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Faculdade de Economia
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Introdução:
Cada país tem os seus próprios objectivos de desenvolvimento e por seu turno,
isto exige que os recursos sejam organizados e judiciosamente adjudicados a fim
de se atingirem tais objectivos.
O livro “Economic Analysis of Projects” de Von Der Tak, faz a seguinte citação:
É evidente que qualquer país procura sempre alcançar o maior n.º possível de
objectivos, mas tal não é possível, uma vez que as várias e inúmeras necessidades
competem entre si para a absorção desses recursos. O uso dos limitados recursos
numa direcção, por exemplo: investimento na indústria, reduz os recursos
disponíveis para utilização numa outra aplicação, por ex:. investimento na
agricultura. A prossecução de um objectivo (melhor distribuição do rendimento)
pode implicar um sacrifício noutros objectivos (rápido crescimento económico,
estabilização da moeda).
Assim, existem claramente opções: um país pode ter mais abundância de algumas
coisas e menos de outras; mas não abundância de tudo de uma só vez. Isto quer
dizer que os recursos não devem ser indiscriminadamente alocados e utilizados,
mas devem obedecer a um plano concreto e realista de tomada de decisões de
investimento.
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de desenvolvimento e as características de um projecto de investimento, que
possam ser delineadas e se possível, medidas.
Partindo desta base, é aqui suposto que se existe uma série de objectivos de
desenvolvimento nacional, os projectos de desenvolvimento deveriam ser
avaliados tanto quanto possível pela sua contribuição para a realização de cada
um destes objectivos; cada objectivo a nível nacional reflecte-se num ou mais
critérios a nível do projecto e vice-versa. A prioridade atribuída a cada um destes
critérios a nível do projecto corresponde à importância dos respectivos objectivos
de desenvolvimento a nível nacional.
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- O nível sectorial, onde são analisadas as actividades e interacções dentro de
cada um dos subsectores.
O terceiro e último nível, tal como já referido, é o nível mais desagregado e lida
com o planeamento intra-sectorial, i.e., as relações dentro de cada subsector.
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- A fase inicial ou primária: em que projectos simples e isolados são definidos
mais numa base “ad-hoc”. Esta fase, pelo seu empirismo resulta obviamente em
grande desperdício e sobreposição de recursos e esforços;
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passada, análises comparativas, avaliação de peritos, etc. Os parâmetros do Plano
constituem uma agregação dos respectivos parâmetros de um certo número de
projectos de investimento individuais e de unidades de produção existentes. A
relação entre os parâmetros aos níveis de projecto, sector e país é normalmente
estabelecida por meio de balanços, tais como os referentes aos produtos básicos,
ao investimento e à mão-de-obra ou aos insumos-produtos.
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Por outro lado, a preparação, avaliação e implementação de um projecto devem
ser executadas por uma equipa de especialistas, tais como: engenheiros,
economistas, analistas financeiros e juristas. A participação de juristas deverá
poupar tempo e recursos na medida em que se assegura, desde as fases iniciais,
que tudo o que se pensa fazer se ajusta às leis do país, e os peritos no seu
conjunto, devem tornar os futuros parâmetros de natureza técnica, financeira e
económica mais firmes, mediante apropriados.
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TEMA 1: O CONTEXTO DO PROJECTO NO
PROCESSO DE PLANEAMENTO
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Introdução:
PROCESSO
GERENCIAL
A integração destes três tipos de decisões pode ser feita através de uma postura
estratégica por parte da empresa, isto é, partindo-se do ponto de vista de que as
decisões estratégicas são fundamentais para explicar o desempenho da empresa
a longo prazo. As decisões estratégicas, ao contrário das decisões tácticas, não
são facilmente reversíveis, porquanto uma empresa que possua o melhor controle
operacional e/ou a melhor organização pode não ser rentável, se não estiver a
actuar com os componentes certos de produtos e mercados. A conclusão é que os
administradores deveriam dedicar grande atenção ao problema das decisões
estratégicas, uma vez que as mesmas são vitais para garantir um posicionamento
adequado para a empresa em termos económicos. Este não é, normalmente, o
caso: os administradores tendem a dedicar uma grande parte do seu tempo às
questões operacionais, em detrimento das decisões administrativas e das
decisões estratégicas.
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Uma razão para que assim seja é o facto de que os três tipos de decisões
competem entre si pelo tempo limitado dos administradores, o que faz com que as
decisões operacionais (que são de importância mais imediata para o desempenho
da empresa, mais frequentes e de maior volume) recebam prioridade.
