Você está na página 1de 3

Slide 1 Glicosídeos cianogênicos

São encontrado nos produtos do metabolismo de alguns vegetais, os glicosídeos


cianogênicos são definidos através da ligação do ácido cianídrico(HCN) e
carboidratos.
Os glicosídeos cianogênicos são subdivididos em quatro grupos através da analise
estrutural de suas moléculas. Respectivamente, glicosídeos de butironitrila,
glicosídeos de propionitrila,glicosídeos de mandelonitrila e glicosídeos de
ciclopentenocianoidrina compõem essa repartição referente ao grupo. A linamarina
e a lotaustralina é encontrada na mandioca-brava e
é pertencente ao grupo glicosídeo propionitrila. A propanonitrila(cianeto de etila) é
definida pela formula C3H5N. Enquanto, um glicosídeo é compreendido por uma
classe de compostos químicos originados pela junção de moléculas de glicídeos,
gliconas ou glicoses ligados agliconas.

Slide 2 História da mandioca


A mandioca-brava(Manihot esculenta) é consumida há cerca de 9 mil anos. A
palavra ''mandioca'' originou-se do termo Tupi Mãdi'og ou mani-oca e quer dizer
''casa de Mani'',espalhou-se pelo mundo a partir de Portugal e suas colônias,
principalmente as africanas. O ingrediente nativo do País já era plantado pelos
índios como parte fundamental do cardápio, junto com feijão e milho.

mandioca brava:
Mandioca brava, possui maior concentração de ácido cianídrico, que é uma
substância tóxica para o nosso organismo.Além disso, a mandioca possui muitas
fibras. Um simples processo de cozimento não é o suficiente para deixá-la com a
textura mais macia, nem mesmo para retirar seu veneno. Por isso, ela não deve ser
consumida in natura.No entanto, a mandioca é a base para muitos pratos típicos da
culinária paraense. Inclusive, a folha da mandioca, chamada de maniva, é o
ingrediente principal da maniçoba, um prato bastante apreciado no Pará.Lembrando
que é do líquido extraído de suas raízes que se produz o famoso Tucupi.Por esse
motivo, o recomendado é consumir produtos derivados que passam por longos
processos para a retirada do ácido, como a tapioca, féculas e farinhas.

Mandioca de mesa:
Este tubérculo, apesar de ser da mesma espécie da mandioca brava, possui metade
da quantidade de cianeto em sua composição. Por isso, com um simples cozimento
na panela de pressão é possível comê-la sem riscos à saúde.
Slide 3 Toxico cianeto
Os vegetais produzem grande diversidade de compostos orgânicos, que parecem
não ter função direta no seu crescimento e desenvolvimento. Esses compostos são
conhecidos como metabólitos secundários, produtos secundários ou produtos
naturais. O ácido cianídrico (HCN) é um líquido incolor e volátil, solúvel em água,
altamente tóxico que está presente em certas plantas combinado com moléculas de
aldeído ou cetona, formando juntos os glicosídeos cianogênicos. Essas substâncias
em si não são tóxicas, porém ao sofrer hidrólise Hidrólise é qualquer reação química
na qual uma molécula de água quebra uma ou mais ligações químicas ) com auxílio
de enzimas B-glicosidases linamarina e lotaustralina, o ácido cianídrico acaba por
ser liberado.

Slide 4 Toxicidade no organismo humano


O cianeto tem boa absorção respiratória e gastrointestinal, com rápida distribuição
pelo sangue. No metabolismo celular, a maior parte do ATP é gerada a partir da
fosforilação oxidativa.
O cianeto liga-se avidamente ao íon férrico (Fe 3 +) bloqueando a fosforilação
oxidativa. A célula deve, então, mudar para o metabolismo anaeróbico da glicose
para gerar ATP. Isso leva à formação de ácido láctico e ao desenvolvimento de
acidose metabólica.
Apesar de um amplo suprimento de oxigênio, as células não podem utilizar por
causa de sua cadeia de transporte de elétrons envenenada, causando uma hipóxia
funcional ou histotóxica. A inibição de antioxidantes pelo cianeto resulta no acúmulo
de radicais livres de oxigênio tóxicos. Uma pequena quantidade de cianeto pode-se
ligar ao ferro (Fe2 +) ferroso da hemoglobina, formando ciano-hemoglobina, que é
incapaz de transportar oxigênio, exacerbando ainda mais a hipóxia tecidual.
O cianeto também tem ações em outros locais, particularmente no sistema nervoso
central (SNC), estimulando os receptores (NMDA), e induzindo a morte celular por
apoptose. Além de inibir a descarboxilase do ácido glutâmico (GAD), enzima
responsável pela formação do neurotransmissor inibitório GABA, aumentando o
risco de convulsões.
Uma parte importante desse processo é o transporte de elétrons por meio do
complexo mitocondrial do citocromo.
slide 5 seus efeitos
O ácido cianídrico além de causar problemas como dores de cabeça, tonturas e falta
de ar, pode afetar o sistema nervoso central. Quadro clínico da Intoxicação por
Cianeto
Os sintomas da intoxicação começam com concentrações de cianeto no sangue de,
aproximadamente, 40µmol/L. As características clínicas do envenenamento por
cianeto dependem da rota, da duração e da quantidade de exposição.
Nas intoxicações leves, os pacientes podem apresentar náuseas, vômitos, cefaleia,
confusão mental e tonturas.
Em intoxicações moderadas a graves, ocorrem alterações proeminentes de SNC e
disfunção do sistema cardiovascular.
•Sistema Nervoso Central: cefaleia, ansiedade, confusão, vertigem, coma,
convulsões.
•Cardiovascular: taquicardia e hipertensão inicial, bradicardia e hipotensão,
bloqueio atrioventricular, arritmias ventriculares.
•Respiratório: taquipneia/bradipneia e edema pulmonar.
•Gastrointestinal: naúsea, vômito e dor abdominal.
•Pele: rubor da pele (cor vermelho-cereja); cianose (achado tardio); dermatite
irritativa.
•Insuficiência renal e insuficiência hepática

Apesar da hipotensão, apneia e/ou bradicardia, o paciente, geralmente, não


aparece cianótico no quadro de envenenamento por cianeto, sendo esse um sinal
tardio. Sobreviventes de intoxicação grave por cianeto podem desenvolver
parkinsonismo tardio ou outras sequelas neurológicas.
Slide 6 processo de desintoxicação
A detoxificação da mandioca no processamento industrial ocorre a partir da
dissolução em água ou volatilização, envolvendo processos como maceração,
embebição em água, fervura, torrefação, fermentação das raízes ou a combinação
desses processos (CHISTÉ, COHEN, 2008). A detoxificação endógena ocorre a partir
da transformação do cianeto em tiocianato, principal metabólito do cianeto, na
presença da enzima rodanase e cisteína. O tiocianato formado não é tóxico e é
liberado através da urina

Você também pode gostar