TRABALHO E ESCOLA:

APRENDIZAGEM FLEXIBILIZADA

Camila da Silva Aragão - camila.aragao85@gmail.com - CPF: 112.990.327-37

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se justifica pela necessidade de

respeitaria a dimensão vivencial de cada aluno no processo expandir o ensino superior para
de construção do conhecimento, a integração à prática atender as demandas de uma
profissional numa perspectiva reflexiva e a construção sociedade cada vez mais exigente e
colaborativa e solidária do conhecimento. competitiva

APRENDIZAGEM críticas ao modelo único para

resultado de uma FLEXÍVEL alunos com diferentes trajetórias e
metodologia inovadora interesses, ao conteudismo, à
disciplinarização, a centralidade no
professor e ao pouco ou nenhum
protagonismo do aluno
se materializa nas
valorização do aluno como sujeito
comunidades de
crÍtico e não como receptor de
aprendizagem, em rede,
conteúdos, viabilizada pela
formadas por grupos de
construção colaborativa e solidária
interesse
do conhecimento.

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de espectador, passa a ser sujeito de sua iniciativa

própria aprendizagem

autonomia

PARTICIPAÇÃO DO ALUNO disciplina

NA APRENDIZAGEM
seu próprio horário de FLEXÍVEL comprometimento
estudo

deixaria de ser isolado em suas

tarefas e leituras, de modo
estabelecerá as condições e o ritmo também a superar posturas
em que irá estudar, segundo seu ao gerenciar seus tempos e
individualistas.
perfil e suas possibilidades espaços, aprenderia a aprender,
sozinho ou em colaboração

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a relação presencial passa ser

implica o deslocamento do professor e do substituída pela tutoria, que
conteúdo para o grupo acompanha a aprendizagem
dos alunos.

CONCEITO DE
COMUNIDADE DE
seu próprio horário de APRENDIZAGEM
estudo

O professor passa a ser organizador o professor faz parceria com

o grupo participa, se envolve, especialistas em tecnologia
pesquisa, interage, cria, com a de conteúdos e produtor de
mediação de algum orientador propostas de curso, de abordagens
inovadoras de aprendizagem

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OBSERVAÇÃO IMPORTANTE

todas essas “vantagens” (entre aspas) é uma simplificação que atende apenas a
interesses de caráter ideológico. A análise profunda dessa proposta precisa buscar
suas raízes nas bases materiais , ou seja, nas relações de produção que
configuram o regime de acumulação flexível.

Em resumo: apesar de a aprendizagem flexível parecer positiva para os alunos,

ela tem sob a aparência um viés ideológico do capital, de forma a fragmentar a
aprendizagem, formando sujeitos com conhecimentos rasos e voltados para
formação de mão de obra.

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acompanhem as mudanças
o discurso da acumulação flexível sobre a tecnológicas decorrentes da
educação aponta para a necessidade da dinamicidade da produção
formação de profissionais flexíveis científico-tecnológica
contemporânea, ao invés de
profissionais rígidos

a proposta é substituir a
FORMAÇÃO FLEXÍVEL estabilidade, a rigidez, pela
torna-se necessário dinamicidade, pelo movimento
substituir a formação
especializada

caráter mais abrangente do que

especializado, a ser complementada ao
longo das práticas laborais
adquirida em cursos
profissionalizantes focados em de curta duração
ocupações parciais

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em uma sociedade atravessada pela

microeletrônica maquinaria com chip, computadores,
etc

reconhece a importância da
novo disciplinamento ampliação da escolaridade em nível
para o trabalho flexível básico e em nível superior,
as políticas públicas acompanhada da capacitação
estimulam, cada vez profissional continuada para atender
mais, a utilização das às novas demandas do mercado de
novas tecnologias de trabalho.
informação e
comunicação tendo
em vista implementar
uma nova qualidade à
aprendizagem

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combinações não seguem modelos

pré-estabelecidos, sendo definidas e
redefinidas segundo as estratégias de se articulam ao longo das cadeias
contratação e subcontratação produtivas.