O Planeamento Empresarial
Conceito de planeamento:
As filosofias de planeamento:
a) Satisfação: Neste caso, procura-se atingir um certo nível de satisfação que seja
viável. O processo de planeamento começa pelo estabelecimento de objectivos
factíveis. A preocupação básica do gestor que segue esta filosofia, está centrada
no aspecto financeiro, sendo dada grande ênfase ao orçamento e às suas
projecções. Os planos tenderão a ser conservadores e raramente se afastarão
das práticas usuais da empresa.
Os objectivos do planeamento:
b) Aquisitivos: quando a empresa os formula para obter algo que ainda não possui
(por ex.: o objectivo de introduzir um novo produto no mercado).
Um objectivo tem valor instrumental quando permite obter ou reter algo de valor,
como por exemplo, o objectivo de aumentar a produção para que a empresa
mantenha a actual participação no mercado.
A Decisão De Investir
Sinergia:
A sinergia pode ser também negativa, quando a soma obtida for menor do que a
soma dos elementos considerados. Este poderá ser o caso de uma empresa que
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actuando num sector tradicional como certas empresas do sector alimentício,
resolve diversificar, investindo em um sector não tradicional, o electrónico, por
exemplo, sem ter adquirido a necessária competência.
MISSÃO
PRESENTE NOVO
PRODUTO
Penetração no Desenvolvimento do
PRESENTE Mercado produto
Desenvolvimento do
NOVA Mercado Diversificação
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TEMA 1: O CONTEXTO DO PROJECTO NO
PROCESSO DE PLANEAMENTO
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Introdução:
Importa começar por referir que vários são os conceitos que podem ser
encontrados e dados para definir um projecto já que ele pode assumir significados
diferentes e nem sempre se empregar com o mesmo sentido. Vejamos assim
algumas das várias definições:
Poderemos encontrar ainda uma outra que, é neste caso, a que iremos adoptar,
não significando isto que seja necessariamente a melhor definição.
Definição e Essência:
* Os objectivos a atingir;
* As razões que estão na base da sua escolha;
* O método a aplicar na combinação dos recursos disponíveis;
* A planificação das despesas e receitas;
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* O seu enquadramento jurídico-laboral e
* Os resultados previstos.
◙ Estudos de mercado;
◙ Estudos de localização;
◙ Estudos de enquadramento jurídico-legal/social;
◙ Estudos de engenharia;
◙ Estudos de viabilidade económica e financeira.
Com esta distinção feita, podemos dizer que a classificação dos projectos por tipo
dependerá do objectivo. Se a classificação for feita em função do sector
económico, onde se processa o investimento, tem-se:
Agrícola
Projecto Industrial
De serviços
De implantação
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De expansão ou de ampliação
Projecto De modernização
De relocalização
De diversificação
Pode-se também classificar o projecto em função do uso que o mesmo terá para a
instituição promotora, ao longo do processo decisório e até à implementação do
mesmo. Neste caso, a classificação é a seguinte:
De viabilidade
Projecto Final
De financiamento
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Caso se queira classificar os projectos de acordo com a origem de fundos,
teremos:
Pequenos projectos: os que não têm qualquer impacto sobre o nível geral de
preços.
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INVESTIMENTO: DEFINIÇÃO, ESSÊNCIA, OBJECTO E IMPORTÂNCIA,
CLASSIFICAÇÃO E TIPOLOGIA
Definição e essência:
Tal como referido no caso do projecto, não existe uma definição universalmente
aceite de investimento e as definições vão sendo cada vez mais polémicas, dado
que elas devem ser cada vez mais abrangentes para se tornarem mais
compreensíveis. Assim, a definição que é dada a seguir é uma das possíveis.
Investimentos financeiros
Natureza Investimentos corpóreos
Investimentos incorpóreos
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◙ Investimentos incorpóreos: assumem a forma de licenças, estudos,
aquisição de tecnologia, marcas, patentes, royalties, etc.
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actividade da empresa sem modificar a natureza dos produtos que fabrica, ao
passo que aqueles têm por objectivo, o aumento ou modificação da sua linha de
fabrico. Por outras palavras, pode-se dizer que estes investimentos tratam do
alargamento da gama de produtos, que podem também originar o
desenvolvimento de novos mercados. Este tipo de investimentos tem também por
objecto, o aperfeiçoamento dos produtos existentes. Este aperfeiçoamento ou
melhoria pode revestir-se de diversos aspectos, entre os quais se salientam os
seguintes:
◙ Investimentos obrigatórios: são todos aqueles que são impostos por lei ou
por instrumentos contratuais de regulamentação a um nível determinado de
actividade (sector, empresa)
Investimentos convencionais;
Tipo de cash-flow
Investimentos não-convencionais.
