Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Tiques, síndrome
de Tourette e
aripiprazol
Dra. Ana G. Hounie
CRM-SP 94.382 / RQE 17704
7033297 – JUL/21
CASO CLÍNICO
Tiques, síndrome
Estudos recentes sugerem que a síndro- No entanto, o componente genético (pa- Do ponto de vista fisiopatológico, há en-
me de Tourette seja resultado de uma drão hereditário poligênico) parece ter volvimento do circuito gânglio-tálamo-
combinação de fatores genéticos e am- forte predominância. Em comparação -cortical-basal e aumento de sensibilida-
de Tourette e
bientais — como alcoolismo materno,
8
com a população em geral, a síndrome de à noradrenalina liberada em situações
ganho excessivo de peso durante a gra- de Tourette é de dez a cem vezes mais de estresse.8
videz, condições socioeconômicas, in-7
comum em indivíduos que tenham pa-
Dra. Ana G. Hounie CRM-SP 94.382 / RQE 17704. Psiquiatra, Doutora pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).
2 3
Síndrome de Tourette A prescrição para crianças e adoles- x Síndrome de Tourette em indivíduos de Conduta
e aripiprazol centes tornou-se lugar-comum, mes- 6 a 18 anos.
mo em indicações off-label. Na primeira consulta foi prescrito aripi- ml, ferritina de 22 ng/mL e aumento de relacionados à piora de tiques.15 A família
Embora a patogênese exata da síndro- Uma recente e abrangente revisão su- prazol na forma de suspensão oral (1 mg/ imunoglobulina E (IgE) (o restante dos foi encaminhada ao imunologista para a
me de Tourette seja desconhecida, os O uso de aripiprazol no tratamento da sín- gere que o aripiprazol tenha eficácia mL), na dose de 0,5 mL/dia, orientando exames estavam sem alterações, exceto pesquisa das alergias.
antipsicóticos atípicos tornaram-se par- drome de Tourette é off-label. Em bula, há semelhante àquela do haloperidol para os pais sobre a redução da dose da rispe- por microcitose no hemograma).
te do paradigma do tratamento por sua aprovação apenas para uso adulto, no tra- o tratamento da síndrome de Tourette. A ridona à metade e, depois de uma sema-
atividade em circuitos dopaminérgicos e tamento de esquizofrenia e de episódios frequência de sintomas extrapiramidais na, a suspensão; também foi prescrito o Como os tiques haviam melhorado bas- Evolução
serotonérgicos, ambos disfuncionais na de mania e mistos no transtorno bipolar I.
12
foi significativamente menor com o ari- montelucaste na dose de 5 mg ao dia; fo- tante, não foi aumentada a dose do aripi-
síndrome de Tourette. O antipsicótico Já pelo FDA, há aprovação para: piprazol, e este pode ser utilizado como ram solicitados vários exames. Na segun- prazol, e foi prescrito solução com ferro Na terceira consulta, quatro meses de-
atípico aripiprazol é um agonista parcial uma opção alternativa de tratamento da consulta, um mês e meio depois, os ti- quelado, colecalciferol na dose de 4.000 pois da primeira, os tiques haviam me-
do receptor de dopamina D2 e serotonina x Esquizofrenia em indivíduos maiores para a síndrome, em doses que podem ques diminuíram em 80% e a rinite tinha UI/dia e magnésio quelado na dose de lhorado 95%. Não havia mais sintomas
5-hidroxitriptamina (5-HT)1A e antagonis- de 13 anos. variar de 2,5 mg a 30 mg/dia. 5
melhorado bastante. Os exames acusa- 130 mg/dia com o objetivo de elevar a de rinite alérgica nem dermatite, e as
ta do receptor 5-HT2A, aprovado pela US x Mania aguda (TAB I) em indivíduos vam infecção passada por Mycoplasma ferritina, a vitamina D e o magnésio, já alergias estavam sendo investigadas.
Food and Drug Administration (FDA) para maiores de 10 anos. A seguir, relata-se um caso clínico de pneumoniae, anticorpo antiestreptolisi- que níveis baixos de ferritina13 e vitami- Mantida a mesma prescrição.
o tratamento da síndrome de Tourette. 11
x Adjuvante no tratamento de transtor- uma criança com síndrome de Tourette na O (ASLO) de 350 U/mL, magnésio de na D são correlacionados com piora de
14
no depressivo maior em adultos. que apresentou boa resposta ao trata- 1,8 mg/dL, 25-OH vitamina D de 17 ng/ tiques. Altos níveis de IgG também são
O aripiprazol é um dos antipsicóticos x Agitação psicomotora em indivíduos mento com aripiprazol em sua apresen-
atípicos mais amplamente prescritos. com TEA de 6 a 17 anos. tação de suspensão oral.
