coloca Sua mão sobre o
coração da gente, não tira a dor, mas nos ensina através dela e nos dá força que
precisamos para sorrir de novo.

CAPELANIA HOSPITALAR

“O Senhor o livra em tempos de adversidade. O Senhor o protegerá e preservar


á a sua vida; ele o faráá feliz na terra e não o entregará ao desejo dos seus
inimigos. O Senhor o susterá em seu leito de enfermidade, e da doença o
restaurará. ” Salmos 41:1b-3

O ser humano é um organismo maravilhoso. Dentro deste organismo existem


bilhões de células, várias químicas, centenas de músculos, quilômetros de veias,

15
e uma variedade de órgãos. O organismo humano tem capacidade de crescer,
curar-se, combater doenças que o atacam, adaptar-se a todo tipo de condição
climática e sobreviver em circunstâncias difíceis. Porém, nossos corpos não são
infinitos. Há enfermidades, acidentes e no fim, nossos organismos acabam.

Quando gozamos de boa saúde, dificilmente paramos para pensar sobre nosso
estado físico. De vez em quando sofremos com uma gripe, uma lesão leve, ou
inflamação temporária. Mas, quando sofremos uma enfermidade mais grave,
mais dolorosa, ou prolongada, chegamos a descobrir nossas limitações.

O sofrimento físico nos leva a reconhecer que cada um de nós vai se encontrar
com a própria morte. Pessoas enfermas e com sofrimento físico começam a
levantar uma série de perguntas: Por que isto está acontecendo comigo? Por
que está acontecendo agora? O que fiz para merecer isto? Vou ficar bom? Onde
está Deus nesta situação? Será que alguém vai cuidar de mim?

Uma enfermidade pode ser acompanhada por dúvidas, emoções de zanga,


solidão, desespero, confusão, ira, culpa e mágoas. Com esta realidade o
aconselhamento cristão, o apoio da comunidade de fé e a ajuda prática em
circunstâncias de enfermidade, são desafios para a membresia da Igreja de
Cristo.

Pr. Jonh Luther Wiliams

• Enfermidade na Bíblia

A Bíblia possui vários textos que falam acerca da enfermidade ou sobre pessoas
doentes. As doenças de Jó, Naamã, o filho de Davi, Miriã, da mulher que tocou
nas vestes de Jesus e muitos outros, são citados nas páginas sagradas a
respeito de enfermidades.

16
No ministério de Jesus os Evangelhos citam vários exemplos onde Jesus curava
ou deu atenção especial para os doentes. Numa contagem dos textos,
aproximadamente 20% dos relatos de Mateus, Marcos, Lucas e João, falam
sobre o tópico da cura dos doentes. No livro histórico do N.T Atos dos Apóstolos,
temos referências ao ministério dos Apóstolos em meio aos enfermos.

A Bíblia não contém textos científicos da área de Medicina, por questões óbvias,
porém, as doenças citadas nas Escrituras, falam dos problemas físicos e
emocionais que são associados com a enfermidade.

Vivemos num mundo caído e isto é um resultado do pecado. Sem dúvida


alguma, problemas físicos e o sofrimento entraram na experiência humana por
causa da rebelião do homem contra Deus.

"Multiplicarei grandemente a dor da tua conceição; em dor darás a luz filhos; e o


teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará. E ao homem disse:
Porquanto deste ouvidos a voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te
ordenei dizendo: Não comerás dela; maldita é a terra por tua causa; em fadiga
comerás dela todos os dias da tua vida. Ele te produzirá espinhos e abrolhos; e
comerás das ervas do campo. Do suor do teu rosto comerás o teu pão, até que
tornes a terra, porque dela foste tomado; porquanto és pó, e ao pó tornarás."
(Gen. 3:16-19)

A Bíblia mostra o exemplo de Jesus e o interesse que Ele demonstrou para com
os enfermos. Somos encorajados para orarmos em favor dos enfermos. Os
enfermos precisam da nossa ajuda. Muitas vezes a igreja torna-se de fato um
“hospital”.

17
• Podemos dizer que alguém está doente porque está em pecado ou
porque não tem fé?

Às vezes uma doença pode ser o resultado de um pecado, mas nem sempre isto
é uma verdade. Na experiência humana encontramos criancinhas, nenês, e
outros que são doentes, mas quando foi que eles pecaram? Há uma grande
questão sobre o sofrimento por parte dos inocentes. Por que eles merecem todo
este sofrimento?

Outro perigo é dizer que alguém está doente porque não tem fé ou está fora da
vontade de Deus. A Bíblia não nos permite fazer uma declaração tão abrangente.
Na realidade muitas pessoas conhecidas e que são pessoas de grande fé, tem
sofrido doenças sérias ou até doenças terminais.