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◙ Investimentos convencionais: quando existe uma certa constância
qualitativa de fluxos de fundos:
OBJECTIVOS
PLANEAMENTO PROJECTO DE
ESTRATÉGICO VIABILIDADE
PLANEAMENTO
TÁCTICO
PROJECTO IMPLANTAÇÃO
FINAL
PRODUÇÃO
Os objectivos serão fixados pelo conflito entre os diversos grupos que detêm
alguma parcela de poder na empresa. Os objectivos que resultarem deste
processo nortearão o planeamento estratégico da empresa. Neste ponto, e antes
que as decisões estratégicas sejam operacionalizadas, tem-se o processo de
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elaboração e análise de projectos, como um simulador e realimentador das
decisões estratégicas, particularmente das decisões de investimento.
GASTO EM ELABORAÇÃO E
ANÁLISE DE VIÁBILIDADE. 27
CUSTO VARIÁVEL DE RECOLHA E
PROCESSAMENTO DE
INFORMAÇÕES, ASSESSORIA
EXTERNA, ETC.
RISCO
GASTO EM
ELABORAÇÃO E
ANÁLISE DE
VIABILIDADE
100% CONFIABILIDADE
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Ou seja, a empresa deve gastar em consonância com o grau de confiabilidade já
atingido na análise de viabilidade.
Pode-se então dizer que existe um custo associado à inexactidão. Este custo
corresponde à maior perda que a empresa poderá sofrer para cada nível de
imprecisão (ou seja, de erro) admitido na análise de viabilidade. Dado então certo
nível de risco de um projecto, o custo da inexactidão será crescente com a
imprecisão com que foi feita a análise de viabilidade. Por seu lado, os custos de
elaboração e análise de viabilidade do projecto serão decrescentes com a
imprecisão, facto que é ilustrado na figura a seguir:
CUSTO TOTAL
IMPRECISÃO
REGIÃO DE ÓPTIMO
O custo total será a soma das duas curvas, de modo que se pode obter, em termos
muito teóricos, uma região óptima, que corresponde a um custo total mínimo.
GASTO PROJECTO
ACUMULADO EM
ELABORAÇÃO E
ANÁLISE
IDEIA INICIAL
CUSTO FIXO DE
ASSESSORIA (CUSTO DO
DIAGNOSTICO)
TEMPO
PRÉ-VIABILIDADE VIABILIDADE
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A ideia inicial pode ter surgido de uma oportunidade que a empresa detectou no
meio ambiente, através, por exemplo de um diagnóstico externo feito pelo seu
órgão de assessoria, ou então pode ter surgido de uma oportunidade interna,
como um novo produto ou o aproveitamento de um resíduo.
Esta ideia inicial é traduzida numa análise de viabilidade superficial para verificar
se vale a pena fazer a análise de pré-viabilidade. Caso a resposta seja positiva,
entra-se na fase de análise de pré-viabilidade e, a seguir, na fase da análise de
viabilidade.
O ponto importante a reter aqui é que os gastos devem ser feitos por etapas e que
a empresa ou promotor do projecto não deve gastar mais do que o necessário em
cada estágio de decisão, ou seja, deve existir a sensibilidade por parte do próprio
analista e/ou da gestão de que o esforço em aprimorar a análise deve ser
gradativo.
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Controlador, etc… A função destes passa a ser fundamentalmente a de
planeamento, gestão e controlo/fiscalização.
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TEMA 2: A ESTRUTURA E AS ETAPAS DE UM
PROJECTO
A Estrutura de Um Projecto
Introdução:
A Estrutura do Projecto:
Mercado
A) Aspectos Económicos Localização
Escala
Composição do capital
Financiamentos
C) Aspectos Financeiros Capital de giro ou circulante
Outros (índices de liquidez, grau de endividamento, evolução do capital e do
património
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Estrutura organizacional
D) Aspectos Administrativos
Treinamento do pessoal a envolver no projecto
Externalidades positivas
F) Aspectos Ambientais
Externalidades negativas
ASPECTOS ECONÓMICOS
Mercado:
Localização:
Escala:
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tecnologia podem também influenciar bastante na escolha da capacidade de
produção da futura fábrica/unidade produtiva.
