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CLASSIFICAÇÃO DO PACIENTE EM RELAÇÃO AO SEU ESTADO FÍSICO:

ASA I: Paciente saudável, não apresenta anormolidades. São excluídos pacientes muito jovens ou muito
idosos.

ASA II: Paciente que possui doença sistêmica moderada ou menor tolerância que eu o ASA I, podendo
apresentar um grau maior de ansiedade e medo. Podendo haver necessidade de troca de informações
com o médico,menor duração das sessões de atendimento, cuida-dos no posicionamento na cadeira
odontológica,protocolo de sedação mínima, menores volumes desoluções anestésicas, etc.

Condições:

Paciente extremamente ansioso, com históriade episódios de mal-estar ou desmaio na clíni-ca


odontológica.

•Paciente com > 65 anos.

•Obesidade moderada.

•Primeiros dois trimestres da gestação.

•Hipertensão arterial controlada com medicação.

•Diabético tipo II, controlado com dieta e/oumedicamentos.

•Portador de distúrbios convulsivos, controla-dos com medicação.

•Asmático, que ocasionalmente usa broncodila-tador em aerossol.

•Tabagista, sem doença pulmonar obstrutivacrônica (DPOC).

•Angina estável, assintomática, exceto em ex-tremas condições de estresse.

• Paciente com história de infarto do miocárdio,ocorrido há mais de 6 meses, sem apresentar sintomas.

ASA III: Paciente portador de doença sistêmica severa, que limita suas atividades. Imprescindível a troca
de informaçãoes com o médico.

Condições:
•Obesidade mórbida.

•Último trimestre da gestação.

•Diabético tipo I (que faz uso de insulina), coma doença controlada.

•Hipertensão arterial na faixa de 160-194 a 95-99 mmHg.

•História de episódios frequentes de angina dopeito, apresentando sintomas após exercíciosleves.

•Insuficiência cardíaca congestiva, com inchaçodos tornozelos.

•Doença pulmonar obstrutiva crônica (enfise-ma ou bronquite crônica).

•Episódios frequentes de convulsão ou crise as-mática.

•Paciente sob quimioterapia.

•Hemofilia.

•História de infarto do miocárdio, ocorrido hámais de 6 meses, mas ainda com sintomas (p.ex., dor no
peito ou falta de ar)

ASA IV: Paciente portador de doença severa, que está em risco de morte. Procedimentos denais eletivos
devem ser postergados até a melhora médica. Em caso de urgênca, como dor, infecção, devem ser
tratadas de maneira mais conservadora. Se houver necessidade de endo ou exo, realizar em um hospital.

Condições:

•Pacientes com dor no peito ou falta de ar, enquanto sentados, sem atividade.

•Incapazes de andar ou subir escadas.

•Pacientes que acordam durante a noite com dor no peito ou falta de ar.

•Pacientes com angina que estão piorando,mesmo com a medicação.

•História de infarto do miocárdio ou de aci-dente vascular encefálico, no período dos úl-timos 6 meses,
com pressão arterial > 200/100mmHg.

•Pacientes que necessitam da administraçãosuplementar de oxigênio, de forma contínua.

ASA V: Paciente em fase terminal, quase sempre hospitalizado, expectativa de vida não é maior do que
24 hrs. Submetem a tratamento paliativo, ou seja, somente para diminuir a dor.

Condições:
•Pacientes com doença renal, hepática ou infec-ciosa em estágio final.

•Pacientes com câncer terminal.

ASA VI: Paciente com morte celebral declarada. Não há indicação de tratamento odontológico.

PONTOS IMPORTANTES:

* o propranolol, empregado nocontrole da pressão arterial sanguínea (PA), podeinteragir com a


epinefrina (contida nas soluçõesanestésicas), podendo causar um aumento bruscoda PA em caso de
superdosagem da solução anes-tésica. Da mesma forma, deve-se evitar a prescriçãode paracetamol e de
alguns anti-inflamatórios nãoesteroides (AINEs) para pacientes fazendo uso con-tínuo de varfarina,
anticoagulante empregado naprevenção de fenômenos tromboembólicos, pelorisco de aumentar a
atividade da varfarina e predis-por à hemorragia.

* A epinefrina, por exemplo, quandoincluída na solução anestésica local, retarda aabsorção do


anestésico para a corrente sanguí-nea, diminuindo sua toxicidade e aumentandoa duração da anestesia.

* As aminas simpatomiméticas agem sobre osreceptores adrenérgicos, encontrados na maioriados


tecidos do organismo.