ACUMULAÇÃO se alimenta do consumo flexível de

FLEXÍVEL competências diferenciadas

são mobilizadas para

atender à produção
asseguram a realização da
puxada pela demanda
São combinações que ora lógica mercantil.
do mercado
incluem, ora excluem
trabalhadores com diferentes
qualificações

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tem como finalidade a formação de tanto do ponto de vista cognitivo

trabalhadores com subjetividades flexíveis quanto ético

uma das formas de atender à

finalidade de formação desses
profissionais, cuja força de trabalho
Pedagogia da poderá ser consumida ao longo das
acumulação flexível cadeias produtivas, segundo as
necessidades da demanda do capital
que sejam
manipuláveis,
adestrados,
controlados para servir treinados para exercer trabalhos
a lógica do capital e temporários simplificados,
que possam se que aceitem de forma natural, as repetitivos e fragmentados
adaptar às novas múltiplas tarefas no mercado
demandas flexibilizado.

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prática, na medida em que a teoria, como teórica, na medida em que esta

guia da ação, orienta a atividade humana ação é consciente.

atividade teórica e prática que

transforma a natureza e a
, as relações entre sociedade;
parte e totalidade, PRÁXIS

é preciso superar o que é

aparente, para compreender as
a realidade não se
é preciso ver para além das relações, as conexões, as
deixa revelar através
aparências, que mostram apenas os estruturas internas,
da observação
imediata fatos superficiais, aparentes, que
ainda não se constituem em
conhecimento.

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e ao pensamento humano é impossível o conhecimento é uma

apreender a realidade, porque está impossibilidade histórica
demarcado por diversidades culturais

o que há são interpretações,

narrativas atreladas à prática
cotidiana, reduzindo-se o
conhecimento à linguagem

segundo as teorias
pós-modernas.
teoria se constrói mediante o
as interpretações são embate de discursos
diversas, sendo intersubjetivos, ou seja, pelo
verdadeiras apenas no confronto de discursos
contexto cultural que
lhe deu origem

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critica o academicismo
essa simplificação ocorre,
de modo geral, nos
cursos à distância, em
que se propõe um único
percurso: reduzir a necessidade de domínio da
aprendizagem flexível teoria

são apresentadas leituras selecionadas pelo conteudista, que concebe o conhecimento como
serão interpretadas em exercícios previamente propostos resultante dos discursos que
ocorrem nas redes, fóruns ou
chats.

geralmente não atingem os níveis mais complexos dos

comportamentos cognitivos, atendo-se, na maioria das vezes,
à reprodução de conhecimentos já construídos para o
reconhecimento de fatos ou situações comuns

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APRENDIZAGEM FLEXÍVEL

DIMENSÃO PRAGMATISTA DIMENSÃO PRESENTISTA

Sem a mediação da teoria, anula-se a historicidade

o conhecimento resulta da reflexão a experiência histórica é substituída

prática sobre a prática pela experiência do momento

A História é compreendida como uma

não se supere o senso comum ou o
forma específica de discurso
conhecimento tácito
não há história, não há valores, nem princípios
negação da teoria ou fundamentos e não há futuro;

negado o caráter científico do

conhecimento
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APRENDIZAGEM FLEXÍVEL

MATERIALISMO
EPISTEMOLOGIA DA PRÁTICA HISTÓRICO-DIALÉTICO

busca compreender as múltiplas relações e interrelações

Busca soluções
pragmáticas
método de produção do conhecimento é um movimento
o pensamento se debruça sobre as que leva o pensamento a transitar continuamente entre o
práticas abstrato e o concreto

A ação do aluno refere-se ao movimento do pensamento da prática

conhecimentos tácitos vão sendo
para a teoria, e desta para a prática, para ressignificá-la;
desenvolvidos pela experiência,
o professor assume o papel de mediador, que
e processo de troca de experiências organizará situações significativas de aprendizagem
práticas sem, necessariamente,
reflexão sustentada teoricamente.

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