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SUMÁRIO
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Introdução

Porque é importante cuidar


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da saúde mental desde
a infância?

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Qual o papel da igreja?

Até onde a igreja


pode intervir? 7

Como perceber
9
sinais de alerta

Aperfeiçoando o
acompanhamento
11
de pessoas

Canais de Ajuda 14

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Espiritualidade
e Saúde Mental
A saúde mental nas igrejas ainda é um
tema bastante negligenciado, mas vem
sendo cada vez mais integrado em
ações de ministérios específicos das
congregações que manifestam verdadeira
preocupação com o bem-estar e a vida de
fé dos membros.

Um estudo realizado pelas universidades de Queensland, na


Austrália, e de Harvard, nos EUA, mostrou que uma a cada
duas pessoas desenvolverá ao menos um distúrbio de
saúde mental ao longo da vida.

A pesquisa, publicada pelo periódico The Lancet Psychiatry,


foi desenvolvida pelo período de 21 anos, entre 2001 e
2022, contando com mais de 150 mil entrevistados de 29
países.

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Ela revelou que os picos de início acontecem aos 15 anos, com
média de desenvolvimento dos distúrbios por volta dos 19 anos
para os homens e dos 20 para as mulheres.

Esses dados trazem uma preocupação muito séria a respeito da


saúde mental da juventude nas igrejas.

Mas o que os pastores e líderes podem fazer para ajudar a


membresia e tornar a igreja um ambiente acolhedor e mais
saudável?

Sua igreja precisa estar preparada para ser um


lugar que acolhe e cuida das pessoas em todos
os sentidos, por isso, preparamos esse guia com
informações importantes e dicas para que você
possa desenvolver ações em sua congregação e
alcançar a comunidade, promovendo uma igreja
mentalmente e espiritualmente saudável.

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Por que é
importante cuidar
da saúde mental
desde a infância?
A primeira infância é um momento decisivo na formação do ser
humano, pois é quando começamos a desenvolver nossa estrutura
mental. As experiências vividas nesse período são a base para o
desenvolvimento ao longo de toda a vida.

É também nessa fase que começam a aparecer os primeiros


sintomas de transtornos mentais, que podem ser agravados
durante a vida adulta se não tratados desde cedo.

Por isso, é fundamental estar sempre alerta, observando


comportamentos que podem revelar sinais de
desequilíbrio emocional. Esses sinais geralmente são o
resultado de vivências repetidas, como traumas, excesso
de tecnologia, bullying, violência, falta de afeto ou até
abuso sexual.

Como ainda não têm a capacidade emocional de


gerenciar emoções, as crianças estão mais propensas
a demonstrarem por meio de condutas ou reações
exageradas que algo não está certo.

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Qual o
papel da
igreja?
O papel da igreja é fundamental no apoio
emocional dos membros, afinal de contas,
a caminhada de fé das pessoas inclui
muitos desafios que nem sempre estão
ligados a fatores espirituais.

A igreja sempre foi considerada um lugar de cura e de conforto


nos momentos de dificuldade.

Quando pastores e lideranças promovem bate-papos e incluem


o tema ‘saúde mental’ em seus sermões, as pessoas se sentem
mais abertas a compartilhar suas experiências e se abrir sobre os
problemas pessoais.

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Mas até que
ponto a igreja
pode intervir?
É importante que a igreja mantenha um acompanhamento
ativo e contínuo dos membros, para poder entrar em
contato ao perceber a falta de frequência em cultos,
estudos e demais atividades, além dos sinais descritos
anteriormente.

O acompanhamento de pessoas é importante para manter


um contato mais próximo com a membresia e evitar que as
pessoas se sintam sozinhas e acabem por desistir da igreja.

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Durante o acompanhamento individual, é possível
entender quais ações serão necessárias, como: inserir
o membro em atividades que promovam a integração;
definir um responsável para apoio emocional; fazer
aconselhamento; comunicar familiares sobre a
situação da pessoa ou até mesmo recomendar a
busca por atendimento médico especializado.

Algumas igrejas possuem programas de parceria


com psicólogos que atendem na própria unidade
ou consultórios que oferecem acompanhamento
terapêutico com baixo custo, ou até de forma gratuita.

Mas lembre-se: um atendimento médico


psicológico deve ser feito apenas por um
profissional capacitado nesta área de atuação,
e nunca por um pastor ou voluntário da igreja
que não esteja apto.

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Como
perceber
sinais
de alerta
A agressividade ou oscilação de humor, dificuldade de
concentração, isolamento social, mudanças nos hábitos
alimentares e dificuldades de se comunicar, são alguns
dos sintomas comuns em crianças que apresentam algum
tipo de transtorno.

A partir destes sinais, é possível entender o que pode ser


feito de acordo com cada caso.

Um ambiente familiar e religioso que seja aberto ao


diálogo, é sempre um lugar de segurança não somente para
crianças, mas também para jovens e adultos que precisam
de ajuda para enfrentar momentos de dificuldade.

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Os jovens também podem manifestar alguns comportamentos
específicos e que devem ser um sinal de alerta para pais, pastores
e líderes da igreja.