Mesmo quando somos encorajados para orar em favor dos enfermos, não existe
uma promessa divina de que todos vão ser curados. Paulo tinha um problema
físico. Orou três vezes mas, não foi curado. O exercício de fé não traz uma
garantia de que todos os enfermos serão curados porque creem assim.

• Uma questão polêmica

É o problema da eutanásia junto com o direito de morrer com dignidade. Esta


problemática levanta questões tais como: O que é vida? Vale a pena viver com
tanto sofrimento? Qual é o valor de prolongar uma vida que vai morrer mesmo?
Quem tem direito para um tratamento médico? Como crentes precisamos de nos
envolver nestas questões para defender e resgatar os princípios e valores
bíblicos.

• Enfermidade e outros problemas associados

18
Uma enfermidade pode acontecer por uma variedade de causas. Algumas
doenças surgem por meio de um vírus, por falta de higiene, por problemas
genéticos, por causa de um acidente, por falta de uma alimentação correta ou
adequada ou, então, por velhice.
Mas uma enfermidade envolve mais do que um problema físico. Junto com a
enfermidade podem acontecer problemas emocionais, psicológicos ou
espirituais.

Os enfermos são submetidos a uma série de experiências onde eles não têm
controle sobre as circunstâncias. O paciente tem que obedecer a um médico,
ouvir uma enfermeira, se submeter a estrutura de um hospital ou agenda
estabelecida pelo tratamento médico, aceitar ordens para dormir, receber
orientações para tomar medicamentos, ser instruído sobre o que deve ou não
deve comer, etc. Um enfermo volta a ser uma "criança" e isto não é fácil.

O paciente pode expressar muito medo durante seu tratamento. Pacientes tem
medo de perder aceitação de outros, medo de não ser amado, ou medo de
perder contato com amigos ou pessoas significativas na sua vida. O paciente
também pode sofrer com o sentimento de culpa. Pode pensar que ele está
recebendo um castigo divino por um pecado ou pecados do passado.

• É importante saber que:

O hospital é uma instituição que busca uma cura física. Temos que respeitar o
ambiente, a estrutura hospitalar e trabalhar dentro das normas estabelecidas.
Como evangélicos a Constituição nos dá direitos de atender os doentes, porém
não é um direito absoluto. Devemos fazer nosso trabalho numa forma que não
atinja os direitos dos outros. Como é que você encara uma doença ou o
sofrimento humano? Tem que avaliar suas atitudes, seus medos, suas
ansiedades, etc. Nem todos podem entrar numa enfermaria ou visitar um doente

19
no lar, porque não é fácil lidar com situações que envolvem o sofrimento
humano. Quando visitamos os enfermos devemos estar atentos aos sentimentos
e preocupações deles.
Como crentes em Jesus temos algo que todos desejam: esperança. Devemos
expressar esta esperança de maneira realista e com integridade. Tenha cuidado
com promessas feitas em nome de Deus. Podemos levar palavras seguras, mas
devemos evitar a criação de uma esperança falsa.

Observar e respeitar as visitas de outros grupos. Exerça seu ministério sem


competir ou entrar em conflitos. Seja uma boa testemunha. Saiba utilizar bem
nossos instrumentos de apoio que são: oração, a Bíblia, apoio da igreja, e a
esperança em Jesus Cristo, o Médico dos Médicos. Aprenda os textos bíblicos
apropriados para usar nas visitas hospitalares ou nos lares dos enfermos.

• Postura e procedimentos que devemos em uma visita:

1- Identificar-se apropriadamente;

2- Reconhecer que o doente pode apresentar muita dor, ansiedade, culpa,


frustrações, desespero, ou outros problemas emocionais e religiosos. Esteja
preparado para enfrentar estas circunstâncias;

3- Usar os recursos da vida Cristã que são: oração, Bíblia; palavras de apoio,
esperança, encorajamento e a comunhão da igreja. Se orar, seja breve e
objetivo. É melhor sugerir que a oração seja feita. Uma oração deve
depender da liderança do Espírito Santo, levando em consideração as
circunstâncias do momento, as condições do paciente, o nível espiritual do
paciente, as pessoas presentes, e as necessidades citadas;

20
4- Deixar material devocional para leitura: folheto, Evangelho de João, Novo
Testamento, etc;
5- Visitar obedecendo as normas do Hospital ou pedir de antemão, se uma
visita no lar é possível e o horário conveniente;

6- Dar liberdade para o paciente falar. Ele tem suas necessidades que devem
tornarem-se as prioridades para sua visita;

