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DIREITO CONSTITUCIONAL

Princípios Fundamentais e DGF IV

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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS E DGF IV

15. (CESPE/MPC-PA/PROCURADOR/2019) Sobre as possibilidades de interferência esta-


tal no direito fundamental à liberdade de associação, assinale a opção correta.
a. Cabe ao Poder Executivo determinar a dissolução compulsória de associação que
tenha por objetivo a promoção de fins ilícitos.
b. A produção dos efeitos da decisão judicial que determina a dissolução compulsória de
associação depende do seu trânsito em julgado.
c. A legitimidade da associação para a representação de seus filiados restringe-se ao
âmbito judicial.
d. A atuação judicial de associação na condição de substituta processual depende de
autorização dos associados por meio de procuração.
e. A exclusão de um associado de uma entidade religiosa por questões ideológicas está
sujeita a revisão pelo Estado.

COMENTÁRIO
a. Mesmo que os fins sejam ilícitos, a suspensão ou a dissolução compulsória dependem
de decisão judicial. No último caso, a decisão judicial deve ter transitado em julgado.
b. Para que produza efeitos, a decisão judicial que determina a dissolução compulsória de
associação deve ter transitado em julgado.

 Obs.: vale lembrar que a substituição processual ocorrerá nos casos que envolvem o man-
dado de segurança coletivo e o mandado de injunção coletivo. É importante desta-
car que o Ministério Público e a Defensoria Pública não podem impetrar mandado
de segurança coletivo. Já a representação processual por parte de uma associação
depende de autorização específica, pois a associação não age em nome próprio bus-
cando interesse alheio.
5m

d. Ao agir como substituta processual, como a associação age em nome próprio, não
depende de autorização para agir.
e. O Estado não irá intervir no funcionamento de associações, cooperativas e sindicatos.
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16. (CESPE/DP-DF/DEFENSOR PÚBLICO/2019) Acerca dos direitos e garantias funda-


mentais e de seus princípios fundamentais, julgue o item que se segue.
Consagrado na esfera criminal, o princípio constitucional da proibição do excesso con-
siste na vedação ao Estado de descriminalizar ou atenuar a tutela penal de certas con-
dutas ofensivas a direitos fundamentais.

COMENTÁRIO
Primeiramente, é importante lembrar que a proibição do excesso tem dois lados, pois vale
tanto para mais ou para menos. Nesse sentido, um crime considerado grave, como o de
vender drogas, não pode ter a sua pena reduzida a um quantum insignificante por meio
da combinação de leis. Por outro lado, crimes simples não podem ter uma pena elevada,
como é o caso do crime envolvendo a falsificação de cosméticos, que, por conta de um
descuido do legislador, é considerado hediondo e punido com reclusão por um período
maior do que o presente no crime de homicídio.
10m
Assim, na realidade, o princípio da proibição do excesso, que tem por base o princípio
da proporcionalidade, visa proibir condutas que sejam para mais do que a necessária no
caso concreto.
Da maneira que foi escrita, a questão se refere ao princípio da proibição da proteção in-
suficiente.

17. (CESPE/DP-DF/DEFENSOR PÚBLICO/2019) André e Joana realizaram a pré-matrí-


cula do filho Pedro, de três anos de idade, em creche da secretaria de educação muni-
cipal. Após meses de espera, Joana, não tendo recebido resposta a respeito da vaga
na creche, procurou auxílio da Defensoria Pública, a qual oficiou a creche, solicitando
que a instituição efetuasse a matrícula da criança. Em resposta, o diretor da creche
informou não haver vaga disponível; que a pré-matrícula havia sido feita junto à se-
cretaria de educação; que o secretário o havia delegado competente para efetivar as
matrículas; e, por fim, que Pedro não poderia ser matriculado — mesmo que houvesse
vaga — porquanto deveria ter quatro anos completos até o dia 31 de março do ano em
que ocorrer a matrícula para o ingresso na pré-escola, conforme norma do Ministério da
Educação. A Defensoria Pública impetrou mandado de segurança contra a autoridade
delegante, visando impugnar o ato não concessivo da matrícula de Pedro.
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Com referência a essa situação hipotética, julgue o item que se segue, tendo em vista o
entendimento do STF e considerando que a competência do secretário não é exclusiva.
Se, em vez de uma, várias famílias tivessem procurado a Defensoria Pública para se in-
surgir contra o respectivo ato administrativo, este órgão estaria legitimado para impetrar
mandado de segurança coletivo com vistas a promover a tutela judicial de interesses
coletivos.

COMENTÁRIO
A Defensoria Pública não tem legitimidade para impetrar o mandado de segurança coletivo.
Além disso, há um outro ponto nessa questão que pode passar despercebido pelo candida-
to. No caso narrado, Pedro tem apenas três anos de idade, logo a justificativa apresentada
pelo diretor da creche está correta, visto que Pedro só terá acesso ao serviço quando tiver
completado quatro anos de idade.
15m

18. (CESPE/CGE-CE/AUDITOR/2019) João, tendo em vista seu direito fundamental de


acesso à informação, solicitou cópia de documentos relacionados a determinado con-
trato administrativo em vigência firmado entre uma autarquia estadual e uma empresa.
O presidente da autarquia, ao analisar o requerimento de João, indeferiu o pedido com
base nos seguintes argumentos:
I – o requerimento não se baseava em interesse público, mas em interesse particular do
solicitante;
II – as informações solicitadas estavam protegidas por sigilo.
Acerca dessa situação hipotética e à luz da Constituição Federal de 1988, é correto
afirmar que
a. o indeferimento do pedido de João com base no argumento II é inconstitucional, uma
vez que a Constituição Federal de 1988 não autoriza a atribuição de sigilo a docu-
mentos da administração pública.
b. a decisão administrativa de indeferimento pode ser questionada por João por meio da
ação de habeas corpus, haja vista a violação de seu direito líquido e certo.
c. o indeferimento do pedido de João não violou o seu direito fundamental de acesso
à informação, uma vez que os documentos solicitados só poderiam ser divulgados
após o término do prazo de vigência do referido contrato.
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d. a decisão administrativa de indeferimento pode ser questionada por João por meio de
mandado de injunção, haja vista a existência de ato lesivo ao patrimônio público.
e. o indeferimento do pedido de João com base no argumento I é inconstitucional, pois o
direito de acesso à informação independe da demonstração da natureza do interesse
envolvido.

COMENTÁRIO
No caso narrado, João não precisa demonstrar qual é o seu interesse para ter acesso aos
documentos, isso com base na Lei de Acesso à Informação (LAI). No caso de negativa de
acesso, João poderá fazer uso do mandado de segurança, que é o remédio constitucional
adequado. Além disso, vale lembrar que a regra é a publicidade das informações, sendo
o sigilo a exceção. No caso narrado, não se percebe a informação como sendo sigilosa.
20m
Assim, o indeferimento do pedido de João com base no argumento I é sim inconstitucional,
pois, com base na LAI, o direito de acesso à informação independe da demonstração da
natureza do interesse envolvido.

GABARITO
15. b
16. E
17. E
18. e

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Aragonê Nunes Fernandes.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.

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