B) ASPECTOS TÉCNICOS:
C) ASPECTOS FINANCEIROS
Composição do capital:
Aqui são analisadas as diferentes opções que existem para compor o capital a ser
investido no projecto. Por outras palavras, trata-se de definir a composição do
capital próprio e de terceiros. O reembolso e/ou remuneração do capital alheio
deverá ser devidamente considerado nas projecções. É de realçar que o custo do
capital é um elemento bastante importante a ser ponderado na análise do projecto
de investimento.
Financiamentos:
Capital circulante:
Outros:
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Dependendo ou não do projecto dar lugar a uma outra entidade jurídica, pode ser
necessário elaborar uma análise retrospectiva (quando a empresa já existe) e/ou
prospectiva (sobre as projecções do projecto). Estas análises envolvem entre
outros, aspectos como: grau de endividamento, índices de liquidez, análise da
evolução do capital e do património, índices de solvabilidade, etc.
D) ASPECTOS ADMINISTRATIVOS
F) ASPECTOS AMBIENTAIS
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G) ASPECTOS CONTÁBEIS
Determinada literatura trata esta questão de forma separada, ao passo que outros
incluem-na no âmbito dos aspectos financeiros. De qualquer modo, vale dizer que
os aspectos de carácter contábil referem-se à metodologia de elaboração dos
cronogramas financeiros e com a estrutura contábil a adoptar ou existente na
empresa(plano de contas, a escrituração dos livros, os instrumentos de controle
durante a fase de implantação do projecto e durante a fase de operação.
As Etapas De Um Projecto
Mercado
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Localização
Escala Engenhariaa
aa
Financeiro
Administrativo
Jurídico
Contábil
Meio Ambiente
Cronogramas de
Desembolso,
Projecções de
Custos e Receitas
Projecto Final
Implantação
OPERAÇÃO
Fase de Pré-investimento
Fases de desenvolvimento
de um projecto de investimento Fase de Investimento
Fase Operacional
A. FASE DO PRÉ-INVESTIMENTO:
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“esboço” do projecto. A essa avaliação preliminar dá-se o nome de estudo de pré-
viabilidade, cujos objectivos consistem na determinação de:
B. FASE DE INVESTIMENTO
C. FASE DE EXPLORAÇÃO
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Na prática, nesta fase já não existe o projecto, mas sim, a nova entidade criada
pelo projecto (nova empresa, nova actividade, dependendo dos casos).
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O Estudo de Mercado
Introdução
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A análise do mercado não só é o ponto de partida para a elaboração do projecto,
como também é um dos seus aspectos mais importantes. Através do estudo de
mercado é possível obter os seguintes elementos:
8. Interpretação.
6. Posicionamento do mercado;
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10. Definição dos níveis de rendimento dos consumidores finais do produto e
perspectivas da sua evolução;
MERCADO INTERNO:
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Consumo efectivo: P.ção + Imp.ção - Exp.ção +/- Variação stocks;
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G. Medidas de Promoção
H. Rede de Distribuição
I. A Clientela
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- Na comparação, em percentagem da exportação prevista no projecto com
os volumes e valores globais de exportação do país, segundo a previsão
efectuada;
Vamos admitir que o nosso problema seja o de saber a procura de celulose nos
próximos 4 anos, para este mesmo país.
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continuará a ocorrer no futuro o que ocorreu no passado, em termos de
crescimento. As taxas mais usadas são a taxa aritmética e a geométrica.
A taxa aritmética média observada no período de 2000/06 pode ser calculada com
base na fórmula para o cálculo do montante em juros simples:
Teremos então:
Vn -1 1.475
-1
V0 768
i= = = 0,1534 a.a ou i= 15,34% a. a
n 6
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Vn = V0 (1 + i )n onde: V0= primeiro valor observado; Vn= último valor observado;
n= número de períodos; i = taxa a ser calculada
Temos então:
Com base nesta taxa, pode-se projectar o consumo. Por ex.: para 2007, teremos:
c) A Projecção da Tendência:
Crescimento linear:
n: o número de observações;
X1: a 1ª observação da varíavel independente;
Y1: a 1ª observação da varíavel dependente;
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O objectivo da análise de regressão linear é determinar a relação que expressa Y
como função de X. A operação de regressão linear tem a forma geral: Y = a + bx,
onde a e b representam os coeficientes que se pretendem estimar.
