Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DESARMAMENTO –
LEI 10.826/03
2
ASPECTOS INICIAIS
INTRODUÇÃO
Primeiramente, cabe apresentar que um dos primeiros diplomas legais a disciplinar acerca
das armas de fogo foi a Lei de Contravenções Penais, especificamente os artigos 18 e 19. Esta lei
menciona apenas o termo “arma”, não especificamente armas de fogo ou armas brancas (faca,
punhal, facão, por exemplo).
Posteriormente, entrou em vigor a Lei n. 9.437/97, a qual alçou à categoria de crime as con-
dutas de posse ou porte ilegal de arma de fogo, condutas as quais eram meras contravenções
penais. Deste modo, revogou parcialmente a Lei de Contravenções Penais – pois atingiu somente
o tocante às armas de fogo.
Em seguida, foi promulgada a Lei n. 10.826/03, que revogou expressamente a Lei n. 9.437/97,
e vigora até hoje. A legislação atual disciplina, além de outros assuntos, sobre armas de fogo, aces-
sórios de arma de fogo e munições.
FINALIDADE
Como se pode depreender da denominação dada à lei, a finalidade deste estatuto é desarmar.
Por óbvio, não torna impossível a circulação de armas, acessórios e munições no meio da sociedade,
mas pretende dificultar essa atividade.
ORGANIZAÇÃO DO ESTATUTO
A organização do Estatuto do Desarmamento se dá em seis capítulos, da seguinte forma:
ASPECTOS ADMINSTRATIVOS
O primeiro ponto que merece destaque na área administrativa do Estatuto do Desarmamento
diz respeito à diferença entre cadastro e registro de armas.
O cadastro é a descrição das características de uma arma de fogo que é armazenada em um
banco de dados.
ͫ Em regra, as armas de fogo são cadastradas no SINARM (Sistema Nacional de Armas de
Fogo), o qual é instituído no âmbito da Polícia Federal e do Ministério da Justiça.
3
OBJETO MATERIAL
Via de regra, os objetos materiais dos crimes do Estatuto do Desarmamento são: a arma de
fogo, os acessórios (de arma de fogo) e as munições.
Contudo, nem todos os crimes previstos abrangem esses três objetos ao mesmo tempo – é
possível encontrar condutas que recaem sobre apenas um (ou alguns) deles (exemplo do crime de
omissão de cautela – art. 13, caput-, que elenca apenas a arma de fogo).
ACESSÓRIOS
No tocante aos acessórios, a sua definição está contida no Decreto n. 10.030/19 (que regu-
lamenta o Estatuto do Desarmamento). Nele, existe a definição de acessórios de uso permitido e
de uso restrito.
De acordo com o Decreto n. 10.030/19, o acessório é um artefato que possibilita a alteração
da configuração normal da arma de fogo. O exemplo mais clássico é o supressor de som (também
denominado “silenciador”).
4