7- Demonstrar amor, carinho, segurança, confiança, conforto, esperança,


bondade, e interesse na pessoa. Você vai em nome de Jesus;

8- Ficar numa posição onde o paciente possa olhá-lo bem. Isto vai facilitar o
diálogo;

9- Dar prioridade ao tratamento médico e também respeitar o horário das


refeições;

10- Saber que os efeitos da dor ou dos remédios podem alterar o


comportamento ou a receptividade do paciente a qualquer momento;

11- Tomar as precauções para evitar contato com uma doença contagiosa, sem
ofender ou distanciar-se do paciente;

12- Aproveitar a capela do hospital para fazer um culto. Se fizer um culto numa
enfermaria pode atrapalhar o atendimento médico de outros pacientes ou
incomodá-los. Deve ficar sensível aos sentimentos e direitos dos outros;

13- Avaliar cada visita para melhorar sua atuação.

• Postura e procedimentos que NÃO devemos ter em uma visita:


21
1- Visitar se você estiver doente;

2- Falar de suas doenças ou suas experiências hospitalares. Você não é o


paciente
3- Criticar ou questionar o hospital, tratamento médico e o diagnóstico;

4- Sentar-se no leito do paciente ou buscar apoio de alguma forma no leito;

5- Entrar numa enfermaria sem bater na porta;

6- Prometer que Deus vai curar alguém. Ás vezes Deus usa a continuação da
doença para outros fins. Podemos falar por Deus, mas nós não somos o
Deus Verdadeiro;
7- Falar num tom alto ou cochichar. Fale num tom normal para não chamar
atenção para si mesmo;

8- Espalhar detalhes ou informação íntima do paciente;

9- Pode orientar os doentes, mas, deixem eles próprios tomarem as decisões


cabíveis e sob orientação médica;

10- Seja natural no agir e no falar, gere um ambiente para que o paciente se
sinta à vontade.

Em uma visita hospitalar ou numa visitação em casa para atender um doente,


sempre observamos vários níveis de comportamento. Cada visita precisa ser
norteada pelas circunstâncias, por nossos objetivos ou alvos e pelas
necessidades da pessoa doente.

22
No seu livro de aconselhamento pastoral, Dr. Jack Young tem identificado os
seguintes níveis de atuação:

⇒ Nível de amizade
⇒ Nível de Conforto
⇒ Nível de Confissão
⇒ Nível de Ensino
⇒ Nível de Diálogo Pastoral
⇒ Nível de Aconselhamento Pastoral

O trabalho de Aconselhamento envolve a tarefa de desenvolver um


relacionamento. Um relacionamento exige que haja uma presença pessoal, uma
manifestação de amor e interesse na pessoa, um diálogo, e a capacidade de
ouvir (escutar) bem a outra pessoa.

No livro do Dr. Jack Young, Cuidados Pastorais em Hora de Crise, ele cita
algumas perguntas que podem facilitar uma conversa pastoral. As perguntas
servem como boa base para cultivar um relacionamento pessoal. As perguntas
foram elaboradas pelo Dr. Roger Johnson num curso da Clínica Pastoral
Education em Phoenix, Arizona, USA.
Dr.Johnson nos lembra que há perguntas que devemos evitar. Perguntas que
comecem com "por que" e perguntas que pedem uma resposta extremamente
objetiva como "sim” ou "não", pois podem limitar ou inibir a conversa pastoral.

• Segue uma lista de sugestões para perguntas apropriadas

1- O que aconteceu para você se encontrar no hospital?


2- O que está esperando, uma vez que está aqui?
3- Como está se sentindo com o tratamento?
4- Como está evoluindo o tratamento?

23
5- O que está impedindo seu progresso?
6- Quanto tempo levará para sentir-se melhor?
7- Quais são as coisas que precipitaram sua enfermidade?
8- Ao sair do hospital ou se recuperar, quais são seus planos?
9- Como sua família está reagindo com sua doença?
10- O que você está falando com seus familiares?
11- O que seus familiares estão falando para você?
12- O que você espera fazer nas próximas férias (outro evento ou data
importante)?

• Importante lembrar que:

Os enfermos passam por momentos críticos. Devemos ficar abertos e


preparados para ajudar com visitas e conversas pastorais. A membresia de
nossas igrejas pode atuar nessa área.

Uma visita pastoral ou conversa pastoral serve para dois aspectos de nossa
vida. Primeiramente, uma visita demonstra nossa identificação humana com o
paciente. Como ser humano podemos levar uma palavra de compreensão,
compaixão, amor, solidariedade e carinho. Em segundo lugar, na função de uma
visita ou conversa pastoral representamos o povo de Deus (Igreja) e o próprio
Deus na vida do paciente. Assim, levamos uma palavra de perdão, esperança,
confiança, fé e a oportunidade de confissão. O trabalho pastoral visa o paciente
como um "ser humano completo, holístico" e não apenas como um corpo ou um
caso patológico para ser tratado.