(x3,y3)
Ÿ = a+bx
(x1,y1)
(x44,y44)
(x22,y22)
Σ (Y – Ϋ)²
S = (Y -Y)2 Y= a + bx
s =0
b
â=Y-bX Y = Yi
Sendo: n
b = n Xi Yi - ( Xi) ( Yi)
n Xi2 - ( Xi)2 X = Xi
n
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Crescimento exponencial:
Y= A.Bx
Y Y
B1 A
B1
X X
É uma função não linear, simétrica, representada por uma curva sigmoidal ou da
forma de S.
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A equação da função é da seguinte forma: y = ,, 0
-
1 + e
onde:
1
-x
e =1 ------ = 1 ; = ex
ex
Logaritimizando, temos:
1
log = x ; Xo = log 2 Xo = . loge
0
logística
=1+ e- -1 = e -
transformada
Y Y
= antilogaritmo de A
log ( - 1 ) = log -
y =-b
z = A + bx
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Uma das características da função logística é o facto de as primeiras diferenças
dos valores da função se disporem segundo uma curva que lembra uma
distribuição normal.
y
1+
x
0
Gráfico da função logística quando 0 e 0 1
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O coeficiente de correlação ou de determinação pode ser considerado como o
complemento natural da regressão, uma vez que indica a intensidade da relação
que existe entre a varíavel a explicar e a varíavel explicativa.
Σ XY Σ ( X – X) (Y – Y) ²
r = r² =
√ (ΣX ²). (ΣY²) Σ (X – X)². Σ (Y – Y)²
Σ XY
r= Falta-nos o cálculo de Y²:
√ (Σ X²) . (Σ Y²)
X Y Y²
1 215 46.225
2 240 57.600
3 280 78.400 9.815 9.815
4 315 99.225 r= = = 0,97
5 360 129.600 √ 140. 731.850 10.122
6 380 144.400
7 420 176.400
Σ Y²= 731.850
A Análise da Elasticidade:
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Definição: Seja uma função Y = f (&)
dq
q
E=
dp
p
dq
q
E=
dY
Y
Esta elasticidade normalmente tem sinal positivo, pelo facto de tanto o rendimento
como a procura variarem no mesmo sentido.
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Elasticidades:
log Q
log Q
Q2 Q2
Q1
Q1
log P log P
P2 P1 P2 P1
log Q
Q2
Q1 Elasticidade = 1
P2 P1 log P
log Q
log Q
Q2
Q1
Q1
log P log P
P1 P2 P1
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Os critérios qualitativos têm grande utilidade quando existem poucos dados
disponíveis e/ou quando faltam dados históricos (como é o caso de novos
produtos) A ênfase é centralizada nas informações qualitativas, com uma grande
parcela de julgamento.
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Q/t
Figura 8: Representação da curva de oferta
Tal como no caso da procura, para além do preço, há outros factores que podem
influenciar na oferta, tais como: a disponibilidade dos “inputs” de produção (mat.
primas, mão-de-obra, energia, etc.), o desenvolvimento tecnológico, os efeitos fis-
cais, etc.
A Projecção da Oferta:
Como segundo tipo, temos os sectores com grandes economias de escala, com
intensidade de capital (ou de tecnologia), que se caracterizam pela concentração
e pelas barreiras á entrada de novas empresas. Como exemplo deste tipo, podem
citar-se: a produção de cimento, de celulose, de automóveis, de computadores, de
microelectrónica, etc. Neste caso, a projecção da oferta deve ser feita analisando
os projectos aprovados pelos órgãos especializados do Governo.
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De posse dos projectos, é necessário fazer a análise da oferta nominal e do
correspondente grau de utilização, observado no sector. Por exemplo, no Brasil, a
capacidade nominal no sector de cimento é obtida, multiplicando-se a produção
diária por 330 dias. A diferença de 35 dias corresponde às paragens programadas
para manutenção e consertos. Assim, numa fábrica com capacidade de produção
de 1.000 t/dia, teríamos uma oferta nominal de 330.000 t/ano.
Uma vez obtido, o grau de utilização pode ser aplicado sobre a oferta nominal para
se medir a oferta efectiva. A partir deste ponto pode-se fazer o confronto entre a
procura e a oferta.
O Confronto Procura-Oferta:
Obs.: o sector de celulose (no Brasil) opera em média 342 dias por ano. Por outro
lado, o grau de utilização declinou a partir de 1974, que foi um ano muito bem para
o sector.