DISCUSSÃO
CASO CLÍNICO
Além do tratamento com medicação, (rinite, dermatite, IgE elevada), e o uso as amigdalites foram anos antes da pri-
é importante tratar as comorbidades do montelucaste também contribuiu meira consulta, torna-se difícil observar
Identificação paciente começou a movimentar o pes- Histórico familiar clínicas e as disfunções metabólicas e para a boa resposta ao tratamento. Ha- a relação entre as infecções e as agudi-
coço para trás, como se olhasse algo nutricionais, o que colabora com uma via também ASLO aumentado, indican- zações dos tiques, o que deverá ser feito
Sexo masculino, quatro anos de idade. atrás dele, e piscar os olhos franzindo O pai teve tiques motores na infância. boa resposta ao tratamento medica- do que as amigdalites teriam sido pelo a partir de agora. No entanto, é possível
o nariz. Como o pai havia apresentado mentoso dos tiques. No caso relatado estreptococo beta-hemolítico do grupo que tanto a pneumonia por Mycoplasma
tiques motores na infância, não procu- o paciente tinha magnésio, vitamina D A. A hipótese de pediatric autoimmune quanto as infeções estreptocócicas te-
Queixa principal raram tratamento, acreditando que os Antecedentes pessoais e ferritina baixos, o que foi facilmen- neuropsychiatric disorders associated nham atuado como um desencadeante
e duração tiques fossem desaparecer. Entretanto, te corrigido com suplementação. Pos- with streptococcal infection (PANDAS) dos tiques numa criança geneticamente
um ano depois, começaram tiques vocais: Filho único; pré-natal e parto cesariano suía também um componente alérgico não pode ser descartada, 16
mas como predisposta.8,9
O paciente foi levado à consulta pe- pigarrear, tossir e dar gritinhos. Nessa sem intercorrências; amamentado com
los pais por apresentar tiques motores ocasião, procuraram tratamento com um leite materno por quatro meses, depois
e vocais, que vêm piorando nos últimos neurologista que prescreveu risperidona fórmula; desenvolvimento neuropsico-
meses. na dose de 0,5 mg/dia. Com esse trata- motor sem intercorrências; história mé- CONCLUSÃO
mento, os tiques diminuíram, mas depois dica marcada por uma pneumonia aos
de dois meses houve uma piora, levando dois anos de idade; três amigdalites com A síndrome de Tourette é uma condição ao tratamento. O aripiprazol é um medi- doses menores que as encontradas nos
História pregressa ao aumento da dose de risperidona para uso de antibiótico; rinite alérgica e der- neuropsiquiátrica com diversos desen- camento de meia-vida longa e pode ser comprimidos, sendo uma excelente al-
da moléstia atual 1 mg/dia. Os tiques novamente melhora- matite atópica; sem histórico de convul- cadeantes e o estado bioquímico e nutri- administrado em uma única dose diária. ternativa para crianças menores que ain-
ram, entretanto depois de dois meses vol- sões, enxaqueca, cirurgias ou outras inci- cional do paciente interfere na resposta A formulação em suspensão oral permite da não engolem comprimidos.
Os primeiros tiques motores surgiram por taram a piorar. Nesse momento a família dências relevantes.
volta dos dois anos de idade, quando o me procurou para uma segunda opinião.
4 5
REFERÊNCIAS
[1] Jankovic J, Lang AE. Movement disorders: diagnosis and assessment. In: Bradley WG, Daroff RB, Fenichel GM. Neurology in clinical practice. Principles of diagnosis and management.