24
CAPELANIA CARCERÁRIA

“Lembrem-se dos que estão na prisão, como se aprisionados com eles; dos
que estão sendo maltratados, como se fossem vocês mesmos que o
estivessem sofrendo no corpo.” Hebreus 13:3

A carceragem nunca foi lugar prazeroso ou almejado. Lugar de dores que preserva
atrás de suas fortalezas os mais tórridos e destrutivos tipos de pensamentos e
maquinações. Desejos de vingança, ressentimentos, desamparo, injustiças,
enganos, traições, vergonha, fracasso e muitas outras concepções, são geradas
nas prisões do mundo todo.

A capelania como condutora do consolo que vem do Alto aos que sofrem, deve
compartilhar o Amor de Deus aos que jazem em prisões. A Bíblia nos revela isto em

25
algumas passagens e nos alerta para sermos compadecidos com os encarcerados:
“Lembrem-se dos que estão na prisão, como se aprisionados com eles; dos que
estão sendo maltratados, como se fossem vocês mesmos que o estivessem
sofrendo no corpo” (Hebreus 13:3).

O grupo dos encarcerados agrega pessoas de todos os níveis religiosos, étnicos,


profissionais e sociais, no entanto, todos carecem de cuidados espirituais e
emocionais. De modo geral as prisões não tem obtido êxito em regenerar seus
internos, mas a igreja quando alcança esse público pode realizar profundas
transformações em nome de Deus.

No tempo ocioso dos prisioneiros uma de suas maiores leituras tem sido a Bíblia,
portanto, oferecer-lhes um exemplar é fundamental. Eles precisam de vida
espiritual, confessional, recuperar a autoestima e sobre tudo terem um encontro real
com Cristo, o Libertador.

As condições de carceragem, as desigualdades com outros detentos, a cessação


da vida cotidiana, e o distanciamento da família e da sociedade contribuem para o
desalento daqueles que estão pagando por seus erros.

Levar consolo, amizade e principalmente lembrá-los que DEUS os ama


incondicionalmente, são razões humanas e cristãs para o exercício da Capelania
Carcerária.

A Capelania Carcerária leva ao encarcerado a Esperança que só há em Cristo


Jesus, motivando-o a ter disposição de servir a DEUS ajudando outros que passam
por problemas semelhantes e assim viver uma vida abundante apesar do local onde
se encontram.

• Artigo: Por detrás das grades


26
No ano de 2002, a população carcerária dos Estados Unidos atingiu um novo
recorde ao chegar a 2,1 milhões de pessoas. A proporção de presos era de 1
para cada 143 habitantes. O aumento em relação ao ano anterior foi de 2,6%.
Segundo estudo do Escritório de Estatísticas Judiciárias, ligado ao
Departamento de Justiça norte-americano, em 2001, um em cada 37 adultos
estava preso ou já havia passado algum tempo no sistema penitenciário. Em
números absolutos, trata-se de um exército de 5,6 milhões de presidiários e ex-
presidiários, que representa 2,7% da população adulta do país.
Essas cifras se referem apenas a presos julgados e condenados a cumprir pena
em instituições federais e estaduais. Excluem-se, portanto, todas as pessoas
detidas temporariamente em delegacias e distritos.

O estudo traz uma projeção alarmante: mantidas as atuais taxas de


encarceramento, 6,6% das pessoas nascidas em 2001 passarão algum tempo
de suas vidas presas nos EUA. Entre 1974 e 2001, o número de presidiários e
ex-presidiários cresceu em incríveis 3,8 milhões. Destes, 2,7 milhões são
reincidentes.

Especialistas atribuem o aumento a uma série de causas, entre as quais as


crescentes condenações de criminosos considerados não-violentos. Metade dos
prisioneiros federais do país estão encarcerados por tráfico ou consumo de
drogas.

É claro o viés racial e de gênero das prisões. Em 2001, os presos homens


equivaliam a quase 5% da população masculina, enquanto o total de presidiárias
não chegava a 1%. Entre homens negros, o número de presos chega a 17%,
contra 7,7% de hispânicos e apenas 2,6% daqueles que os americanos
consideram brancos.

Independentemente do eventual racismo das autoridades na hora de prender e


processar, aí está um indicativo de que a epidemia de encarceramentos se
transmite horizontalmente na comunidade e verticalmente entre pais e filhos. A

27
prisão de um pai tende a desestruturar a família, o que pode ser um fator que
precipita a entrada do filho na marginalidade.