Tomando como base os dados apresentados nos dois quadros anteriores, pode-se
elaborar o confronto entre a procura e a oferta para o caso da celulose, conforme
ilustrado na tabela a seguir:
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projecções. O analista deve comunicar também ao administrador as hipóteses
implícitas e explicitas que foram feitas, de forma a haver a necessária confiança
na projecção.
Custo da imprecisão
Custo da projecção
Imprecisão
Região óptima
O gráfico acima pretende demonstrar que modelos simples custam pouco, mas
podem ter um custo muito elevado para a empresa, em termos de erro na decisão.
Por outro lado, modelos sofisticados e precisos custam caro, porém a
contrapartida é um menor custo em termos de erro decisório. Assim, é necessário
balancear as duas tendências.
A Engenharia do Projecto
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(Os Estudos Técnicos De Engenharia - Extraído de Análise Económica e Financeira
de Projectos, de Fernando Abecassis, Nuno Cabral - 2ª edição)
Introdução:
Uma planta do terreno e implantação dos edifícios com indicação de áreas cobertas
e não cobertas das secções principais e auxiliares (lay-out geral);
65
Quadro 2: Discriminação dos Investimentos Técnicos
Previstos
(Em 1.000 U.M)
DISCRIMINAÇÃO ANOS
Aquisição de terrenos
Preparação dos terrenos
Redes de infra-
estruturas(água,esgotos,energia,gás,
telefones, vias de comunicação,etc.)
Edifícios e construções fabris
Edifícios administrativos e habitações
Equipamentos e instalações
auxiliares, incluindo montagem
Material de transporte, carga e
descarga
Móveis, utensílios, ferramentas de
duração plurienal
Estudos, projectos, fiscalização,
coordenação técnica
Direitos, licenças, registos e taxas
Patentes, royalties, alvarás, marcas a
pagar antes do início da exploração
Formação e treino de pessoal
Investigação própria relacionada
com o projecto
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67
Quadro 4: Previsão Do Custo De Produção Por Produtos
(Após imputação de custos indirectos ou comuns)
3. AMORTIZAÇÕES
a) Fabris
b) Não-fabris
4. SERVIÇOS
a) Conservação
b) Transportes
c) Armazenagem
d) Seguros
e) Outros gastos gerais
.......................
TOTAL
A Localização do Projecto
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Considerações Iniciais:
Localização e Investimentos
Uma outra razão que advoga a necessidade de se efectuar uma abordagem
dinâmica do problema de localização é a existência de consideráveis
imperfeições no mercado. Estas imperfeições podem ser traduzidas, de certo
modo, nos custos associados à implantação de determinado processo. Uma
análise do que se passa em termos dos custos associados às diferentes etapas de
um processo de produção, pode ajudar-nos a perceber a influência destes nos
custos de investimento, conforme ilustrado a seguir:
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ENTRADAS
Custo de
Aquisição
Custo de
Localização
PROCESSO
Custo de
Distribuição
SAÍDAS
71
O valor adicionado ao produto é grande e o frete para os mercados
consumidores é uma parcela pequena deste valor adicionado.
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A Teoria da Localização e dos Orçamentos Comparados
O problema da localização pode ser tratado mediante a teoria da localização e/ou
dos orçamentos comparados.
A teoria da localização trata apenas do problema da macrolocalização, deixando ao
bom senso dos executivos, a tarefa de indicar a microlocalização. Além disso, o
emprego da teoria da localização pode ser oneroso em termos de custo para
recolher e processar informações, o que o torna económico apenas quando se tratar
de projectos de grande porte.
A teoria da localização visa satisfazer as exigências da macrolocalização. Com base
no transporte e nas condições de acondicionamento, existirá uma orientação pelo
mercado dos “inputs” ou uma orientação pelo mercado dos “outputs”. A escolha da
localização, neste caso será orientada de forma a satisfazerem-se as seguintes
condições:
Tinputs > T outputs localizar a unidade produtiva próximo do mercado dos inputs
Tinputs < Toutputslocalizar a unidade produtiva próximo do mercado do(s)
output(s), onde:
Tinputs = Custo de transportação dos “inputs”;
Toutputs= Custo de transportação dos “outputs”
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Processos que exigem água em quantidade e/ou em certas
condições de pureza;
Processos que consomem grandes quantidades de energia;
Processos que causam poluição ambiental: do ar, da água, sonora;
Processos que dependem de mão-de-obra abundante e/ou
especializada;
Processos que dependem da disponibilidade de vias de transporte:
rodoviário, ferroviário, hidroviário e aéreo;
Processos condicionados a determinadas condições atmosféricas.