4. ed. Philadelphia: Elsevier, 2004. [2] Singer HS. Tourette syndrome and its associated neurobehavioral problems. In: Swaiman KF, Ashwal S, Ferriero DM. Pediatric neurology: principles
and practice. 4. ed. Philadelphia: Elsevier, 2006. [3] Fahn S, Jankovic J. Principles and practice of movement disorders. Philadelphia: Elsevier, 2007. [4] Efron D, Dale RC. Tics and Tourette
syndrome. J Paediatr Child Health. 2018;54(10):1148-53. [5] Zheng W, Li XB, Xiang YQ, Zhong BL, Chiu HF, Ungvari GS, et al. Aripiprazole for Tourette’s syndrome: a systematic review and
meta-analysis. Hum Psychopharmacol. 2016;31(1):11-8. [6] Szejko N, Lombroso A, Bloch MH, Landeros-Weisenberger A, Leckman JF. Refractory Gilles de la Tourette Syndrome-Many Pieces
That Define the Puzzle. Front Neurol. 2020;11:589511. [7] Shprecher DR, Schrock L, Himle M. Neurobehavioral aspects, pathophysiology, and management of Tourette syndrome. Curr Opin
Neurol. 2014;27(4):484-92. [8] Singer HS. Tics and Tourette Syndrome. Continuum (Minneap Minn). 2019;25(4):936-58. [9] Schuhfried G, Schuhfried G, Stanek G. Gilles de la Tourette Syn-
drome caused by Mycoplasma pneumoniae successfully treated with macrolides. Klin Padiatr. 2014;226(5):295-6. [10] Krause DL, Müller N. The Relationship between Tourette’s Syndrome
and Infections. Open Neurol J. 2012;6:124-8. [11] Sallee F, Kohegyi E, Zhao J, McQuade R, Cox K, Sanchez R, et al. Randomized, Double-Blind, Placebo-Controlled Trial Demonstrates the
Efficacy and Safety of Oral Aripiprazole for the Treatment of Tourette’s Disorder in Children and Adolescents. J Child Adolesc Psychopharmacol. 2017;27(9):771-81. [12] Coustals N, Ménard
ML, Cohen D. Aripiprazole in Children and Adolescents. J Child Adolesc Psychopharmacol. 2021;31(1):4-32. [13] Ghosh D, Burkman E. Relationship of serum ferritin level and tic severity in
children with Tourette syndrome. Childs Nerv Syst. 2017;33(8):1373-8. [14] Li HH, Wang B, Shan L, Wang CX, Jia FY. [Serum levels of 25-hydroxyvitamin D in children with tic disorders].
Zhongguo Dang Dai Er Ke Za Zhi. 2017;19(11):1165-8. [15] Landau YE, Steinberg T, Richmand B, Leckman JF, Apter A. Involvement of immunologic and biochemical mechanisms in the patho-
genesis of Tourette’s syndrome. J Neural Transm (Vienna). 2012;119(5):621-6. [16] Baj J, Sitarz E, Forma A, Wróblewska K, Karakuła-Juchnowicz H. Alterations in the Nervous System and
Gut Microbiota afterE-Hemolytic Streptococcus Group A Infection-Characteristics and Diagnostic Criteria of PANDAS Recognition. Int J Mol Sci. 2020;21(4):1476.
Em atendimento às diretrizes da Resolução-RDC 96, de 17/12/2008, por favor, não divulgar o material recebido.
EDITORA OMNIFARMA LTDA. Rua Capitão Otávio Machado, 410 - São Paulo, SP - CEP 04718-000 - PABX: 55.11.5180-6169 - E-mail: atendimento@omnifarma.com.br.
Diretor Executivo: Marcelo Valente. Diretor: José Eduardo Valente. Administrativo: Amanda Melo, Thomaz Valente e Ana Paula de Souza Santana. Departamento Comercial:
Magali de Souza e Carla Ciavaglia. Coordenador de Produção e Diagramação: Edson Honorio. Webdesigner: Fernando F. dos Santos. Marketing: Victor Valente. Revisão: Renata
Del Nero. © 2021 Editora OMNIFARMA Ltda. - Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610 de 19/02/98. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida,
sem autorização prévia, por escrito da Editora OMNIFARMA Ltda., sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer outros.
O conteúdo deste material é de responsabilidade exclusiva de seu(s) autor(es) e não reflete, necessariamente, o posicionamento do Aché, que apenas patrocina sua divulgação
à classe médica. Os anúncios veiculados nesta edição são de inteira responsabilidade do anunciante. Material de distribuição exclusiva à classe médica. Código da Publicação:
828.2021.
6 7033297 – JUL/21
CASO CLÍNICO CASO CLÍNICO
CASO CLÍNICO
com agressividade
da Infância e Adolescência do Hospital Israelita Albert Einstein. da Inf
7033297 – JUL/21
2 2
nto, obser-um ano e meioidentificar
procurar pelo fato do
os menino acei- queAvaliando seu comportamento, obser-
estressores procurar identificar os estressores que persistentes
persistentes
na comunicação
na comunicação
e interaçãoe interação
destacando-se
destacando-se
que ambulatórios
que ambulatórios intensa
de aten- de aten- no TEA
intensa
é fundamental
no TEA é fundamental
e geralmen-e geralmen-
amentos in-tar apenas líquidosdesencadear
costumavam e não conseguir
as inge-
crises devou-se a presença de pensamentos in- costumavam desencadear as crises de social, associado
social, associado
a um padrão
a um
de padrão
com- dedimento
com- terciário
dimentoapresentam
terciário apresentam te éfre-
maior fre- maior multimodal,
te é multimodal,
incluindo abordagens
incluindo abordagens
a, agitaçãorir comprimidos,
agressividade,segundo os familiares.
a desenvolver estraté-cluindo violência exagerada, agitação agressividade, a desenvolver estraté- portamento
portamento
repetitivo repetitivo
e de interesses
e de interesses
quência dequência
agressividade
de agressividade comportamental
observada.12observada.12
comportamental
e farmacológica.
e farmacológica.