A experiência americana é especialmente útil para o Brasil, que, diante de um


real ou suposto aumento da violência, também cogita o endurecimento de penas.
A sensação de impunidade que se difunde na sociedade estimula frequentes
apelos para que a consequência de todo delito seja levar o autor para a cadeia.
São conhecidos os discursos demagógicos de políticos, principalmente em
tempos de eleição, em torno do tema da "tolerância zero". É claro que todos os
que cometam crimes graves, especialmente os que representem ameaça física
para a sociedade, precisam ser encarcerados, mas a prisão não é a única -nem
a melhor- forma de punição para todos os delitos.

Para não seguir os temerários passos dos EUA no campo penal, o Brasil não
deveria ceder à lógica emocional do "é preciso prender", que, além de tudo, gera
altos custos materiais para a sociedade. O preço que os Estados Unidos pagam
para manter tantos presos é astronômico: US$ 40 bilhões anuais, o que equivale
a R$ 120 bilhões. Ou seja, mesmo que o Brasil decidisse seguir a senda
carcerária norte-americana, não teria os recursos para fazê-lo.

Em vez de apenas prender mais, como muitos parecem querer, precisamos


aprender a prender bem, isto é, reservar a reclusão para bandidos realmente
perigosos, punindo os demais delitos com penas alternativas.

• Contexto Bíblico

“Quando o Filho do homem vier em sua glória, com todos os anjos, assentar-
se-á em seu trono na glória celestial. Todas as nações serão reunidas diante
dele, e ele separará umas das outras como o pastor separa as ovelhas dos
bodes. E colocará as ovelhas à sua direita e os bodes à sua esquerda. Então o
Rei dirá aos que estiverem à sua direita: 'Venham, benditos de meu Pai!
Recebam como herança o Reino que lhes foi preparado desde a criação do
28
mundo. Pois eu tive fome, e vocês me deram de comer; tive sede, e vocês me
deram de beber; fui estrangeiro, e vocês me acolheram; necessitei de roupas,
e vocês me vestiram; estive enfermo, e vocês cuidaram de mim; estive preso, e
vocês me visitaram'. Então os justos lhe responderão: 'Senhor, quando te vimos
com fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber? Quando te
vimos como estrangeiro e te acolhemos, ou necessitado de roupas e te
vestimos? Quando te vimos enfermo ou preso e fomos te visitar? O Rei
responderá: 'Digo-lhes a verdade: O que vocês fizeram a algum dos meus
menores irmãos, a mim o fizeram'” (Mateus 25:31-40)

“Para abrir os olhos aos cegos, para libertar da prisão os cativos e para livrar do
calabouço os que habitam na escuridão” (Isaías 42:7).

“O Espírito do Soberano, o SENHOR, está sobre mim, porque o SENHOR


ungiu-me para levar boas notícias aos pobres. Enviou-me para cuidar dos que
estão com o coração quebrantado, anunciar liberdade aos cativos e libertação
das trevas aos prisioneiros” (Isaías 61:1).

• Por que o aconselhamento para presidiários?

1. Tem um mandato bíblico direto (Mateus 25:31-40);


2. Por toda a Bíblia há exemplos, descrições e mandamentos envolvendo
prisioneiros;
3. A Bíblia menciona a prisão, prisioneiros, ou encarceramento mais de 130
vezes;
4. Nós devemos seguir o exemplo que Cristo estabelecido para aconselhar os
presos;
5. As prisões atendem ao critério de qualquer campo missionário: pessoas
perdidas e uma necessidade de obreiros;

29
6. Deus não quer que ninguém se perca, inclusive os assassinos, violentadores,
e molestadores (2 Pedro 3:9);
7. Deus inclusive ama o “pior dos pecadores” (1 Timóteo 1:15);
8. Muitas cadeias e penitenciárias não possuem nenhum profissional da área
religiosa;
9. Para cada pessoa encarcerada, há três a cinco outras pessoas afetadas: o
cônjuge, filhos, os pais, etc. Os presos e suas famílias representam um
segmento grande da sociedade em qualquer cultura;
10. As religiões e cultos falsos estão alcançando aos prisioneiros. Nós devemos
chegar primeiro com o Evangelho de Jesus Cristo.

• Metas espirituais

1. Compartilhar o amor incondicional de Deus;


2. Apresentar o Evangelho de Jesus Cristo de tal maneira, que abraçarão e
receberão a Cristo como Salvador;
3. Discipular os novos crentes na Palavra e lhes ensinar como estudar a Bíblia;
4. Demonstrar o poder da oração e ensiná-los a orar;
5. Levar os presos a experimentar o poder transformador que libertará da culpa,
vergonha, emoções negativas e das aflições;
6. Ministrar às famílias dos presos.