PA NORMAL: <120 e < 80

PRÉ HIPERTENSÃO: 120-139 ou 80-89

HP 1: 140-159 ou 90-99

HP 2: > 160 ou > 100

TIPOS DE FÓRMULAR FARMACÊUTICAS:

Oficial: fórmulas fixas, com denominações imutáveis e consagradas, que constam em formulários
reconhecidos pelo MS. Ex: agua oxigenada, alcool iodado.

Magistral: realizado com prescriação de medico/dentista pela farmacia manipuladora. Ex: Solução de
fluoreto de sódio, clorexidina, etc.

Especialidade farmaceutica: produto oriun-do da indústria farmacêutica com registro na Agência


Nacional de Vigilância Sanitária e dis-ponível no mercado.

ANESTÉSICOS ODONTOLÓGICOS:

*Para uso clínico, são adicionados ao ácido clorídrico,formando um sal, ocloridrato, que apresenta
maiorsolubilidade e estabilidade na solução.
LIDOCAÍNA 1 a 2 %:

Início de 2 a 4 minutos.

Tempo: 40-60 min polpa / 120-150 minutos em tm.

Metabolizada no fígado e eliminada pelos rins.

1,6 hrs de vida plasmática

MEPIVACAÍNA (2% COM VASO OU 3% SEM VASO):

Início de 1-2 minutos

Metabolização pelo fígado, eliminada pelos rins.

1,9 hrs de vida plasmática

PRILOCAÍNA- felipressina 3%:

Início de ação 2-4 minutos.

Metabolizada pelo fígado e pulmões, eliminada pelos rins.

Podem causar metemoglobina. Ou seja, contraindicados para pacientes anemicos, alterações


respiratórias ou cardio.

ARTICAÍNA 4% :

Início de ação entre 1-2 minutos.

Maior potência

Metabolizada no fígado e no plasma (amida e ester),eliminação pelos rins

40 min de vida plasmática

Indicado para pacientes portadores de disfunções hepáticas

BUPIVACAÍNA 0,5 %:

Início de 10-16 min

4 hrs em polpa e 12 hrs em tm

2,7 hrs de vida plasmática

Metabolizada pelos rins, eliminação pelos rins


BENZOCAÍNA 20%:

2 minutos de ação

COMPONENTES DOS ANESTÉSICOS: epinefrina, norepinefrina,corbadrina e felinefrina.

É incorporada umasubstância antioxidante, o bissulfito de sódio que impede a biodegradação do


vasoconstritor pelo oxigênio, que pode penetrar no interior do tubete quandoeste for envasado ou
difundir-se através do diafrag-ma semipermeável durante o armazenamento. Algumas soluções
anestésicas podem conterainda uma substância bacteriostática, geralmente o metilparabeno,para
impedir a proliferação de micrororganismos. O cloreto de sódio é eventualmente adicionadoao conteúdo
de uma solução anestésica local paratorná-la isotônica em relação aos tecidos do orga-nismo. A água
bidestilada é usada como diluente para aumentar o volume da solução.

PACIENTES QUE SÃO CONTRAINDICADOS O USO DE EPINEFRINA:

- Hipertensos (PA sistólica > 160 mmHg ou diastólica > 100 mmHg).

•História de infarto agudo do miocárdio, comcapacidade metabólica < 6 MET


(equivalentesmetabólicos), sem liberação para atendimentoodontológico por parte do
cardiologista.

•Período < 6 meses após acidente vascular en-cefálico.

•Cirurgia recente de ponte de artéria coronáriaou colocação de

stents.

•Angina do peito instável (história de dor nopeito ao mínimo esforço).

•Certos tipos de arritmias cardíacas, apesardo tratamento adequado (p. ex., síndrome deWolff-
Parkinson-White).

•Insuficiência cardíaca congestiva não tratadaou não controlada.

•Hipertireoidismo não controlado.

-Feocromocitoma.

•História de alergia a sulfitos (maior prevalên-cia em asmáticos).

•Pacientes que fazem uso contínuo de derivadosdas anfetaminas (femproporex, anfepramona,etc.),


empregados nas “fórmulas naturais” deregimes de emagrecimento, atualmente pros-critos pela
ANVISA, mas adquiridos por pa-cientes como produtos de importação ilegal.

•Usuários de drogas ilícitas (cocaína,crack..)


HIPERTIREOIDISMO: Em pacientes controlados, podem ser uados epinefrina, com dose máxima de 2
tubetes, em caso de paciente não controlados, além de ser contraindicado o uso de epinefrina, também
o tratamento odontológico. Caso de urgência, deverão ser atendidos em hospital.