19,20 19,20
enzimas, embora
enzimas,
nãoembora
haja qualquer
não hajaefei-
qualquer efei-
u-se a trocaA elevação daapresentados
sintomas prolactina sérica — a qual
até então. Optou-No caso do paciente, efetuou-se a troca sintomas apresentados até então. Optou- O aripiprazol
O aripiprazol
atinge o pico
atinge
de concentra-
o pico de concentra-
to sobre estas.
to sobre
28-27
estas.28-27 Por ser um agonista
Por ser um
dopaminérgico
agonista dopaminérgico
parcial parcial
ol, que é umnão -se
raramente ocorre
por uma troca com oque
imediata, uso da
é possível
da risperidona pelo aripiprazol, que é um -se por uma troca imediata, que é possível ção sérica ção
(Tmáx)sérica
entre(T
três
máx
) eentre
cincotrês
horas.
e cinco horas. nos receptores
nos receptores
D2, o aripiprazol
D2, o aripiprazol
reduz a reduz a
hante ao darisperidona
no caso — foi oantipsicóticos,
desses motivo da procura
até mesmomedicamento de perfil semelhante ao da no caso desses antipsicóticos, até mesmo O aripiprazol
O aripiprazol
e seu metabólito
e seu metabólito Inibidores
ativo, o de-ativo, o de- daInibidores
CYP450da3A4
CYP450
ou 2D6,
3A4como
ou 2D6,quantidade
como quantidade
de dopamina
dequando
dopamina
esta
quando
es- esta es-
nos efeitosdos porque
pais do apaciente por nosso serviço.
dose da risperidona não era tãorisperidona, porém com menos efeitos porque a dose da risperidona não era tão -hidroaripiprazol,
-hidroaripiprazol,
apresentam uma meia- umacetoconazol,
apresentam meia- cetoconazol,
fluvoxamina,
fluvoxamina,
fluoxetina, fluoxetina,
qui- qui-
tiver em concentrações
tiver em concentrações
elevadas, atuando
elevadas, atuando
ma boa res-Sabe-se que oa que
elevada, elevação maisrelatado
tem sido acentua-comocolaterais. O paciente teve uma boa res- elevada, o que tem sido relatado como -vida longa-vida
(T ½)longa
de 75(Te½)
94de
horas,
75 e res- nidina,
94 horas, res- paroxetina
nidina, paroxetina
e duloxetina,
e duloxetina,
podem podemum antipsicótico,
como como um antipsicótico,
mas aumenta
masaaumenta a
ida e manti-da euma
mantida da prolactina
das opções por váriospode estar
autores. 1,6-8
posta ao aripiprazol, com rápida e manti- uma das opções por vários autores. 1,6-8
pectivamente.24
Esses dados
pectivamente. 24
Esses
farmaco-
dados farmaco-
alterar o nível
alterar
plasmático
o nível plasmático
do aripiprazol,
do aripiprazol,
concentração
concentração
de dopamina,
de dopamina,
quando esta
quando esta
e prolactina,associada a efeitos deletérios, como da normalização dos níveis de prolactina, cinéticos permitem
cinéticos que
permitem
sua administra-
que sua administra-
sendo às sendo
vezes às
necessário
vezes necessário
ajuste de ajuste de diminuída,
estiver estiver diminuída,
melhorandomelhorando
sintomas sintomas
O TEA é um distúrbio
ios estudoshipogonadismo do neurodesenvol-
e prejuízos em massa o que está relatado em vários estudos O TEA é um distúrbio do neurodesenvol- ção seja efetuada
ção sejaem
efetuada
dose única.
em dose única. dose do aripiprazol
dose do aripiprazol
nessas situações.
nessas situações.
A A cognitivos
negativos, negativos, ecognitivos
de humor.e26de humor.26
piora nosóssea.
vimento, caracterizado por dificuldadescientíficos,
1,2 3-5
sem qualquer piora nos vimento, caracterizado por dificuldades
3 3 4 4
O aripiprazol
O aripiprazol
foi avaliado
foinoavaliado
tratamen-
no tratamen-
A presençaA de
presença
tiques de
é relativamente O aripiprazol
tiques é relativamente O aripiprazol
também também
to de crianças
to decom
crianças
TEA, quando
com TEA,
dequando
sua de sua
frequente frequente
no TEA. Canitano
no TEA. eCanitano
Vivanti30e Vivanti30
tem indicação
tem indicação
no no
liberação, por
liberação,
vários por
estudos
váriosabertos referiram
estudose abertos e areferiram
presençaadessa
presença
comorbidade
dessa comorbidade
dois grandes
doisestudos
grandescontrolados emcom
estudos controlados
com 22% dos
em pacientes,
22% dos pacientes,
sendo 11% sendo
com 11% com
tratamento
tratamento
de tiques,
de tiques,
placebo, tendo
placebo,
se mostrado
tendo se mostrado síndrome
seguro e seguro e desíndrome
Gilles de
delaGilles
Tourette
de lae Tourette
11% apresentando
e 11% bons bons
apresentando
eficiente. eficiente.