• Metas Sociais

1. Ajudar ao preso a exercer uma atitude mais positiva e colaborativa no


ambiente da prisão;

30
2. Proporcionar um vínculo entre a comunidade e as pessoas confinadas nas
instituições carcerárias;
3. Preparar os que cumpriram sua pena para a reintegração na sociedade
(fisicamente, mentalmente, moralmente e espiritualmente);
4. Ajudar as famílias dos presos a lidarem com a situação de soltura ou
penalização;
5. Proporcionar ajuda pós-prisão.

• Um novo começo (A carta de um detento)

Eu sou um preso condenado, sentenciado por toda a vida, sem liberdade


condicional – sentenciado a morrer na prisão. Eu tenho aprendido que, quando
você sente que você perdeu tudo, Deus mostrará que você tem ganhado muito
mais do que este mundo pode oferecer na vida.
A prisão é um lugar onde o Senhor pode transformar-nos em ferramentas úteis
que podem durar através de uma vida inteira de adoração e louvor, quer nós
estejamos retidos por seis meses ou com uma sentença de prisão vitalícia.
Quanto mais eu estudo a Bíblia, mais eu anelo conhecer mais de Cristo... Quanto
mais eu permaneço na prisão, é maior o meu desejo de associar-me com
pessoas que vivem uma vida piedosa e ter uma vida de comunhão com eles. A
prisão é onde o Senhor pode fazer algumas de Suas melhores obras.

A prisão não necessita ser o fim da vida. Pode ser um novo começo – inclusive
para alguém com uma sentença de prisão vitalícia. (R.S.)

• Qualificações emocionais e espirituais para se trabalhar em ambiente


carcerário

⇒ Coragem;
31
⇒ Cooperação;
⇒ Autenticidade;
⇒ Humildade;
⇒ Perdão;
⇒ Perseverança;
⇒ Fidelidade;
⇒ Confiabilidade;
⇒ Empatia;
⇒ Sentido de missão;
⇒ Maturidade emocional;
⇒ Amor por vidas;
⇒ Preparação na palavra de Deus;
⇒ Ter vida de oração;
⇒ Responsabilidade.
• A importância da visita pessoal

Cada alma é valiosa para Deus: “O Senhor não demora em cumprir a sua
promessa, como julgam alguns. Ao contrário, ele é paciente com vocês, não
querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento” (2
Pedro 3:9). Jesus ministrou às multidões, porém Ele sempre tinha tempo para o
indivíduo (veja, por exemplo, João 4).

Muitos presos não participaram dos cultos. Talvez eles tenham se “desligado” da
igreja por causa de experiências negativas. Eles também podem ter medo de
que os outros presos interpretem a ida aos cultos na prisão como fraqueza e os
tornar vulneráveis.

Muitos presos nunca experimentaram a verdadeira, piedosa e incondicional


amizade a maioria só conheceram relacionamentos abusivos ou impuros.

32
Como a maioria de nós, é mais fácil abrir-se em um contato pessoal do que em
um grupo. Você pode discutir muitos problemas em uma visita pessoal que não
podem ser discutidos em uma cena grupal. O preso pode compartilhar
necessidades pessoais com você, você pode orar e pode estudar a Palavra
juntos, e forjar um vínculo espiritual íntimo.

Você se torna uma ponte de regresso à sociedade para o preso. Eles terão um
amigo esperando quando eles forem libertados da prisão.

• Diretrizes para a visitas em instituições carcerárias

1. Passe pelos canais apropriados para ser aprovado pela instituição como um
visitante. Você pode ter que preencher certos formulários;

2. Aprenda e cumpra todas as regras para a visita pessoal na instituição onde


você fará a visita. As regras podem incluir problemas como dias e horários
para a visita, vestimenta apropriada e normas de segurança. Muitas prisões
possuem suas regras por escrito. Peça-lhes estas regras;

3. É melhor fazer uma visita individual com uma pessoa do mesmo sexo. Isto
evita as ciladas das relações românticas impróprias;

4. Normalmente, é melhor não dar dinheiro a um preso ou sua família. Se você


crê que há uma necessidade legítima e você realmente crê que Deus está
dirigindo-lhe a fazer isso, é melhor dar a sua ajuda anonimamente através do
capelão ou outro contato na instituição;

5. Se você cria uma amizade real com um preso, será mais fácil discutir as
questões espirituais e compartilhar o evangelho com eles;

33
6. Não pregue ou repreenda. Peça a Deus que lhe mostre como compartilhar
Seu amor e Palavra de uma maneira que será aceitável. Depois que um
preso se torna um crente, continue o discipulado com ele na Palavra de Deus;

