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Direito Civil

Patrícia Strauss
IG: @patriciastraussr
Direito Civil – Contratos
Direito das Coisas: Posse
► OFICIAL DE JUSTIÇA – PJ-H – RS
► Edital do último concurso – Banca FAURGS
► Código Civil Brasileiro
► Das pessoas naturais: arts. 1.º a 21; V
► Das pessoas jurídicas: arts. 40 a 69; V
► Do domicílio: arts. 70 a 78; V
► Dos bens: arts. 79 a 103; V
► Dos atos lícitos e ilícitos: arts. 185 a 188;
► Da prescrição e decadência: arts. 189 a 211;
► Da prova: arts. 212 a 232;
► Do mandato: arts. 653 a 692;
► Da posse: arts. 1.196 a 1.224;
► Das servidões: arts. 1.378 a 1.389;
► Da tutela e curatela: arts. 1.728 a 1.783.
► Do Direito das Coisas - Da posse (Não é direito real). Para que seja direito real, precisa estar
no rol do artigo 1.225 do CC.
► Da Posse e sua Classificação
► Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de
algum dos poderes inerentes à propriedade.
► Possuidor: ao menos 1 dos poderes da propriedade
► Propriedade: Artigo 1.228: O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o
direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.
► Proprietário: Matrícula/certidão/registro.
► Art. 1.197. A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente, em
virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo
o possuidor direto defender a sua posse contra o indireto.
► Proprietário e possuir direto: Pati
► Pati faz contrato de locação com Claudinha.
► Claudinha vira possuidora direta. Pati continua como sendo proprietário, porém
possuidora INDIRETA.
► Art. 1.198. Considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de
dependência para com outro, conserva a posse em nome deste e em
cumprimento de ordens ou instruções suas.
► Parágrafo único. Aquele que começou a comportar-se do modo como prescreve
este artigo, em relação ao bem e à outra pessoa, presume-se detentor, até que
prove o contrário.
► Detentor = Fâmulo da posse. Exemplo: caseiro (imóvel) e motorista (bem móvel).
► Art. 1.199. Se duas ou mais pessoas possuírem coisa indivisa, poderá cada uma
exercer sobre ela atos possessórios, contanto que não excluam os dos outros
compossuidores.
► João e Maria – Possuidores de uma casa.
► Invasão por parte de José.
► Classificação da posse:
► 1 – Direta/indireta: 1.197
► 2 – Justa/injusta: 1.200
► Justa: Não violenta E Não clandestina E não precária
► 3 – Boa/má-fé: 1.201
► Art. 1.200. É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária.
► Art. 1.201. É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que
impede a aquisição da coisa (Não sabia) .Parágrafo único. O possuidor com justo
título tem por si a presunção de boa-fé, salvo prova em contrário, ou quando a lei
expressamente não admite esta presunção.
► Boa-fé: Não sabia ou não tinha condições de saber que o bem não era dela.
► Má-fé: Sabia ou tinha condições de saber que o bem não era dela.
► Quem tem justo título -> Presume-se de boa-fé.
► Art. 1.203. Salvo prova em contrário, entende-se manter a posse o mesmo caráter
com que foi adquirida.
► Da Aquisição da Posse
► 1-> Própria pessoa
► 2->Terceiro
► A – com mandato
► B – sem mandato.
► Art. 1.204. Adquire-se a posse desde o momento em que se torna possível o
exercício, em nome próprio, de qualquer dos poderes inerentes à propriedade.
tem tudo a ver com o artigo 1.196 + 1.204 + 1.224
► Art. 1.205. A posse pode ser adquirida:
► I - pela própria pessoa que a pretende ou por seu representante;
► II - por terceiro sem mandato, dependendo de ratificação.
► Art. 1.206. A posse transmite-se aos herdeiros ou legatários do possuidor com os
mesmos caracteres.
► Art. 1.207. O sucessor universal continua de direito a posse do seu antecessor; e ao
sucessor singular é facultado unir sua posse à do antecessor, para os efeitos legais.
► Sucessor universal: Herdeiros. João morre deixa 2 filhos. A, B.: 50% para cada.
► Sucessor singular: Exemplo: legatário. João morre e deixa a chácara para Maria.
► Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim
como não autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão
depois de cessar a violência ou a clandestinidade.
► Art. 1.209. A posse do imóvel faz presumir, até prova contrária, a das coisas móveis
que nele estiverem.
► Dos Efeitos da Posse
► 1)Ações Possessórias
► Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação,
restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de
ser molestado.
► Esbulho – perda da posse – ação de reintegração de posse
► Turbação - Incômodo/moléstia – ação de manutenção de posse
► Ameaça – Interdito proibitório.
► 2)Legítima defesa da posse/desforço imediata.
► § 1 o O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua
própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não
podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse.
► Art. 1.212. O possuidor pode intentar a ação de esbulho, ou a de indenização,
contra o terceiro, que recebeu a coisa esbulhada sabendo que o era.
► 3 – Frutos
► Maria está ocupando uma chácara. Maria plantou arroz e reformou a casa: arrumou o
telhado, aumentou a cozinha e colocou um chafariz.
► Carla x Maria – Reinvindicatória -> Ação foi julgada procedente.
► Maria tem que sair.
► Art. 1.214. O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos percebidos.
► Parágrafo único. Os frutos pendentes ao tempo em que cessar a boa-fé devem ser
restituídos, depois de deduzidas as despesas da produção e custeio; devem ser também
restituídos os frutos colhidos com antecipação.
► ->Maria tem direito aos frutos já colhidos.
► ->Frutos pendentes serão entregues para Carla. Maria recebe $ produção.
► ->Maria tem que entregar para Carla os frutos colhidos com antecipação.
► Art. 1.216. O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como
pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu de má-fé;
tem direito às despesas da produção e custeio.
► Maria de má-fé precisa entregar para Carla tudo que colheu no passado e até os que deixou de
colher.
► Maria recebe as despesas com a produção
► 4 – Perecimento (perda total)/deterioração (perda parcial):
► Maria está ocupando uma chácara. Maria plantou arroz e reformou a casa:
arrumou o telhado, aumentou a cozinha e colocou um chafariz.
► Carla x Maria – Reinvindicatória -> Ação foi julgada procedente.
► Maria tem que sair.
► Art. 1.217. O possuidor de boa-fé não responde pela perda ou deterioração da coisa,
a que não der causa.
► Art. 1.218. O possuidor de má-fé responde pela perda, ou deterioração da coisa,
ainda que acidentais, salvo se provar que de igual modo se teriam dado, estando
ela na posse do reivindicante.
► 5 – Benfeitorias
► Maria está ocupando uma chácara. Maria plantou arroz e reformou a casa:
arrumou o telhado, aumentou a cozinha e colocou um chafariz.
► Carla x Maria – Reinvindicatória -> Ação foi julgada procedente.
► Maria tem que sair.

► Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias


necessárias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a
levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito
de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis.
► Art. 1.220. Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfeitorias
necessárias; não lhe assiste o direito de retenção pela importância destas, nem o
de levantar as voluptuárias.
► Ano: 2020 Banca: FCC Órgão: TJ-MS Prova: FCC - 2020 - TJ-MS - Juiz Substituto
► É característica da posse:
► A que a coisa sobre a qual se exerce seja divisível e passível de aquisição do
domínio por meio de usucapião.
► B a detenção da coisa, por si ou em relação de dependência para com outro, em
nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas.
► C o exercício, pelo possuidor, de modo pleno ou não, de algum dos poderes
inerentes à propriedade, direta ou indiretamente.
► D que seu exercício seja necessariamente justo e de boa-fé, não violento,
clandestino ou precário.
► E sua aquisição exclusivamente por quem a pretender, em nome próprio, por
meio da apropriação física sobre a coisa.

► GABARITO: C
► Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: DPE-AM Prova: FCC - 2019 - DPE-AM - Analista
Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas
► Paulo trabalha há vinte anos como capataz em uma fazenda que explora a
atividade agropecuária, tendo sido contratado pelo proprietário para cuidar da
propriedade e liderar os demais empregados. Ele reside no próprio local de
trabalho, em uma casa cedida pelo proprietário para a sua moradia e da sua
família. Com base nessas informações, Paulo
► A não tem a posse nem a propriedade da fazenda, mas somente a sua detenção
► B é proprietário da fazenda.
► C tem a posse pro labore de toda a fazenda.
► D tem a posse precária da fazenda.
► E tem direito à usucapião apenas da casa em que reside.
► GABARITO: A
► Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Campinas - SP Prova: VUNESP -
2019 - Prefeitura de Campinas - SP - Auditor Fiscal Tributário Municipal -
Conhecimentos Gerais e Específicos 1
► Abel, sabendo que um terreno de propriedade de seu irmão Caim estava vazio e
desocupado, resolveu invadi-lo. No dia da invasão, Caim, ao tomar conhecimento
de que o seu terreno estava sendo invadido por Abel, foi até o imóvel e, por sua
própria força, tentou retirá-lo, mas foi violentamente impedido, após um confronto
físico entre ambos. A respeito do caso, pode-se corretamente afirmar que
► A a posse de Abel é precária
► B Caim cometeu crime de exercício arbitrário das próprias razões, pois não
poderia, por força própria, mesmo antes da invasão se consumar, tentar impedir a
invasão.
► C Abel deverá ajuizar ação de manutenção de posse, tendo em vista ter posse
justa, em razão da violência praticada por Caim.
► D a posse de Abel é injusta.
► E Abel, em razão da tentativa de retomada de Caim, tem posse justa, mas violenta.
► GABARITO: D

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