3,4,25,28,29
com tiquescom
3,4,25,28,29
motores
tiques
crônicos.
motores crônicos. resultados
resultados
em vários em vários 31 31
estudos.
estudos.6,30,32
6,30,32
CONCLUSÃO
CONCLUSÃO
Ressalto osRessalto
bons resultados
os bons resultados
do aripipra-do aripipra-
No caso doNo
paciente
caso domencionado,
paciente mencionado,
a fa- a fa- a Destaco
Destaco importância
a importância
de uma aborda-
de uma aborda-
zol — comozol
ocorreu
— como
noocorreu
caso clínico
no caso
apre-
clínico apre- decilidade
cilidade aumento deda
aumento
dose, em
da razão
dose, emgem
razão
adequada
gem adequada
da agressividade
da agressividade
e da e da
sentado —,sentado
em que—,
o fármaco
em que o
até
fármaco
pode- atédas
pode-
apresentações
das apresentações
disponíveis,disponíveis,
permitiu permitiu
irritabilidade
irritabilidade
excessiva excessiva
nos indivíduos
nos indivíduos
ria ter sidoria
usado
ter sido
inicialmente,
usado inicialmente,
já que há já uma
que há
melhora
umaacentuada
melhora acentuada
dos sintomas
dos sintomas
com TEA, com
o queTEA,
permite
o queuma
permite
melhora
uma melhora
a apresentação
a apresentação
em suspensão
em suspensão
(1 mg/mL) (1 mg/mL)
de agressividade
de agressividade
e dos tiques
e—dosotiques
que se— oacentuada
que se acentuada
na qualidade
na de
qualidade
vida desses
de vida desses
e em comprimidos
e em comprimidos
de 10, 15, 20
dee10,
3015,
mg,20 e intensificou
30 mg, intensificou
ainda maisainda
com as
mais
orienta-
com as orienta-
pacientes e
pacientes
das pessoas
e dasque
pessoas
convivem
que convivem
e assim a possibilidade
e assim a possibilidade
da troca deda
dosa-
troca deções
dosa-
comportamentais
ções comportamentais
associadas,associadas,
que comque
eles. com eles.
gem com facilidade.
gem com facilidade. são fundamentais
são fundamentais
na abordagem
na abordagem
do TEA. do TEA.
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS
[1] Naidoo U, Goff [1]DC,
Naidoo
Klibanski
U, GoffA. Hyperprolactinemia
DC, Klibanski A. Hyperprolactinemia
and bone mineraland density:
bone mineral
the potential
density:impact
the potential
of antipsychotic
impact of agents.
antipsychotic
Psychoneuroendocrinology.
agents. Psychoneuroendocrinology.
2003;28 Suppl 2:97-108.2003;28 [2] SupplVilar L, Vilar [2] Vilar L, Vilar
2:97-108.
CF, Lyra R, Freitas CF,MDC.
Lyra Pitfalls
R, Freitasin the
MDC. Diagnostic
Pitfalls inEvaluation
the Diagnostic of Hyperprolactinemia.
Evaluation of Hyperprolactinemia.
Neuroendocrinology. Neuroendocrinology. [3] Marcus RN, Owen
2019;109(1):7-19.2019;109(1):7-19. [3] Marcus
R, KamenRN, Owen
L, Manos R, Kamen
G, McQuadeL, ManosRD,G,Carson
McQuade WH,RD, Carson WH,
Aman MG. A placebo-controlled,
Aman MG. A placebo-controlled,
fixed-dose studyfixed-dose
of aripiprazole studyinofchildren
aripiprazole
and adolescents
in children and withadolescents
irritability associated
with irritability
with autistic
associateddisorder.
with autistic
J Am Acad disorder.
Child JAdolesc
Am Acad Psychiatry.
Child Adolesc2009;48(11):1110-9.
Psychiatry. 2009;48(11):1110-9.
[4] Owen R, Sikich [4]L,Owen
Marcus R, Sikich
RN, Corey-Lisle
L, MarcusP,RN, Manos
Corey-Lisle
G, McQuadeP, ManosRD,G,etMcQuade
al. Aripiprazole
RD, etinal.the
Aripiprazole
treatment in oftheirritability
treatment in children
of irritability
and adolescents
in children and withadolescents
autistic disorder.
with autistic
Pediatrics.disorder.