7. Se a instituição permitir, dê uma Bíblia e literatura de discipulado a seu amigo.


Dependendo das regras institucionais, podem permitir-lhe enviar estes
artigos através do correio, pode levá-los com você ou os materiais podem ser
dados ao capelão para ele entregar;

8. Como em qualquer amizade, seja um bom confidente. Guarde informação


pessoal compartilhada por seu amigo;

9. A prisão é um lugar muito impessoal, desumanizador e um preso não tem


muita oportunidade de receber atenção individual. Faça a seu amigo sentir-se
especial. Faça de sua visita uma ocasião positiva, enriquecedora e divertida;

10. Sempre relembre que você está ali como representante do Senhor Jesus
Cristo, porém não gaste todo seu tempo nas questões espirituais. Crie uma
relação equilibrada assim como você faz com seus próprios amigos pessoais.
Discuta os eventos atuais, riam juntos e divirtam-se.

34
CAPELANIA ESCOLAR

“ E disse-lhes: Qualquer que receber essa criança em meu nome, recebe-me a mim;
e qualquer que me receber a mim, recebe o que me enviou; porque aquele que
entre vós todos for o menor, esse mesmo será grande. ” Lucas 9:48

• O que é Capelania Escolar?

A Capelania Escolar é um trabalho sem fins lucrativos, realizado por voluntários


destituídos de perspectiva remunerativa, que tem como principal enfoque o
resgate do valor humano. Em sua atuação, contempla a oportunidade para
dialogar sobre questões de conflitos interpessoais, situações de estresse e de
35
violências urbanas, familiares, que eclodem no ambiente da escola, atingindo
alunos, mestres, profissionais da educação, pais de alunos e comunidade em
geral.

• Filosofia

Capelães escolares são responsáveis por apoiar o bem-estar espiritual, social e


emocional de seus envolvidos, independentemente da fé ou crença dos
mesmos. O projeto não trabalha com categorias científicas (psicologia,
psicoterapia, etc.), mas pode estruturar uma rede de profissionais que poderão
atender os casos solicitados. O trabalho do capelão tem como seu principal
enfoque a solidariedade humana. Capelães escolares devem ser capazes de
fornecer suporte para uma variedade de questões que afetam a comunidade
escolar como um todo, tais como: drogas, sexualidade, crise de autoridade e etc.

• Missão

A Capelania aparece no cenário escolar como uma “resposta” aos anseios da


chamada Escola Moderna. Tem como finalidade em sua missão:

I. Alcançar a família do estudante em crise e com baixo rendimento escolar,


para fortalecer suas relações em família, na escola, e no mundo,
redirecionando seu interesse e suas perspectivas para a vida estudantil;
II. Fornecer diretrizes para viver-se a verdadeira humanidade, com vistas a
um melhor relacionamento com Deus, consigo, e com o próximo;
III. Promover o desenvolvimento psicossocial e da autoestima, diminuindo o
stress e despertando vias para a realização pessoal do indivíduo

• Metodologia

36
O projeto realizar-se-á por meio do contato e da comunicação pessoal, sendo
dividido em três áreas: visitação, orientação, e integração social. O Capelão
fará um levantamento especial naquela escola, junto à direção, buscando
descobrir quais alunos estão passando por crise pessoal ou familiar que resulta
num baixo interesse e baixo rendimento escolar. O contato com o aluno pode
ser voluntário (o aluno procura o capelão), ou necessário (o capelão procura o
aluno).

O capelão levantará um relatório de cada caso registrado em fichas de


acompanhamento para ser estudado e trabalhará para uma via de solução dos
mesmos.

O serviço de capelania também é voltado para a formação do caráter, visando o


aluno como pessoa, fornecendo-lhe princípios para uma vida melhor em família
e na sociedade. Esta parte consistirá na apresentação de palestras direcionadas
para qualidade de vida, vida em família, relacionamento com o próximo,
sexualidade, namoro, noivado e casamento.

Os temas das palestras serão escolhidos a partir das necessidades da escola


local. A capelania também é responsável pela recreação da alma, a integração,
a interação, e o interesse pela vida. Passeios, piqueniques, turismo, sessões de
lazer (jogos, competições, música, cinema, teatro, etc.) devem fazer parte do
serviço de capelania. Esta parte do serviço de capelania deve ser considerada
como a primeira realização do trabalho do capelão, pois serve para fazer os
primeiros contatos, estabelecer a comunicação com os alunos e adquirir a
confiança dos mesmos.