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Peso dos factores determinado de acordo com outros critérios.
OBS: Tem sido comum o uso combinado de dois ou mais métodos para garantir
uma escolha mais cuidadosa.
Localização e Expansão
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Apesar das vantagens que o método dos orçamentos comparados apresenta para a
determinação da localização, um dos grandes inconvenientes decorrente da sua
utilização é o de não incluir o factor tempo. Este inconveniente pode ser
parcialmente contornado quando se usa a própria metodologia de elaboração e
análise de projectos para determinar a localização mais adequada. Para isso, é
feito um projecto de viabilidade completo para cada um dos locais pré-
seleccionados, onde são incluídas as mudanças mais relevantes que se supõem
ocorrer no futuro, tais como: ampliações, variações nos custos relativos dos
factores, alterações nos mercados, etc.
Localização e Dimensão
A relação entre a localização e a dimensão (do mercado e da própria unidade
produtiva a implantar) deriva da necessidade de se saber se para um certo
mercado, com uma certa taxa de crescimento, é preferível localizar uma só
unidade num certo local ou mais que uma unidade em diferentes locais. As
chamadas economias de escala condicionadas pela dimensão do mercado
actuam por sua vez como condicionantes da localização. Em termos práticos, há
que contrapor as economias de custos de produção, resultantes de uma maior
dimensão da unidade produtiva, às deseconomias de custos de distribuição
resultantes de uma localização única mais distante de algumas áreas do mercado
consumidor.
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TEMA 3: A ELABORAÇÃO DE PROJECTOS
O Tamanho do Projecto
(Determinação Da Escala Ou Dimensão Do Projecto - Extraído de
PROJECTOS – Planeamento, Elaboração, Análise de SAMSÃO WOILER E WASHINGTON F.
MATHIAS); Análise Económica e Financeira de Projectos -2ª edição – Fernando Abecassis, Nuno
Cabral)
77
Introdução
Do ponto de vista técnico: capacidade é a máxima produção que deve ser obtida
com determinado processo (ou equipamento) durante um determinado período de
tempo. Neste sentido, há-que separar o conceito de capacidade nominal do
conceito de capacidade efectiva.
A capacidade nominal (Cn) é a capacidade teórica que seria obtida, caso todos os
equipamentos funcionassem de modo eficiente. Entretanto, há-que notar que
existem interrupções e/ou perdas de eficiência devidas a:
Ce
Nu =
Cn
Este índice é o que deve ser usado para a determinação do potencial de oferta de
determinado sector, tal como já foi referido no capítulo concernente ao estudo do
mercado.
Muitas vezes, observa-se que o nível de utilização se situa bastante abaixo do que
é considerado normal para um dado sector. Isto pode ocorrer em virtude da
indivisibilidade de certos equipamentos, quando a empresa realiza uma expansão
não balanceada ou porque o processo produtivo depende de matérias-primas de
carácter sazonal e/ou limitadas a certos meses do ano. Nestes casos, os técnicos
devem ajustar o conceito de tamanho através da consideração do tempo de
operação.
Com base nesta noção de custo, pode-se dizer que o ponto de vista económico
procura considerar não apenas a capacidade física, mas também os demais
factores económicos que participam do processo, tais como: o uso do capital
circulante, as ofertas sazonais de mat.primas, o custo incremental decorrente do
uso mais intensivo dos equipamentos (funcionamento de turnos), etc.
As economias de escala relacionadas com aspectos técnicos são por seu lado,
apreensíveis através de estudos feitos para várias indústrias no sentido de definir
um «expoente de escala» traduzido por uma fórmula do tipo:
P2
K2 = K1 ---- onde:
P1
PONTO CRÍTICO
q = quantidade a produzir;
p = preço unitário de venda;
CF = custo fixo total da produção
CV(q) = custo varíavel total da produção q
81
CV(q)
v = ---------- = custo unitário variável
q
RT (q)
CT (q)
CV (q)
CF
q
qc
82
Medidas Alternativas de Tamanho
Entende-se por tamanho óptimo, aquela escala de produção que conduz à mais
alta rentabilidade para a empresa em um dado intervalo de tempo. O tamanho
óptimo pode ser também entendido como sendo, a escala de produção que
conduz ao maior rácio benefício/custo para o empresário e/ou para a sociedade.
Uma vez que o factor tempo é muito importante, os custos e receitas associados
à escolha do tamanho óptimo devem ser analisados ao longo do tempo.