FEOCROMOCITOMA: Doença rara, caracterizada pelapresença de tumores benignos que produzem cate-
colaminas (epinefrina e norepinefrina), localizadosprincipalmente na medula das glândulas suprarre-
nais. Podem desencadear crises hipertensivas po-tencialmente fatais, principalmente durante aneste-sia
local, procedimentos muito invasivos ou outrassituações de estresse. Tratamento odontológico
contraindicado.

HISTÓRICO DE ALERGIA A SULFITOS: As opçõespara a anestesia nos pacientes alérgicos ao bissulfitode


sódio são a prilocaína 3% com felipressina 0,03UI/mL e a mepivacaína 3% (sem vasoconstritor).

Em caso de contraindicação de epinefrina, pode optar pelo uso de Mepivacaína a 3% sem vaso, em caso
de procedimento com duração de anestesia pulpar até 30 minutos. Em caso de procedimento que
demanda tempo a mais de 30 minutos, pode-se optar pela Prilocaína a 3% com felipressina.

CONTROLE DA DOR E SUA PREVENÇÃO

FÁRMACOS QUE INIBEM A SÍNTESE DE COX: Antiinflamatórios não esteroides (AINES). A substância
padrão do grupo é o acido acetilsalicílico ( AAS).

O uso crônico dos coxibes pode aumentar o risco de eventos cardiovascularescomo infarto do miocárdio,
acidentes vasculares en-cefálicos, hipertensão arterial e falência cardíaca.

Por esse motivo, os coxibes devem ser evitadosem pacientes portadores de hipertensão arterial,doença
cardíaca isquêmica ou com história de aci-dentes vasculares encefálicos. Nas demais situações,deve-se
empregar a menor dose eficaz pelo menortempo de duração possível.

Inibidores não seletivos para a COX-2: Ibuprofeno, cetoprofeno,diclofenaco, cetorolaco,piroxicam e


tenoxicam.

Inibidores seletivos para o COX-2: Etoricoxibe, celecoxibe,meloxicam e nimesulida.

CORTICOIDES: Já foram propostos vários mecanismos de ação an-ti-inflamatória para os


corticosteroides, porém sua ação inibitória da enzima fosfolipase. A (“o disparo do gatilho”) talvez seja o
principal deles.
Os corticosteroides são indicados para prevenir a hiperalgesia e contro-lar o edema inflamatório,
decorrentes de interven-ções odontológicas eletivas, como a exodontia deinclusos, as cirurgias
periodontais, a colocação de implantes múltiplos, as enxertias ósseas, etc.Para essa finalidade, a
dexametasona ou a be-tametasona são os fármacos de escolha, pela maiorpotência anti-inflamatória e
duração de ação, o quepermite muitas vezes seu emprego em dose única.

São contraindicações absolutas ao uso dos corticos-teroides: pacientes portadores de doenças


fúngicassistêmicas, herpes simples ocular, doenças psicóti-cas, tuberculose ativa ou os que apresentam
históriade alergia aos fármacos deste grupo.

ANTIBIÓTICOS:

Bactericidas: quando capazes de matar os microorganismos sensíveis.

Bacteriostáticos: quando inibem o crescimento e a multiplicação dos microrganismos sensíveis, sem


destruí-los.

São também empregadas naprofilaxia da endocardite bacteriana, como alterna-tiva às penicilinas em


pacientes alérgicos (que nãoapresentaram reações de hipersensibilidade do tipoimediata), de acordo
com as recomendações atuaisda American Heart Association (AHA).

O metronidazol é extremamente eficaz con-tra os bacilos anaeróbios gram-negativos, sendode muita


utilidade no tratamento de infecçõesbacterianas agudas como as pericoronarites, osabscessos
periapicais e a gengivite ulcerativa ne-crosante, sendo geralmente associado às penicili-nas ou
cefalosporinas. Em caso de alergia a penincelina, pode optar pela Doxiciclina. Em caso de abcessos
periodontais agudos, pode optar pela azitromicina e a claritromicina.

A CLINDAMICINA é geralmente selecionada para tratamento mais avançado em pacientes alérgicos a


penincilina.

Considera-se que o uso de antibióticos na pro-filaxia de infecções das feridas cirúrgicas parece serefetivo,
com uma razoável relação risco/benefício,nas seguintes situações:

•Para prevenir a contaminação de uma área es-téril.

•Quando a infecção é remota, mas associada auma alta taxa de morbidade.

•Em procedimentos cirúrgicos associados a al-tas taxas de infecção.

•Na implantação de material protético

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