2009;124(6):1533-
Pediatrics. 2009;124(6):1533-
40. [5] Stigler KA,40. [5] Stigler
Diener JT, Kohn
KA,AE,
Diener
Li L, JT,
Erickson
Kohn AE,CA,LiPosey
L, Erickson
DJ, McDougle
CA, Posey CJ.DJ,
Aripiprazole
McDougle in CJ.pervasive
Aripiprazole
developmental
in pervasivedisorder
developmental
not otherwise
disorder specified
not otherwise
and Asperger’s
specifieddisorder:
and Asperger’s
a 14-week,
disorder:
prospec-
a 14-week, prospec-
tive, open-label tive,
study.open-label
J Child Adolesc
study. Psychopharmacol.
J Child Adolesc Psychopharmacol.
2009;19(3):265-74. [6] Pringsheim T,[6]
2009;19(3):265-74. Holler-Managan
Pringsheim T, Holler-Managan
Y, Okun MS, Jankovic Y, Okun J, Piacentini
MS, Jankovic J, Cavanna
J, Piacentini
AE, etJ, al.
Cavanna
Comprehensive
AE, et al. Comprehensive
systematic systematic
review summary:review Treatmentsummary:
of ticsTreatment
in people of with
ticsTourette
in people syndrome
with Tourette
and chronic
syndrome tic disorders.
and chronic Neurology.
tic disorders.
2019;92(19):907-15. [7] Ishitobi M, Hiratani
Neurology. 2019;92(19):907-15. [7] Ishitobi
M, Kosaka
M, Hiratani
H, Takahashi
M, Kosaka T, Mizuno
H, Takahashi
T, Asano T, Mizuno
M, T, Asano M,
et al. Switching et to al.
aripiprazole
Switchingintosubjects
aripiprazole
with inpervasive
subjectsdevelopmental
with pervasivedisorders
developmentalshowing disorders
tolerability
showing
issuestolerability
with risperidone.
issues with
Progrisperidone.
Neuropsychopharmacol
Prog Neuropsychopharmacol
Biol Psychiatry. 2012;37(1):128-31. [8]
Biol Psychiatry. 2012;37(1):128-31. [8]
Kirino E. EfficacyKirino
and Tolerability
E. Efficacyof andPharmacotherapy
Tolerability of Pharmacotherapy
Options for the Treatment
Options for ofthe
Irritability
Treatment in Autistic
of Irritability
Children.in Autistic
Clin Med Children.
InsightsClin
Pediatr.
Med Insights
2014;8:17-30.
Pediatr.[9]2014;8:17-30. [9] American
American Psychiatric Association
Psychiatric
(APA).
Association (APA).
Diagnostic and Statistical
DiagnosticManualand Statistical
of Mental Manual
Disorders
of Mental
(DSM-5). Disorders
5. Ed. Washington,
(DSM-5). 5. Ed. APA, 2013. [10]
DC:Washington, DC: APA,
Centers 2013. [10] Centers
Disease Control Disease
and Prevention
Control (CDC).
and Prevention
Autism Prevalence
(CDC). Autism RisesPrevalence
in Communities Rises in Communities
Monitored by CDC. Monitored
Disponível by CDC.
em: <www.cdc.gov/media/releases/2020/p0326-autism-prevalence-rises.html>.
Disponível em: <www.cdc.gov/media/releases/2020/p0326-autism-prevalence-rises.html>. Acesso em: 29 mar. Acesso2021.em:[11] mar. 2021.L.[11]
29Lecavalier Behavioral
LecavalierandL.Emotional
BehavioralProblems
and Emotional
in Problems in
Young People with YoungPervasive
PeopleDevelopmental
with Pervasive Disorders:
Developmental Relative Disorders:
Prevalence,Relative
Effects
Prevalence,
of Subject Effects
Characteristics,
of Subject Characteristics,
and Empirical Classification.
and EmpiricalJ Classification.
Autism Dev Disord. J Autism2006;36:1101-14. [12] Adler BA, [12] Adler BA,
Dev Disord. 2006;36:1101-14.
Wink LK, Early M, Wink
Shaffer
LK, Early
R, Minshawi
M, Shaffer N, McDougle
R, Minshawi CJ,N,Erickson
McDougle CA.CJ,Drug-refractory
Erickson CA. Drug-refractory
aggression, self-injurious
aggression, behavior,
self-injurious
and severe
behavior,
tantrums
and severe
in autismtantrums
spectrum in autism
disorders:
spectrum
a chart disorders:
review study.a chart review study.
