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HEMOPE
PROTOCOLOS DE TRATAMENTO
DE DOENÇAS HEMATOLÓGICAS
Versão 00/2015
Protocolos de Tratamento de Doenças Hematológicas
Leucemia Linfoide Aguda
EQUIPE DE ELABORAÇÃO
SUMÁRIO
Pág.
1. Introdução 04
2. Classificação da LLA 04
4. Citogenética 05
6. Tratamento 05
8. LLA recaída 10
9. TCTH alogênico 10
1 - INTRODUÇÃO
2 - CLASSIFICAÇÃO DA LLA
- Hemograma completo
- Mielograma
- HLA classes I e II e alta resolução do paciente e irmãos se candidatos ao TMO (na ausência
de doador aparentado, inscrever no REREME)
- Ecocardiograma
4 - CITOGENÉTICA
6 - TRATAMENTO
- Antihelmínticos pré-QT:
- Antieméticos (Metoclopramida/Alizaprida/Ondasetron)
*Fluconazol 400mg/dia
*Alopurinol 300mg/dia VO
- Ciclofosfamida 300mg/dia
Indução:
Via de
Droga Doses Duração
administração
300mg/m² 12/12h D1 ao D3 (Total 6
Ciclofosfamida IV
em 2 horas doses)
600mg/m² em
Mesna IV D1 ao D3 *
infusão contínua
D1 ao D4
Dexametasona IV/VO 40mg/dia em 1 hora
D11 ao D14
5 a 10
G-CSF IV/SC **
mcg/Kg/dia
*Término 6 horas após a última dose da Ciclofosfamida
Via de
Droga Doses Duração
administração
200mg/m² em 2
Metotrexato IV D1
horas
800mg/m² em 22
Metotrexato IV D1
horas
Leucovorin IV 15mg 6/6h Total de 8 doses*
3g/m² 12/12h em 2 D2 e D3 (total de 4
ARA-C IV
horas doses)
D1 ao D3 (total de
Metilprednisolona IV 50mg 12/12h
6 doses)
5 a 10
G-CSF IV/SC **
mcg/Kg/dia
*Iniciado 24 horas após o término da infusão do Metotrexato
Profilaxia do SNC:
Via de
Droga Dose Duração
administração
Metotrexato IT 12mg D2 de cada ciclo
ARA-C IT 100mg D8 de cada ciclo
Manutenção:
Via de
Droga Dose Duração
administração
6-Mercaptopurina VO 50mg 3x/dia Contínuo
Metotrexato VO 20mg/m² Semanal
Vincristina IV 2mg Mensal
5 dias por mês
Prednisona VO 200mg junto com a
Vincristina
*Intensificação:
CD 20 positivo ( ≥ 20% das células): Rituximabe 375mg/m² IV nos D1 e D11 dos ciclos
ímpares e D1 e D8 nos ciclos pares, nos ciclos de 1 ao 4.
- Metotrexato: reduzir em 25% quando a creatinina estiver entre 1,5 a 2d/L e em 50% quando
estiver com níveis maiores
- ARA-C: reduzir para 1g/m² em pacientes com idade acima de 60 anos; se creatinina maior
de 2,0.
Orientações gerais:
- Reavaliação da medula com mielograma deverá ser feita antes do segundo ciclo da
quimioterapia (após recuperação medular), após o 4° ciclo e após o término dos ciclos. Após
esse período a cada 6 meses nos dois primeiros anos ou na suspeita de racaída.
Nos meses 6 e 13 a manutenção deve ser interrompida para um curso de HyperCVAD com
Imatinibe como na indução.
Pacientes com idade abaixo de 65 anos com Ph+ com doador compatível deverá ser
mandado para TCTH assim que alcançar a remissão.
- Blastos em MO < 5%
8 - LLA RECAÍDA
Recaída precoce (menos de 2 anos da remissão): Protocolo Ida-FLAG (por até 3 vezes) com
o objetivo de encaminhar ao TCTH aparentado ou não.
Pacientes não responsivos ao HyperCVAD (após o 4° ciclo ): Protocolo Ida-FLAG (por até 3
vezes) com o objetivo de encaminhar ao TCTH aparentado ou não.
Via de
Droga Doses Duração
administração
Idarrubicina IV 10mg/m²/dia D1 ao D3
30mg/m²/dia em 30
Fludarabina IV D1 ao D5
minutos
2g/m²/dia em 4
ARA-C IV D1 ao D5
horas *
a partir do D6 até
neutrófilos >1000
G-CSF IV/SC 5 a 10 mcg/Kg/dia
por 2 dias
consecutivos
9 - TCTH ALOGÊNICO
Todos os pacientes adultos com idade < 65 anos, independentemente do risco, que
disponham de doador HLA-idêntico relacionado, devem preferencialmente ser levados a
TCTH alogênico em primeira remissão completa.
QT IT (MADIT: MTX 12mg + ARA-C 70mg + Dexa 2mg) duas vezes por semana até o líquor
normalizar e depois seguir o protocolo.
Fazer radioterapia craniana (base de crânio ou todo crânio) →2400 a 3000 rads, divididos em
12 sessões.
Etoposide 300mg/m² IV D1
MADIT D1
Mercaptopurina 75mg/m² VO D1 ao D7
Teniposide 150mg/m² IV D1
Dexametasona 12mg/m² VO D1 ao D5
Ferramenta de extrema importância pelo fato da LLA tratar-se de uma doença onde obtemos
altos índices de remissão completa, porém, caracterizada por altas taxas de recidiva,
significando que células residuais restaram na medula óssea ou em outros locais que foram
indetectáveis pelos métodos convencionais.
A detecção da Doença residual mínima exerce importante papel na avaliação da LLA, tanto
na estratificação dos subgrupos de risco quanto na tomada de decisões terapêuticas.