Geralmente, a análise é feita para um horizonte temporal de planeamento igual á
vida útil da fábrica. Desse modo, o tamanho óptimo será aquele que permite
obter o maior valor líquido actual (VLA), descontado a uma determinada taxa de
juros.
A estratégia óptima para expansão será aquela que conduzir ao mínimo valor
actual dos custos para se prover a capacidade requerida.
83
TEMA 3: A ELABORAÇÃO DE PROJECTOS
84
O Enquadramento Jurídico-Legal do Projecto:
É comum encontrar nos vários países, actividades industriais e outras que para
serem desenvolvidas ainda carecem de autorização prévia e ou que estão
vedadas à iniciativa privada. Por exemplo, a indústria petrolífera, diamantífera, de
armamento são algumas das actividades que são geralmente monopolizadas
totalmente ou parcialmente pelo Estado. Em outros países, a lei de terras por ex.:
chega a constituir um grande constrangimento para o desenvolvimento de
projectos de investimento.
85
Legislação fiscal relacionada com a actividade (impostos directos e
indirectos, isenções, etc.)
86
TEMA 3: A ELABORAÇÃO DE PROJECTOS
87
Introdução
Quanto ao prazo:
♦ Fontes de curto prazo, e
♦ Fontes de médio e longo prazo
A forma como esta acepção é apresentada leva-nos à uma incursão sobre o tema
central deste tema em abordagem:
onde:
89
Se assegure que: r> i com, preferencialmente, CE> CP⇒ faz-se apelo a designada
rendibilidade extrínseca, que é devida ao efeito da alavanca da dívida (CE/CP).
Fontes de Recursos
Por sua vez para que o projecto possa obter crédito será necessária a existência
de algumas pré-condições: o promotor do projecto/a empresa deve ter garantias
reais, contribuir com uma parcela pré-estabelecida de recursos próprios,
demonstrar que o projecto é rentável e que está em condições de atender aos
compromissos a serem assumidos. Esta última condição refere-se à capacidade
financeira do projecto, ou seja, as receitas previstas deverão (pelo menos) cobrir
os custos variáveis (de produção), os custos financeiros (juros) e gerar recursos
de caixa suficientes para devolver o principal.
90
fixo, uma vez que o mesmo não depende da eventual existência de lucro, ou seja, o
empréstimo não participa no risco empresarial associado ao projecto.
Por sua vez, a menos que seja constituída uma empresa com duração limitada, o
capital próprio não tem data de vencimento. Os accionistas têm direito à
remuneração pela participação no risco empresarial, o que se traduz pelo
controlo administrativo do empreendimento e pelo recebimento de uma
remuneração média maior.
Compatibilidade
Valor ($)
Empréstimos de Curto
Prazo
A.Circulante
Empréstimos de Longo Prazo
Capital Próprio
A Fixo
Tempo
Implantação Operação
91
Risco
Rendimento
Controle
Flexibilidade
Época
O tempo certo para tomar a decisão de investir no projecto não diz só respeito
às questões do mercado e dimensionamento do projecto, mas também à questão
da obtenção dos recursos; isto porque a liquidez observada na economia pode
afectar a disponibilidade de recursos e o seu custo. Nestas condições, um
projecto pode ser viável em termos de obtenção de recursos em certa época e
inviável numa outra.
92
Modalidades de Amortização
b) Sistema Francês
As prestações são iguais entre si, e o seu cálculo é baseado numa anuidade.
Deste modo, uma parte da prestação paga o juro e a outra parte devolve o
principal. A dívida fica completamente saldada na última prestação.
c) Sistema Americano
93
O Custo Efectivo de um Empréstimo e a Selecção entre Opções de
Financiamento
Quando uma instituição financeira se dispõe a conceder um financiamento, por
vezes, ela apresenta os termos do empréstimo, em termos nominais e não em
termos efectivos. É comum também nos empréstimos feitos, que as instituições
financeiras cobrem o imposto sobre operações financeiras (IOF), comissões, etc.
Além disso, em operações de repasse de empréstimos externos pode ser
necessário pagar um custo adicional de imposto de rendimento para a remessa
dos juros para o exterior. Estes encargos adicionais aumentam a taxa de juros
real para o mutuário, sendo por isso indispensável a sua inclusão no cálculo, de
modo que sejam possíveis as comparações das diversas alternativas.
94
Quadro 3
Discriminação dos Custos de Produção Previstos
(Antes da imputação de custos indirectos)
95