• Estrutura do trabalho

A supervisão deste projeto será feita pelo diretor da entidade escolar. Os


capelães designados para as escolas estarão sob a supervisão e orientação do
37
capelão-supervisor, o qual cuidará do bom andamento do trabalho, da
designação dos campos e mudanças dos mesmos, captação de fundos para o
projeto, estabelecimento dos contatos com a direção das escolas, formalização
dos convênios, escolha dos capelães auxiliares, supervisão dos mesmos,
acompanhamento e orientação do trabalho dos capelães auxiliares,
planejamento da programação dos serviços de capelania a serem executados
em cada escola.

Caberá ao capelão-supervisor reunir-se semanalmente, em local próprio e hora


marcada com os capelães auxiliares para o estudo de casos, orientação dos
capelães auxiliares, planejamentos e readaptação da programação de
capelania. O capelão supervisor deverá ter um livro de registro de área e
distribuição de trabalhos, para catalogar todos os itens necessários ao
acompanhamento do trabalho de cada capelão auxiliar e a desenvoltura do
trabalho na escola e para um possível relatório do projeto.

• Poimênica/ Acompanhamento Pastoral

Capelães fornecem apoio pastoral para cuidar dos alunos, funcionários e pais,
encorajando-os a criar uma presença positiva e segura no ambiente escolar e
familiar. Suas áreas de atuação podem ser diversas, dependerá das
necessidades da escola local. Algumas situações de atuação pastoral: perdas,
luto, divisão na família, relações quebradas e outras dificuldades, tais como o
bullying, depressão, suicídio e etc.

• Vocação

A vocação do capelão é considerada como um ponto fundamental para o êxito


do trabalho. O capelão deverá ser aquela pessoa que sinta prazer em ajudar a
aliviar o sofrimento do próximo. Para isto, todo capelão deverá sentir gosto pela
visitação, conversação e interação humana. Ele é aquela pessoa que não se

38
sente incomodado por ser procurado, nem desconfortável em ter que se
relacionar com pessoas que nunca viu. Seu maior desejo é conseguir chegar
perto dos aflitos, adquirir sua confiança, e ser-lhes um ajudador.

A satisfação e a alegria que o capelão demonstra ao realizar sua tarefa é uma


das credenciais mais importantes de sua vocação. Outro fator que tange a
vocação do capelão é seu dinamismo e sua curiosidade. O capelão deve ser
aquela pessoa criativa, empolgada, que sempre tem novas ideias e sempre está
em busca de realizar algo novo no seu trabalho. Para isto, ele estuda, investiga,
pensa, consulta e tenta colocar em prática novas modalidades de serviços de
capelania. O capelão sempre está interessado em saber dos problemas, em
fazer novas amizades, em conhecer as várias situações nas quais as pessoas
se encontram, e não descansa enquanto não encontrar uma forma de ajudar.

CÓDIGO DE ÉTICA

 Capelães Cristãos despojam-se dos seus próprios sistemas de


convicções, tradições culturais e agem em uma sociedade diversa
evitando impor seus princípios e valores;

 Entendem o valor e dignidade do ser humano;

 Não toleraram ou exercem qualquer espécie de discriminação baseada


em idade, cor, grupo étnico, gênero, raça, religião, orientação sexual,
estado matrimonial, lembrando que é Deus quem deve orientar todas as
suas atividades;

 São cuidadosos ao ministrarem a menores de idade, devendo antes


consultarem e buscarem o consentimento dos pais ou guardiães;

39
 Mantêm sempre altos padrões de comportamento pessoal e familiar,
esforçando-se sempre por um genuíno crescimento como discípulos de
Jesus Cristo;

 Usam todas as habilidades pastorais para evitar danos emocionais,


sociais e espirituais aos que os procuram em suas necessidades.

A United Chaplains International se preocupa em que os que exercem suas


atividades de capelania evitem quebrar o Código de Éticas. No caso de quebra
deste Código, a UCI tomará as medidas cabíveis, ouvindo antes as partes
envolvidas, nunca agindo precipitadamente.

Que o Espírito de Deus nos oriente a cumprir fielmente o que nos foi confiado
no Ministério da Capelania. Que Deus nos fortaleça para o exercício maduro
deste Ministério, em nome do Senhor Jesus.

“ então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu
Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do
mundo. Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de
beber; era forasteiro, e me hospedastes; estava nu, e me vestistes; enfermo,
e me visitastes; preso, e fostes ver-me. Então, perguntarão os justos: Senhor,
quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Ou com sede e te
demos de beber? E quando te vimos forasteiro e te hospedamos? Ou nu e te
vestimos? E quando te vimos enfermo ou preso e te fomos visitar? O Rei,
respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a
um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.” Mateus 25:34-40

40

Você também pode gostar