Autism. 2015;19(1):102-6. [13] Fitzpatrick SE,
Autism. 2015;19(1):102-6. [13]Srivorakiat
FitzpatrickL,SE, Wink Srivorakiat
LK, PedapatiL, Wink
EV, LK,
Erickson
PedapatiCA.EV, Aggression
EricksoninCA. autism
Aggression
spectrum in autism
disorder:
spectrum
presentation
disorder:andpresentation
treatment options.
and treatment
Neuropsychiatr
options. DisNeuropsychiatr
Treat. Dis Treat.
[14] Luiselli JK. Applied
2016;12:1525-38.2016;12:1525-38. [14] Luiselli
Behavior
JK. Applied
AnalysisBehavior
for Children
Analysis
withfor Autism
ChildrenSpectrum
with AutismDisorders.
Spectrum
Berlin:Disorders.
Springer, Berlin: [15] Dagnan
2009. Springer, 2009. [15] Dagnan
D, Weston C. Physical
D, Westonintervention
C. Physicalwithintervention
people withwith people with
intellectual disabilities:
intellectual
the influence
disabilities:ofthe
cognitive
influenceandof emotional
cognitivevariables.
and emotionalJ Applvariables.
Res IntellectJ ApplDisabil.
Res Intellect
2006;19(2):219-22. [16] Stith SM, Liu[16]
Disabil. 2006;19(2):219-22. T, Davies
Stith SM,LC,Liu
Boykin
T, Davies
EL, Alder
LC, Boykin
MC, HarrisEL, Alder
JF, etMC,
al. Risk
Harris JF, et al. Risk
factors in child maltreatment:
factors in childa maltreatment:
meta-analytic review a meta-analytic
of the literature.
review of Aggress
the literature.
Violent Behav.
Aggress2009;14(1):13-29. [17] 17. Neece CL,[17]
Violent Behav. 2009;14(1):13-29. Green
17. Neece
SA, Baker
CL, Green
BL. Parenting
SA, Baker stress
BL. Parenting
and child behavior
stress andproblems:
child behavior
a problems: a
transactional relationship
transactional across
relationship
time. Am JacrossIntellect
time.DevAmDisabil.
J Intellect
2012;117(1):48-66. [18] Hodgetts S, [18]
Dev Disabil. 2012;117(1):48-66. Nicholas
HodgettsD, Zwaigenbaum
S, Nicholas D,L.Zwaigenbaum
Home sweet home? L. Home Families’
sweet experiences
home? Families’ withexperiences
aggression with in children
aggression in children
with autism spectrumwith autism
disorders.
spectrum
Focus disorders.
Autism Dev Focus
Disabil.
Autism2013;28(3):166-74. [19] Powers MD,[19]
Dev Disabil. 2013;28(3):166-74. Palmieri
Powers MJ,MD,D’Eramo
Palmieri KS,MJ,
Powers
D’Eramo
KM. KS,
Evidence-based
Powers KM. Evidence-based
Practices and Treatments
Practices for andChildren
Treatments withfor Children with
Autism. Nova York: Autism.
Springer, York:[20]
Nova2011. Springer,
Wymbs BT,[20]
2011. RobbWymbs
JA, Chronis
BT, Robb
AM et JA,al.Chronis
Long-term,
AM etmultimodal
al. Long-term,treatment
multimodal
of a child
treatment
with asperger’s
of a child syndrome
with asperger’sand comorbid
syndromedisruptive
and comorbid behaviordisruptive
problems: behavior
A problems: A
case illustration case
Cognitive
illustration
and Behavioral
CognitivePractice.
and Behavioral Practice.[21]
12(3):338-250. Blankenship[21]
12(3):338-250. K, Erickson
Blankenship CA, McDougle
K, EricksonCJ. CA,Pharmacotherapy
McDougle CJ. Pharmacotherapy
of autism and related of autismdisorders.
and related
Psychiatrdisorders.
Ann. 2010;40:203-
Psychiatr Ann. 2010;40:203-
9. [22] Tadori Y, 9. [22] Tadori
Kitagawa H, Forbes
Y, Kitagawa
R, McQuade
H, Forbes RD,R,Stark
McQuadeA, Kikuchi
RD, Stark
T. Differences
A, KikuchiinT.agonist/antagonist
Differences in agonist/antagonist
properties at human properties
dopamineat human
D2 receptors
dopamine between
D2 receptors
aripiprazole,
between bifeprunox
aripiprazole,
and SDZbifeprunox and SDZ
208–912. Eur J Pharmacol.