Utilize o exercício a seguir para preencher de forma individual, de


acordo com o acompanhamento de membros que sua igreja realiza.
É importante ter esse registro, principalmente se o membro faz
aconselhamento pessoal e/ou familiar.

Checklist da Atenção

• sente preocupação ou medos constantes


• se sente deprimido ou excessivamente triste
• tem pensamentos confusos ou problemas de concentração
• muda de humor com intensidade e frequentemente
(extremamente feliz - extremamente deprimido)
• evita atividades sociais na igreja
• não percebe mudanças nos próprios sentimentos/reações
• está excessivamente conectado, evitando interações reais
• manifestou de forma recorrente pensamentos sobre morte*

Se você marcou a maior parte ou pelo menos alguns dos itens


acima, significa que é o momento de prestar mais atenção e definir
o tipo de abordagem a ser realizada a partir desse ponto.

*Neste caso, é importante alertar os pais ou responsáveis e orientar


para que procurem ajuda especializada.

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Aperfeiçoando o ministério
de acompanhamento
de pessoas
Assim como vamos ao médico para cuidar do nosso corpo,
que é templo do espírito santo (1 Cor 3:16), devemos
ser diligentes no cuidado com nossa mente e espírito,
procurando suporte sempre que sentirmos que não
estamos conseguindo lidar sozinhos.

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A igreja
também pode:
Falar sobre a temática utilizando uma linguagem
apropriada e a bíblia para abordar o cuidado da mente,
corpo e espírito(1 Tes 5:23)
Encorajar a membresia a oferecer ajuda prática e
hospitalidade aos que sofrem e às suas famílias
Disponibilizar informações aos membros sobre
encaminhamento para tratamento clínico

O acompanhamento pastoral pode e deve acontecer em


paralelo ao atendimento realizado por um terapeuta, para que a
saúde mental e espiritual estejam sempre em sintonia.

Dessa forma, o acompanhamento de pessoas é muito mais


efetivo, mostrando a preocupação com cada membro e
tornando sua igreja um ambiente de cuidado e zelo em todos
os sentidos.

Abrir um espaço para conversas sobre questões relacionadas


à saúde mental fortalece a comunhão com o corpo de Cristo.

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Outro ponto é quando a pessoa já iniciou tratamento
psicológico mas ainda não compartilhou com a igreja por se
sentir envergonhada ou com medo de ser julgada.

Por isso, o apoio de pastores e líderes traz a possibilidade


de inserção do paciente numa rede de relações sociais,
o que é muito importante, uma vez que essas pessoas
costumam se isolar em decorrência do adoecimento.

Esse apoio, em conjunto com o tratamento e a participação


do paciente em atividades que promovem a integração com
a igreja, pode reduzir consideravelmente os sintomas dos
distúrbios, trazendo inúmeros benefícios.

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Canais de Ajuda

CVV Centro de
Valorização da Vida

O CVV, fundado em São Paulo em 1962, é uma associação


civil sem fins lucrativos, filantrópica, reconhecida como
de Utilidade Pública Federal desde 1973. Presta serviço
voluntário e gratuito de apoio emocional e prevenção do
suicídio para todas as pessoas que querem e precisam
conversar, sob total sigilo e anonimato.

Contatos com o CVV são feitos pelo telefone 188


(24 horas e sem custo de ligação).

Pessoalmente (nos mais de 120 postos de


atendimento).

Ou pelo site www.cvv.org.br, por chat e e-mail.

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Terapia Gratuita

Rede de Atenção
Psicossocial do SUS (RAPS)

O SUS conta com uma estrutura voltada exclusivamente


para a Atenção Psicossocial.

Um dos principais objetivos da RAPS é consolidar um


modelo de atenção aberto e de base comunitária, em
que a pessoa recebe um tratamento humanizado e é
incentivada a criar vínculos com a sua comunidade,
indo contra a ideia de isolar essas pessoas em hospitais
psiquiátricos e tirá-las do convívio social.

O atendimento pelo SUS deve ser buscado


preferencialmente nas unidades de saúde.

Em caso de necessidade, a própria unidade


faz o encaminhamento para ambulatórios de
especialidade ou para os Centros de Atenção
Psicossociais (CAPS).

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Terapia Online

Aplicativo
Zenklub

A Zenklub (zenklub.com.br) reúne mais de 500 psicólogos,


psicanalistas, coaches e terapeutas online. Além do atendimento
psicológico, a plataforma também oferece materiais sobre saúde
mental e bem-estar emocional.

O acompanhamento psicológico acontece em qualquer


parte do Brasil contanto que haja conexão à internet e um
dispositivo para videoconferência.

Outras Instituições

Outras
Instituições

Existem diversas faculdades e universidades que promovem


atendimento psicológico gratuito para crianças, adolescentes
e adultos. Em alguns casos, são cobrados valores simbólicos a
partir de R$10,00 por sessão.

Normalmente, é feito um cadastro e o paciente passa por


uma triagem, ficando em uma fila de espera. Pesquise em
sua cidade o local mais próximo e entre em contato para
entender mais.

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Nossa missão é trazer a tecnologia
como aliada para facilitar a gestão da
sua igreja.
Conheça mais sobre nossas soluções ou fale com
nosso time de especialistas:
www.sistemaprover.com.br
0800 008 8550

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