208–912. Eur 2007;574:103-11. [23] Stark AD, Jordan
J Pharmacol. 2007;574:103-11. [23] Stark
S, Allers
AD, KA,
JordanBertekap
S, Allers
RL,KA,ChenBertekap
R, KannanRL, Chen
MT, etR,al.Kannan
Interaction
MT, etofal.
theInteraction
novel antipsychotic
of the novel aripiprazole
antipsychotic witharipiprazole
5-HT1A andwith 5-HT5-HT1A
2 A and 5-HT 2 A
receptors: functional
receptors:
receptorfunctional
bindingreceptor
and in vivo binding
electrophysiological
and in vivo electrophysiological
studies. Psychopharmacology.
studies. Psychopharmacology.
2007;190:373-82. [24] Findling RL,[24]
2007;190:373-82. Kauffman
Findling RE,RL,
Sallee
Kauffman
FR, Carson
RE, Sallee
WH, Nyilas
FR, Carson
M, Mallikaarjun
WH, Nyilas M, Mallikaarjun
S, et al. Tolerability
S, et
andal.pharmacokinetics
Tolerability and pharmacokinetics
of aripiprazole inof children
aripiprazole
and adolescents
in children and withadolescents
psychiatric with disorders:
psychiatric
an open-label,
disorders:dose-escalation
an open-label, dose-escalation
study. J Clin Psychopharmacol.
study. J Clin Psychopharmacol.
2008;28(4):441-6. [25]
2008;28(4):441-6. [25]
Blankenship K, Erickson
Blankenship CA, Stigler
K, Erickson
KA, Posey
CA, Stigler
DJ, McDougle
KA, PoseyCJ. DJ,Aripiprazole
McDougle CJ. for irritability
Aripiprazole associated
for irritability
with associated
autistic disorder
with autistic
in children
disorder
and adolescents
in children and agedadolescents
6-17 years. agedPed Health.
6-17 years.
2010;4(4):375-
Ped Health. 2010;4(4):375-
81. [26] Stahl SM. [26]Prescriber’s
81.The Stahl SM. The Guide.Prescriber’s
4. ed. Nova Guide.
York:4.Cambrigde
ed. Nova York:University
Cambrigde 2011. [27]Press,
Press,University Kirino2011. [27] Kirino
E. Efficacy and Tolerability
E. Efficacy ofandPharmacotherapy
Tolerability of Pharmacotherapy
Options for the Treatment
Options forofthe Irritability
Treatment in of Irritability in
Autistic Children.Autistic
ClinicalChildren.
MedicineClinical
Insights:Medicine
Pediatrics.
Insights: Pediatrics.[28]
2014;8:17-30. McCracken[28]
2014;8:17-30. JT , McGough
McCrackenJ, JT Shah, McGough
B, et al. Risperidone
J, Shah B, etinal.children
Risperidone
with inautism
children
andwithserious
autism
behavioral
and serious
problems.
behavioral
N Englproblems.
J N Engl J
Med. 2002;347(5):314-21. [29] Marcus RN,[29]
Med. 2002;347(5):314-21. Owen Marcus
R, ManosRN, Owen
G, Mankoski
R, Manos R, Kamen
G, Mankoski
L, McQuade
R, Kamen RD,L,etMcQuade
al. Aripiprazole
RD, etinal.theAripiprazole
treatmentinofthe irritability
treatment in pediatric
of irritability
patients
in pediatric
(aged 6-17patients
years)(aged
with 6-17
au- years) with au-
tistic disorder: results
tistic disorder:
from a 52-week,
results fromopen-label
a 52-week,
study.open-label
J Child Adolesc
study. Psychopharmacol.
J Child Adolesc Psychopharmacol.
2011;21(3):229-36.[30] 2011;21(3):229-36.[30]
Canitano R, Vivanti Canitano
G. TicsR,and Vivanti
Tourette
G. Tics
syndrome
and Tourette
in autismsyndrome
spectrumin autism
disorders.
spectrum disorders.
Autism. 2007;11(1):19-28. [31] Hirsch LE, Pringsheim
Autism. 2007;11(1):19-28. [31] HirschT.LE, Aripiprazole
Pringsheimfor T. Aripiprazole
autism spectrum for autism
disorders spectrum
(ASD). disorders
Cochrane(ASD). Database Cochrane
Syst Rev.
Database
2016 Jun Syst26;2016(6):CD009043. [32] Pringsheim[32]
Rev. 2016 Jun 26;2016(6):CD009043. T, OkunPringsheim T, Okun
MS, Müller-Vahl MS, K, Martino
Müller-Vahl
D, Jankovic
K, MartinoJ, Cavanna
D, Jankovic
AE, etJ, al.
Cavanna
PracticeAE, guideline
et al. Practice
recommendations
guideline recommendations
summary: Treatment summary:
of ticsTreatment
in people ofwith
ticsTourette
in people syndrome
with Tourette
and chronic
syndrome tic disorders.
and chronic Neurology.
tic disorders. Neurology.
2019;92(19):896-906.2019;92(19):896-906.